De acordo com o bioquímico Jesse Bloom, “parece provável que as sequências foram eliminadas para ocultar sua existência”. Isso joga mais lenha na suspeita sobre as origens do coronavírus na China.
Cientista norte-americano descobriu, pesquisando sozinho, que algumas sequências genômicas dos primeiros casos de covid-19 na cidade chinesa de Wuhan haviam desaparecido de uma base de dados internacional. A matéria foi destaque no El País. Segundo o jornal, o bioquímico Jesse Bloom, do Centro de Investigação Fred Hutchinson, em Seattle (EUA), classificado como “prestigioso” pelo jornal, realizou um trabalho de detetive, deduzindo o nome dos arquivos, conseguindo recuperar as informações excluídas, uma vez que elas também tinham sido carregadas na plataforma Google Cloud, um espaço virtual de armazenamento.

“Parece provável que as sequências foram eliminadas para ocultar sua existência”, diz o pesquisador em um rascunho de suas conclusões publicado na última terça-feira, 22 de junho. Bloom afirma que as 13 sequências parciais que conseguiu reconstruir apresentam mutações que sugerem que o coronavírus na China já circulava em Wuhan antes do surto de dezembro de 2019 no mercado de Huanan.
A polêmica pesquisa, que ainda deve ser revisada por outros cientistas, destaca três mutações presentes nos coronavírus do mercado, mas ausentes das sequências resgatadas agora e nos vírus de morcego relacionados com o SARS-CoV-2.
Foto: HHMI