‘No Limite’ deixa a desejar na audiência

No Limite

Com programas gravados e sem participação do público, ‘No Limite’ tem audiência tímida nas noites de terça-feira

A primeira edição de No Limite, exibida em 2000, foi um marco da televisão brasileira. Foi a primeira vez que o público brasileiro teve contato com um reality show de competição e acompanhava, a cada domingo, os desdobramentos das aventuras daquele grupo de pessoas. Como numa “novelinha” semanal, a audiência se envolveu com aquelas pessoas e torceu.

Mas, passados 21 anos, muita coisa mudou. Hoje, o público já está mais do que acostumado com o formato e suas inúmeras variações. O reality show não é mais uma novidade, mas sim um hábito que foi incorporado à rotina do espectador. Tal qual uma novela. Porém, este hábito se moldou, sobretudo, a partir do Big Brother Brasil, que segue como o principal programa deste gênero por aqui.

Após 21 anos de BBB, o público brasileiro se acostumou a acompanhar a rotina dos participantes em tempo real. O programa tem edições diárias, além de inúmeros desdobramentos, seja no pay per view, nas plataformas digitais, na imprensa e nas redes sociais. Ou seja, acompanhar o BBB se transformou numa rotina diária e multiplataforma.

Além disso, ainda há a participação do público no destino dos participantes. É o público que escolhe quem sai, quem fica e quem ganha. Isso dá a sensação de interação, mexe com a audiência, forma torcidas e gera discussão. Com isso, a repercussão de um BBB é praticamente garantida.

Anos depois, ‘No Limite’ não é mais o mesmo…

Neste contexto, é possível concluir que o No Limite, com suas limitações, envelheceu mal. O fato de ele ser gravado em alguns dias, mas exibido ao longo de três meses, já dá um ar de programa frio. Informações vazam e o público já sabe o que vai acontecer. O tempo real, dentro de um reality show, é importante para o engajamento.

Soma-se a isso o fato de o público não participar das decisões. Com seus episódios semanais que já não permitem haver uma conexão entre espectador e participantes, No Limite não cria no público a vontade de seguir ali.

O primeiro No Limite contava com o fator novidade e com o fato de spoilers serem mais raros, já que vazar uma informação naquele tempo de internet discada era tarefa das mais complicadas. E, mesmo assim, os jornais ainda conseguiram adiantar o nome da vencedora da primeira edição. Hoje, a informação corre numa velocidade infinitamente maior.

A Globo até tentou fazer um No Limite em tempo real e com a participação do público na quarta edição, produzida em 2009. Mas não funcionou. Afinal, transformar No Limite em BBB é injusto, tendo em vista que o primeiro é uma competição que valoriza o esforço individual.

Na verdade, o No Limite deve, sim, ser neste formato como o atual, gravado e sem participação do público. O propósito da competição pede algo assim. Porém, é um formato que não deve alcançar uma repercussão do tamanho de um BBB. Não adianta inventar ou mudar.

Se a direção da emissora esperava um programa capaz de manter a temperatura de um BBB, o No Limite não é a opção. Ele foi feito para ser uma febre em 2000. Em 2021, ele é apenas mais um programa.

Fonte: Observatório da TV

Neoenergia Cosern é criticada por quedas de energia no Réveillon Festival MADA 2023 terá o ‘Baile da Amada’ Cosern é condenada a indenizar cliente por cobrança indevida por falha em medidor Influencer trans Flávia Big Big morre vítima de câncer Ambulância das drogas: Motorista do SAMU preso usava o veículo para transportar e vender maconha e cocaína Prefeitura de Natal lança concurso para procurador Lei Seca: Idoso é preso pela terceira vez dirigindo bêbado em Natal PRF realizará leilão de veículos retidos no RN Concurso do TJRN tem mais de 54 mil inscrições Prefeito de São José do Campestre é morto a tiros em casa Governo do RN abre concurso para a Polícia Militar Bolsas da Capes e do CNPq: ministro afirma que reajustes devem ocorrer ainda este mês