Voto impresso: cédulas rasgadas

Voto impresso já era

Com uma forte artilharia de diversos partidos contra a proposta do voto impresso, o relator da proposta, deputado federal da ala bolsonarista Filipe Barros, do PSL do Paraná, já admite adotar um meio-termo em seu parecer, em busca de consenso para aprovar a proposta na Casa. As informações são do colunista Igor Gadelha, do site Metrópoles.

Com a rejeição da proposta por 11 siglas, Filipe intensificou conversas com lideranças partidárias em busca de consenso para aprovar proposta na Câmara. O relatório já foi lido na semana passada, e deverá ser votado pelos parlamentares.

A atuação contra o voto impresso contou com um forte aparato dos próprios membros do Supremo Tribunal Federal, como destacado pelo portal Por Dentro do RN em matéria recente, quando noticiamos o acordo firmado entre ministros e presidentes de partidos.

Além disso, quem também saiu em defesa do atual sistema, foi o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, do DEM de Minas Gerais. Pacheco disparou: “A minha posição é de plena confiança na Justiça eleitoral brasileira. Não identifico indício algum de fraude nos resultados eleitorais. Essa é uma opinião que tenho, que o sistema eleitoral deve continuar pelo sistema eletrônico”.

De olho na urna

A defesa de algumas teses ligadas ao chamado “bolsonarismo” é, no mínimo, estranha. É o caso das urnas eletrônicas, que elegem Bolsonaro, seus familiares e aliados há décadas, mas agora entram no rol de inimigos da nação, chave de fraudes, etc. Ainda bem que os deputados – pelo menos em sua maioria – e os presidentes das legendas não compraram tal ideia e rechaçam a proposta do voto impresso. E tomaram que mantenham o posicionamento.

Abram-se as cortinas de fumaça

Excelente artigo de André Petry, na Revista Piauí, questiona “Quando será o golpe?”. É exatamente isso: é notório, pelo rumo que as coisas vão, que Bolsonaro perdendo, não irá passar a faixa para ninguém – seja Lula, Ciro, Dória, Eduardo Leite ou qualquer outro sonho do centro.

“Quem pensa que bastará juntar o conjunto dos democratas no segundo turno, formando uma aliança de ocasião, talvez esteja acreditando que o elefante de Krylov foi passear na Cornualha. Não foi. Ele está aqui, robusto como uma montanha. Sentado aí do seu lado e debochando de políticos do tamanho da cabeça de um alfinete”, diz trecho do texto.

De olho no relógio

A propósito: o horário de verão, extinto pelo governo Bolsonaro e tendo sido o primeiro de uma série de temas anterior a pandemia em que o presidente iria lutar pela derrubada – a qual incluía a urna eletrônica e as campanhas das chamadas vacinas de rotina (aquelas disponíveis nos postos de saúde e que constam no cartão de vacinação) – já volta a figurar até mesmo entre aliados do presidente. É o caso do empresário Luciano Hang, dono das lojas Havan, que aderiu neste fim de semana ao movimento de empresários que pedem a volta do horário de verão, segundo matéria do IG. A adesão de Hang é encarada como um grande passo para o movimento, já que se trata de um dos empresários mais próximos de Bolsonaro.

No mais

As urnas eletrônicas são confiáveis, vacinas salvam vidas há anos e, de quebra, a terra não é plana.

Parada não solicitada

O prefeito de Natal, Álvaro Dias (PSDB), sancionou projeto de lei do vereador Milklei Leite (PV), com substitutivo da vereadora Nina Souza (PDT), impedindo a idade máxima para a frota de transportes alternativos que circulam na capital. O projeto suspende, até a realização da licitação do sistema de transporte coletivo, a exigência da idade máxima para a frota de veículos opcionais em circulação na cidade. Contudo, os veículos em idade acima do estabelecido – 10 anos – deverão ser submetidos e aprovados em inspeção técnica.

Na defesa

Milklei tem se destacado pela defesa do segmento do transporte opcional na Câmara de Natal. O vereador do PV morador da Zona Norte de Natal, foi motorista de alternativo, conhecendo muito bem a difícil realidade do segmento. A própria lei aprovada, com inclusão do texto de Nina, demonstra bem isso: hoje, a maioria dos micro-ônibus que circulam em Natal já têm mais de 10 anos de uso, e necessitam de um amparo do poder público. Poucos foram comprados novos, zero quilômetro. A maioria são veículos usados, principalmente da cidade de São Paulo.

Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

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Sobre Thiago Martins, colunista do Por Dentro do RN

Thiago Martins

Thiago Martins tem 28 anos, é jornalista formado pela UFRN e atua do jornalismo político no Estado. Apesar de sua maior dedicação ser na área de Assessoria de Comunicação, observa e acompanha as principais ações políticas do Rio Grande do Norte, do Brasil, e do mundo, e escreve nesta coluna a respeito do tema.

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