Combate à corrupção: Brasil é ultrapassado pela Argentina em ranking

Combate à corrupção

Ranking de combate à corrupção é realizado pelas Americas Society/Council of the Americas e Control Risks

Enquanto a Seleção Brasileira mantém a hegemonia no futebol latino-americano com seus cinco títulos, a mesma coisa não acontece em áreas mais importantes. Os hermanos, agora, estão à frente do Brasil em ranking que elenca as nações latino-americanas que mais têm trabalham e possuem transparência e empenho no combate à corrupção: detectando, punindo e prevenindo a ação de corruptos.

E não para por aí: desde 2019, quando ocorreu a última pesquisa e figurava em segundo lugar, o Brasil caiu quatro posições e ocupa, agora, a sexta colocação; atrás de Uruguai, Chile, Costa Rica, Peru e Argentina.

Combate à corrupção
Fonte: Americas Society/Council of the Americas e Control Risks

De acordo com a Americas Society/Council of the Americas e Control Risks, o país foi o que caiu mais posições desde o último levantamento. Uma explicação para o fato pode ser as constantes intervenções de Jair Bolsonaro nos órgãos que, antes, possuíam certa independência para atuar no combate à corrupção, como a Polícia Federal e o Ministério Público Federal, por exemplo.

De acordo com o documento, “países com uma pontuação mais alta são considerados mais propensos a ver atores corruptos processados e punidos”, enquanto o oposto disso é mais provável de ocorrer nos países que figuram nas posições mais baixas da tabela, como Guatemala, Bolívia e Venezuela, por exemplo.

Ranking Completo sobre o Combate a Corrupcao 1
Ranking detalhado com os parâmetros utilizados

É importante perceber que o Brasil registrou queda de 11% na categoria democracia e instituições políticas, onde o estado das relações entre os poderes executivo e legislativo foi um fator decisivo. O capital político de Bolsonaro diminuiu durante a pandemia, levando seus aliados a recorrerem à política de troca de favores, negociação de cargos e uso de fundos públicos para conseguir apoio no Congresso.

Além disso, o documento ainda destaca que a intervenção direta de Bolsonaro nos quadros da Polícia Federal e Ministério Público Federal podem fazer com que os indicados não tenham autonomia e continuem a sofrer pressões para proteger o presidente e seu círculo íntimo de investigações de quaisquer medidas de combate à corrupção que possam vir a surgir.

A íntegra do documento pode ser lida aqui.

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