MPRN recomenda que governo do RN não aumente salários nem faça concursos para evitar colapso fiscal

O Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN) emitiu uma série de recomendações ao governo estadual com o objetivo de ajustar as despesas às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). 

Entre as medidas propostas,  estão a suspensão  de aumentos salariais,  a criação de novos cargos  e a realização de  concursos públicos. 

A principal recomendação é a eliminação de pelo menos 10% dos gastos excedentes com pessoal por ano, com o objetivo de alcançar um percentual de 53,45% da receita corrente líquida até o final de 2024. 

Segundo o MPRN, no primeiro quadrimestre de 2024, o RN comprometeu 56,86% da receita corrente líquida com gastos de pessoal, uma porcentagem significativamente superior ao limite de 49% estabelecido pela LRF.

Em 2022,  esse índice era  de 52,14% no mesmo período. 

De acordo com o Relatório de Gestão Fiscal do Tesouro Nacional, o RN possui o maior percentual de gastos com pessoal entre todos os estados brasileiros.

Em resposta, o governo do Rio Grande do Norte emitiu uma nota afirmando que já está adotando medidas para reduzir despesas.

O governo atribui parte  das dificuldades financeiras à redução da alíquota do ICMS sobre combustíveis e energia elétrica, implementada pelo governo federal anterior, o que resultou em uma perda de arrecadação de mais de  R$ 1 bilhão anuais. 

O governo estadual também mencionou que está buscando equilibrar as finanças e que essas ações são prioritárias para a administração da governadora Fátima Bezerra.  

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Fotos:  Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Elisa Elsie/Governo do RN / Sandro Menezes/Governo do RN / Marcos Corrêa/PR/Ilustração/Arquivo / Ricardo Stuckert/PR/Ilustração/Arquivo