LAIS

LAIS nega pagamento de despesas de viagens para pessoas sem relação com projeto investigado pela PF

LAIS nega pagamento de despesas de viagens para pessoas sem relação com projeto investigado pela PF

Operação Faraó citava uso do dinheiro público para hospedagens de esposa e babá do filho do coordenador do LAIS

O Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) emitiu uma carta aberta à população nesta quarta-feira (25) sobre as denúncias apontadas na Operação Faraó, que investiga possível desvio de recursos federais nos contratos de publicidade do projeto “Sífilis Não”.

Na nota, o laboratório negou o pagamento de despesa em viagens para pessoas que não participam do projeto, além de reforçar que os contratos firmados pelo projeto passaram por auditoria dos órgãos de fiscalização.

Num dos apontamentos da operação da PF é citado que o diretor do LAIS e coordenador do projeto, Ricardo Valentim, um dos alvos da investigação, teria pago despesas da família em viagens a trabalho.

No caso específico, foram citados uma babá e o filho do coordenador desse projeto [Ricardo Valentim]. A afirmação não é real. Nas duas ocasiões em que as pessoas citadas viajaram (para São Paulo e Mossoró), as despesas de passagens, hospedagem e alimentação foram integralmente pagas com recursos próprios do coordenador“, disse a nota do LAIS.

Os documentos comprobatórios do pagamento estão na posse dos advogados e serão entregues às autoridades competentes no momento devido“, reforçou a nota. O LAIS disse ainda, sobre o uso do cartão corporativo, que “os cartões mencionados foram utilizados por um tempo determinado, para custear atividades relacionadas às cooperações interinstitucionais“.

O laboratório também informou que desde o início o projeto é auditado pela CGU e TCU e acompanhado pelo MPF, além de passar por auditorias internas da universidade. “Todas as informações, sempre que solicitadas pelas autoridades, foram prontamente fornecidas“, disse a nota.

O LAIS reforçou o contrato firmado em parceria com o Ministério da Saúde como forma de controlar uma epidemia da doença e que a sífilis congênita foi reduzida em 15% somente de 2018 a 2019, após o primeiro ano de intervenção do projeto.

Diante desse cenário, reiterou “a disponibilidade para esclarecer todos os pontos que estão sendo levantados pelo trabalho da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União, com transparência e responsabilidade, evidenciando a verdade“.

Ressaltamos que em nenhum momento os pesquisadores foram convocados para prestar quaisquer esclarecimentos quanto aos fatos apurados e possuem convicção de que, após tal oportunização, esclarecerão todos os pontos trazidos na investigação, ensejando o seu pronto arquivamento“.

UFRN diz que TCU aprovou projeto ‘sem irregularidade’

Na terça-feira (24), a UFRN comunicou que teve acesso ao processo que investiga o contrato celebrado em 2017. A instituição disse que o projeto foi aprovado na época pelo Tribunal de Contas da União (TCU) sem nenhum apontamento de irregularidade.

A instituição informou que o projeto “foi objeto de apreciação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o qual emitiu o Acórdão Nº 908/2022 – TCU – Plenário, onde não foi apontada qualquer irregularidade à Universidade“.

Seguindo o mesmo entendimento, não houve irregularidade atribuída à UFRN no referido processo e, consequentemente, não houve qualquer bloqueio em recursos da instituição“.

A UFRN explicou que “em projetos dessa natureza, os recursos recebidos pela Universidade são repassados à Fundação [Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura, a Funpec], para execução do plano de trabalho”, em conformidade com a lei “que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio“.

Funpec

A Funpec também emitiu nota e disse que teve os serviços de gestão administrativa e financeira contratados pela UFRN e que atuou no projeto “respeitando o plano de trabalho aprovado pela UFRN para a execução das despesas, além de seguir todas as legislações em vigor“.

A Fundação disse ainda que os processos licitatórios demandados ao longo da execução do projeto, e especialmente, o de contratação da empresa de comunicação “seguiram todos os normativos vigentes e cabíveis“.

Segundo a Funpec, em toda a história da fundação, “não houve nenhum precedente que desacreditasse a competência em gerir projetos ou a conduta ilibada de nossos gestores“. A fundação disse ainda que está colaborando com as investigações desde o início, sempre disponibilzando os documentos requisitados para o MPF, a CGU e o TCU.

A Fundação lembrou que projeto nasceu de uma recomendação do TCU ao Ministério da Saúde para que medidas de enfrentamento à epidemia da Sífilis no Brasil fossem adotadas. Assim, a pasta nacional selecionou a UFRN, através do Lais.

Operação Faraó

A Operação Faraó, da Polícia Federal, do Ministério Público Federal e da Controladoria Geral da União (CGU), foi deflagrada no dia 19 de janeiro e cumpriu mandados contra suspeitos de desvios de recursos do Ministério da Saúde em Natal, São Paulo, Balneário Camboriú (SC) e Brasília.

Segundo a Polícia Federal e a CGU, a ação foi denominada Operação Faraó e apura possível desvio de recursos públicos federais na contratação de uma empresa de publicidade. São investigados crimes como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.

Ao todo, 21 mandados judiciais de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal do Rio Grande do Norte. Também foi determinado pela Justiça o sequestro de bens e indisponibilidade de valores mantidos pelos investigados, conforme informou a CGU.

Segundo as investigações, o Ministério da Saúde transferiu para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), aproximadamente R$ 165 milhões, em 2017, para serem empregados na prevenção e combate à doença sífilis no Brasil.

Já a universidade contratou a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), sua fundação de apoio, para executar dez metas do que ficou conhecido como projeto “Sífilis, não!”.

Ainda de acordo com a PF, ao longo da execução do projeto, na meta relacionada às ações de publicidade e propaganda, envolvendo cerca de R$ 50 milhões, foram verificados indícios da prática de diversos tipos de delitos, como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro, “havendo a atuação direta de inúmeras empresas do segmento publicitário, além de possível envolvimento de servidores públicos“.

O prejuízo potencial é de até R$ 26,5 milhões em valores atualizados, segundo a CGU.

O projeto “Sífilis, não!” é desenvolvido pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), da universidade. Policiais estiveram na sede do laboratório e também na Funpec.

O que disse o Lais

No dia da operação, o Lais/UFRN declarou, em nota, que todos os projetos e ações realizadas pelo laboratório e seus pesquisadores são conhecidos sociedade e das autoridades, “uma vez que regularmente apresentamos informações aos órgãos de fiscalização e controle“.

A transparência sempre foi uma de nossas marcas. Com muita tranquilidade, estamos à disposição das autoridades para todos os esclarecimentos necessários. O Lais reafirma o seu compromisso com o desenvolvimento de ações direcionadas para a qualidade da saúde pública, com ética e responsabilidade, ratificando a inexistência de ilicitudes“, disse a nota.

Contratação de empresa de publicidade

Segundo a Controladoria Geral da União, a investigação começou a partir de uma denúncia recebida pelo MPF.

As análises com a PF e a CGU indicaram que a agência de publicidade vencedora da seleção pública realizada pela Funpec foi a única participante do processo e já seria tratada pelo Núcleo de Mídia do Ministério da Saúde como a responsável pelo projeto “Sífilis Não” cerca de seis meses antes da publicação do edital.

Para a Controladoria, a situação apresenta indícios de simulação de licitação e direcionamento nas subcontratações de serviços especializados.

O superfaturamento estimado e os indícios de outras irregularidades identificadas durante as investigações totalizam um prejuízo potencial de até R$ 26,5 milhões.

Ainda haveria indícios de utilização de recursos da campanha publicitária para custeio indevido de viagens nacionais e internacionais, que já havia sido coberto por meio de diárias pagas pela Funpec.

Justiça bloqueou 26 milhões de investigados

A Justiça Federal determinou no dia 20 de janeiro o bloqueio de mais de R$ 26,5 milhões das contas de pessoas e empresas investigadas no processo. Um dos alvos da ação é o coordenador do Lais, o professor Ricardo Valentim.

A investigação durou mais de quatro anos. Segundo o que consta no processo, a apuração sobre o caso começou em 14 de agosto de 2018, após uma denúncia ao MPF. São investigados crimes como fraude à licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.

A informação repassada na denúncia era de que o proprietário de uma agência de publicidade de Brasília teria feito “acordos escusos” para celebrar um contrato de R$ 50 milhões com a Funpec, fundação de apoio da UFRN, destinado à realização de uma campanha publicitária sobre a sífilis.

Segundo o MPF, a investigação reúne 50 volumes de documentos e informações colhidas – algumas mediante quebra de sigilo de e-mails.

Nos documentos, os investigadores encontraram “indícios veementes” de que a licitação para a contratação da agência teria sido simulada, que a campanha publicitária contratada teve valores superfaturados e que as peças publicitárias entregues tiveram qualidade baixa em relação aos valores pagos. Ainda apontaram que subcontratações foram direcionadas a empresas ligadas à própria agência.

Segundo a investigação, o valor pago pelo poder público chegou a corresponder a R$ 221,78 por cada visualização dos vídeos produzidos – valor muito acima do esperado. Por um vídeo de um minuto, também com uma versão de 30 segundos, sem atores e apenas com uma narração e uma apresentação, teriam sido pagos R$ 504,5 mil.

Foto: Divulgação/Polícia Federal
Do G1 RN

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UFRN diz que projeto “Sífilis não” já foi investigado e que não foram encontradas irregularidades

UFRN diz que projeto “Sífilis Não” já foi investigado e que não foram encontradas irregularidades

Instituição reitera que houve irregularidades e aponta que permanecerá à disposição para colaborar com as investigações

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) publicou novos esclarecimentos acerca da Operação Faraó, que apura possíveis crimes relacionados ao desvio de recursos federais em um projeto coordenado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), pertencente à instituição de ensino. A universidade reitera que não foram encontradas irregularidades em uma apuração prévia feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e também aponta que permanecerá à disposição para colaborar com as investigações.

A pedido do Ministério Público Federal (MPF) e mediante ordens expedidas pela Justiça Federal no Rio Grande do Norte (JFRN), cerca de 90 policiais federais e 27 auditores da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram na semana passada mandados de busca e apreensão em Natal e outras três cidades brasileiras.

A investigação apura denúncia que o proprietário da agência publicitária brasiliense Fields teria feito acordos escusos para celebrar um contrato de R$ 50 milhões com a Fundação Norte-rio-grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), destinado à realização de uma campanha publicitária sobre a sífilis. Tal campanha era parte do projeto denominado “Sífilis não”, coordenado pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais), pertencente à UFRN.

Em nota, a UFRN diz que o referido projeto já foi objeto de apreciação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o qual emitiu o Acórdão Nº 908/2022, onde a Universidade alega que não foi apontada qualquer irregularidade. “Seguindo o mesmo entendimento, não houve irregularidade atribuída à UFRN no referido Processo e, consequentemente, não houve qualquer bloqueio em recursos da instituição”, reitera a UFRN.

Além disso, a instituição federal de ensino informa que permanecerá à disposição para colaborar com a investigação em curso pelo Ministério Público Federal e demais órgãos de controle. “Cabendo às pessoas físicas e jurídicas envolvidas no processo prestarem os devidos esclarecimentos”, encerra a instituição.

Nota de esclarecimento

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) comunica que, após ter acesso ao teor do Processo n° 0809385-11.2022.4.05.8400, relativo à operação de busca e apreensão realizada em 19 de janeiro de 2023, verifica-se que envolve o contrato celebrado em 2017, entre a UFRN e a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), com a finalidade de desenvolvimento de pesquisa aplicada “Sífilis Não”, com recursos do Ministério da Saúde.

Em projetos dessa natureza, os recursos recebidos pela Universidade são repassados à Fundação, para execução do plano de trabalho, em conformidade com a Lei 8.958/1994, que dispõe sobre as relações entre as instituições federais de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica e as fundações de apoio. O referido projeto já foi objeto de apreciação pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o qual emitiu o Acórdão Nº 908/2022 – TCU – Plenário, onde não foi apontada qualquer irregularidade à Universidade. Seguindo o mesmo entendimento, não houve irregularidade atribuída à UFRN no referido Processo e, consequentemente, não houve qualquer bloqueio em recursos da instituição.

A Universidade reitera seu compromisso com a transparência e governança, tendo como resultado, em 2021, o 1° lugar em transparência ativa na Administração Pública Federal, conforme a Controladoria-Geral da União (CGU), além do 2° lugar no Índice Integrado Governança e Gestão (IGG) do TCU.

Nesse sentido, a UFRN sempre esteve e permanecerá à disposição para colaborar com o que for solicitado, cabendo às pessoas físicas e jurídicas envolvidas no processo prestarem os devidos esclarecimentos.

Foto: Cícero Oliveira
Do Novo Notícias

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Parceria entre Prefeitura e LAIS moderniza sistema de informação da saúde em Natal

Parceria entre Prefeitura e LAIS moderniza sistema de informação da saúde em Natal

O prefeito Álvaro Dias se reuniu na tarde desta quinta-feira (9.jun.2022) com pesquisadores do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde/LAIS, para agradecer a transferência de um conjunto de equipamentos que serão utilizados pela Secretaria de Saúde de Natal, para dar celeridade no diagnóstico e tratamento de inúmeras doenças, incluindo a sífilis, doença infecciosa transmitida por contato sexual.

Entre os equipamentos estão: microfone omnidirecional, caixa acústica, sistema para webconferência, TV de 65 polegadas, condicionador de energia, switch POE 24 portas, rack de parede, telefone e 20 computadores SSD com monitor.

Esses equipamentos recebidos servirão para organizar a Sala de Situação – Salus, local onde a informação é analisada sistematicamente por uma equipe técnica, para destacar a situação de saúde da população. Os dados serão monitorados em tempo real.

O prefeito Álvaro Dias agradeceu o apoio que tem recebido e reafirmou o compromisso de colaborar com o Laboratório. “Essa parceria entre Prefeitura e LAIS tem sido importante para o monitoramento da saúde da nossa população. Aqui nós temos profissionais que contribuem muito para o enfrentamento e erradicação da problemática da sífilis na capital potiguar. E não é só isso. O LAIS contribui com ações efetivas para destacar Natal como a primeira capital do país livre da transmissão da sífilis congênita, quando a doença é transmitida da mãe com sífilis não tratada ou tratada de forma não adequada para criança durante a gestação”, disse.

Ricardo Valentim, Coordenador do LAIS, contou que o sistema Salus é uma solução de saúde digital para monitoramento inteligente de agravos na atenção básica e vigilância epidemiológica do cidadão e profissionais de saúde.

Foto: Joana Lima

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Diretor do LAIS UFRN considera 'precipitado' o cancelamento dos réveillons no Brasil

Diretor do LAIS/UFRN considera ‘precipitado’ o cancelamento dos réveillons no Brasil

Na avaliação do diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), Ricardo Valentim, o cancelamento das festas de réveillons anunciado pela maioria das capitais brasileiras – inclusive Natal – foi precipitado.

Em entrevista a uma rádio de Natal nesta quarta-feira (8.dez.2021), ele considerou que o Brasil tem, atualmente, o momento epidemiológico com redução no número de casos e mortes para a covid-19, e a criação de uma “forte barreira imunológica” contra a doença, por meio do avanço da vacinação.

O Diretor do LAIS/UFRN destacou ainda a realização de grandes eventos em todo Brasil e incentivou a realização do Carnatal, que começa nesta quinta-feira (9.dez.2021). Para ele, a diminuição dos casos de covid-19 e o avanço da vacinação contribuem para que os eventos possam ser realizados.

Foto: Ilustração/Elisa Elsie

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Lais UFRN lança a Plataforma ADA, que integrará pesquisa clínica no Brasil

Lais/UFRN lança a Plataforma ADA, que integrará pesquisa clínica no Brasil

Um problema que vinha se estendendo desde o início da pandemia foi solucionado a partir da construção da Plataforma ADA, que possibilita a integração da pesquisa clínica no Brasil. Por meio da plataforma, idealizada e construída pelo Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais/UFRN), mais de 60 mil pessoas, voluntárias dos processos de pesquisa em vacina para o coronavírus, passam a integrar o sistema do Governo Federal, tendo a sua imunização reconhecida e possibilitando também a emissão de certificados de vacinação.

O lançamento aconteceu nesta segunda-feira (8), em Natal, e contou com a presença de representantes de centros de pesquisa de todo o país e da Fiocruz. A apresentação foi realizada pelo coordenador do Lais, o professor e pesquisador Ricardo Valentim. 

Durante a solenidade de lançamento, o médico Esaú Custódio, diretor do Centro de Pesquisa Integrada do Hospital do Servidor, do Rio de Janeiro, ressaltou a importância da Plataforma ADA, na resolução de um problema que poderia colocar em risco todas as pesquisas com imunizantes no Brasil. “Todos os centros de pesquisa no país estavam procurando uma solução para o problema. Levamos a demanda ao Lais no dia 1º de outubro. E, no dia 26, todos os voluntários que participaram das pesquisas no nosso centro estavam devidamente cadastrados”, ressaltou o médico.

Já para o pesquisador e membro do Centro Nacional de Infectologia da Fiocruz, Leonardo Souza, a Plataforma ADA reforça a importância da pesquisa realizada por instituições públicas em todo o Brasil, em um momento de tantos desafios para a sociedade. 

Na oportunidade, o governador em exercício do Rio Grande do Norte, Antenor Roberto, ressaltou a parceria do Lais desde o início da pandemia. “Tivemos a criação de diversas ferramentas, como Regula RN e o RN Mais Vacina, que são fundamentais para a gestão de enfrentamento ao coronavírus no estado. Esta nova plataforma reforça a importância dessa parceria do Lais com o RN”.

Também estiveram presentes ao lançamento da Plataforma ADA o pró-reitor adjunto de Planejamento da UFRN e representante da instituição, professor Djalma Ribeiro; Carlos Alberto Araújo, represente do Hospital Universitário Doutor Onofre Lopes (Huol), e Elano Ferreira de Miranda, representante da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap).

Unificação de dados

O desenvolvimento da plataforma acontece em uma parceria do Lais junto ao Centro de Pesquisa do Hospital Federal dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro (HFSE/RJ), mas já motivou o interesse da Associação Brasileira de Pesquisa Clínica, reunindo mais de 40 centros de pesquisa em todo o Brasil, e dos principais fabricantes de imunizantes, como a Pfizer, AstraZeneca, Sinovac, Janssen.

Por meio da Plataforma ADA, será possível registrar todo o trabalho de pesquisa clínica, realizado com imunobiológicos no Brasil, incluindo o gerenciamento de TCLEs (Termo de Consentimento Livre Esclarecido, assinado pelos voluntários em pesquisa), fases do estudo clínico, cadastro de pesquisadores e participantes, central do pesquisador, central do participante, importação automatizada de dados da pesquisa, cadastro de credenciais para a Rede Nacional de Dados em Saúde, cruzamento de dados clínicos, registro de vacinação, gerenciamento de estoque e incidentes, relatórios gerenciais, declarações de participação e vacinação, alertas e notificações, integração com RNDS e Cartão Nacional de Saúde.

Neste primeiro momento, a Plataforma ADA terá como foco a produção de vacinas, integrando todos os dados de pesquisa clínica para qualquer tipo de imunizante que venha a ser testado no Brasil, com pacientes voluntários, à Rede Nacional de Dados em Saúde, interconectado ao barramento de dados em saúde do Governo Federal.

Foto: Reprodução/LAIS

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Para especialista, não há necessidade de novas medidas restritivas no RN

Para especialista, não há necessidade de novas medidas restritivas no RN

De acordo com o professor Ricardo Valentim, diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, “não há necessidade de medidas restritivas além das que existem hoje no Rio Grande do Norte, como o uso de máscara”, afirma.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (20.out.2021), após a piora da situação da pandemia em 31 cidades potiguares, apontada em relatório da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap RN).

Para o especialista, o aumento pontual de casos é natural, e ocorre devido a flexibilização das medidas restritivas e retomada dos eventos e atividades, como o turismo. Apesar disso, ele considera que a situação é muito mais tranquila que no início de 2021, quando ainda não havia vacinação da população.

Foto: Arthur Barbalho

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População adulta vacinada com a D1 chega a 79% no Rio Grande do Norte; dados são da Sesap RN

População adulta vacinada com a D1 chega a 79% no Rio Grande do Norte; dados são da Sesap/RN

O Rio Grande do Norte atingiu a marca de 79% da população com 18 anos ou mais vacinados contra a Covid-19 com a primeira dose, equivalente pouco mais de 2,1 milhões de potiguares com 18 anos ou mais, segundo a plataforma RN + Vacina. De acordo com a secretaria, “o resultado é fruto de uma intensa campanha estadual de vacinação realizada em todos os 167 municípios do estado e adesão da população à vacina, método mais eficaz de prevenir o contágio e a disseminação do coronavírus”, diz.

A Sesap realizou, nos dois últimos sábados, em 21 e 28 de agosto, mutirões com o objetivo de impulsionar a vacinação dos potiguares. No primeiro dia D, 11.881 pessoas foram vacinadas com primeira, segunda ou dose única contra o coronavírus. Já no segundo dia D, 19.547 potiguares foram vacinados, totalizando mais de 31 mil potiguares vacinados contra a Covid-19.

Enquanto 79% dos potiguares já tomaram pelo menos uma dose, pouco mais de 873 mil pessoas tomaram a D2 ou o imunizante da Janssen, que é de dose única. O valor corresponde a cerca de 32% da população adulta completamente vacinada no RN. “A Sesap tem feito um trabalho junto aos municípios, incentivando na busca ativa da população que ainda não completou o esquema vacinal, ou seja, não tomou a segunda dose. É fundamental que as pessoas procurem os postos de saúde, porque estamos com a variante Delta em circulação no Estado e nossa defesa é a vacina”, afirma Kelly Lima, coordenadora de Vigilância em Saúde da Sesap.

Até o momento, o RN recebeu mais de 3,7 milhões de doses para a campanha estadual de vacinação, das quais 2,9 milhões já foram administradas pelas salas de vacina em todo RN.

Vacinação de 12 a 17 anos

Nesta semana, a previsão é que o RN inicie a vacinação de crianças e adolescentes de 12 a 17 anos. Assim como aconteceu com a população adulta, a vacinação começará pelos grupos prioritários. Inicialmente, serão vacinadas gestantes de 12 a 17 anos e, em seguida, os demais grupos. “Iremos começar pelas gestantes e puérperas para dar continuidade à vacinação. A ampliação de público será permitida nos municípios que completarem 90% da vacinação da população adulta”, disse Kelly Lima.

Segunda Dose

Tendo em vista a confirmação de casos da variante em circulação comunitária em Natal, a Sesap reforça e orienta a população para buscar as salas de vacinação mais próximas de suas residências e regularizar ou completar o esquema vacinal. As vacinas são eficazes contra a variante delta e, por isso, é importante a vacinação e adoção de medidas sanitárias de prevenção e combate ao coronavírus.

Foto: Divulgação/Sesap/LAIS

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Ricardo Valentim

Diretor executivo do LAIS, Ricardo Valentim, é uma das 100 personalidades mais influentes da saúde na década

O diretor executivo do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (LAIS/UFRN), Ricardo Valentim, foi premiado nesta sexta-feira (23), como uma das 100 pessoas mais influentes da saúde do Brasil na década. O reconhecimento foi conferido pelo Grupo Mídia, responsável pela organização do prêmio desde 2013.

A menção honrosa foi entregue pelos diretores do Grupo Mídia, Edmilson Jr. Caparelli e Marcelo Caparelli. Para o diretor executivo do LAIS, o prêmio reconhece o trabalho de todas equipe que envolve o laboratório.

“Tenho a honra de compartilhar com cada um dos nossos pesquisadores, dos nossos alunos, dos nossos professores e também com todas as instituições que cooperam com o LAIS/UFRN. Tudo isso tem uma simbologia muito significativa, que nos coloca numa posição de mais responsabilidade no enfrentamento das demandas sociais, por inovação e tecnologia, visando transformar e melhorar a vida da população e a qualidade dos serviços de saúde ofertado”, disse Ricardo Valentim.

Ricardo Valentim ganha prêmio
Foto: Divulgação/LAIS/UFRN

Em reconhecimento ao Prêmio, Valentim recebeu mensagem da diretoria do ComSaude – Comitê da Cadeia Produtiva da Saúde e Biotecnologia, da Federação da Indústria do Estado de São Paulo – FIESP, sendo congratulado pela conquista.

O prêmio é representativo para o Laboratório, que em 2021 completa 10 anos. Neste período, o LAIS tem vem atuado diretamente para a melhoria da qualidade do Sistema Único de Saúde (SUS), seja por meio da qualificação para profissionais da saúde – através de cursos de capacitação disponibilizados gratuitamente no Avasus (Ambiente Virtual de Aprendizagem do Sistema Único de Saúde) – ou da implementação de tecnologias inovadoras que possam melhorar o atendimento aos pacientes que chegam ao serviço público de saúde.

Sobre a premiação “Os 100 mais influentes da Saúde”

Criado em 2013, o prêmio “Os 100 mais influentes da Saúde” terá uma edição especial neste ano, premiando os nomes mais importantes do setor da última década. Para chegar aos ganhadores, o conselho editorial baseou-se em duas fontes de pesquisa: pesquisa aberta pelo site da HCM e pesquisa de mercado.

Quem é Ricardo Valentim?

Ricardo Valentim é doutor em Engenharia Elétrica e de Computação pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN); além disso, também é professor adjunto IV da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Departamento de Engenharia Biomédica e professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica e de Computação (PPgEEC/UFRN).

Também atua como professor permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação, Trabalho e Inovação em Medicina e como professor colaborador do Programa de Pós-Graduação em Ensino em Saúde.

Foto: Divulgação/LAIS/UFRN

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UTIs

Covid-19: Rio Grande do Norte possui fila para leitos de UTI zerada

Na noite dessa segunda-feira, 19, o Rio Grande do Norte mantém zerada a fila por leitos de UTI destinados a pacientes com Covid-19. De acordo com o site Regula RN, que monitora em tempo real a ocupação de leitos em todo o estado, haviam disponíveis 181 leitos críticos e nenhum paciente aguardando vaga.

De acordo com os números verificados pelo Por Dentro do RN, até às 20h30 desta segunda-feira, 49,01% dos leitos críticos estavam ocupados em todo o Estado. A situação está melhor na região Oeste, com 43,14% dos leitos ocupados. Depois, a Grande Natal apresenta 50,44% de ocupação de leitos, enquanto o Seridó tem 59,26% dos leitos ocupados.

Leitos de UTI no RN
Foto: Reprodução (Regula RN/LAIS/Sesap/Governo do RN)

Leitos de UTI no RN
Foto: Reprodução (Regula RN/LAIS/Sesap/Governo do RN)

Apesar do número baixo de ocupação, dois hospitais apresentam 100% de ocupação dos leitos críticos: O Hospital da Solidariedade, mantido pela Liga Mossoroense Contra o Câncer, em Mossoró, e a Maternidade Divino Amor, em Parnamirim. Na capital, nenhum hospital monitorado pelo Regula RN apresenta ocupação máxima de leitos de UTI.

Nesta segunda-feira, o Rio Grande do Norte registrou 715 novos casos de COVID-19, totalizando 353.610 casos confirmados. Foram confirmadas, ainda, mais 32 mortes, sendo 7 nas últimas 24 horas – são, ao todo, 7014 óbitos causados pelo Coronavírus.

Foto: Reprodução/Sandro Menezes

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RN Mais Vacina

RN Mais Vacina passa a emitir certificado de vacinação válido internacionalmente

Quem for vacinado no Rio Grande do Norte e que tenha cadastro na plataforma RN Mais Vacina já pode emitir o certificado de vacinação. O documento é considerado fundamental para a comprovação da imunização, principalmente em casos de viagem dentro e fora do Brasil, e tem como principal objetivo informar, oficialmente, quais os imunizantes ministrados, contendo o tipo da vacina, local e data da aplicação.

De acordo com Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde – LAIS/UFRN, o certificado pode ser impresso na própria plataforma, tanto em português como em inglês e espanhol, facilitando nos casos para viagens ao exterior. No documento também consta um QRCode para verificar a autenticidade do documento.

Site do RN Mais Vacina
Site do RN Mais Vacina

Segundo Fernando Lucas Farias, pesquisador do LAIS e responsável pelo RN Mais Vacina, o serviço é mais uma inovação trazida pelo RN Mais Vacina, sendo uma ferramenta que vai permitir ao cidadão portar um documento oficial certificando as doses recebidas na campanha de vacinação contra covid-19 e futuramente demais vacinas.

Fernando também ressaltou que, pelo fato de ser emitido em outras idiomas, além do português, o documento é válido internacionalmente, sendo possível validar sua autenticidade na própria plataforma: “Essa atualização está em sintonia com o compromisso do RN Mais Vacina em tornar o processo de vacinação cada vez mais simples, transparente e centrado na experiência do cidadão”, explicou.

Foto: Reprodução

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