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Especialistas advertem para o riscos da dengue durante a gestação

Especialistas advertem para o riscos da dengue durante a gestação

Até 21 de março, o Brasil já notificou dois milhões de casos prováveis de dengue só no primeiro trimestre de 2024, o maior número registrado da série histórica; médicos também destacam importância do diagnóstico precoce

Na semana passada, médicos ginecologistas e residentes se reuniram na sede da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn) para discutir o manejo da dengue na gestação. Como especialistas, foram convidados o médico infectologista Kleber Luz e a médica ginecologista e obstetra especialista em gravidez de alto risco Ana Cristina Pinheiro Araújo, membro da Sogorn. Na ocasião, os presentes tiveram a oportunidade de participar de uma atualização científica sobre a problemática que afeta milhares de pacientes todos os anos.

De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, até 21 de março, o Brasil já notificou dois milhões de casos prováveis de dengue só no primeiro trimestre de 2024, o maior número registrado da série histórica. Transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti, a doença pode evoluir para dengue hemorrágica, quadro que tende a ser fatal, principalmente para as gestantes e outras populações de risco.

Segundo o professor do Departamento de Infectologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Kleber Luz, o atendimento às gestantes com sintomas de dengue é uma prioridade. “O profissional deve identificar os sinais de gravidade, se houver, ela (a gestante) precisa ingressar em uma unidade de emergência para ser tratada e monitorada”, notifica o especialista.

Para a professora do Departamento de Tocoginecologia da UFRN, Ana Cristina Pinheiro Araújo, as mulheres acometidas pela dengue no final da gravidez são o grupo de pacientes com maior risco. “O acompanhamento obstétrico é fundamental para todas as gestantes, em especial, nos casos de suspeita da dengue, pois, a doença eleva muito a mortalidade materna. Nesse caso, o ideal é a resolução do parto somente após controle do quadro clínico, evitando contaminação neonatal”, adverte a médica ginecologista e obstetra.

O presidente da Sogorn, Robinson Dias, reforça a importância dos cuidados prioritários com as grávidas acometidas pela dengue e esclarece as razões que motivaram o encontro na sede da instituição para tratar do tema. “É muito importante que os especialistas estejam preparados e sensíveis para a gravidade que a doença representa para as gestantes, por isso, consideramos por bem promover o debate, a exemplo do que tem feito a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) em nível nacional. Precisamos estar alertas para promovermos os cuidados necessários às mulheres grávidas, visando garantir a integralidade da sua saúde e do bebê”.

Foto: Divulgação

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Câncer colorretal é o segundo mais recorrente entre as mulheres

Câncer colorretal é o segundo mais recorrente entre as mulheres

Doença atinge cerca de 24 mil mulheres ao ano e 90% está na faixa etária pós-menopausa; especialista esclarece importância da prevenção e do diagnóstico precoce

No Brasil, março é o mês dedicado à prevenção do câncer colorretal, condição que afeta o intestino grosso, reto e ânus, sendo esse o segundo com maior incidência entre a população feminina, atrás somente do câncer de mama. Segundo estimativa do Instituto Nacional de Câncer (Inca), anualmente, a doença afeta 45.630 pessoas, das quais, 23.660 são mulheres com idade superior aos 50 anos em sua maioria. Os dados alertam sobre a relevância da prevenção e diagnóstico precoce para as mulheres que estão nessa faixa etária, pós-menopausa.

“Há importância em prevenir e rastrear o câncer colorretal, especialmente, nas mulheres após os 50 anos, que são o grupo mais afetado. Essa primeira atividade deve partir do estilo de vida baseado em boas práticas, com a recorrência de exercícios físicos alinhados à alimentação balanceada”, esclarece a médica ginecologista, Técia Maranhão, membro da Sociedade de Ginecologia do Rio Grande do Norte (Sogorn).

Além disso, a especialista aponta como identificar possíveis sintomas para garantir um um reconhecimento mais rápido da doença: “é necessário que o paciente conheça e compreenda o próprio corpo para identificar algo fora do normal, como o aparecimento de sangue nas fezes, a sensação de intestino preso, mesmo após a evacuação, e a perda de peso fora do padrão. Em caso de recorrência, é necessário procurar um médico gastroenterologista ou um coloproctologista imediatamente”, orienta.

Reposição hormonal como prevenção alternativa

Segundo o estudo Women’s Health Initiative (WHI), desenvolvido pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos, o câncer colorretal atinge mais o público feminino com idade pós-reprodutiva devido à queda dos níveis de estrogênio que ocorre durante e após o climatério, comum entre os 45 e 55 anos de idade. Neste sentido, a dra. Técia menciona a reposição hormonal como uma alternativa para a prevenção da doença.

“Quando indicada corretamente por um profissional de ginecologista, a reposição hormonal pode ajudar a compensar a diminuição dos níveis naturais de estrogênio, auxiliando na redução do risco de desenvolvimento da doença. Entretanto, é importante ressaltar que o método não é isento de riscos e contraindicações. A sua prescrição deve ser cuidadosamente avaliada, levando em consideração o histórico médico individual de cada paciente e os fatores de risco associados”, alerta a especialista.

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Dia Mundial do diabetes acende alerta para o cuidado e diagnóstico precoce da Diabetes Gestacional

Dia Mundial do diabetes acende alerta para o cuidado e diagnóstico precoce da Diabetes Gestacional

Mulheres que são acometidas pelo diabetes gestacional têm um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro

Dados do Ministério da Saúde (Sistema de Informações sobre Mortalidade – SIM) revelam o aumento de vítimas do Diabetes, no Rio Grande do Norte, em 29,5% entre 2010 e 2016; nesse cenário, o diabetes gestacional também requer atenção, e pode trazer consequências para a saúde da mãe e a do bebê

O dia 14 de novembro, aniversário do co-descobridor da insulina, Frederick Banting, foi escolhido em referência ao Dia Mundial do Diabetes. A doença crônica, decorrente da falta de insulina no organismo, e/ou da incapacidade de a insulina exercer adequadamente seus efeitos, ainda é motivo de preocupação para profissionais da saúde e sociedade, tendo em vista o aumento da incidência desse problema de saúde, também em cenário local.

Na capital potiguar, de acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), entre os anos de 2006 e 2017, o percentual de mulheres com diagnóstico de diabetes, aumentou 28%. Diante disso, o número alarmante também lança luz à incidência do diabetes gestacional, como orienta a Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn).

O diabetes gestacional é uma condição em que o organismo da mulher produz níveis elevados de açúcar no sangue durante a gravidez, afetando tanto a mãe quanto o bebê. Estima-se que a doença ocorra em pelo menos 5% de todas as gestações, mas essa taxa pode ser ainda maior em certos grupos étnicos. Além disso, mulheres que são acometidas pelo diabetes gestacional têm um maior risco de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

“Durante a gestação, alterações hormonais podem influenciar o uso e a regulação da insulina no corpo da mulher, levando ao desenvolvimento da doença. Embora seja uma condição temporária que geralmente se normaliza após o parto, é essencial controlar adequadamente a glicemia durante a gravidez”, explica a ginecologista e obstetra Patrícia Fonseca, membro da Sogorn.

Além disso, a hiperglicemia durante a gestação também afeta os filhos dessas mulheres, aumentando os riscos de obesidade, síndrome metabólica e diabetes na vida futura. “O diabetes gestacional representa um problema relevante nos dias atuais, não apenas pelo risco de desfechos perinatais adversos, mas também pelo aumento de sua prevalência, acompanhando a epidemia de obesidade observada em diversos países”, destaca a médica.

Dessa forma, o diagnóstico precoce e o controle adequado da doença são fundamentais para garantir uma gestação saudável e minimizar os riscos associados. O acompanhamento médico regular, a adoção de uma alimentação equilibrada, com testes de glicemia regulares, prática de exercícios físicos e o cumprimento das orientações médicas são essenciais para o manejo do diabetes gestacional.

A doença em números

A população mundial atualmente conta com 529 milhões de indivíduos afetados pelo diabetes, de acordo com um estudo conduzido por pesquisadores do Instituto de Métricas e Avaliação de Saúde da Universidade de Washington. Além disso, os pesquisadores projetaram que, caso nenhuma medida seja tomada, todas as nações do mundo poderão experimentar um aumento nas taxas de diabetes nos próximos 30 anos. Estima-se que o número de pessoas afetadas mais do que duplique, chegando a aproximadamente 1,3 bilhão até o ano de 2050.

Foto: Divulgação

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Dia Mundial da Menopausa alerta para as doenças cardiovasculares

Dia Mundial da Menopausa alerta para as doenças cardiovasculares

Especialista aponta que elas matam mais do que a soma de todos os cânceres que afetam a população feminina acima dos 50 anos

Nesta quarta-feira (18) é celebrado o Dia Nacional do Médico e o Dia Mundial da Menopausa, data em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a Sociedade Internacional de Menopausa (International Menopause Society – IMS) chamam atenção para que as mulheres se preparem para viver com mais qualidade de vida nessa nova fase. Todos os anos, essas instituições escolhem um tema para a data, e em 2023 são as doenças cardiovasculares.

“Quando os ovários da mulher entram em falência deixam de produzir o estrogênio, principal hormônio feminino, com isso, alguns efeitos ocorrem no organismo, como o desequilíbrio das gorduras, do colesterol bom em relação ao mau colesterol, além do surgimento de problemas na parede vascular. Então, essas mulheres ficam propensas a apresentar doenças cardiovasculares, sejam os infartos, sejam os acidentes vasculares cerebrais, os AVCs”, esclarece Técia Maranhão, vice-presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn).

No Rio Grande do Norte, a especialista acrescenta, a principal causa de morte entre mulheres acima de 50 anos são os AVCs. O levantamento foi feito há cerca de 10 anos, mas segue atual, de acordo com Técia Maranhão. “As doenças vasculares matam mais as mulheres do que a soma de todos os cânceres que afetam a população feminina nesta fase da vida”, aponta.

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que cerca de 13,5 milhões de mulheres passam atualmente pelo climatério no país, período em que os ciclos menstruais começam a ficar irregulares, seguido do desaparecimento completo da menstruação. Tudo em consequência da queda da produção hormonal ovariana, decorrente da ausência de ovulação e ausência dos hormônios estrogênicos. O climatério é a fase de transição do período reprodutivo para o não reprodutivo e a menopausa representa a última menstruação da vida da mulher.

Os temidos sintomas tendem a provocar um impacto negativo sobre a qualidade de vida diária. E, como se não bastasse o mal estar, com eles também estão associadas doenças como as cardíacas e a osteoporose, esta última atinge 30% das mulheres após a menopausa. “Por isso é tão importante a mulher ter acesso a informações e acompanhamento médico para que possa encarar a menopausa e o climatério com mais segurança e tranquilidade”, orienta Técia Maranhão.

É no climatério, comumente também chamado menopausa, que diversas disfunções do organismo ocorrem na maioria das mulheres, como ondas de calor, ressecamento vaginal, mudança no aspecto da pele, queda de cabelo, falta de energia, insônia, assim como os distúrbios urinários. Doenças como a hipertensão arterial, obesidade, diabetes, hipotireoidismo, câncer de mama, ovário ou colorretal também surgem nesse período.

“Esta é uma fase natural na vida das mulheres, e os cuidados desde cedo podem amenizar os sintomas destas mudanças. A intensidade vai depender da qualidade de vida que essa mulher levou durante os quarenta anos que antecederam o climatério. É importante que mantenham bons hábitos como uma alimentação saudável, prática de atividades físicas, além de evitar álcool e cigarros”, aconselha a ginecologista.

Além disso, a especialista acrescenta, há também a indicação de reposição hormonal dependendo do caso, terapia que deve contar com o acompanhamento do médico, para que alcance o resultado esperado com a segurança que a mulher necessita. “Com informação e os cuidados necessários, os sintomas podem ser reduzidos e as doenças prevenidas, melhorando significativamente a qualidade de vida das mulheres”, orienta.

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Sogorn realiza eleições para Diretoria e Conselho Consultivo para o período 2023-2026

Sogorn realiza eleições para Diretoria e Conselho Consultivo para o período 2023-2026

O processo eleitoral ocorrerá no dia 8 de novembro de 2023, na sede da Associação Médica do Rio Grande do Norte

A Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn), entidade dedicada à representação e atualização científica dos médicos ginecologistas e obstetras do estado, anuncia a realização das eleições para escolha da nova Diretoria e Conselho Consultivo para o triênio 2023-2026.

Com o slogan “Avançando com compromisso e participação”, a chapa única que concorre nas eleições tem por candidatos: Robinson Dias de Medeiros para presidente, Gustavo Mafaldo Soares para vice-presidente, Yasha Emerenciano Barros para secretária executiva, Ana Karla Monteiro Freitas como secretária adjunta, Ivete Matias Xavier como tesoureira e Jane Araújo Nunes para tesoureira adjunta.

O processo eleitoral ocorrerá no dia 8 de novembro de 2023, na sede da Associação Médica do Rio Grande do Norte, em votação direta e secreta, em conformidade com as normas estatutárias da associação. Os membros da Sogorn são encorajados a participar ativamente das eleições e contribuir para a escolha da liderança.

Para mais informações sobre as eleições e a Sogorn, os interessados podem entrar em contato com a secretaria da Sogorn por meio do telefone 84 9637-7766.

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Jornada de Ginecologia e Obstetrícia chega à 35ª edição

Jornada de Ginecologia e Obstetrícia chega à 35ª edição

Evento vai abordar tópicos fundamentais para a saúde das mulheres, com um foco específico na promoção da vida

A Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn) realiza a 35ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte, que ocorrerá nos dias 31 de agosto e 01 de setembro no Hotel Golden Tulip, em Ponta Negra. Este ano, a jornada assume o tema central “Em defesa da vida da mulher”, refletindo o compromisso da Sogorn em abordar questões importantes relacionadas à saúde feminina e ações em prevenção à morbimortalidade materna.

Como destaque inovador desta edição, haverá um treinamento hands-on, uma abordagem prática e eficaz de ensino, que se concentrará na prevenção da morte materna evitável. O evento é destinado a profissionais de saúde feminina, incluindo ginecologistas, obstetras, residentes, estudantes de medicina e outros profissionais da atenção primária. Através de palestras, workshops e discussões interativas, a Jornada busca abordar tópicos fundamentais para a saúde das mulheres, com um foco específico na promoção da vida.

Uma das prioridades desta Jornada é a discussão de ações tendo em vista a redução das causas de morte prematuras e evitáveis de mulheres, e para isso, serão abordados tópicos de extrema relevância, como o combate ao câncer de colo do útero, alinhado com a política do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde. Além disso, haverá uma ênfase significativa na conscientização sobre o câncer de mama. Contudo, a abordagem mais profunda será direcionada à pré-eclâmpsia, uma das principais causas de morte materna, e causa também de prematuridade e seus graves efeitos sobre o recém-nascido.

“Esta jornada é uma plataforma para discutir temas contemporâneos e pertinentes, com destaque para o planejamento reprodutivo e a abordagem prática na prevenção da mortalidade materna evitável. Pretendemos enfatizar a importância do planejamento de saúde baseado em dados epidemiológicos sólidos”, ressalta Robinson Dias, presidente da Sogorn.

A 35ª Jornada de Ginecologia e Obstetrícia contará com a presença de palestrantes renomados, incluindo César Eduardo Fernandes (SP), presidente da Associação Médica Brasileira e diretor científico da Febrasgo; Agnaldo Lopes da Silva Filho (MG), presidente da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), bem como outros médicos conceituados, como José Humberto Chaves (AL), Angelina Maia (PE), Silvio Franceschini (SP) e Lia Cruz Vaz da Costa Damásio (PI).

As inscrições já estão abertas e podem ser realizadas através do telefone (84) 3219-6611 ou pelo seguinte link: https://forms.gle/Ja2HxCs21tQBjHDN7

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IST’s e festas juninas: riscos e medidas para uma vida sexual saudável

IST’s e festas juninas: riscos e medidas para uma vida sexual saudável

Sogorn alerta para o aumento no risco de contágio de doenças durante os festejos; especialistas reforçam ações de preservação

Assim como no Carnaval, o período das festas juninas acende o alerta para o contágio de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s). Após os festejos, aumenta consideravelmente o número de pessoas que procuram os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) para realizar exames de detecção do vírus HIV. O cenário é atribuído à falta de prevenção. Segundo dados mais recentes da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), cerca de 60% dos brasileiros acima de 18 anos afirmam não usar preservativo nenhuma vez nas relações sexuais.

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) são ocasionadas por vírus, bactérias e outros microrganismos. Sua principal forma de transmissão ocorre através do contato sexual desprotegido (oral, vaginal ou anal) com uma pessoa infectada, sem o uso de preservativos masculinos ou femininos. Além disso, uma IST pode ser passada da mãe para o filho durante a gravidez, o parto ou a amamentação.

Embora menos comum, essas doenças também podem ser transmitidas por contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais infectadas, mesmo sem envolver atividade sexual. São alguns exemplos de IST: herpes genital, sífilis, gonorreia, tricomoníase, infecção pelo HIV, infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), hepatites virais B e C.

Apesar do amplo conhecimento das doenças e das formas de prevenção, a população jovem parece desconsiderar os riscos à vida potencialmente causados pelas IST’s. Entre 2011 e 2021, mais de 52 mil jovens de 15 a 24 anos com HIV evoluíram para a síndrome da imunodeficiência adquirida (aids), segundo dados do Ministério da Saúde.

“O cenário da população em relação a estas infecções sexualmente transmitidas nos alerta para a necessidade de continuamente reforçar a importância do uso do preservativo nas relações sexuais”, destaca Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn).

Prevenção e ações pós-contágio

“Existem várias formas de se prevenir uma gravidez, porém o único método eficaz de evitar uma IST é com o uso da camisinha, sendo ela masculina ou feminina. O ideal ainda é fazer uma dupla proteção, especialmente se é uma relação sexual com um desconhecido, usando a camisinha e outro método anticonceptivo à escolha”, explica o ginecologista. Além da adoção de medidas de proteção, o médico ressalta a importância de realizar exames regulares e manter uma comunicação aberta e honesta com os parceiros sexuais para garantir uma vida sexual saudável.

Caso haja a suspeita de contágio, é pertinente agir de forma responsável, procurando imediatamente uma assistência médica para realizar os exames necessários e obter um diagnóstico preciso, abster-se de relações sexuais para reduzir o risco de transmitir a doença para outros parceiros, e, caso constatado, fazer acompanhamento regular e notificar os parceiros sexuais anteriores para que eles também possam buscar tratamento, se necessário. “É essencial se informar sobre a IST, seus sintomas, formas de transmissão e prevenção, para tomar medidas adequadas para sua saúde e evitar a disseminação da doença”, frisa Robinson Dias.

Foto: Freepik

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Mortalidade materna: desafios persistem apesar das metas estabelecidas

Mortalidade materna: desafios persistem apesar das metas estabelecidas

Em 2022, o estado do Rio Grande do Norte registrou 28 óbitos maternos, com uma razão de 69,83 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos

Na semana em que se celebra o Dia Nacional da Redução da Mortalidade Materna, dia 28 de maio, os números não permitem comemorações. A meta da ONU para 2030, dentro dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, é que nenhum país no mundo tenha razão de mortalidade materna maior que 70 óbitos por 100.000 nascidos vivos. O Brasil traçou sua meta em 30 óbitos por 100.000 nascidos vivos. Dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade, do Ministério da Saúde, no entanto, evidenciam a ascensão dos números de óbitos quando comparados com dados dos anos anteriores e registrou que em 2021 o Brasil teve uma razão de mortalidade materna de 107 óbitos por 100.000 nascidos vivos, quando em 2016 era de 58,4/100.000.

Os números da morte materna no RN se comportaram da mesma maneira, apresentando redução, apesar de lenta, nos anos pré-pandemia. Em 2022, porém, o estado do Rio Grande do Norte registrou 28 óbitos maternos, com uma razão de 69,83 óbitos maternos por 100.000 nascidos vivos, conforme dados preliminares da Vigilância do Óbito Estadual, da Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap). “Os números da morte materna pelo mundo são alarmantes, especialmente em países com baixo índice de desenvolvimento humano. E o mais impressionante é que 95% desses óbitos são de causas evitáveis”, destaca Elvira Mafaldo, ginecologista e obstetra, secretaria executiva da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn).

Durante o período de pandemia e pós-pandemia, muitos serviços de saúde foram paralisados ou desestruturados, resultando em dificuldades para retomar a normalidade dos atendimentos às mulheres, explica. “É importante ressaltar que essa realidade não foi observada apenas localmente, mas em todo o país. O período pandêmico deixou mais evidente a necessidade de melhorias na área da saúde feminina, demonstrando a fragilidade na qualidade da assistência prestada à mulher, por toda sua vida reprodutiva e, especialmente, a atenção obstétrica, no ciclo gravídico-puerperal”, analisa a médica.

Elvira ressalta ainda a importância da investigação dos óbitos para o entendimento das causas da morte materna, no intuito de conhecer e estabelecer ações efetivas para a prevenção. No atestado do óbito precisa que seja especificado que se trata de óbito materno. “A falha na investigação por parte de alguns municípios dificulta a obtenção de informações precisas sobre como ocorreram as mortes maternas, o que por sua vez dificulta a identificação e correção dos fatores determinantes”, frisa.

Neste contexto, é essencial destacar a necessidade urgente de investimentos na área da assistência obstétrica, visando a melhoria dos serviços e a capacitação dos profissionais para oferecer um atendimento adequado e acolhedor às mulheres que necessitam desses cuidados. “Esses investimentos são fundamentais para garantir uma estrutura sólida nos serviços de saúde, preparando os profissionais para lidar com as especificidades e desafios da saúde materna”.

O que é mortalidade materna

A mortalidade materna refere-se à morte de uma mulher durante a gravidez, parto ou dentro de um período de 42 dias após o término da gestação, causada por complicações diretas ou indiretas da gravidez. Esta taxa é considerada um importante indicador de saúde pública, sendo utilizada para avaliar a qualidade dos sistemas de saúde e a eficácia das intervenções em saúde materna.

As principais causas de mortalidade materna incluem complicações durante a gravidez, parto e pós-parto, relacionadas à hipertensão arterial (pré-eclâmpsia e eclampsia), hemorragias graves, infecções e complicações do aborto inseguro. Essas causas são consideradas evitáveis com cuidados pré-natais adequados, assistência ao parto qualificada e acesso a serviços adequados de emergência obstétrica.

A redução da mortalidade materna é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU), e esforços estão sendo feitos em todo o mundo para melhorar o acesso a cuidados de saúde materna de qualidade, garantir o acesso universal à saúde reprodutiva.

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Novembro roxo: pré-natal é principal aliado contra prematuridade

Novembro roxo: pré-natal é principal aliado contra prematuridade

O nascimento do bebê antes do previsto pode gerar risco tanto para o bebê quanto para a gestante

No Brasil, 340 mil bebês nascem prematuros todo ano, número que equivale a pelo menos 930 por dia ou 6 nascimentos pré-termo a cada 10 minutos, segundo dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde (MS). Tal cenário faz com que o País seja o 10º colocado no ranking mundial de prematuridade. Por isso, a campanha mundial Novembro Roxo acende o alerta à população sobre o crescente número de partos prematuros, visando conscientizar sobre como preveni-los e informar a respeito das consequências do nascimento antecipado para o bebê, para sua família e sociedade.

São considerados prematuros (ou pré-termos), os bebês que nascem antes de completar 37 semanas de gestação (36 semanas e 6 dias). De acordo com Robinson Dias, ginecologista obstetra presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), são diversos os fatores de saúde que podem ocasionar o nascimento do bebê antes do tempo previsto. Porém, a não realização de um pré-natal de qualidade é um dos principais.

De acordo com o médico, algumas das mais frequentes dificuldades na gravidez que podem levar à prematuridade são: o tabagismo, o alcoolismo, o uso de entorpecentes, o alto índice de estresse, as infecções urinárias, o sangramento vaginal, o diabetes, a obesidade, a hipertensão e a gravidez gemelar. “Contudo, pode-se evitar a prematuridade até mesmo antes da gestação, quando a mulher tem a sua saúde monitorada por um profissional e segue com um acompanhamento pré-natal na gravidez, para contornar os fatores de risco à gestação”, relata o obstetra.

Os benefícios destes cuidados se estendem de mãe a filho. Pois, o parto antecipado, dependendo do momento em que ocorre, pode gerar risco tanto para o bebê quanto para a gestante. “Além disto, crianças prematuras têm maior probabilidade para dificuldades de aprendizagem e comportamentais, deficiências motoras, infecções respiratórias crônicas e doenças cardiovasculares ou diabetes, em comparação com bebês nascidos a termo”, esclarece.

Portanto, o indicado é que a mulher realize um planejamento familiar adequado e, na confirmação de uma gestação, tenha o acompanhamento pré-natal disciplinado, com os exames em dia. Assim, poderá desenvolver uma gravidez segura e com mais chances de um parto de recém-nascido saudável.

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