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EUA e China fecham acordo para reduzir tarifas e aliviar guerra comercial por 90 dias

EUA e China fecham acordo para reduzir tarifas e aliviar guerra comercial por 90 dias

Medida temporária reduz tarifas de importação entre as duas maiores economias do mundo e busca destravar US$ 600 bilhões em comércio bilateral

Os Estados Unidos e a China chegaram a um acordo para reduzir temporariamente as tarifas de importação aplicadas entre os dois países. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (12.mai.2025), após reuniões entre autoridades econômicas em Genebra. A medida busca encerrar a disputa comercial que vinha prejudicando as economias das duas nações e afetando o mercado global.

Pelo acordo, os Estados Unidos reduzirão as tarifas extras sobre produtos chineses de 145% para 30%. Em contrapartida, a China diminuirá as taxas sobre mercadorias norte-americanas de 125% para 10%. As novas alíquotas entrarão em vigor por 90 dias, como uma medida provisória para aliviar as tensões.

Impacto da guerra comercial

Desde o início do ano, as tarifas impostas pelo governo norte-americano sob liderança de Donald Trump elevaram os custos de importação de produtos chineses, afetando setores estratégicos como medicamentos, semicondutores e aço. A China respondeu impondo restrições à exportação de terras raras — insumos críticos para a indústria tecnológica e de defesa dos Estados Unidos — e aumentando as tarifas sobre produtos norte-americanos.

O embate tarifário travou cerca de US$ 600 bilhões em comércio bilateral, prejudicando cadeias de suprimento globais e alimentando preocupações com estagflação e demissões em ambos os países.

Negociações em Genebra

As reuniões realizadas em Genebra representaram o primeiro contato direto entre autoridades econômicas de alto nível dos Estados Unidos e da China desde a volta de Donald Trump à presidência. O encontro contou com a presença do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, e do representante de Comércio norte-americano, Jamieson Greer.

“Ambos os países representaram muito bem seus interesses nacionais”, afirmou Bessent após as conversas. Ele destacou que os dois lados compartilham o interesse em promover um comércio equilibrado, sem a intenção de uma dissociação econômica.

“O que ocorreu com essas tarifas muito altas foi o equivalente a um embargo, e nenhum dos lados quer isso. Nós queremos comércio”, completou.

Termos do acordo

O acordo anunciado não inclui reduções específicas para setores individuais. As tarifas serão reduzidas de forma generalizada, sem distinção entre produtos ou indústrias. No entanto, os Estados Unidos informaram que continuarão seu reequilíbrio estratégico em áreas consideradas vulneráveis, como saúde, tecnologia e produção de aço.

Além das tarifas, as negociações abordaram questões paralelas, como a restrição do fentanil, potente opioide cuja entrada nos Estados Unidos foi declarada uma emergência nacional. Segundo Jamieson Greer, as conversas sobre o tema foram “construtivas”, embora tratadas em um canal separado das discussões comerciais.

Repercussão do mercado

A notícia da redução tarifária foi recebida como positiva por analistas de mercado. Para Zhiwei Zhang, economista-chefe da Pinpoint Asset Management em Hong Kong, a medida superou as expectativas.

“Isso é melhor do que eu esperava. Achei que as tarifas seriam reduzidas para algo em torno de 50%”, afirmou Zhang. Ele destacou que o acordo tende a reduzir as preocupações com os danos às cadeias globais de oferta no curto prazo e a melhorar o ambiente econômico global.

Próximos passos

Apesar da trégua de 90 dias, as negociações entre Estados Unidos e China devem continuar. A expectativa é que as partes busquem soluções de longo prazo para reequilibrar o comércio bilateral e mitigar as disputas tarifárias.

O governo norte-americano seguirá monitorando as áreas estratégicas para garantir segurança nas cadeias de suprimento, enquanto a China mantém sua política de proteção a setores considerados sensíveis.

O presidente Donald Trump afirmou que as conversas com a China representam uma “reinicialização total” das relações comerciais, conduzida de maneira amigável e construtiva.

Foto: NATO / RS/Fotos Públicas

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Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira

Carlo Ancelotti é o novo técnico da Seleção Brasileira

Anúncio foi feito nesta segunda-feira pela CBF, que aposta no italiano para comandar o Brasil rumo à Copa do Mundo de 2026

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou nesta segunda-feira (12.mai.2025) a contratação do italiano Carlo Ancelotti como novo treinador da Seleção Brasileira. O anúncio foi feito por meio das redes sociais da entidade, encerrando um período de indefinição no comando técnico que se arrastava desde a demissão de Dorival Junior, ocorrida em março deste ano.

O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, celebrou a chegada do técnico com uma declaração publicada no perfil oficial da entidade. “Trazer Carlo Ancelotti para comandar o Brasil é mais do que um movimento estratégico. É uma declaração ao mundo de que estamos determinados a recuperar o lugar mais alto do pódio. Ele é o maior técnico da história e, agora, está à frente da maior seleção do planeta. Juntos, escreveremos novos capítulos gloriosos do futebol brasileiro”, disse.

Com a nomeação, a CBF aposta em um perfil internacional e consagrado para tentar recolocar o Brasil no caminho das grandes conquistas, especialmente com a proximidade da Copa do Mundo de 2026, que será realizada em conjunto por Estados Unidos, México e Canadá. O torneio começa em junho de 2026, o que dá pouco mais de um ano para Ancelotti implementar seu trabalho à frente da equipe.

A chegada do italiano também marca o fim de um intervalo de quase dois meses sem técnico fixo, após a saída de Dorival Junior, anunciada em março após goleada imposta pela Argentina nas eliminatórias para a Copa do Mundo.

Quando começa o trabalho?

Segundo o jornal The Athletic, conforme matéria publicada pelo GloboEsporte.com, Ancelotti se reunirá com Rodrigo Caetano, coordenador geral das Seleções Masculinas, e Juan, coordenador técnico, para definir a lista prévia de jogadores a serem convocados para os dois próximos jogos oficiais. Ainda segundo a apuração, o treinador deve começar a trabalhar pela CBF em 26 de maio.

O próximo compromisso da seleção brasileira de futebol será no próximo dia 5, na cidade de Guayaquil, no Equador, pelas eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2026 – o jogo será contra os equatorianos. Neste momento, o Brasil está em quarto lugar na tabela de classificação, com 21 pontos ganhos – o Equador está em segundo, com 23.

Depois, no dia 10, o Brasil enfrenta o Paraguai, na cidade de São Paulo. Os paraguaios estão na quinta colocação das eliminatórias, com os mesmos 21 pontos do time brasileiro.

Trajetória de Carlo Ancelotti

Aos 65 anos, Carlo Ancelotti é um dos treinadores mais vitoriosos do futebol mundial. Nascido em Reggiolo, na Itália, teve uma carreira sólida como jogador, atuando como meio-campista em clubes como Roma e Milan, além de defender a seleção italiana em Copas do Mundo. Como técnico, iniciou a carreira no Reggiana em 1995 e construiu um currículo impressionante com passagens por gigantes europeus.

Entre seus principais feitos, Ancelotti soma quatro títulos da Liga dos Campeões da UEFA — dois com o Milan e dois com o Real Madrid — além de campeonatos nacionais na Itália, Inglaterra, França, Alemanha e Espanha, tornando-se o único treinador a conquistar as cinco principais ligas europeias.

Conhecido pelo estilo conciliador e pela capacidade de lidar com elencos estrelados, Ancelotti é também admirado pela versatilidade tática e por seu perfil de liderança discreta, porém eficiente. Antes de aceitar o convite da CBF, comandava o Real Madrid, onde encerrará sua temporada atual antes de assumir oficialmente o comando da Seleção.

Foto: Doha Stadium Plus/VisualHunt/Ilustração/Arquivo

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Papa Leão XIV faz apelo global por fim das guerras em primeira mensagem no Vaticano

Papa Leão XIV faz apelo global por fim das guerras em primeira mensagem no Vaticano

Novo pontífice pede paz na Ucrânia, cessar-fogo em Gaza e destaca cessar-fogo entre Índia e Paquistão

O novo líder da Igreja Católica, Papa Leão XIV, fez neste domingo (11.mai.2025) seu primeiro pronunciamento público como pontífice, apelando pelo fim das guerras em diversas regiões do mundo. A mensagem foi transmitida da Praça de São Pedro, no Vaticano, diante de dezenas de milhares de fiéis.

Leão XIV foi eleito em 8 de maio de 2025, sucedendo o Papa Francisco. Durante o discurso, ele pediu especificamente por uma “paz autêntica e duradoura” na Ucrânia, além de um cessar-fogo imediato em Gaza e a libertação dos reféns israelenses que ainda estão sob poder do grupo Hamas.

Conflitos em destaque: Ucrânia, Gaza e Ásia Meridional

Em sua fala, o papa fez referência à guerra entre Rússia e Ucrânia, iniciada em 2022, e que se estende por três anos. Horas antes do pronunciamento papal, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia proposto negociações diretas com a Ucrânia. Leão XIV afirmou carregar o sofrimento do povo ucraniano e pediu conversas que resultem em paz justa e duradoura.

Sobre o conflito em Gaza, o pontífice disse estar profundamente triste com os acontecimentos e reiterou a necessidade de ajuda humanitária, cessar-fogo imediato e libertação dos reféns.

O papa também mencionou o recente cessar-fogo entre Índia e Paquistão, que têm histórico de confrontos armados. Ele celebrou o avanço e expressou esperança em negociações duradouras entre os dois países vizinhos.

“Mas há tantos outros conflitos no mundo!”, afirmou Leão XIV, sem citar outras nações específicas.

Herança de Francisco e mensagem de continuidade

Durante sua fala, Leão XIV repetiu expressões frequentes do papa Francisco, incluindo o apelo “Chega de guerra!” e a menção à ideia de que o mundo vive uma “Terceira Guerra Mundial sendo travada aos poucos”. Ele também fez alusão ao 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, destacando o impacto global daquele conflito.

Pontífice norte-americano com história no Peru

Antes de ser eleito papa, Leão XIV era conhecido como cardeal Robert Prevost, nascido nos Estados Unidos. Ele é o primeiro papa norte-americano da história, com dupla cidadania: norte-americana e peruana — esta última obtida em 2015 após anos de atuação como missionário no país sul-americano.

Prevost atuou como missionário no Peru por décadas, antes de ser nomeado cardeal e assumir um alto posto no Vaticano em 2023.

Apesar de sua origem norte-americana, o papa não fez menção aos Estados Unidos em nenhuma de suas aparições públicas desde a eleição, o que gerou críticas por parte de setores conservadores da imprensa norte-americana.

Evento com multidão e bandas marciais

O primeiro discurso do pontífice coincidiu com uma peregrinação internacional de bandas marciais a Roma, que se apresentaram minutos antes da mensagem papal. Grupos da Itália, México, Estados Unidos e América Latina desfilaram pela Via della Conciliazione, tocando músicas como YMCA, de Village People, temas de filmes como Rocky, e composições clássicas de John Philip Sousa.

Segundo autoridades italianas, mais de 100 mil pessoas estavam reunidas na Praça de São Pedro. Entre elas, a peruana Gladys Ruiz, que vive em Roma e expressou orgulho pela ligação do novo papa com o Peru. Também estavam presentes turistas como o norte-americano Dennis Gilligan, de Boston, que visitava Roma com sua esposa para celebrar o aniversário de casamento.

As apresentações fizeram parte da abertura das celebrações do Ano Santo Católico, marcado por eventos culturais e religiosos em diversas regiões do mundo.

Foto: Narcin Mazur/cbcew.org.uk

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Papa Leão XIV pede paz e lembra Francisco: “ajudem a construir pontes”

Papa Leão XIV pede paz e lembra Francisco: “ajudem a construir pontes”

O novo papa agradeceu aos cardeais que participaram do conclave

“A paz esteja convosco”. Foi com essas palavras que o cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, recém-eleito papa, iniciou seu primeiro discurso, na janela central da basilica de São Pedro, no Vaticano. O novo pontífice, que escolheu usar o nome Leão XIV, ainda homenageou seu antecessor, Francisco.

“Nos ajudem a construir pontes vocês também, com diálogos, com encontro, para sermos um único povo, sempre em paz. Obrigado, papa Francisco”, disse Leão XIV.

“Ainda mantemos, nos nossos ouvidos, aquela voz fraca, mas sempre corajosa, do papa Francisco, que abençoava Roma”, disse.

“Permitam-me dar seguimento àquela mesma benção. Deus nos ama, Deus ama a todos e o mal não vai prevalecer. Estamos todos nas mãos de Deus. Juntos, sem medo, de mãos dadas com Deus, que está entre nós, vamos seguir”, completou.

Em seguida, Leão XIV fez um agradecimento a todos os cardeais que participaram do conclave que o elegeu “para ser o sucessor de Pedro e caminhar com vocês, como Igreja unida, sempre em busca da paz e da justiça, buscando trabalhar como homens e mulheres fiéis a Jesus Cristo, sem medo, para proclamar o Evangelho e sermos missionários”.

“Sou um filho de Santo Agostinho. Sou agostiniano. Santo Agostinho disse: ‘Para vós, sou bispo; convosco, sou cristão’. Neste sentido, podemos todos caminhar juntos, na direção da pátria que Deus nos preparou”, disse. “Necessitamos ser, juntos, uma Igreja missionária, uma Igreja que constrói pontes e diálogos. Que mantém o diálogo sempre aberto, pronta para receber todos que precisam.”

Em meio ao discurso, Leão XIV deixou de falar italiano e falou à multidão reunida na Praça São Pedro em espanhol, para agradecer à diocese peruana de Chiclayo, onde foi administrador apostólico. “Povo leal e fiel, que acompanha o bispo e o ajuda”, destacou.

Ao final, o novo pontífice lembrou que a data de hoje marca a prática devocional de súplica à Nossa Senhora de Pompeia.

“Nossa bendita Mãe Maria quer sempre caminhar conosco, estar perto de nós. Quer nos ajudar com sua intercessão e seu amor. Rezemos juntos por esta missão, por toda a Igreja e pela paz no mundo”, disse, encerrando seu discurso com a oração da Ave Maria.

Foto: Narcin Mazur/cbcew.org.uk

Da Agência Brasil

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Robert Francis Prevost é eleito Papa e adota o nome Leão XIV, tornando-se o primeiro pontífice norte-americano

Robert Francis Prevost é eleito Papa e adota o nome Leão XIV, tornando-se o primeiro pontífice norte-americano

Cardeal norte-americano de 69 anos é escolhido no quarto escrutínio do conclave e sucede o Papa Francisco

O cardeal norte-americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito nesta quinta-feira (8.mai.2025) como o novo Papa da Igreja Católica, adotando o nome de Leão XIV. A eleição ocorreu no quarto escrutínio do conclave, realizado na Capela Sistina, no Vaticano, e foi anunciada às 18h08 (horário local) com a tradicional fumaça branca.

Prevost sucede o Papa Francisco, que faleceu na última segunda-feira de Páscoa, aos 88 anos, após liderar a Igreja desde 2013. Com a eleição de Prevost, a Igreja Católica tem, pela primeira vez em sua história, um pontífice nascido nos Estados Unidos.

Trajetória e formação

Nascido em 14 de setembro de 1955, em Chicago, Illinois, Robert Francis Prevost ingressou no noviciado da Ordem de Santo Agostinho em 1977 e fez seus votos solenes em 1981. Ele é formado em Matemática e possui doutorado em Direito Canônico pela Universidade de Santo Tomás de Aquino, em Roma.

Prevost iniciou seu trabalho missionário no Peru em 1985, onde atuou por quase duas décadas. Durante esse período, foi nomeado bispo de Chiclayo e posteriormente arcebispo de Lima. Em janeiro de 2023, foi nomeado prefeito do Dicastério para os Bispos e presidente da Pontifícia Comissão para a América Latina.

Eleição no conclave

O conclave que elegeu Leão XIV contou com a participação de 133 cardeais eleitores. A eleição de Prevost ocorreu no quarto escrutínio, o que é considerado relativamente rápido, dado o número de participantes e a diversidade geográfica representada.

A escolha de um papa norte-americano é inédita e marca uma mudança significativa na tradição da Igreja Católica, que historicamente tem escolhido pontífices europeus.

Primeira aparição como Papa

Após a eleição, Leão XIV apareceu na sacada central da Basílica de São Pedro para saudar os fiéis reunidos na Praça de São Pedro. O anúncio oficial foi feito pelo cardeal protodiácono Dominique Mamberti, que proclamou o tradicional “Habemus Papam”. Em seguida, o novo Papa concedeu a bênção “Urbi et Orbi”.

Desafios do novo pontificado

Leão XIV assume o papado em um momento de desafios para a Igreja Católica, incluindo questões relacionadas à modernização da instituição, escândalos de abusos e a necessidade de diálogo com diferentes culturas e religiões. Sua experiência missionária na América Latina e seu trabalho na Cúria Romana são vistos como ativos importantes para enfrentar essas questões.

Foto: Divulgação/Vatican News

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Novo papa é escolhido 16 dias após a morte de Francisco; nome será anunciado em breve

Novo papa é escolhido 16 dias após a morte de Francisco; nome será anunciado em breve

Capela Sistina sinaliza escolha do sucessor de Francisco; nome será anunciado ao mundo dentro de uma hora

A Igreja Católica tem um novo líder. Dezesseis dias após a morte do Papa Francisco, a fumaça branca saiu da chaminé da Capela Sistina às 13h08 (horário de Brasília) desta quinta-feira (8.mai.2025), sinalizando que os cardeais reunidos no Conclave chegaram a um consenso. A tradição da fumaça branca indica que o escolhido para suceder o pontífice aceitou a missão de comandar a Igreja Católica. O nome será anunciado ao mundo em cerca de uma hora, conforme os ritos do Vaticano.

A Praça São Pedro, no Vaticano, rapidamente se encheu de manifestações dos fiéis, que aguardavam o momento desde o início do Conclave, na quarta-feira (7.mai). A fumaça branca, gerada pela queima das cédulas de votação misturadas com substâncias químicas, representa que um novo papa foi escolhido com pelo menos dois terços dos votos dos cardeais presentes.

Conclave segue padrão das últimas eleições papais

A eleição do novo papa ocorreu no segundo dia de Conclave, seguindo o mesmo padrão observado nas escolhas anteriores. Em 2005, Bento XVI foi eleito também no segundo dia, após quatro rodadas de votação. O Papa Francisco, escolhido em 2013, também foi eleito no segundo dia, após cinco votações.

O Conclave, iniciado na manhã da quarta-feira, é um processo reservado que reúne os cardeais da Igreja Católica com menos de 80 anos em uma série de sessões secretas, realizadas na Capela Sistina, no Vaticano. O objetivo é eleger o novo líder da Igreja entre os próprios membros do Colégio Cardinalício. No total, 133 cardeais participaram desta eleição, sendo necessário o apoio de pelo menos 89 deles para a escolha de um novo papa.

Durante o Conclave, os cardeais são isolados do mundo exterior e proibidos de manter qualquer comunicação com o público, seja por meios eletrônicos, escritos ou verbais. A palavra “conclave” tem origem no latim cum clave, que significa “com chave”, em referência ao isolamento dos participantes.

Escolha será anunciada ainda hoje

Após a fumaça branca, inicia-se o protocolo de apresentação do novo pontífice ao mundo. O cardeal protodiácono deve se dirigir à sacada central da Basílica de São Pedro, onde proferirá a frase “Habemus Papam” (“Temos um Papa”) e revelará o nome civil e o nome papal escolhido pelo novo chefe da Igreja.

Em seguida, o novo papa fará sua primeira aparição pública e concederá a bênção “Urbi et Orbi” (“à cidade e ao mundo”), saudando os fiéis presentes na praça e todos os católicos ao redor do mundo.

Ainda não há informações oficiais sobre o perfil ou a origem do novo pontífice. A expectativa gira em torno de nomes que vinham sendo cotados como favoritos pelos vaticanistas nas últimas semanas, incluindo cardeais com atuação relevante na América Latina, na África e na Ásia.

Histórico das últimas eleições papais

Desde o século XX, o processo de escolha de um novo papa tem ocorrido com relativa rapidez. João Paulo II, eleito em 1978, foi escolhido após oito votações em três dias. Seu sucessor, Bento XVI, foi eleito em 2005, no segundo dia de Conclave, e permaneceu no cargo até sua renúncia em 2013 — um fato inédito nos últimos séculos. Já Francisco, o primeiro papa latino-americano da história, assumiu o pontificado também no segundo dia de votação, após a renúncia de Bento XVI.

Com a escolha do novo papa, a Igreja Católica inicia um novo ciclo, marcado pela expectativa em relação aos rumos do Vaticano diante de desafios sociais, políticos e religiosos do cenário global.

Foto: Reprodução

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Conclave no Vaticano: primeira votação não elege novo papa e chaminé exibe fumaça preta

Conclave no Vaticano: primeira votação não elege novo papa e chaminé exibe fumaça preta

Cardeais seguem reunidos na Capela Sistina; próximas votações ocorrem nesta quinta-feira (8), com expectativa de definição a partir das primeiras horas da manhã

A primeira votação do conclave para a escolha do novo papa terminou sem a definição de um nome. A informação foi confirmada por meio da emissão de fumaça preta pela chaminé instalada na Capela Sistina, no Vaticano, na tarde desta quarta-feira (7.mai.2025). De acordo com as regras do conclave, a fumaça preta indica que nenhum dos 133 cardeais presentes atingiu a maioria qualificada de dois terços dos votos necessários para a eleição.

O conclave é o processo reservado aos cardeais eleitores da Igreja Católica para a escolha do novo pontífice. Durante esse período, os cardeais permanecem em clausura total, sem qualquer contato com o mundo exterior, até que um novo papa seja eleito. A votação é realizada em sessões secretas, dentro da Capela Sistina, e pode ocorrer até quatro vezes por dia.

A expectativa é de que novas votações ocorram nesta quinta-feira (8.mai), a partir das 5h30 (horário de Brasília). Se um nome alcançar os votos necessários logo na primeira rodada do dia, uma fumaça branca será emitida da chaminé, sinalizando ao público reunido na Praça de São Pedro que o novo papa foi escolhido. Caso contrário, nenhuma fumaça será liberada nesse horário.

Na sequência do cronograma estabelecido, uma segunda rodada de votação será realizada por volta das 7h (horário de Brasília). Assim como nas sessões anteriores, a fumaça branca indicará uma eleição bem-sucedida. Se não houver consenso entre os cardeais, a fumaça preta será liberada novamente.

O processo prossegue ao longo do dia. Por volta das 12h30 (horário de Brasília), ocorrerá a terceira rodada de votação. Caso o papa seja escolhido nesta fase, a chaminé voltará a liberar fumaça branca. Se não houver definição, nenhuma fumaça será emitida neste horário, seguindo o protocolo do conclave.

A quarta e última rodada de votação do dia está prevista para ocorrer às 14h (horário de Brasília). Se o novo papa for eleito nesse momento, a fumaça branca aparecerá na chaminé da Capela Sistina. Caso contrário, a fumaça preta indicará, mais uma vez, que o processo continuará nos dias seguintes.

O conclave permanece em andamento até que um dos cardeais atinja os votos necessários. O ritual da fumaça — branca ou preta — continua sendo o principal sinal visível ao público sobre o andamento da eleição papal, mantendo a tradição e o sigilo do processo de escolha do líder da Igreja Católica.

Foto: Reprodução Vatican Media Live

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Cardeais entram em reclusão antes do conclave para eleger novo papa

Cardeais entram em reclusão antes do conclave para eleger novo papa

Capela Sisitina recebe amanhã os 133 cardeais votantes

Os cardeais que participarão do conclave para eleger um novo papa começaram nesta terça-feira (6) a fazer o check-in em dois hotéis do Vaticano, onde ficarão impedidos de ter contato com o mundo exterior enquanto decidem quem deve suceder o papa Francisco.

O conclave começará a portas fechadas na Capela Sistina na tarde de quarta-feira (7), com todos os cardeais com menos de 80 anos de idade podendo votar em quem deve ser o próximo líder da Igreja, que congrega 1,4 bilhão de membros em todo o mundo.

A corrida para suceder Francisco, que morreu no mês passado, é vista como muito aberta. Embora alguns nomes tenham sido citados como possíveis favoritos, vários dos 133 cardeais que deverão votar no conclave disseram que não sabem quem será o próximo papa.

“Não tenho nenhum palpite”, disse o cardeal Robert McElroy durante uma visita a uma paróquia em Roma na noite de segunda-feira (5).

O processo do conclave é “profundo e misterioso”, afirmou McElroy, o arcebispo de Washington. “Não posso lhe dar nenhuma ideia de quem está à frente”, disse ele.

Alguns cardeais estão procurando um novo papa que dê continuidade à iniciativa de Francisco de criar uma Igreja mais transparente e acolhedora, enquanto outros estão buscando um retorno às raízes mais tradicionais que valorizam a doutrina.

Os conclaves geralmente se estendem por vários dias, com várias votações realizadas antes que um candidato obtenha a maioria necessária de três quartos para se tornar papa.

Durante o período do conclave, os cardeais votantes ficarão em duas hospedarias do Vaticano e farão um juramento de não entrar em contato com ninguém que não esteja participando da votação secreta.

Francisco tinha como prioridade nomear cardeais de países que nunca os tiveram antes, como Haiti, Sudão do Sul e Mianmar.

Esse conclave será o mais diversificado geograficamente nos 2 mil anos de história da Igreja, com a participação de clérigos de 70 países.

O cardeal japonês Tarcisio Isao Kikuchi disse ao jornal La Repubblica que muitos dos 23 cardeais da Ásia que votarão no conclave planejam votar em bloco.

Ele contrastou a estratégia deles com a dos 53 cardeais da Europa, que são conhecidos por votar em termos de países individuais ou outras preferências pessoais.

“Nós, asiáticos, provavelmente somos mais unânimes em apoiar um ou dois candidatos… veremos qual nome sairá como o principal candidato”, declarou Kikuchi.

Foto: JEROME CLARYSSE/Pixabay

Da Agência Brasil

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Lula embarca essa semana para viagens à Rússia e à China

Lula embarca essa semana para viagens à Rússia e à China

Presidente se reunirá com Putin em Moscou e participa de cúpula em Pequim

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva retoma a agenda de viagens internacional essa semana. O primeiro compromisso será em Moscou, na Rússia. A convite do presidente Vladimir Putin, Lula participará das celebrações dos 80 anos da vitória da União Soviética sobre a Alemanha nazista na segunda guerra mundial. É o feriado mais importante da Rússia, que ocorre no dia 9 de maio, com um grandioso desfile cívico-militar em Moscou. Ambos os presidentes também manterão reunião bilateral durante a visita, entre 8 e 10 de maio.

Na sequência, Lula segue para China, onde cumprirá agendas nos dias 12 e 13 de maio. A visita de Lula ao país asiático ocorrerá no contexto da Cúpula entre China e países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

O encontro bilateral previsto entre Lula e Xi Jinping ocorrerá em meio ao acirramento da guerra comercial entre Estados Unidos e China, as duas maiores economias do planeta. A imposição de tarifas mútuas, desencadeada por iniciativa do presidente norte-americano Donald Trump, vem causando sucessivas turbulências nos mercados de ações e alimenta o temor de uma recessão global.

A viagem à China será a segunda visita oficial de Lula neste terceiro mandato. A visita anterior ocorreu em abril de 2023, que foi retribuída por Xi Jinping em visita de Estado em novembro do ano passado, após a Cúpula do G20, sediada pelo Brasil. Além disso, eles haviam se encontrado outra vez em 2023 na Cúpula dos Brics, na África do Sul.

Foto: Cláudio Kbene/PR

Da Agência Brasil

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Instalada na Capela Sistina chaminé que anunciará o novo papa

Instalada na Capela Sistina chaminé que anunciará o novo papa

A cor da fumaça avisará ao mundo se há um substituto para Francisco

Os sinais de fumaça papais estão prontos. Funcionários do Vaticano içaram, nesta sexta-feira (2) uma chaminé no telhado da Capela Sistina que será usada para queimar as cédulas do conclave que elegerá o sucessor do papa Francisco.

A reunião secreta começa em 7 de maio, e os cardeais vão usar a chaminé para comunicar ao mundo exterior se eles elegeram um novo líder para a Igreja Católica, que congrega 1,4 bilhão de pessoas.

A fumaça preta significará que não houve decisão. Já a fumaça branca anunciará que o 267º papa foi eleito.

Os trabalhadores fixaram um cano cor de ferrugem acima das telhas da Capela Sistina, do século 15, conhecida por seus afrescos de Michelangelo.

A chaminé é claramente visível da vizinha Praça de São Pedro, onde se espera que milhares de pessoas se reúnam durante o conclave para ver como a votação secreta está progredindo.

Francisco, que morreu em 21 de abril, era papa desde 2013 e foi o primeiro pontífice das Américas. Espera-se que cerca de 133 cardeais, cerca de 80% deles nomeados por Francisco, votem em seu sucessor.

Os dois últimos conclaves, realizados em 2005 e 2013, foram encerrados no final do segundo dia de votação.

Foto: cbcew.org.uk

Da Agência Brasil

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Apagão na Espanha, Portugal e França expõe falhas em interconexões e sistemas de energia renovável

Apagão na Espanha, Portugal e França expõe falhas em interconexões e sistemas de energia renovável

Redes elétricas colapsaram após perda abrupta de geração solar; UE e governo espanhol investigam causas

Um colapso no sistema elétrico afetou parte da Europa nesta segunda-feira (28.abr.2025), interrompendo o fornecimento de energia elétrica em regiões da Espanha, Portugal e sul da França. O apagão, um dos maiores registrados no continente, impactou serviços como transporte público, caixas eletrônicos, semáforos e chegou a suspender o Torneio de Tênis de Madri.

Segundo a operadora de rede elétrica espanhola Red Eléctrica, dois incidentes de perda de geração — provavelmente em usinas solares localizadas no sudoeste da Espanha — causaram instabilidade na rede. A queda afetou a interconexão com a França e gerou efeitos em cadeia no sistema elétrico dos três países.

Red Eléctrica nega ataque cibernético, mas governo investiga

Embora a Red Eléctrica tenha descartado a possibilidade de ataque cibernético aos seus sistemas, o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, declarou nesta terça-feira (29.abr) que não se pode eliminar essa hipótese completamente. A Suprema Corte da Espanha anunciou a abertura de uma investigação para apurar a causa do apagão.

O comissário de Energia da União Europeia, Dan Jorgensen, afirmou que o bloco iniciará uma investigação técnica para esclarecer o colapso. A rede elétrica da Espanha é interligada com as da França, Portugal, Marrocos e Andorra, o que ampliou os efeitos da instabilidade.

Falha ocorreu durante exportação máxima de energia

No momento do apagão, a Espanha estava exportando energia em alta escala para a França e para Portugal. As exportações para a França estavam próximas do limite da capacidade líquida disponível até às 10h (horário local), sendo completamente interrompidas às 12h35, de acordo com dados oficiais da Red Eléctrica.

O colapso coincidiu com uma queda abrupta de mais de 50% na geração de energia solar fotovoltaica entre 12h30 e 12h35, que caiu de mais de 18 gigawatts (GW) para apenas 8 GW. A causa exata da perda repentina de geração ainda é desconhecida.

Condições climáticas e estabilidade da rede

Apesar de ser comum que eventos climáticos como tempestades ou ventos fortes causem grandes apagões, as condições meteorológicas na segunda-feira estavam estáveis. Especialistas destacam que o sistema espanhol operava com baixa inércia — ausência de reservas rotativas típicas de turbinas a vapor e gás — o que pode ter dificultado a resposta à queda de geração solar.

Esse fator é relevante porque a energia solar, ao contrário da energia térmica, não fornece massa rotativa à rede, o que limita sua capacidade de amortecer variações repentinas no fornecimento ou na demanda.

Perfil da matriz energética espanhola durante o apagão

Na segunda-feira (28), a matriz elétrica da Espanha era composta por 59% de energia solar fotovoltaica, 12% de energia eólica, 11% de energia nuclear e 5% de geração com turbinas a gás de ciclo combinado (CCGT). A geração a carvão, em processo de eliminação no país, teve participação nula. A maior usina de carvão foi desativada em 2024.

Em comparação, na mesma data em 2024, a solar representava 50%, a eólica 3%, a nuclear quase 15% e a CCGT quase 11%. A rápida queda na geração solar, associada à baixa inércia do sistema, pode ter contribuído para o apagão em larga escala.

Restauração do sistema: black start e importações

O restabelecimento do fornecimento foi realizado por meio do processo conhecido como black start, que consiste na reinicialização gradativa das usinas de geração e sua reconexão à rede elétrica.

Para acelerar a recuperação, a Espanha ativou usinas de gás e hidrelétricas, além de aumentar as importações de energia da França e do Marrocos.

Debate sobre excesso de renováveis e estabilidade da rede

O episódio reacendeu discussões sobre a estabilidade das redes elétricas diante do crescimento acelerado de fontes renováveis. Analistas avaliam que o excesso de geração solar e eólica em períodos de baixa demanda pode criar volatilidade nos sistemas. A situação já levou a episódios de preços negativos de energia no atacado e cortes forçados em fazendas solares em outros momentos.

Apesar disso, o primeiro-ministro espanhol negou que o país enfrente problemas de excesso de renováveis, destacando que a demanda no momento do colapso era relativamente baixa e havia ampla oferta disponível.

O comissário europeu de Energia reforçou que a investigação não pode responsabilizar uma única fonte energética e que os sistemas devem ser preparados para lidar com oscilações em diferentes tipos de geração.

Foto: UME/via Fotos Publicas

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Conclave começa no dia 7 de maio; entenda como vai funcionar

Conclave começa no dia 7 de maio; entenda como vai funcionar

Encontro entre cardeais vai ser feito na Capela Sistina do Vaticano

O Vaticano divulgou na manhã desta segunda-feira (28) a data de início do próximo conclave: 7 de maio. Em nota, a Santa Sé informou que a data foi definida por cardeais reunidos em Roma para a 5ª Congregação Geral.

De acordo com o comunicado, o conclave vai acontecer na Capela Sistina do Vaticano, que permanecerá fechada para visitantes até que a eleição do novo pontífice, que sucederá a Francisco, seja concluída.

Passo a passo

Segundo o Vaticano, o conclave será precedido por uma celebração eucarística solene, com a missa Pro Eligendo Papa, com a presença dos cardeais eleitores. No período da tarde, eles seguem em procissão solene até a Capela Sistina.

Ao final da procissão, já dentro da Capela Sistina, cada cardeal eleitor prestará juramento. “Por meio desse juramento, eles se comprometem, se eleitos, a cumprir fielmente o munus petrinum (ministério petrino, na tradução livre) como pastor da Igreja Universal”.

Os cardeais eleitores também se comprometem a manter absoluto sigilo sobre tudo o que se relaciona ao pleito e a se abster de apoiar qualquer tentativa de interferência externa na eleição.

Neste momento, o mestre de Celebrações Litúrgicas Pontifícias proclama extra omnes e todos que não fazem parte do conclave devem deixar a Capela Sistina. Permanecem no local apenas o próprio mestre e o eclesiástico designado para proferir a segunda meditação.

“Essa meditação foca na grande responsabilidade que recai sobre os eleitores e na necessidade de se agir com intenções puras para o bem da Igreja Universal, mantendo somente Deus diante de seus olhos.”

Uma vez proferida a meditação, tanto o eclesiástico quanto o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias também se retiram.

Os cardeais eleitores recitam orações e ouvem o cardeal decano, que pergunta se estão prontos para prosseguir com a votação ou se há algum esclarecimento necessário sobre regras e procedimentos.

“Durante todo o processo eleitoral, os cardeais eleitores devem abster-se de enviar cartas ou manter conversas, incluindo telefonemas, exceto em casos de extrema urgência.”

Segundo a Santa Sé, eles também não estão autorizados a enviar ou receber mensagens de qualquer tipo, receber jornais ou revistas de qualquer natureza ou acompanhar transmissões de rádio ou televisão.

Votos necessários

De acordo com o Vaticano, para eleger validamente um novo papa, é preciso uma maioria de dois terços dos cardeais eleitores presentes. Se o número total não for divisível por três, será necessário um voto adicional.

“Se a votação começar na tarde do primeiro dia, haverá apenas uma votação. Nos dias subsequentes, duas votações serão realizadas pela manhã e duas à tarde”, destacou.

Após a contagem dos votos, todas as cédulas são queimadas. Se a votação for inconclusiva, uma chaminé posicionada sobre a Capela Sistina emite fumaça preta. Se um novo papa for eleito, fumaça branca sairá da chaminé.

Caso os cardeais eleitores não cheguem a um acordo após três dias de votação, é concedido um intervalo de até um dia para oração, livre discussão entre os eleitores e uma breve exortação espiritual do cardeal protodiácono Dominique Mamberti.

Pontífice eleito

Assim que a eleição do novo papa é concluída, o último dos cardeais diáconos chama à Capela Sistina o secretário do Colégio Cardinalício e o mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias.

O decano do colégio, cardeal Giovanni Battista Re, falando em nome de todos os cardeais eleitores, solicita o consentimento do candidato eleito com as seguintes palavras: “Aceita a sua eleição canônica como sumo pontífice?”

Após receber o consentimento, ele pergunta: “Qual nome deseja ser chamado?”

Dois oficiais cerimoniais, como testemunhas, redigem o documento de aceitação e registram o nome escolhido.

“A partir deste momento, o papa recém-eleito adquire plena e suprema autoridade sobre a Igreja Universal. O conclave termina imediatamente neste ponto”, destacou o Vaticano.

Os cardeais eleitores, então, prestam homenagem, juram obediência ao novo papa e agradecem a Deus.

O cardeal protodiácono anuncia aos fiéis a conclusão da eleição e o nome do novo pontífice com a famosa frase: “Annuntio vobis gaudium Magnum; habemus papam (Anuncio-vos uma grande alegria; temos um papa, na tradução livre)”.

Imediatamente, o novo pontífice concede a bênção apostólica Urbi et Orbi na varanda da Basílica de São Pedro.

“O passo final necessário é que, após a solene cerimônia de posse do pontificado e dentro de um prazo adequado, o novo papa tome posse formal da Arquibasílica Patriarcal de São João de Latrão”, concluiu a Santa Sé.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Funeral do Papa Francisco reúne multidão no Vaticano e destaca legado de misericórdia e fraternidade

Funeral do Papa Francisco reúne multidão no Vaticano e destaca legado de misericórdia e fraternidade

Mais de 200 mil pessoas acompanham a Missa de Exéquias; cardeal Giovanni Battista Re exalta trajetória pastoral e defesa dos marginalizados

O Vaticano celebrou neste sábado (26.abr.2025) a Missa de Exéquias do Papa Francisco, encerrando três dias de velório aberto para visitação pública. A cerimônia, realizada no átrio da Basílica de São Pedro, marca o início do Novendiali, período de nove dias de luto e orações em homenagem ao pontífice. Mais de 200 mil pessoas participaram da celebração, lotando a Praça de São Pedro e suas imediações.

A missa de corpo presente foi presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, que na homilia destacou o legado pastoral de Francisco, sublinhando seu compromisso com a proximidade ao povo e atenção especial aos marginalizados. Estiveram presentes cerca de 250 cardeais, além de bispos, padres, religiosos e religiosas de diversas partes do mundo.

O caixão de madeira e zinco, selado na noite de sexta-feira (25), foi posicionado em frente ao altar da Basílica de São Pedro. Após a celebração e os ritos da Última Commendatio e da Valedictio, o caixão foi levado ao interior da basílica e, posteriormente, transportado até a Basílica de Santa Maria Maior, seguindo um cortejo de aproximadamente 4 quilômetros pelas ruas de Roma.

Em comunicado oficial, a Santa Sé afirmou que a multidão diversificada presente representa a Igreja de Francisco, aquela que “acolhe todos, todos, todos”, em referência a uma expressão frequentemente usada pelo pontífice.

Durante a homilia, Giovanni Battista Re destacou que o Papa Francisco foi um pastor “junto do povo” e “atento aos sinais do seu tempo”. O cardeal lembrou episódios marcantes do pontificado, como as viagens a Lampedusa e Lesbos, que evidenciaram o compromisso do Papa com os refugiados e migrantes. Também citou a viagem histórica ao Iraque em 2021 e a recente visita a quatro nações da Ásia-Oceania em 2024.

O cardeal ressaltou que Francisco sempre defendeu uma Igreja de portas abertas, inspirada pela misericórdia e pela cultura do encontro, em contraste com a “cultura do descarte”. Enfatizou ainda o papel do Papa na promoção da fraternidade, refletida na encíclica Fratelli Tutti e no Documento sobre a Fraternidade Humana, assinado nos Emirados Árabes Unidos em 2019.

Segundo Battista Re, a alegria do Evangelho foi a marca central do pontificado de Francisco, que procurou iluminar os desafios contemporâneos com a sabedoria cristã, incentivando uma Igreja missionária, acolhedora e sensível às dores da humanidade. A exortação apostólica Evangelii Gaudium foi citada como exemplo do espírito que guiou suas ações.

O funeral também evidenciou o esforço contínuo de Francisco em prol da paz mundial. Em diversas ocasiões, o Papa denunciou a guerra como “uma derrota dolorosa” e pediu incessantemente negociações honestas para alcançar soluções pacíficas.

Entre os momentos lembrados na homilia, destacou-se a última aparição pública de Francisco na Solenidade de Páscoa, poucos dias antes de sua morte, quando, apesar das dificuldades de saúde, concedeu a bênção da Basílica e saudou os fiéis em um gesto de despedida.

Os nove dias de celebrações eucarísticas em sufrágio pelo Papa Francisco seguirão até 4 de maio, sempre às 17h (horário local), na Basílica de São Pedro. A exceção será a Missa da Divina Misericórdia, programada para este domingo (27.abr), às 10h30, na Praça de São Pedro.

Ao final da cerimônia, fiéis de diferentes culturas e origens sociais se despediram de Francisco, que, em vida, pediu reiteradamente: “Não vos esqueçais de rezar por mim”. Agora, a Igreja pede ao Papa Francisco que, do céu, interceda pela humanidade.

Foto: Mazur Mazur /cbcew.org.uk

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Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior após cerimônias no Vaticano

Papa Francisco será sepultado na Basílica de Santa Maria Maior após cerimônias no Vaticano

Cerimônias funerárias seguem o rito oficial do Vaticano; testamento do Pontífice pede simplicidade no sepultamento e revela desejo de descanso final em santuário mariano

O Vaticano confirmou os detalhes das exéquias e do sepultamento do Papa Francisco, que morreu após sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), seguido de coma e colapso cardiovascular irreversível. O Departamento de Celebrações Litúrgicas divulgou a programação oficial das cerimônias, que seguem o Ordo Exsequiarum Romani Pontificis, rito que regulamenta os funerais papais.

A primeira etapa das homenagens será o traslado do corpo da Capela da Casa Santa Marta para a Basílica de São Pedro, às 9h (horário local) da quarta-feira, 23 de abril. A procissão será precedida por uma oração conduzida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo da Santa Igreja Romana. O cortejo passará pela Praça Santa Marta, pela Praça dos Protormártires Romanos e pelo Arco dos Sinos, até adentrar a Basílica pela porta central.

Diante do Altar da Confissão, ocorrerá a Liturgia da Palavra. Após esse rito, será iniciado o período de visitação pública à urna mortuária do Papa Francisco.

A Missa das Exéquias está marcada para o sábado, 26 de abril, às 10h (horário local), no átrio da Basílica de São Pedro. A celebração será presidida pelo cardeal Giovanni Battista Re, decano do Colégio Cardinalício, e marca o início do Novendiali, período de nove dias de orações oficiais em memória do Pontífice falecido.

Concluída a missa, serão realizados os ritos da Última Commendatio e da Valedictio, cerimônias solenes que encerram as exéquias. Em seguida, o corpo será conduzido de volta ao interior da Basílica de São Pedro e, posteriormente, transferido para a Basílica de Santa Maria Maior, local escolhido para o sepultamento.

Disposições testamentárias

O Vaticano também tornou público o testamento do Papa Francisco, assinado em 29 de junho de 2022. No documento, o Pontífice expressa o desejo de um sepultamento simples. Ele solicitou que sua sepultura fosse instalada no chão da Basílica de Santa Maria Maior, sem decoração especial, contendo apenas a inscrição “Franciscus” na lápide.

Francisco afirmou, no testamento, que escolheu ser enterrado nesse local por ter costume de rezar no santuário mariano ao início e fim de cada viagem apostólica. “Desejo que minha última viagem terrena se conclua justamente neste antiquíssimo santuário mariano, onde ia rezar no início e no fim de cada viagem apostólica, para confiar com fé minhas intenções à mãe imaculada e agradecer-lhe por seu cuidado dócil e materno”, escreveu.

As despesas do funeral e da sepultura, segundo o Papa, serão cobertas por um benfeitor que havia destinado recursos especificamente à Basílica de Santa Maria Maior. O documento também informa que o valor foi providenciado por meio do monsenhor Rolandas Makrickas, comissário extraordinário do capítulo liberiano.

No encerramento do testamento, o Papa Francisco deixou uma mensagem de agradecimento e oração. “Que o Senhor conceda a merecida recompensa àqueles que me amaram e continuarão a rezar por mim. Ofereço o sofrimento que se fez presente na parte final da minha vida ao Senhor, pela paz no mundo e pela fraternidade entre os povos.”

Presenças confirmadas

Chefes de Estado e de governo de diversos países confirmaram presença nas cerimônias de despedida. O Vaticano ainda não divulgou os detalhes sobre os próximos passos relacionados à sucessão papal, como o cronograma do conclave.

Foto: Catholic Church (England and Wales)/Fotos Públicas / MAZUR Catholic Church (England and Wales)/Fotos Públicas

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Ginasta Rebeca Andrade conquista prêmio Laureus, o Oscar do Esporte

Ginasta Rebeca Andrade conquista prêmio Laureus, o Oscar do Esporte

Ela venceu disputa com outros 5 atletas na categoria “Retorno do Ano”

A ginasta brasileira Rebeca Andrade, de 24 anos, tornou-se a primeira atleta mulher do país a vencer o Prêmio Laureus, o Oscar do esporte, criado há 25 anos. Nesta segunda-feira (21), a paulista de Gurarulhos foi laureada na categoria “Retorno do Ano”, disputada por outros cinco atletas indicados. A cerimônia de gala ocorreu no Palácio de Cibeles em Madri (Espanha). Antes de brilhar nos Jogos de Paris, quando faturou quatro medalhas olímpicas (ouro, duas pratas e um bronze), Rebeca Andrade foi sinônimo de superação longe dos holofotes: ela passou por três cirurgias para tratar lesões no ligamento anterior, que quase a fizeram desisitir da carreira.

“Eu me sinto muito feliz e honrada por receber meu primeiro Laureus. Estou orgulhosa, me sinto abençoada pela equipe que tenho e pela família que eu tenho. Eles acreditaram em mim mesmo quando eu não acreditava. Eu gostaria de fazer um agradecimento especial para uma pessoa que está aqui conosco essa noite, que foi uma peça importantíssimo para que o mundo me conhecesse não só como atleta, mas como pessoa também, que é a Aline [Wolff], minha psicóloga. Quero agradecer pelo trabalho, companheirismo, pelo cuidado durante meu período de lesões. Fico feliz de ser uma grande referência para as gerações que estão vindo e para pessoas em geral, de força, de mostrar que a gente pode alcançar os nossos objetivos, independentemente do lugar de onde a gente tenha vindo”, disse Rebeca ao receber o prêmio.

Concorriam ao prêmio com a ginasta brasileira na categoria “Retorno do Ano” o nadador norte-americano Caeleb Dressel, a esquiadora suíça Lara Gut-Behami, o piloto espanhol de MotoGP Marc Márques, e o jogador indiano de críquete Rishabh Pant e a nadadora australiano Ariame Titmus.

Maior medalhista olímpica do Brasil, com nove pódios, Rebeca Andrade foi o centro das atenções em Paris 2024 ao conquistar o ouro na prova de solo, competindo com a multicampeã norte-americana Simone Biles. Na ocasião, ao subir ao topo do pódio, a brasileira foi reverenciada tanto por Biles (prata) como por Jordan Chiles (bronze), também norte-americana. Rebeca encerrou Paris 2024 com outras três medalhas: duas pratas (individual geral e salto) e um bronze por equipes.

O último brasileiro a ser contemplado com o Laureus na categoria Retorno do Ano foi Ronaldo Fenômeno, em 2003. O atacante também enfrentou cirurgias no joelho antes de ser campeão mundial de futebol (2002) com a seleção brasileira, no caso o pentacampeonato da amarelinha.

Demais vencedores do Laureus 2025

Atleta Masculino do Ano

Armand Duplantis (salto com vara – Suécia)

Time do Ano

Real Madrid (futebol – Espanha)

Atleta Feminina do Ano

Simone Biles (ginástica artística – EUA)

Revelação do Ano

Lamine Yamal (futebol – Espanha)

Retorno do Ano

Rebeca Andrade (ginástica artística – Brasil)

Atleta do Ano com Deficiência

Jiang Yuyan (natação – China)

Atleta do Ano em Esportes de Ação

Tom Pidcock (ciclismo de montanha – Reino Unido)

Prêmio Esporte para o Bem

Kick4life (Lesoto) – usa o futebol para ajudar crianças e jovens em risco

Homenagem pela Trajetória Profissional:

Kelly Slater (surfe – EUA)

Homenagem Ícone do Esporte

Rafael Nadal (tênis – Espanha)

Foto: Wander Roberto/COB

Da Agência Brasil

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Vaticano confirma morte do papa por AVC e colapso cardiovascular

Vaticano confirma morte do papa por AVC e colapso cardiovascular

Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre cerimônias fúnebres

Um boletim médico oficial divulgado nesta segunda-feira (21) pela Santa Sé informa que o papa Francisco foi vítima de um acidente vascular cerebral (AVC), seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.

O relatório de óbito é assinado pelo professor Andrea Arcangeli, diretor da Direção de Saúde e Higiene do Estado da Cidade do Vaticano. A morte foi constatada por meio de registro eletrocardiotanatográfico, método que identifica o momento exato da parada cardíaca (7h35 no horário local; 2h35 no horário de Brasília).

O documento também informa que o papa apresentava histórico clínico de insuficiência respiratória aguda, pneumonia multimicrobiana bilateral, bronquiectasias múltiplas, hipertensão arterial e diabetes tipo 2.

“Declaro que as causas da morte, segundo meu conhecimento e consciência, são aquelas indicadas acima”, afirmou Arcangeli no relatório.

A Santa Sé ainda não divulgou detalhes sobre as cerimônias fúnebres nem sobre os próximos passos do Vaticano com relação à sucessão papal.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Adeus ao Papa Francisco reforça a importância do planejamento para o fim da vida

Adeus ao Papa Francisco reforça a importância do planejamento para o fim da vida

Protocolos do Vaticano inspiram reflexão sobre como preparar uma despedida digna e reduzir impactos emocionais e burocráticos para famílias

Nesta segunda-feira (21), o falecimento do Papa Francisco, aos 88 anos, reacendeu um debate essencial: a importância de planejar o fim da vida. Reconhecido por sua precisão e tradição, o Vaticano segue um protocolo meticulosamente estruturado para garantir uma despedida digna, organizada e fiel aos ritos da Igreja.

Desde o século XI, a morte de um Papa envolve um processo cuidadosamente planejado, desde a confirmação oficial pelo Camerlengo até a realização do funeral, que tradicionalmente ocorre entre quatro e seis dias após o falecimento. Segue-se então o período de nove dias de luto, conhecido como novendiali, enquanto o conclave é preparado para a escolha do sucessor. Esses procedimentos evitam incertezas e garantem que tudo ocorra conforme os desejos e tradições da Igreja.

Mais do que uma tradição religiosa, o cuidado com o planejamento do fim da vida revela uma realidade frequentemente negligenciada: a ausência de preparo pode gerar sobrecarga emocional, burocrática e financeira para muitas famílias. Diante da dor da perda, decisões importantes — como o tipo de cerimônia, o local de sepultamento e os trâmites legais — acabam sendo tomadas às pressas e sob pressão, o que pode provocar conflitos e ampliar o sofrimento nesse momento delicado.

Há 76 anos no mercado potiguar, a Empresa Vila, administradora do Sempre Assistência Familiar, reforça a importância do planejamento antecipado para a despedida final, que permite às famílias mais tranquilidade em momentos de luto. Renato Campos, executivo de operações da Empresa Vila, ressalta que antecipar cada etapa do adeus é a maneira mais eficaz de prestar amparo afetivo.

“Pensar sobre a morte e ter um plano funerário, por exemplo, ajuda as famílias a organizarem questões práticas e legais relacionadas ao fim da vida. Com isso, também é possível garantir que os desejos da pessoa sejam respeitados e que os familiares tenham mais clareza e apoio nesse processo. Há 21 anos, o Sempre Assistência Familiar existe para assegurar que todos esses detalhes sejam cuidados antes da hora da partida”, finaliza.

Sobre a Empresa Vila

Com uma história de 76 anos marcada pelo bem servir, a Empresa Vila acolhe milhares de famílias potiguares e paraibanas em um dos momentos mais delicados da vida, que é a perda de um ente querido. A Empresa Vila possui unidades no Rio Grande do Norte e Paraíba, como a Sempre de Assistência Familiar, Crematório e Central de Velórios São José, Cemitério e Crematório Sempre Zona Norte, Vila Pet em Natal-RN, Cemitério Sempre Caicó, e Cemitério Sempre Mossoró.

Também se dedica à responsabilidade social e ao incentivo à cultura, com o objetivo de preservar a arte, a história e a memória do povo potiguar. Parte significativa dos seus investimentos anuais é direcionada a essas áreas, seja por meio de iniciativas diretas ou através de leis de incentivo à cultura. Entre os projetos culturais apoiados estão a publicação do livro Memórias: Fatos de uma Vida, de Magno Vila; a websérie Dissonância; e o projeto Encãotro, entre outros.

Fotos: Divulgação

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Papa Francisco celebrou canonização dos mártires de Cunhaú e Uruaçu em 2017

Papa Francisco celebrou canonização dos mártires de Cunhaú e Uruaçu em 2017

Cerimônia realizada em 2017, no Vaticano, reconheceu os 30 mártires mortos durante massacres no RN, em 1645, durante a invasão holandesa

A canonização dos 30 mártires de Cunhaú e Uruaçu foi celebrada pelo papa Francisco no dia 15 de outubro de 2017, em cerimônia realizada na Praça São Pedro, no Vaticano. A solenidade reuniu aproximadamente 50 mil fiéis e foi marcada pela presença de 450 concelebrantes. Os mártires, mortos em dois massacres ocorridos no estado do Rio Grande do Norte durante a invasão holandesa ao Brasil em 1645, foram oficialmente reconhecidos como santos pela Igreja Católica.

A celebração no Vaticano foi conduzida pelo cardeal Angelo Amato, então prefeito da Congregação da Causa dos Santos. Durante a homilia, o papa Francisco declarou: “Que estes que agora são santos indiquem a todos nós o verdadeiro caminho do amor e da intercessão junto ao Senhor para um mundo mais justo”.

A Camerata de Vozes do Rio Grande do Norte, vinculada à Fundação José Augusto, participou da cerimônia, entoando cantos litúrgicos antes e após a proclamação dos novos santos. A regência ficou a cargo do monsenhor Pedro Ferreira.

Os mártires canonizados

Os 30 mártires canonizados incluem dois padres e 28 leigos, entre os quais estão:

  • Pe. André de Soveral
  • Pe. Ambrósio Francisco Ferro (português)
  • Mateus Moreira
  • Domingos de Carvalho
  • Antônio Vilela Cid (espanhol)
  • Antonio Vilela, o moço, e sua filha
  • Estevão Machado de Miranda e suas duas filhas
  • Manoel Rodrigues Moura e sua esposa
  • João Lostau Navarro (francês)
  • José do Porto
  • Francisco de Bastos
  • Diogo Pereira
  • Vicente de Souza Pereira
  • Francisco Mendes Pereira
  • João da Silveira
  • Simão Correia
  • Antonio Baracho
  • João Martins e seus sete companheiros
  • A filha de Francisco Dias

Beatificação em 2000

O processo de reconhecimento da santidade dos mártires começou com a beatificação, aprovada em 1989 e formalizada em 5 de março de 2000, também na Praça São Pedro, em cerimônia presidida pelo então papa João Paulo II. O decreto que reconheceu o martírio foi assinado em 21 de dezembro de 1998.

A partir de então, os fiéis passaram a ser conhecidos como os Protomártires do Brasil, sendo considerados os primeiros santos do país mortos em consequência da fé católica.

Massacres de Cunhaú e Uruaçu

O primeiro massacre ocorreu no Engenho de Cunhaú, no atual município de Canguaretama, em 16 de julho de 1645. Durante uma missa celebrada na Capela de Nossa Senhora das Candeias, comandada pelo padre André de Soveral, fiéis foram atacados após o momento da elevação do Corpo e Sangue de Cristo. Jacob Rabbi, um agente a serviço do governo holandês, liderou a ação com o apoio de tropas indígenas Tapuias.

Três meses depois, no dia 3 de outubro de 1645, aconteceu o segundo massacre, desta vez na comunidade de Uruaçu, localizada no atual município de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. O ataque foi igualmente liderado por Jacob Rabbi. Entre as vítimas, destaca-se o camponês Mateus Moreira, que teria tido o coração arrancado enquanto ainda vivo, exclamando: “Louvado seja o Santíssimo Sacramento”.

Os relatos históricos apontam que os fiéis foram impedidos de orar, tiveram membros decepados e muitos foram degolados. As mortes foram motivadas por perseguição religiosa durante o domínio calvinista dos holandeses no Nordeste do Brasil.

Celebrações e memória

O Dia dos Mártires de Cunhaú e Uruaçu é feriado estadual no Rio Grande do Norte desde 2006, celebrado no dia 3 de outubro, conforme a Lei Nº 8.913. Em memória aos acontecimentos, foi inaugurado, no dia 5 de dezembro de 2000, o Monumento aos Mártires, em São Gonçalo do Amarante. O espaço tem capacidade para acolher até 20 mil peregrinos e ocupa dois hectares de área, doados pela família Veríssimo. O projeto arquitetônico foi desenvolvido por Francisco Soares Junior.

O local se tornou ponto de peregrinação para fiéis e turistas religiosos, sendo também um símbolo da resistência católica durante o período colonial no Brasil.

Foto: Prefeitura de São Gonçalo do Amarante/Ilustração/Arquivo

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Papa Francisco terá funeral com velório público na Basílica de São Pedro e sepultamento em Santa Maria Maior

Papa Francisco terá funeral com velório público na Basílica de São Pedro e sepultamento em Santa Maria Maior

Cerimônias seguem protocolo do Vaticano com adaptações definidas pelo próprio pontífice; velório público começa na quarta-feira (23)

O corpo do papa Francisco será velado nos próximos dias na Basílica de São Pedro, no Vaticano, conforme previsto pelos protocolos da Igreja Católica, com alterações determinadas pelo próprio pontífice. A morte de Francisco foi confirmada nesta segunda-feira (21.abr.2025) e a organização dos ritos segue diretrizes de simplicidade solicitadas em vida.

O primeiro rito fúnebre está programado para as 20h (horário local, 15h em Brasília) desta segunda-feira, na Capela da Domus Sanctae Marthae, local onde o papa residia. A cerimônia inicial será conduzida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell, camerlengo do Vaticano, autoridade responsável por confirmar a morte do papa e iniciar os protocolos do período de luto. Esse momento será restrito a familiares e autoridades do Vaticano.

O velório público do pontífice começará na quarta-feira (23), com o traslado do corpo para a Basílica de São Pedro. A exposição permitirá que fiéis prestem suas últimas homenagens ao líder da Igreja Católica durante três dias. O sepultamento deverá ocorrer entre o 4º e o 6º dia após a morte, conforme tradição do Vaticano.

Mudanças no rito funerário

Diferente de papas anteriores, Francisco solicitou mudanças no formato do enterro. Tradicionalmente, papas são sepultados em três urnas — uma de cipreste, outra de chumbo e a terceira de madeira nobre — que simbolizam dignidade, proteção e solenidade. O papa argentino, no entanto, optou por ser sepultado em um único caixão de madeira simples, como reflexo dos princípios de sobriedade e austeridade que marcaram seu pontificado.

Outro elemento mantido será o rito do novendiale, período de nove dias consecutivos de celebrações litúrgicas dedicadas à memória do papa falecido. Essas missas e orações serão realizadas tanto no Vaticano quanto em dioceses ao redor do mundo, simbolizando a continuidade espiritual da Igreja.

Sepultamento em Santa Maria Maior

Francisco também escolheu ser sepultado na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, um local de forte significado espiritual e pessoal. O espaço é conhecido por abrigar a imagem da Virgem Maria diante da qual o pontífice frequentemente rezava antes e depois de viagens apostólicas.

A escolha do local representa mais uma demonstração do estilo de liderança adotado por Francisco, voltado para a proximidade com os fiéis e distanciado de cerimônias pomposas. O sepultamento em Santa Maria Maior difere do costume mais frequente de enterros papais nas criptas da Basílica de São Pedro.

Etapas do funeral

  • Segunda-feira (21): Rito fúnebre privado na Domus Sanctae Marthae
  • Quarta-feira (23): Início do velório público na Basílica de São Pedro
  • Até o 6º dia após a morte: Sepultamento na Basílica de Santa Maria Maior
  • Durante nove dias: Celebrações do novendiale no Vaticano e em dioceses pelo mundo

O Vaticano ainda divulgará os horários detalhados de acesso à Basílica de São Pedro durante o velório público e os momentos solenes das celebrações litúrgicas.

Foto: Annett Klingner/Pixabay / Mikdev/Pixabay

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Arquidiocese de Natal presta homenagem ao Papa Francisco com missa e nota de pesar

Arquidiocese de Natal presta homenagem ao Papa Francisco com missa e nota de pesar

Missa na Catedral Metropolitana será presidida por Dom João Santos Cardoso; nota oficial destaca legado do papa e sua atenção aos mais pobres

A Arquidiocese de Natal manifestou publicamente, nesta segunda-feira (21.abr.2025), pesar pela morte do Papa Francisco, confirmada pelo Vaticano na manhã de hoje. O pontífice, nascido Jorge Mario Bergoglio, faleceu aos 88 anos após complicações de saúde. Em sua memória, uma missa será celebrada às 16h30 na Catedral Metropolitana de Natal, no bairro Tirol, presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom João Santos Cardoso.

A celebração integra as homenagens organizadas por arquidioceses e dioceses de todo o Brasil. Em Natal, a missa desta segunda-feira mantém o horário tradicional, mas foi dedicada de forma especial ao Papa Francisco, conforme informou a Arquidiocese.

Nota oficial da Arquidiocese

Em nota divulgada à imprensa e nas redes sociais, a Arquidiocese expressou consternação com a notícia da morte do papa e destacou sua atuação à frente da Igreja Católica. O texto assinado por Dom João Santos Cardoso ressaltou o papel de Francisco como líder espiritual comprometido com os valores do Evangelho e com atenção especial aos mais pobres e marginalizados.

A Arquidiocese de Natal, na pessoa de seu Arcebispo Metropolitano, Dom João Santos Cardoso, em comunhão com o clero, os religiosos de vida consagrada e os fiéis leigos, recebeu, consternada, a notícia do falecimento do Papa Francisco, ocorrido na manhã deste dia 21 de abril, em sua residência, na Cidade do Vaticano, e associa-se a todos os cristãos do orbe católico em preces pelo descanso eterno de Sua Santidade.”

A nota ainda reconhece o cumprimento da missão do Papa como sucessor do Apóstolo Pedro, destacando seu testemunho de vida e fidelidade à missão de governar a Igreja de Cristo.

O Santo Padre, sucessor do Apóstolo Pedro, cumpriu amorosa e fielmente a missão de governar a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, como incansável servidor do Evangelho e com amor universal, com especial atenção aos mais pobres e marginalizados.”

O arcebispo finalizou o comunicado encomendando a alma do pontífice à misericórdia divina.

No ensejo da oitava da Páscoa, com sentimentos de profunda gratidão por seu testemunho de fiel discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo, encomendamos a alma do Papa Francisco à infinita e amorosa misericórdia de Deus.”

Trajetória de aproximação com o Papa

Dom João Santos Cardoso esteve pessoalmente com o Papa Francisco em junho de 2023, quando recebeu das mãos do pontífice o pálio arquiepiscopal, símbolo do vínculo entre os arcebispos e a Sé Apostólica. A cerimônia aconteceu na Basílica de São Pedro, no Vaticano, e reuniu arcebispos nomeados recentemente ao redor do mundo.

Na ocasião, o Papa abençoou os pálios que seriam entregues aos novos arcebispos como sinal de unidade e comunhão com o papa. O gesto representou também a responsabilidade pastoral sobre suas arquidioceses.

Morte do pontífice e legado

A morte de Jorge Mario Bergoglio foi anunciada pelo Vaticano no início da manhã desta segunda-feira. Segundo comunicado oficial, o papa faleceu às 7h35 (horário local). O texto divulgado pela Santa Sé relembrou sua dedicação ao serviço da Igreja e dos mais necessitados, além do compromisso com os valores evangélicos.

Francisco foi eleito papa em 13 de março de 2013, após a renúncia de Bento XVI. Foi o primeiro pontífice da América Latina e o primeiro da Companhia de Jesus (jesuíta) a assumir o comando da Igreja Católica. Durante seus 12 anos de pontificado, priorizou questões sociais, ambientais e de renovação pastoral.

Até o momento, o Vaticano não divulgou os detalhes sobre o funeral ou o cronograma para o conclave que elegerá o novo papa.

Confira a nota da Arquidiocese de Natal na íntegra:

A Arquidiocese de Natal, na pessoa de seu Arcebispo Metropolitano, Dom João Santos Cardoso, em comunhão com o clero, os religiosos de vida consagrada e os fiéis leigos, recebeu, consternada, a notícia do falecimento do Papa Francisco, ocorrido na manhã deste dia 21 de abril, em sua residência, na Cidade do Vaticano, e associa-se a todos os cristãos do orbe católico em preces pelo descanso eterno de Sua Santidade.

O Santo Padre, sucessor do Apóstolo Pedro, cumpriu amorosa e fielmente a missão de governar a Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, como incansável servidor do Evangelho e com amor universal, com especial atenção aos mais pobres e marginalizados.

No ensejo da oitava da Páscoa, com sentimentos de profunda gratidão por seu testemunho de fiel discípulo de Nosso Senhor Jesus Cristo, encomendamos a alma do Papa Francisco à infinita e amorosa misericórdia de Deus.

Natal, 21 de abril de 2025.

Dom João Santos Cardoso
Arcebispo Metropolitano de Natal

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Tomaz Silva/Agência Brasil/Arquivo/Ilustração

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Morte do Papa Francisco inicia período de Sé Vacante e prepara Igreja para novo conclave

Morte do Papa Francisco inicia período de Sé Vacante e prepara Igreja para novo conclave

Igreja Católica vive fase de transição após a morte do pontífice; escolha do novo papa será feita por cardeais reunidos em conclave no Vaticano

A morte do Papa Francisco, ocorrida na madrugada desta segunda-feira (21.abr.2025), deu início a um dos momentos mais solenes e reservados da Igreja Católica: a preparação para a escolha de um novo pontífice. Com o falecimento, o Vaticano entra oficialmente no período conhecido como Sé Vacante, caracterizado pela vacância da cadeira de São Pedro.

Durante a Sé Vacante, o governo da Igreja Católica é exercido de forma provisória pelo camerlengo, função atualmente ocupada pelo cardeal irlandês Kevin Joseph Farrell. Cabe a ele a certificação oficial da morte do papa, além de coordenar todos os ritos e processos subsequentes, como a organização do funeral e dos novendiales – os nove dias de luto e missas celebradas em homenagem ao pontífice falecido.

Enquanto isso, a Igreja se prepara para o conclave, o encontro fechado em que os cardeais com menos de 80 anos se reúnem para eleger o novo papa. A Constituição Apostólica da Igreja determina que o conclave deve ser convocado em até 20 dias após a morte do pontífice. Todo o processo acontece dentro do Vaticano, sob absoluto sigilo.

Durante o conclave, os cardeais eleitores ficam completamente isolados, sem acesso a telefone, internet ou qualquer meio de comunicação externa. O juramento de confidencialidade é obrigatório. As sessões de votação são realizadas duas vezes por dia, na Capela Sistina. Para a escolha de um novo papa, é necessário que um candidato receba pelo menos dois terços dos votos.

Caso não haja consenso após várias votações, é permitido um intervalo para orações e reflexões. Se o impasse persistir após 34 votações, o regulamento prevê que apenas os dois cardeais mais votados passem a ser elegíveis, embora a exigência de dois terços dos votos se mantenha.

Quando um cardeal é eleito e aceita a missão, ele escolhe o nome papal que irá adotar. Em seguida, veste os trajes litúrgicos na chamada Sala das Lágrimas e é apresentado à multidão da Praça São Pedro, no Vaticano, com a tradicional frase em latim: Habemus Papam – “Temos um papa”.

Até que esse momento ocorra, a Igreja permanece em estado de luto e expectativa. O novo pontífice assumirá o desafio de liderar mais de um bilhão de fiéis católicos no mundo todo. A escolha tem implicações não apenas espirituais, mas também políticas e diplomáticas, considerando o papel do papa em questões internacionais e sociais.

A tradição do conclave remonta ao século XIII e segue sendo um dos rituais mais marcantes da Igreja Católica, marcado por simbolismos, ritos e a preservação da unidade da fé. O mundo agora acompanha com atenção o desenrolar desse processo, que definirá o próximo sucessor de São Pedro.

Foto: JEROME CLARYSSE/Pixabay / Yolanda Coervers/Pixabay / Walkerssk/Pixabay / Luca/Pixabay

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Trajetória do Papa Francisco: da juventude em Buenos Aires ao comando da Igreja Católica

Trajetória do Papa Francisco: da juventude em Buenos Aires ao comando da Igreja Católica

Jorge Mario Bergoglio se tornou o primeiro papa sul-americano da história após décadas de atuação religiosa na Argentina e envolvimento com causas sociais e diplomáticas

Jorge Mario Bergoglio nasceu em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina. Filho de uma família de origem italiana, foi o mais velho entre cinco irmãos e cresceu no bairro de Flores. Seus avôs falavam piemontês, dialeto do norte da Itália, e esse foi o primeiro idioma com o qual teve contato.

Durante a infância, frequentava a Basílica de San José de Flores com sua avó Rosa. Aos domingos, era comum ir ao estádio com a família torcer pelo San Lorenzo de Almagro, clube no qual seu pai jogou basquete. Aos 12 anos, enquanto estudava em um internato salesiano, sentiu pela primeira vez o chamado à vida religiosa, embora esse desejo tenha permanecido latente até a juventude.

Antes de ingressar no seminário, Bergoglio formou-se como técnico em química e chegou a estagiar em um laboratório. Segundo relato autobiográfico publicado no livro “Vida – Minha História Através da História”, lançado em 2024, uma confissão feita em 1953 mudou o rumo de sua vida. Ao entrar na Basílica de Flores, sentiu-se tocado por uma experiência espiritual profunda que definiu sua vocação.

A decisão de seguir o sacerdócio foi inicialmente mantida em segredo. Bergoglio temia a reação da mãe e chegou a dizer que pretendia estudar Medicina. Mais tarde, ao ser confrontado por ela, que descobriu livros de teologia entre seus pertences, enfrentou resistência. Mesmo assim, ingressou no seminário arquidiocesano de Buenos Aires aos 19 anos.

Durante sua juventude, Bergoglio relata ter tido uma namorada e, já no seminário, vivido uma paixão passageira. Os episódios, narrados em sua autobiografia, são apresentados como parte da construção de sua vocação, reafirmada com o tempo.

Atuação durante a ditadura argentina

A atuação de Bergoglio durante o regime militar argentino (1976–1983) gerou controvérsias. Enquanto era provincial dos jesuítas na Argentina, foi acusado de omissão no caso dos padres Orlando Yorio e Francisco Jalics, que foram presos e torturados pelo regime.

Em sua autobiografia, Bergoglio afirma que as acusações são falsas. Diz ter intercedido junto a figuras do governo militar, como Jorge Rafael Videla e Emilio Massera, pela libertação dos religiosos. Segundo ele, também ajudou outros perseguidos políticos, incluindo um catequista que escapou disfarçado de padre utilizando seus documentos.

Ascensão na hierarquia eclesiástica

Em 1992, o Papa João Paulo II nomeou Jorge Mario Bergoglio como bispo auxiliar de Buenos Aires. Nove anos depois, foi elevado ao cargo de cardeal. Nessa fase, intensificou sua atuação com populações pobres e se destacou pela vida simples: usava transporte público e recusava luxos.

Durante a nomeação como cardeal, convenceu seus compatriotas a não viajarem ao Vaticano e pediu que o dinheiro fosse doado aos necessitados. Presidiu a Conferência Episcopal Argentina entre 2005 e 2011, período em que adotou uma postura firme contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo. Chamou a proposta de “projeto do diabo” em uma carta enviada a freiras carmelitas.

Eleição como papa

Após a renúncia de Bento XVI, em fevereiro de 2013, o conclave escolheu Jorge Mario Bergoglio como novo pontífice em 13 de março daquele ano. Tornou-se o primeiro papa sul-americano da história e o primeiro não europeu em mais de 1.200 anos.

O nome “Francisco” foi escolhido em homenagem a São Francisco de Assis, após um conselho do cardeal brasileiro Dom Cláudio Hummes: “Nunca se esqueça dos pobres”, teria dito ao recém-eleito papa.

Postura pública e ações como pontífice

Ao longo de seu papado, Francisco adotou hábitos discretos e uma comunicação direta com os fiéis. Evitava aparições midiáticas, recusava banquetes e manteve estilo de vida modesto. Em 2015, surpreendeu ao lançar um disco de rock progressivo com o grupo italiano Le Orme, intitulado Wake Up!.

Também participou de eventos inter-religiosos, como o encontro com Ahmed Al-Tayeb, Grande Imã de Al-Azhar, nos Emirados Árabes Unidos, em 2019. Juntos, assinaram o Documento sobre a Fraternidade Humana, com apelos à paz e ao diálogo.

No campo moral, manteve posição contrária à legalização do aborto e da eutanásia, defendendo a proteção à vida. Trabalhou para recuperar a credibilidade da Igreja, abalada por escândalos de abuso sexual. Em 2014, pediu perdão às vítimas de pedofilia cometida por clérigos católicos.

Nos últimos anos, passou a usar cadeira de rodas em razão de problemas no joelho, o que reduziu sua agenda internacional. Mesmo assim, seguiu ativo em questões geopolíticas.

Diplomacia e conflitos internacionais

O Papa Francisco também se destacou na diplomacia global. Teve papel central na reaproximação entre Estados Unidos e Cuba e fez constantes apelos em defesa dos migrantes e refugiados.

Foi um crítico persistente da guerra na Ucrânia, chegando a se emocionar publicamente ao falar sobre as vítimas civis. Mesmo hospitalizado, manteve contato com representantes católicos na Faixa de Gaza para acompanhar a situação da população afetada pelos bombardeios.

Sua liderança combinou atuação pastoral com influência diplomática, além de manter proximidade com os mais pobres, característica que marcou sua trajetória desde Buenos Aires até o Vaticano.

Foto: Annett Klingner/Pixabay / manfred Kindlinger/Pixabay / Mikdev/Pixabay / Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Papa Francisco morre aos 88 anos

Papa Francisco morre aos 88 anos

Vaticano confirma morte de Jorge Mario Bergoglio; pontífice argentino foi o primeiro papa jesuíta e da América Latina

O Vaticano confirmou na manhã desta segunda-feira (21.abr.2025) a morte de Jorge Mario Bergoglio, o papa Francisco, aos 88 anos. O religioso ocupava o posto de chefe da Igreja Católica desde março de 2013 e foi o 266º papa da história.

De acordo com o comunicado oficial, o falecimento ocorreu às 7h35 (horário local). A nota do Vaticano destacou o legado do pontífice, enfatizando sua dedicação ao serviço religioso e às causas sociais.

“Às 7h35 desta manhã, o Bispo de Roma, Francisco, retornou à casa do Pai. Toda a sua vida foi dedicada ao serviço do Senhor e de Sua Igreja. Ele nos ensinou a viver os valores do Evangelho com fidelidade, coragem e amor universal, especialmente em favor dos mais pobres e marginalizados”, diz o texto.

Francisco foi o primeiro papa latino-americano e o primeiro da ordem dos jesuítas a ser eleito para o cargo mais alto da Igreja Católica. Também foi o primeiro pontífice moderno a assumir o papado após a renúncia de seu antecessor, Bento XVI, em 2013.

Histórico de saúde e internações recentes

Antes do falecimento, o papa Francisco enfrentava um quadro de saúde debilitado. No início de fevereiro deste ano, foi internado após apresentar dificuldades respiratórias durante eventos religiosos no Vaticano. Segundo relatos, o pontífice chegou a pedir que um auxiliar fizesse a leitura de sermões devido à fraqueza.

No dia 14 de fevereiro, o papa foi internado no hospital Agostino Gemelli, em Roma, onde passou por exames e iniciou tratamento para bronquite. Apesar do quadro clínico, ele seguiu participando, mesmo que de forma limitada, de atividades religiosas, inclusive pedindo desculpas por não comparecer à tradicional oração dominical na Praça de São Pedro.

Poucos dias depois, no dia 17, o Vaticano informou que Bergoglio estava com uma infecção polimicrobiana — caracterizada pela presença de mais de um microrganismo no organismo, como vírus, bactérias ou fungos. A condição foi classificada como “complexa”.

No dia seguinte, os médicos diagnosticaram o pontífice com pneumonia bilateral, um tipo mais grave da infecção, que compromete os dois pulmões e pode afetar severamente a capacidade respiratória. Após cerca de 40 dias internado, o papa recebeu alta hospitalar.

Pontificado e trajetória

Nascido em 17 de dezembro de 1936, em Buenos Aires, na Argentina, Jorge Mario Bergoglio ingressou na Companhia de Jesus ainda jovem. Ao longo de sua vida religiosa, ocupou diversos cargos de liderança até ser nomeado arcebispo de Buenos Aires. Com a renúncia de Bento XVI, foi eleito papa no dia 13 de março de 2013, durante o segundo dia do conclave, mesmo após ter declarado que não desejava assumir o cargo.

Durante os quase 12 anos de pontificado, Francisco ficou conhecido por adotar um estilo pastoral mais próximo dos fiéis e voltado a temas sociais. Ele abordou questões como pobreza, imigração, mudanças climáticas e corrupção, além de ter promovido reformas internas na Cúria Romana.

Processo de sucessão

Até o momento, o Vaticano não divulgou informações detalhadas sobre o funeral de Francisco. De acordo com o protocolo da Santa Sé, a Igreja Católica deve iniciar nas próximas semanas as reuniões para definir a convocação do conclave, que elegerá o novo líder religioso.

O processo inclui o chamado de cardeais de todo o mundo para o Vaticano, onde ocorrerá a votação em segredo até que se alcance consenso em torno de um novo nome.

Fotos: Tânia Rêgo/ABr/Arquivo/Ilustração

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STF rebate críticas da The Economist e defende atuação de Alexandre de Moraes

STF rebate críticas da The Economist e defende atuação de Alexandre de Moraes

Corte nega crise de confiança apontada pela revista britânica e afirma que decisões seguiram o devido processo legal e foram ratificadas pelos ministros

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou nota oficial neste sábado (19.abr.2025) em resposta a críticas publicadas pela revista britânica The Economist, que apontou supostos “poderes excessivos” do ministro Alexandre de Moraes e questionou a credibilidade da Corte junto à população brasileira.

Assinada pelo presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, a nota rebate a análise da publicação e afirma que o Brasil vive uma democracia com funcionamento pleno das instituições e respeito aos direitos fundamentais. O documento ainda afirma que o conteúdo da revista se alinha à narrativa de grupos que tentaram um golpe de Estado no país.

A reportagem da The Economist avaliou que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro pela Primeira Turma do STF, e não pelo plenário, poderia agravar uma suposta crise de confiança no Judiciário. Também foram citadas críticas aos ministros Gilmar Mendes, Dias Toffoli e ao próprio Barroso.

Respostas do STF

O STF reiterou que o julgamento de ações penais contra autoridades segue o rito previsto no Código de Processo Penal, o qual determina que os casos sejam analisados pelas turmas, e não pelo plenário. “Mudar isso é que seria excepcional”, destacou a Corte.

Sobre a sugestão de afastar Alexandre de Moraes do julgamento de Bolsonaro, Barroso afirmou que o ex-presidente atacou diversos ministros da Corte e que “se a suposta animosidade pudesse ser critério de suspeição, bastaria o réu atacar o tribunal para não ser julgado”.

O presidente do STF também refutou a ideia de que Moraes age de forma isolada. Segundo ele, as decisões monocráticas do ministro foram posteriormente validadas pelo plenário, incluindo a suspensão do X (antigo Twitter), motivada pela ausência de representante legal da empresa no Brasil.

Dados de confiança

Para sustentar que não há crise institucional, o STF citou uma pesquisa do instituto Datafolha divulgada em março de 2024. Segundo o levantamento, 21% dos entrevistados disseram confiar muito no STF, 44% confiam um pouco e 30% não confiam. Para Barroso, esses dados demonstram que a maioria da população mantém algum nível de confiança na instituição.

A nota também relembrou episódios recentes de ameaças à democracia brasileira, como os ataques de 8 de janeiro de 2023 aos Três Poderes, planos de atentado contra autoridades e tentativas de explosão de bomba no STF.

Foto: Antonio Augusto/STF / Nelson Jr./SCO/STF

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Suprema Corte impede Trump de usar Lei de Inimigos para deportações

Suprema Corte impede Trump de usar Lei de Inimigos para deportações

Presidente usou legislação para deportar 238 venezuelanos

A Suprema Corte dos Estados Unidos proibiu, neste sábado (19), o presidente Donald Trump de usar a Lei de Inimigos Estrangeiros para deportar venezuelanos para prisão de El Salvador. A decisão é temporária e vale enquanto o tribunal não analisa o caso de forma definitiva.

“O governo é instruído a não remover nenhum membro da suposta classe de detentos dos Estados Unidos até nova ordem deste tribunal”, diz a decisão, que teve voto contrário de dois dos nove magistrados da Corte máxima do país.

Até então usada apenas em tempos de guerra, a lei de 1798 foi evocada por Trump em meados de março para deportar 238 imigrantes da Venezuela sem direito à apelação para prisão de El Salvador sob acusação de integrarem a organização criminosa Trem de Aragua.

Familiares dos imigrantes deportados sob essa lei negam as acusações e o governo da Venezuela recorreu ao Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) contra as deportações.

No dia 7 de abril, a Suprema Corte dos EUA autorizou o uso da lei desde que os imigrantes tivessem o direito de contestar a deportação. Porém, organizações de direitos humanos recorreram aos tribunais alegando que o governo Trump não estava respeitando a decisão.

A União Americana pelas Liberdades Civis (Aclu) representou um grupo de imigrantes nos tribunais denunciando que novas deportações ilegais eram iminentes.

“A decisão [do governo] também não prevê nenhum processo para que indivíduos contestem que são membros da Trem de Aragua e, portanto, não se enquadram nos termos da Proclamação [da Suprema Corte]”, apelou a organização.

A Aclu lembra que, pelo menos, 137 venezuelanos foram removidos para El Salvador sem o devido processo legal “possivelmente pelo resto de suas vidas”.

“Resta saber se a maioria (ou talvez todos) dos homens não têm vínculos com o Trem de Aragua, pois o governo secretamente os expulsou do país e não forneceu informações sobre eles”.

A organização sustenta que as evidências têm mostrado que “muitos indivíduos removidos para El Salvador sob a Lei de Inimigos Estrangeiros não eram membros do Trem de Aragua”.

Trump

Na sexta-feira (18), o presidente Donald Trump postou um vídeo com supostos criminosos sendo deportados para El Salvador. Em seguida, publicou entrevista para a Fox News para defender as deportações para o país centro-americano.

“Nós não precisamos de legislação, precisamos de um presidente”, escreveu na postagem o presidente dos EUA, com tradução em espanhol para atingir o público latino-americano no país.

El Salvador

O governo de El Salvador, que há três anos governa por meio de decretos de Estado de Exceção, tem recebido prisioneiros enviados pelos EUA em troca de ajuda financeira e de “inteligência” do governo Trump.

O Centro de Confinamento de Terroristas (Cecot) de El Salvador, conhecida como maior prisão da América Latina, construída pelo presidente Nayib Bukele, é alvo de denúncias de violações de direitos humanos com prática sistemática de tortura, incluindo contra crianças, e por não conceder aos suspeitos direitos à defesa e julgamento justo, com condenações em massa.

“Aqueles que foram removidos para El Salvador enfrentam danos e condições prisionais ameaçadoras no Cecot, incluindo choques elétricos, espancamentos, afogamento simulado e instrumentos de tortura nos dedos dos detentos para tentar forçar confissões de filiação a gangues”, acrescentou a Aclu na ação judicial.

A entidade de defesa dos direitos dos imigrantes afirma ainda que o governo dos EUA tem usado critérios duvidosos para classificar os imigrantes como integrantes da organização criminosa da Venezuela.

“Incluindo atributos físicos como ‘tatuagens que denotam filiação/lealdade à Trem de Aragua’ e gestos com as mãos, símbolos, logotipos, grafites ou vestimenta. Especialistas que estudam a TdA explicaram como nenhum desses atributos físicos é uma forma confiável de identificar membros de gangues”, completou.

Foto: @TheWhiteHouse/Fotos Públicas / Daniel Torok/White House / Abe McNatt

Da Agência Brasil

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Dólar cai para R$ 5,80 após declaração de Trump sobre acordo com a China

Dólar cai para R$ 5,80 após declaração de Trump sobre acordo com a China

Ibovespa sobe 1,04% e petróleo tem alta após sinalização de retomada nas negociações comerciais

O dólar comercial encerrou a sessão desta quinta-feira (17.abr.2025) em queda, sendo vendido a R$ 5,804, após declarações do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, indicando possibilidade de acordo comercial com a China. A moeda norte-americana registrou desvalorização de 1,03%, o menor patamar em duas semanas.

Durante a manhã, o dólar chegou a ser cotado a R$ 5,89 nos primeiros minutos de negociação, mas recuou ao longo do dia com a repercussão das falas de Trump. A moeda acumula alta de 1,75% em abril, mas apresenta queda de 6,08% no acumulado de 2025.

O movimento também impactou positivamente o mercado de ações. O índice Ibovespa, principal indicador da B3, registrou alta de 1,04%, encerrando o pregão aos 129.650 pontos. Esse é o maior nível desde 3 de abril. O desempenho reverte perdas observadas nos dias anteriores.

As declarações de Trump influenciaram diretamente o mercado de commodities. O barril de petróleo tipo Brent, referência internacional, subiu 2,51% e foi cotado a US$ 66,68. A valorização é atribuída à expectativa de aumento nas exportações da China, principal compradora global de produtos agrícolas e minerais.

O possível avanço nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China trouxe alívio momentâneo aos mercados emergentes, impactando positivamente moedas, bolsas de valores e ativos ligados a exportações.

A expectativa agora é sobre a continuidade das sinalizações diplomáticas e a repercussão nos próximos pregões, especialmente diante do cenário de incertezas geopolíticas e econômicas que envolvem as duas maiores economias do mundo.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Deputada Erika Hilton denuncia política transfóbica dos EUA após ter identidade de gênero negada em visto diplomático

Deputada Erika Hilton denuncia política transfóbica dos EUA após ter identidade de gênero negada em visto diplomático

Parlamentar brasileira afirma que teve sexo masculino atribuído no visto, mesmo com documentos oficiais que reconhecem seu gênero feminino

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) denunciou nesta quarta-feira (16.abr.2025) que teve sua identidade de gênero negada pela embaixada dos Estados Unidos em Brasília durante o processo de emissão de um visto diplomático. A parlamentar participaria como palestrante oficial da conferência acadêmica Brazil Conference at Harvard & MIT 2025, nos Estados Unidos, em missão autorizada pela Câmara dos Deputados.

Segundo Hilton, a embaixada americana emitiu o visto com o sexo masculino, ignorando a documentação brasileira que reconhece seu gênero feminino, incluindo certidão de nascimento retificada e passaporte oficial. A deputada classificou o caso como um episódio de transfobia institucional e uma violação à soberania do Brasil.

“É muito grave o que os Estados Unidos têm feito com as pessoas trans que vivem naquele país e com quem lá ingressa. É uma política higienista e desumana que, além de atingir as pessoas trans, também desrespeita a soberania do governo brasileiro em emitir documentos que devem ser respeitados pela comunidade internacional”, afirmou a deputada.

Repercussão diplomática e medidas legais

Erika Hilton enviou um ofício ao Ministério das Relações Exteriores solicitando uma reunião com o ministro Mauro Vieira. O Itamaraty informou que avalia a possibilidade do encontro. A deputada também declarou que articula uma ação jurídica internacional contra o governo dos Estados Unidos.

“Quando a transfobia de Estado é praticada dentro dos Estados Unidos, ela pede uma resposta do judiciário americano. Mas quando ultrapassa fronteiras e atinge uma parlamentar brasileira em missão oficial, ela exige também uma resposta diplomática do governo brasileiro”, destacou a deputada.

Diante da negativa em reconhecer sua identidade de gênero, Erika Hilton optou por cancelar a participação na conferência, que ocorreria no dia 12 de abril, no painel “Diversidade e Democracia”, ao lado de outras autoridades brasileiras.

Nova diretriz americana proíbe reconhecimento de identidade de gênero

A embaixada americana respondeu à denúncia por meio de nota, na qual declarou que os registros de visto são confidenciais e que, conforme a Ordem Executiva 14168, o governo dos Estados Unidos reconhece apenas dois sexos — masculino e feminino — considerados imutáveis desde o nascimento.

“A embaixada dos Estados Unidos informa que os registros de visto são confidenciais conforme a lei americana e, por política, não comentamos casos individuais. Ressaltamos também que, de acordo com a Ordem Executiva 14168, é política dos EUA reconhecer dois sexos, masculino e feminino, considerados imutáveis desde o nascimento”, diz o texto oficial.

A Ordem Executiva 14168 foi emitida pelo presidente Donald Trump em 20 de janeiro de 2025 e determina que todos os departamentos federais americanos devem utilizar exclusivamente os marcadores binários masculino e feminino em documentos oficiais, como passaportes e registros consulares. A diretriz também proíbe o reconhecimento de identidades de gênero autoatribuídas.

Caso marca mudança em relação anterior da embaixada

A deputada afirmou que, em 2023, a mesma embaixada havia emitido um visto respeitando sua identidade de gênero. Segundo a equipe da parlamentar, a mudança de postura ocorreu após a publicação do novo decreto presidencial americano.

“É absurdo que o ódio que Donald Trump nutre e estimula contra as pessoas trans tenha esbarrado em uma parlamentar brasileira indo fazer uma missão oficial em nome da Câmara dos Deputados”, declarou Hilton, que é a primeira mulher negra e trans a ocupar uma cadeira na Câmara Federal.

Foto: Antonio Araújo/Câmara dos Deputados / Bruno Spada/Câmara dos Deputados / Marcelo Camargo/Agência Brasil/

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Trump quer fechar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta desafios com principais parceiros internacionais

Trump quer fechar 90 acordos comerciais em 90 dias, mas enfrenta desafios com principais parceiros internacionais

União Europeia envia representante a Washington para discutir tarifas impostas pelo governo dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou a intenção de fechar 90 acordos comerciais em um prazo de 90 dias. A meta foi anunciada em meio às crescentes tensões comerciais entre o país norte-americano e seus principais parceiros econômicos. No entanto, especialistas avaliam que os desafios para resolver as disputas atuais no comércio global são complexos e poderão exigir negociações prolongadas.

Uma das primeiras movimentações em resposta ao plano do governo americano será a chegada de Maros Sefcovic, vice-presidente da Comissão Europeia responsável por assuntos de comércio, a Washington. A visita está marcada para a próxima segunda-feira (14) e tem como objetivo discutir as tarifas anunciadas pela administração Trump no início de abril.

União Europeia busca resposta rápida para tarifas

O bloco europeu é um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. Em 2024, o comércio bilateral entre a União Europeia e os EUA totalizou aproximadamente US$ 1 trilhão. A decisão de enviar uma autoridade de alto escalão ao território americano sinaliza a importância da relação econômica entre os dois blocos e a urgência em tratar os impactos das novas tarifas.

As medidas tarifárias determinadas por Trump têm gerado preocupações em diversos setores da economia global, com receios de que uma escalada da guerra comercial possa prejudicar cadeias produtivas integradas e provocar reflexos negativos sobre exportações e investimentos.

Especialistas apontam dificuldades no cumprimento da meta

A meta de 90 acordos em 90 dias foi considerada ambiciosa por especialistas em comércio internacional. O contexto atual inclui impasses com diversas nações, como China, Canadá, México e países da União Europeia, que têm manifestado resistência às tarifas americanas e, em alguns casos, adotado medidas de retaliação.

Analistas alertam que a natureza técnica e diplomática dos acordos comerciais exige tempo para formulação, revisão jurídica, aprovação interna e negociações bilaterais ou multilaterais. Além disso, muitos países exigem aprovação legislativa para ratificação de novos tratados, o que pode tornar o processo ainda mais demorado.

Guerra comercial pode afetar setores estratégicos

A intensificação da guerra comercial, impulsionada pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos, tem potencial para atingir setores estratégicos, como a indústria automobilística, a produção agrícola, a tecnologia e a siderurgia. Empresas com operações globais monitoram de perto os desdobramentos, temendo prejuízos à competitividade e à previsibilidade dos mercados.

No caso da União Europeia, o impacto das medidas tarifárias pode atingir diretamente países com forte presença industrial e exportadora, como Alemanha e França. A resposta do bloco às tarifas americanas será observada como um indicativo do rumo que as negociações comerciais deverão seguir nos próximos meses.

EUA buscam reconfigurar política comercial

Desde o início de seu mandato, o presidente Donald Trump tem buscado reformular a política comercial dos Estados Unidos, retirando o país de acordos multilaterais como o Tratado Transpacífico (TPP) e renegociando termos de acordos vigentes, como o NAFTA, substituído pelo Acordo EUA-México-Canadá (USMCA).

A atual ofensiva comercial com países parceiros é parte da estratégia de “América Primeiro”, defendida por Trump, com foco em proteger a indústria americana, reduzir o déficit comercial e estimular a produção doméstica. No entanto, o efeito prático dessas medidas ainda é alvo de debate entre economistas e autoridades comerciais internacionais.

União Europeia e EUA devem manter negociações em andamento
A reunião entre Maros Sefcovic e autoridades americanas será o primeiro passo formal para discutir as tarifas aplicadas. A expectativa é que, a partir desse encontro, novas rodadas de diálogo sejam estabelecidas entre os dois blocos.

A agenda das negociações deverá incluir temas como barreiras comerciais, subsídios, propriedade intelectual, padrões regulatórios e acesso a mercados. A União Europeia tem reiterado seu interesse em manter uma relação equilibrada com os Estados Unidos, mas sem abrir mão de mecanismos de defesa comercial.

O governo americano, por sua vez, buscará incluir demandas específicas no novo modelo de acordos, como maior acesso a setores estratégicos dos países parceiros e revisão de práticas comerciais consideradas desvantajosas para os EUA.

Foto: RS/Fotos Públicas

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EUA concedem isenção tarifária a smartphones, computadores e eletrônicos importados da China

EUA concedem isenção tarifária a smartphones, computadores e eletrônicos importados da China

Medida retroativa alivia grandes empresas de tecnologia, como Apple e Dell, mas mantém pressão sobre importações chinesas

O governo dos Estados Unidos anunciou a isenção de tarifas para smartphones, computadores e outros produtos eletrônicos importados, principalmente da China. A decisão evita que esses itens sejam taxados em até 125%, conforme determinado anteriormente pelo ex-presidente Donald Trump. A medida, retroativa a 5 de abril, beneficia gigantes da tecnologia, mas mantém barreiras para outras categorias de importação chinesa.

Detalhes da isenção tarifária

A Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA (CBP) publicou uma lista com 20 categorias de produtos isentos das altas tarifas. Entre os códigos liberados está o 8.471, que abrange computadores, laptops, unidades de disco e processadores automáticos de dados. Também foram incluídos semicondutores, chips de memória e monitores de tela plana.

A decisão não foi explicada oficialmente, mas analistas apontam que o alívio tarifário visa reduzir pressões inflacionárias sobre produtos essenciais para consumidores e empresas. A Apple, a Dell Technologies e outras importadoras estão entre as principais beneficiadas.

Impacto nas tarifas existentes

A isenção se aplica apenas às tarifas adicionais de 125% impostas por Trump, não afetando a taxa base de 10% sobre importações da China. Produtos fabricados em outros países, como semicondutores de Taiwan e iPhones produzidos na Índia, terão custos reduzidos.

No entanto, as tarifas de 20% sobre todas as importações chinesas – justificadas pela Casa Branca como resposta à crise do fentanil – permanecem válidas. Além disso, uma nova investigação sobre semicondutores pode resultar em futuras taxações.

Reação da Casa Branca

Em comunicado, a porta-voz Karoline Leavitt reforçou que os EUA não podem depender da China para tecnologias críticas, como chips e smartphones. No entanto, destacou que empresas estão acelerando a relocalização de produção para território norte-americano, seguindo orientações de Trump.

Pressão inflacionária

Analistas projetavam que um iPhone de alto custo saltaria de US$ 1.599 PARA US$ 2.300 com tarifas de 54%. A isenção sinaliza preocupação do governo com o impacto nos preços, tema central na campanha de Trump em 2024.

Foto: Molly Roberts/White House / Daniel Torok/White House

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Lula sanciona Lei da Reciprocidade Comercial sem vetos

Lula sanciona Lei da Reciprocidade Comercial sem vetos

Texto autoriza governo a adotar medidas contra tarifas comerciais

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou nesta sexta-feira (11) o projeto de lei que cria a Lei da Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras unilaterais aos produtos do Brasil no mercado global. A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto.

O texto, que será publicado no Diário Oficial da União (DOU) da próxima segunda-feira (14), foi aprovado pelo Congresso Nacional há cerca de 10 dias e aguardava a sanção presidencial para entrar em vigor. Não houve vetos.

A nova lei é uma resposta à escalada da guerra comercial desencadeada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, contra a maioria dos países do mundo, mas que se intensificou nos últimos dias de forma mais específica contra a China.

No caso do Brasil, a tarifa imposta pelos EUA foi de 10% sobre todos os produtos exportados para o mercado norte-americano. A exceção nessa margem de tarifas são o aço e o alumínio, cuja sobretaxa imposta pelos norte-americanos foi de 25%, afetando de forma significativa empresas brasileiras, que constituem os terceiros maiores exportadores desses metais para os EUA.

Em discurso durante a 9ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), em Honduras, na última quarta-feira (9), Lula voltou a criticar a adoção de tarifas comerciais. No mesmo dia, ele também disse que usará todas as formas de negociação possíveis, incluindo abertura de processo na Organização Mundial do Comércio (OMC), para tentar reverter as tarifas, antes de adotar ações comerciais retaliatórias.

Nova Lei

A Lei da Reciprocidade Comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”. A norma valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º do texto da lei, por exemplo, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil / Ricardo Stuckert/Presidência da República

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Trump eleva taxação da China para 125% e reduz de 75 países para 10%

Trump eleva taxação da China para 125% e reduz de 75 países para 10%

Redução da taxação para 75 países será de 90 dias

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciou nesta quarta-feira (9) que vai elevar a taxação das importações da China para 125%, com efeito imediato. Até então, a taxação adicional da China estava em 104%.

“Com base na falta de respeito que a China demonstrou aos mercados mundiais, estou aumentando a tarifa cobrada da China pelos EUA para 125%. Em algum momento, esperançosamente em um futuro próximo, a China perceberá que os dias de exploração dos EUA e de outros países não são mais sustentáveis ​​ou aceitáveis”, informou Trump em uma rede social.

Por outro lado, Trump disse que vai reduzir a taxação de 75 países para 10% por 90 dias, enquanto negocia com os chefes de Estado e governo desses países.

“Com base no fato de que mais de 75 países convocaram representantes dos EUA para negociar uma solução para os assuntos em discussão, e que esses países não retaliaram de forma alguma os EUA, por minha forte sugestão, autorizei uma PAUSA de 90 dias e uma Tarifa Recíproca substancialmente reduzida durante esse período, de 10%, também com efeito imediato”, completou o presidente estadunidense.

Guerra comercial

O atual governo dos Estados Unidos iniciou neste ano uma guerra de tarifas que se intensificou no último dia 2 de abril, quando Washington promoveu um tarifaço contra quase todos os parceiros comerciais.

A China retaliou e elevou as tarifas para produtos dos EUA para 84%. Ao mesmo tempo, argumenta que tem capacidade para transformar o tarifaço em oportunidade.

“A decisão dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro atrás do outro. Ela infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China, prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e tem um impacto severo na estabilidade da ordem econômica global. É um exemplo típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica”, afirmou, em nota, o Ministério de Finanças chinês.

Para analistas consultados pela Agência Brasil, a guerra comercial busca reverter a perda de competitividade da economia estadunidenses nas últimas décadas, em especial, para países asiáticos.

Foto: Daniel Torok/White House

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China eleva tarifas contra EUA a 84% e intensifica guerra comercial

China eleva tarifas contra EUA a 84% e intensifica guerra comercial

Para analistas, tarifaço de Trump tenta reverter a desindustrialização

O Ministério das Finanças da China anunciou, nesta quarta-feira (9), o aumento das tarifas de importação de produtos dos Estados Unidos (EUA) de 34% para 84%, intensificando a guerra comercial iniciada por Washington. A nova taxa passa a valer a partir desta quinta-feira (10).

A medida foi tomada depois que o presidente Donald Trump elevou para 104% as tarifas de importação de produtos chineses após a China retaliar a tarifa dos EUA de 34% imposta no último dia 2 de abril.

Erros em série

“A decisão dos EUA de aumentar as tarifas sobre a China é um erro atrás do outro. Ela infringe seriamente os direitos e interesses legítimos da China, prejudica seriamente o sistema de comércio multilateral baseado em regras e tem um impacto severo na estabilidade da ordem econômica global. É um exemplo típico de unilateralismo, protecionismo e intimidação econômica”, afirmou, em nota, o Ministério de Finanças chinês.

Pequim pede que os EUA retirem as tarifas impostas contra o país asiático. “A China pede que os EUA corrijam imediatamente suas práticas erradas, cancelem todas as medidas tarifárias unilaterais contra a China e resolvam adequadamente as diferenças com a China por meio de um diálogo igualitário com base no respeito mútuo”, completou o governo chinês.

Guerra de tarifas

Enquanto a maior parte das bolsas de valores do mundo segue operando em baixa em razão da guerra de tarifas iniciada por Trump, as bolsas chinesas operaram em alta nesta quarta-feira (9).

Para analistas consultados pela Agência Brasil, o tarifaço de Trump é uma tentativa de reverter a desindustrialização dos EUA, que viu sua economia perder competitividade para os mercados da Ásia nas últimas décadas. Porém, diversos economistas são céticos de que as medidas de Washington possam ter o efeito esperado e esperam o aumento da inflação dentro dos EUA.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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EUA vão taxar produtos da China em 104% a partir de hoje (9)

EUA vão taxar produtos da China em 104% a partir de hoje (9)

Medida é retaliação após China impor tarifas recíprocas a Washington

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, confirmou nesta terça-feira (8) que os Estados Unidos vão cobrar tarifas de 104% sobre os produtos chineses a partir de quarta-feira (9). A medida é mais um episódio da guerra comercial entre os países.

Na coletiva de imprensa transmitida pelas redes sociais da Casa Branca nesta tarde, a secretária foi questionada por um repórter se o presidente Donald Trump manteria a decisão de adicionar 50% em taxas sobre os produtos da China.

“Elas [as novas taxas] entrarão em vigor à meia-noite de hoje. Então, efetivamente amanhã”, respondeu Karoline Leavitt.

Minutos antes, a secretária havia criticado o governo chinês por não recuar e aceitar uma negociação com os Estados Unidos.

“Países como a China, que escolhem retaliar e tentam redobrar os maus-tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro. O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e não vai quebrar. A América não vai quebrar sob sua liderança. Ele é guiado por uma firme convicção de que a América deve ser capaz de produzir bens essenciais para o nosso próprio povo e exportá-los para o mundo”, disse Leavitt.

Na segunda-feira, Donald Trump havia ameaçado impor tarifas adicionais sobre todas as importações da China caso Pequim não recuasse da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão tarifas adicionais à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, disse o americano em rede social.

Histórico de taxação

Em março, Washington impôs taxas específicas de 20% à China, em um dos primeiros movimentos de Trump para pressionar o país asiático. No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano. Com a promessa de uma terceira taxação de 50%, o total iria para 104%.

Além de retaliar com tarifas de 34% sobre os produtos estadunidenses, Pequim também estabeleceu restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

Em editorial publicado no domingo (6), o jornal porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCCh) – o Diário do Povo – disse que a China está preparada para a guerra de tarifas de Donald Trump e que o “céu não cairá” por causa das novas barreiras comerciais.

“Devemos transformar pressão em motivação e encarar a resposta ao impacto dos EUA como uma oportunidade estratégica para acelerar a construção de um novo padrão de desenvolvimento”, afirmou o editorial do principal jornal do PCCh.

Foto: @TheWhiteHouse/Fotos Públicas / Jorge William/G20

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Brasil tem reservas para enfrentar decisões de Trump, diz Lula

Brasil tem reservas para enfrentar decisões de Trump, diz Lula

Presidente disse ainda que economia deve crescer em 2025

O Brasil tem reservas internacionais suficientes para enfrentar as decisões do governo Donald Trump, disse nesta segunda-feira (7) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante anúncio de investimentos do setor de logística em Cajamar (SP), Lula reiterou que a economia voltará a crescer mais que o previsto em 2025.

“Nós pagamos a dívida externa brasileira. Nós, pela primeira vez, fizemos uma reserva [internacional] de US$ 370 bilhões, o que segura este país contra qualquer crise. Mesmo o presidente Trump falando o que ele quer falar, o Brasil está seguro porque temos um colchão de US$ 350 bilhões, que dá ao Brasil e ao ministro da [Fazenda] Fernando Haddad uma certa tranquilidade”, disse Lula, em evento promovido pela empresa de comércio eletrônico Mercado Livre.

Segundo os dados mais recentes do Banco Central (BC), as reservas internacionais estavam em US$ 338,6 bilhões na última sexta-feira (7). No entanto, se contar os cerca de US$ 17 bilhões leiloados pelo BC desde o ano passado com compromisso de serem recomprados ao longo deste ano, o total sobe para US$ 355,6 bilhões.

Crescimento da economia

Durante o evento, o Mercado Livre anunciou investimentos de R$ 34 bilhões no Brasil apenas neste ano. Para o presidente, as apostas da empresa no país são justificadas porque a economia brasileira continuará a crescer acima do previsto neste ano, por causa de medidas recentes do governo para estimular o crédito e o consumo.

“Agora, as pessoas dizem: ‘A economia vai desacelerar, ela vai crescer menos’. E eu quero dizer para vocês, na frente dos trabalhadores do Mercado Livre, que a economia brasileira vai surpreender. Porque essa gente que fica discutindo o chamado mercado, essa gente que fica discutindo a economia não conhece o microcrédito funcionando, e o dinheiro chegando na mão de milhares e milhões de pessoas”, declarou Lula.

Segundo o presidente, a melhoria na economia já vem sendo percebida nos últimos anos, ao citar, como exemplo, que categorias profissionais tiveram reajuste salarial acima da inflação. “O salário mínimo já aumentou acima da inflação por dois anos consecutivos. O emprego voltou a crescer todo o ano. E o crédito está acontecendo com muita força nesse país, muita força”, destacou.

Desde que Donald Trump anunciou a aplicação de tarifas a produtos de outros países, chamado tarifaço, bolsas de valores de diversos país tiveram quedas. Para o presidente, o crescimento no Brasil não vai depender de outros países.

“Não depende de ninguém, não depende dos Estados Unidos, não depende da China, não depende da África, só depende de nós brasileiros”, disse.

“É isso que nós queremos: não queremos nada demais. Nós só queremos ser tratados com respeito, com dignidade, porque nós temos esse direito porque quem produz a riqueza desse país são vocês”, afirmou

Mercado Livre

Ao visitar o Centro de Logística do Mercado Livre, Lula abraçou funcionários da empresa e até colocou um pacote na esteira para ser encaminhado para entrega.

Ele esteve acompanhado de Fernando Yunes, vice-presidente sênior do Mercado Livre no Brasil, que explicou como será utilizado o aporte de R$ 34 bilhões neste ano. “É um aporte para conseguirmos avançar na nossa logística. Esse valor vai ser aportado tanto no Mercado Livre quanto no Mercado Pago e no marketing”, disse Yunes durante o evento.

Yunes também anunciou que a empresa vai contratar neste ano mais 14 mil pessoas, somando 50 mil funcionários no Brasil até o final deste ano.

Estavam na comitiva os ministros da Fazenda, Fernando Haddad; do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho; e do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte do Brasil, Márcio França, além do prefeito de Cajamar, Kauãn Berto.

Fundado em 1999, o Mercado Livre é a companhia líder em e-commerce e serviços financeiros na América Latina, com operações em 18 países e mais de 84 mil funcionários diretos. A operação no Brasil representa 54% do total do negócio da empresa.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

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Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% após Pequim retaliar

Trump ameaça China com tarifas adicionais de 50% após Pequim retaliar

Produtos chineses enviados aos EUA poderão ter taxa de 84%

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, ameaçou a China nesta segunda-feira (7) com tarifas adicionais de 50% sobre todas as importações do país caso Pequim não recue da decisão de impor tarifas recíprocas contra Washington.

“Se a China não retirar seu aumento de 34% acima de seus abusos comerciais de longo prazo até amanhã, 8 de abril de 2025, os Estados Unidos imporão Tarifas ADICIONAIS à China de 50%, com efeito em 9 de abril”, anunciou o presidente estadunidense em uma rede social.

Caso cumpra o prometido, os EUA terão elevado em 84% o valor de todos os produtos chineses que entram no país norte-americano em uma semana. Trump acrescentou que todas as negociações com a China estão encerradas. “As negociações com outros países, que também solicitaram reuniões, começarão a ocorrer imediatamente”, completou Trump.

No último dia 2 abril, os EUA iniciaram uma guerra de tarifas contra todos os parceiros comerciais, com taxação adicional de 34% sobre todos os produtos chineses que entram no país norte-americano.

Em resposta, a China decidiu retaliar com tarifas de 34% sobre todos os produtos estadunidenses que entram no país asiático, além de estabelecer restrições para exportação de minerais raros, chamados terras raras, e proibir o comércio com 16 empresas dos EUA.

A guerra de tarifas tem derrubado as bolsas em todo o mundo e elevado as incertezas sobre o futuro do comércio mundial enquanto Trump promete manter sua nova política comercial.

O céu não cairá

O jornal que serve de porta-voz do Partido Comunista Chinês (PCC) – o Diário do Povo – publicou nesse domingo (6) longo editorial pedindo calma e argumentando que o “céu não cairá” com as tarifas de Donald Trump.

“Diante do impacto da intimidação tarifária dos EUA, temos grande capacidade de suportar a pressão. Nos últimos anos, construímos ativamente um mercado diversificado e nossa dependência do mercado dos EUA vem diminuindo. As exportações da China para os Estados Unidos como parcela do total de exportações caíram de 19,2% em 2018 para 14,7% em 2024”, afirmou o diário chinês.

Foto: Molly Riley/Via Fotos Públicas / Jorge William/G20/Fotos Públicas

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Papa Francisco faz primeira aparição pública após 38 dias hospitalizado por pneumonia

Papa Francisco faz primeira aparição pública após 38 dias hospitalizado por pneumonia

Pontífice participou da Missa do Jubileu dos Enfermos no Vaticano e compartilhou reflexões sobre fragilidade humana

O Papa Francisco apareceu publicamente neste domingo (6.abr.2025) pela primeira vez desde que foi hospitalizado por uma grave pneumonia, há 38 dias. O pontífice saudou fiéis presentes na Missa do Jubileu dos Enfermos, realizada na Praça São Pedro, no Vaticano.

De cadeira de rodas e com uma cânula de oxigênio sob o nariz, Francisco fez uma aparição surpresa ao final da celebração, acenando brevemente para os cerca de 20 mil peregrinos reunidos no local. A missa foi presidida pelo arcebispo Rino Fisichella, que leu uma homilia preparada pelo papa.

Participação por televisão e mensagem de consolo

Segundo Fisichella, Francisco acompanhou a cerimônia pela televisão. Em sua homilia, o papa reforçou que Deus não abandona os fiéis em momentos de doença.

“Na doença, Deus não nos deixa sozinhos e, se nos abandonarmos a Ele, precisamente onde as nossas forças falham, podemos experimentar a consolação da sua presença”, escreveu o pontífice.

O religioso também compartilhou sua própria experiência de fragilidade durante o período de internação. “Convosco, queridos irmãos e irmãs doentes, neste momento da minha vida, estou a partilhar muito: a experiência da enfermidade, de me sentir frágil, de depender dos outros em tantas coisas, de precisar de apoio”, relatou.

Reflexões sobre a enfermidade e gratidão

Francisco destacou que a doença pode ser uma “escola” para aprender sobre amor e humildade. “Nem sempre é fácil, mas é uma escola na qual aprendemos todos os dias a amar e a deixarmo-nos amar, sem exigir nem recusar, sem lamentar nem desesperar”, afirmou.

Ao final da missa, uma mensagem de agradecimento do papa foi lida aos fiéis. Francisco expressou gratidão “do fundo do coração” pelas orações recebidas durante sua recuperação.

Foto: Reprodução

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EUA impõem tarifas recíprocas e elevam tensão comercial global

EUA impõem tarifas recíprocas e elevam tensão comercial global

Brasil enfrenta tarifa de 10% e pode recorrer à OMC contra decisão de Donald Trump

Os Estados Unidos anunciaram, nesta quarta-feira (2.abr.2025), a imposição de tarifas recíprocas sobre diversos países, incluindo o Brasil. O presidente Donald Trump divulgou a medida no Salão Oval da Casa Branca, destacando que as taxas entram em vigor a partir da meia-noite (horário local). A iniciativa faz parte do que ele chamou de “Dia da Libertação”, argumentando que a política comercial visa fortalecer a economia norte-americana.

Impacto das tarifas nos países afetados

A tarifa recíproca aplicada ao Brasil é de 10%, enquanto outros países foram taxados com valores distintos: China (34%), União Europeia (20%), Reino Unido (10%), Vietnã (46%), Cambodja (49%) e África do Sul (30%). Trump declarou que a decisão busca corrigir o que considera um histórico de práticas comerciais injustas contra os EUA, responsabilizando governos anteriores pela falta de medidas semelhantes.

Além das tarifas recíprocas, foi anunciada a imposição de uma taxa de 25% sobre automóveis importados de países europeus e asiáticos. O governo norte-americano argumenta que a medida irá beneficiar a indústria local, gerar novos empregos e reduzir o déficit comercial, que chegou a quase US$ 1 trilhão (R$ 5,7 trilhões) em 2024.

Reflexos globais da medida

A decisão gerou apreensão no cenário internacional. Especialistas alertam que a medida pode desacelerar o crescimento econômico global e afetar países com forte dependência do mercado norte-americano, como México e Canadá. No Brasil, setores como o de aço e alumínio devem ser impactados diretamente. Em março, o governo dos EUA já havia imposto uma tarifa de 25% sobre esses produtos brasileiros, comprometendo as exportações nacionais.

Outro ponto de discussão é o etanol brasileiro. Atualmente, os Estados Unidos aplicam uma tarifa de 2,5% sobre o produto importado, enquanto o Brasil cobra 18% sobre o etanol norte-americano. A diferença de alíquotas foi citada como um exemplo de “comércio desigual” por Trump.

Reação do governo brasileiro

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a decisão e anunciou que o Brasil recorrerá à Organização Mundial do Comércio (OMC) para questionar a validade das tarifas. Caso a contestação não surta efeito, o governo avalia a possibilidade de impor tarifas sobre produtos norte-americanos como medida de retaliação.

Paralelamente, a Câmara dos Deputados aprovou, também nesta quarta-feira (2), a tramitação em regime de urgência do “PL da Reciprocidade”. O projeto estabelece critérios para que o Brasil possa responder a medidas unilaterais de outros países ou blocos econômicos que prejudiquem sua competitividade internacional. O requerimento foi aprovado com 361 votos favoráveis, 10 contrários e duas abstenções.

Unidade política diante da crise

Durante a discussão do projeto no Senado, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a situação deve servir de aprendizado para o Congresso Nacional. “Nas horas mais importantes, não existe um Brasil de esquerda ou de direita, existe apenas o povo brasileiro”, declarou.

Perspectivas futuras

Com as tarifas entrando em vigor, analistas econômicos avaliam que os desdobramentos das medidas de Trump dependerão das reações dos países afetados. O Brasil e outras nações podem buscar negociações diretas com os Estados Unidos ou intensificar acordos comerciais alternativos para minimizar os impactos da nova política tarifária.

Foto: Daniel Torok/Via Fotos Públicas

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Câmara aprova Lei da Reciprocidade Comercial e texto vai à sanção

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Aprovação ocorre após Trump anunciar taxação para produtos brasileiros

A Câmara dos Deputados aprovou, na noite desta quarta-feira (2), o Projeto de Lei 2.088/2023, que cria a Lei da Reciprocidade Comercial, autorizando o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global. Agora, o texto segue para sanção presidencial.

O texto do PL já havia sido aprovado nesta terça-feira (1) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, por unanimidade.

O tema se tornou prioridade no Congresso após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar “tarifas recíprocas” contra parceiros comerciais. O anúncio do novo tarifaço, realizado mais cedo pelo líder norte-americano, incluiu uma nova sobretaxa de 10% sobre produtos brasileiros.

Durante toda a tarde, enquanto a matéria estava sendo debatida, o PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, apresentou requerimentos de obstrução das votações para pressionar pelo Projeto de Lei da Anistia.

Porém, um acordo entre todas as bancadas, do governo à oposição, resultou na retirada de todos os destaques para atrasar a matéria, que acabou sendo aprovada por unanimidade, em votação simbólica. Em troca, a ordem do dia da Câmara foi suspensa, e projetos que estavam na pauta de votação do plenário serão analisados nas próximas sessões.

“Nas horas mais importantes não existe um Brasil de esquerda ou um Brasil de direita. Existe apenas o povo brasileiro. E nós, representantes do povo, temos de ter a capacidade de defender o povo acima de nossas diferenças”, declarou o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que presidiu toda a votação.

Reciprocidade

O Artigo 1º do Projeto de Lei da Reciprocidade comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

A lei valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

O prazo para que seja sancionada pelo presidente da República e entre definitivamente em vigor são 15 dias úteis após a aprovação.

Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Câmara acelera votação da Lei da Reciprocidade Comercial

Câmara acelera votação da Lei da Reciprocidade Comercial

Projeto foi aprovado por unanimidade no Senado

A Câmara dos Deputados pode votar ainda nesta semana o Projeto de Lei 2.088/2023, Lei de Reciprocidade Comercial, que autoriza o governo brasileiro a adotar medidas comerciais contra países e blocos que imponham barreiras aos produtos do Brasil no mercado global.

O texto do PL foi aprovado nesta terça-feira (1) na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) e no plenário do Senado, por unanimidade.

O tema se tornou prioridade no Congresso após o presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, anunciar que vai impor “tarifas recíprocas” contra parceiros comerciais. O anúncio do novo tarifaço está previsto para as 17h (horário dos EUA) desta quarta-feira.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos/PB), informou que vai trabalhar junto ao Colégio de Líderes para pautar o tema ainda esta semana.

“Como esse é um tema excepcional, e nós temos uma data já precificada de uma possível movimentação dos Estados Unidos com relação aos produtos brasileiros, nós já estamos conversando com o Colégio de Líderes, para que, se possível, excepcionalmente, possamos trazer a matéria ao plenário ainda esta semana”, anunciou o presidente da Casa.

Para Motta, o episódio entre EUA e Brasil deve superar as diferenças políticas dentro do Parlamento.

“Nas horas mais importantes não existe um Brasil de esquerda ou um Brasil de direita. Existe apenas o povo brasileiro. E nós, representantes do povo, temos de ter a capacidade de defender o povo acima de nossas diferenças”, disse.

O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, promete obstruir todas as votações para pressionar pelo Projeto de Lei da Anistia. O líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), informou à Agência Brasil que a legenda vai obstruir tudo. “Obstruir e tornar o processo legislativo lento”, garantiu.

A votação da Lei de Reciprocidade Comercial esta semana tem o apoio do presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), deputado Pedro Lupion (PP/PR).

“Nossos concorrentes mundiais, os grandes players mundiais do comércio internacional, têm uma lei para defender os seus interesses e o Brasil não tem. Nós precisamos disso, e é importante essa celeridade”, defendeu.

O líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (RJ), argumentou que não há como o projeto da anistia avançar e defendeu que a Casa aprecie logo o PL da Reciprocidade Comercial.

“Diziam que iam pautar a anistia esta semana. Não vai ter anistia esta semana por um motivo bem claro, esta Casa, o presidente [da Câmara] Hugo Motta, a maioria dos partidos, pensaram no Poder Legislativo. Não faz sentido paralisar uma pauta, votações importantes, em cima de um projeto de anistia que, além de tudo, é inconstitucional”, destacou.

Reciprocidade

O Artigo 1º do projeto de lei da reciprocidade comercial estabelece critérios para respostas a ações, políticas ou práticas unilaterais de país ou bloco econômico que “impactem negativamente a competitividade internacional brasileira”.

Se aprovada, a lei valerá para países ou blocos que “interfiram nas escolhas legítimas e soberanas do Brasil”.

No Artigo 3º, fica autorizado o Conselho Estratégico da Câmara de Comércio Exterior (Camex), ligado ao Executivo, a “adotar contramedidas na forma de restrição às importações de bens e serviços”, prevendo ainda medidas de negociação entre as partes antes de qualquer decisão.

À véspera do anúncio do novo tarifaço de Donald Trump, um escritório ligado ao governo dos EUA divulgou relatório com críticas ao modelo de tarifas que o Brasil impõe às importações em setores como etanol, audiovisual, bebidas alcoólicas, produtos de telecomunicações, máquinas e equipamentos e carne suína, além de reclamar da preferência dada pela legislação e normas do Brasil aos produtores nacionais.

Foto: Pedro França/Agência Senado / Jonas Pereira/Agência Senado

Da Agência Brasil

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Terremoto em Myanmar: sobrevivente é resgatada após 91 horas sob escombros; número de mortos passa de 2,7 mil

Terremoto em Myanmar: sobrevivente é resgatada após 91 horas sob escombros; número de mortos passa de 2,7 mil

Equipes de resgate continuam buscas em meio a destruição; ONU mobiliza ajuda humanitária para vítimas do desastre

Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu Myanmar na última sexta-feira (28.mar.2025), deixando um rastro de destruição e mais de 2,7 mil mortos, segundo autoridades locais. Nesta terça-feira (1º), uma sobrevivente foi resgatada com vida após 91 horas sob os escombros de um edifício na capital Naypyidaw.

De acordo com a Associated Press (AP), o general Min Aung Hlaing, chefe da Junta Militar, confirmou que o balanço atual é de 2.719 mortos, 4.521 feridos e 441 desaparecidos. As equipes de resgate seguem em operação, mas especialistas alertam que as chances de encontrar sobreviventes diminuem drasticamente após 72 horas.

A mulher resgatada, de 63 anos, foi localizada sob os destroços de um prédio que desabou durante o tremor. Bombeiros relataram que o resgate foi realizado contra o tempo, já que muitas áreas afetadas ainda não foram alcançadas pelas equipes de socorro.

Destruição e impacto regional

A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que mais de 10 mil edifícios desmoronaram ou ficaram severamente danificados nas regiões central e noroeste de Myanmar. O terremoto também afetou a vizinha Tailândia, onde um prédio em construção desabou, soterrando dezenas de trabalhadores.

Em Bangcoc, o saldo atual é de 21 mortos e 34 feridos, a maioria no local da construção. Dois corpos foram retirados na segunda-feira (30), e outro foi encontrado nesta terça, mas ainda há desaparecidos.

ONU mobiliza ajuda humanitária

A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que está conseguindo enviar ajuda vital sem interferência dos grupos envolvidos na guerra civil do país, iniciada após o golpe militar de 2021.

Marcoluigi Corsi, coordenador humanitário da ONU em Myanmar, declarou em teleconferência que os recursos disponíveis no país estão sendo direcionados para as vítimas do terremoto. No entanto, ele destacou a necessidade de reabastecer os estoques, originalmente destinados a afetados pelo conflito armado.

Sobre o risco de desvio de ajuda, Corsi afirmou que há um sistema de monitoramento em vigor para garantir que os suprimentos cheguem aos necessitados. Até o momento, não foram registrados problemas.

Milhões de pessoas afetadas

Autoridades locais estimam que mais de 8,5 milhões de pessoas foram diretamente impactadas pelo terremoto. Com áreas remotas ainda inacessíveis, o número de vítimas pode aumentar nas próximas horas.

Foto: samimibirfotografci/Pexels/Ilustração / Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração

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Alíquota do ICMS sobre compras internacionais sobe de 17% para 20%

Alíquota do ICMS sobre compras internacionais sobe de 17% para 20%

Aumento entra em vigor nesta terça-feira em dez estados

A alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado no recebimento de compras internacionais subirá de 17% para 20% a partir desta terça-feira (1º), em dez estados.

O aumento foi aprovado pelo Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz) em dezembro do ano passado. Cada estado ficou de decidir se aprova, ou não, o aumento.

A alíquota será aumentada nos estados do Acre, de Alagoas, da Bahia, do Ceará, de Minas Gerais, da Paraíba, do Piauí, do Rio Grande do Norte, de Roraima e de Sergipe. Na prática, a medida deve impactar compras feitas em sites internacionais.

Ao decidir pelo aumento, o Comsefaz argumentou que a nova alíquota também busca alinhar o tratamento tributário aplicado às importações ao praticado para os bens comercializados no mercado interno, “criando condições mais equilibradas para a produção e o comércio local”.

De acordo com o comitê, a decisão levou em conta as alíquotas modais já praticadas pelos estados.

“O objetivo é garantir a isonomia competitiva entre produtos importados e nacionais, promovendo o consumo de bens produzidos no Brasil. Com isso, os estados pretendem estimular o fortalecimento do setor produtivo interno e ampliar a geração de empregos, em um contexto de concorrência crescente com plataformas de comércio eletrônico transfronteiriço”, disse o comitê.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

Da Agência Brasil

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Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local

A 2ª Missão África, projeto da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, que visa levar a medicina humanizada como atividade prática e de extensão universitária ao currículo dos futuros médicos, passou por cinco diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie e atendeu mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável. Uma estudante do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), participou da expedição.

Além de visitas domiciliares para a população incapacitada de deslocamento, um hospital – Centre de Santé de Adjarra – serviu como base para atendimento e realização de procedimentos cirúrgicos. Os missionários atuaram também em um Centro de tratamento para pacientes com problemas de Saúde Mental.

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local. Em Benin, a mortalidade infantil chega próximo dos 50% no primeiro ano de vida e a expectativa de vida é em média 58 anos, então as doenças são bastante prevalentes e graves e por falta de tratamento eles acabam sucumbindo. “É muito provável que este será o único atendimento que estas pessoas vão ter ao longo da sua vida porque eles não têm acesso a medicina gratuita”, conta Rodrigo Dias Nunes, diretor de Extensão Curricular, Extracurricular e Travessia Humanitária da Inspirali. Rodrigo declara, ainda, que por lá as pessoas nascem e morrem sem nenhum tipo de registro. “Muitas enfermidades poderiam ser solucionadas com uma boa alimentação ou o simples ato de beber água, mas lá eles não possuem estes recursos básicos”, complementa.

Participaram da missão 28 alunos, 5 egressos e 8 professores das escolas UniBH, Unisul, Universidade São Judas Tadeu, Universidade Anhembi Morumbi, UniFacs, Faseh, UnP e AGES. A ação é uma atividade prática e de extensão universitária ao currículo da Inspirali em que participam estudantes que já possuem histórico em ações voluntárias, já participaram e se destacaram em alguma das edições anteriores da Missão Amazônia e estão nos dois últimos anos da graduação. Cada aluno tinha em mãos um sistema de Prontlife® desenvolvido especialmente para a Missão. Trata-se de um tablet com prontuário eletrônico, cujas informações colhidas servirão para compor um banco de dados dos pacientes que será, posteriormente, apresentado como modelo para o governo para fortalecer a estratégia de implementação de um Programa de Medicina de Família e Comunidade.

“A missão África é um privilégio humano de ser vivenciado. Mais do que uma oportunidade de crescer profissionalmente, trata-se de uma evolução humana. Lá pudemos vivenciar sacrifícios de pessoas e famílias por razões meramente banais: a escassez. Escassez de recurso financeiro, de recurso alimentício e hídrico, de local de moradia, de dignidade. Essa realidade se contrapõe com a alegria, com a generosidade e as cores que cercam as pessoas. A missão África permite aumentarmos nosso nível de resiliência, de compaixão e de respeito ao ser humano e nos inspira uma medicina mais humana, mais empática e mais acolhedora. Uma medicina que sonhamos para os nossos alunos e nossa sociedade”, declara Dr Alexandre Cortez do Amaral, médico da Família e Comunidade e professor da FASEH/Inspirali

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Raphael Martinelli

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Dois terremotos acima de 6 graus abalam Oceano Atlântico perto do litoral potiguar

Dois terremotos acima de 6 graus abalam Oceano Atlântico perto do litoral potiguar

Tremores ocorreram perto do Arquipélago São Pedro e São Paulo, mas não representam risco de tsunami

Dois terremotos de magnitude superior a 6 na escala Richter foram detectados no Oceano Atlântico, a menos de 1.000 km do litoral potiguar, nos dias 27 e 28 de junho. Os dados foram registrados pelo Laboratório de Sismologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os abalos ocorreram na dorsal meso-oceânica, uma região de separação entre placas tectônicas, e não oferecem risco de tsunamis ou ondas elevadas no litoral brasileiro.

Detalhes dos tremores

O primeiro tremor, com magnitude 6.1, ocorreu às 21h34 da quinta-feira (27), a aproximadamente 42 km do arquipélago de São Pedro e São Paulo e a 952 km de Natal. O segundo abalo sísmico, de intensidade similar, foi registrado na sexta-feira (28), por volta das 14h17, a menos de 3 km do epicentro do primeiro evento.

Devido à distância do continente, os tremores não foram percebidos no litoral potiguar, mas é possível que tenham sido sentidos no arquipélago.

Causa dos abalos sísmicos

Os terremotos ocorreram em uma zona de afastamento entre as placas tectônicas sul-americana e africana, onde o movimento natural gera tensão e libera energia na forma de abalos. Esse tipo de atividade sísmica é comum na região e não provoca tsunamis, já que o deslocamento das placas é predominantemente horizontal.

Evento simultâneo na Ásia

No mesmo dia do primeiro tremor no Atlântico, um terremoto de magnitude 7.7 atingiu Mianmar, na Ásia, causando mais de 2 mil mortes. Os dois fenômenos, no entanto, não estão relacionados, pois ocorrem em sistemas tectônicos distintos.

Monitoramento e riscos para o Brasil

Apesar da ocorrência de tremores no Oceano Atlântico, especialistas afirmam que a região Nordeste do Brasil não corre perigo imediato. A atividade sísmica na área é monitorada constantemente, e eventos de grande magnitude próximos ao litoral brasileiro são considerados pouco prováveis.

Foto: USP Imagens/Ilustração

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Número de mortos em Mianmar após terremoto passa de 1 mil

Número de mortos em Mianmar após terremoto passa de 1 mil

País enfrenta desastre natural em meio a guerra civil e crise humanitária

Mianmar enfrenta uma das piores tragédias naturais de sua história recente após um terremoto de magnitude 7,7 atingir o país na sexta-feira (28.mar.2025). O abalo sísmico resultou na morte de pelo menos 1.002 pessoas, segundo o governo militar, e causou destruição em larga escala, afetando aeroportos, pontes e rodovias. O desastre ocorre em um momento de intensa instabilidade política e econômica, agravado pela guerra civil que assola o país desde o golpe militar de 2021.

A junta militar de Mianmar autorizou, neste sábado (29.mar), a entrada de centenas de equipes de resgate estrangeiras para auxiliar nos esforços de busca e salvamento. Estima-se que o número de mortos possa ultrapassar dez mil, conforme projeções do Serviço Geológico dos Estados Unidos, e que os prejuízos financeiros superem a produção econômica anual do país.

Impactos e operações de resgate

O terremoto afetou diversas regiões do país, incluindo Mandalay, a segunda maior cidade, onde sobreviventes tentaram resgatar vítimas soterradas sem a ajuda de maquinário pesado. A ausência de uma resposta imediata das autoridades dificultou ainda mais as operações de resgate.

Na Tailândia, país vizinho, o tremor também causou danos significativos, derrubando um arranha-céu em construção na capital, Bangcoc. Pelo menos nove pessoas morreram, e as buscas por desaparecidos continuam.

Neste sábado, as equipes de resgate seguem trabalhando nos escombros de uma torre de 33 andares em Bangcoc, onde 47 pessoas estão desaparecidas ou presas, incluindo trabalhadores de Mianmar.

Aeroportos fechados e infraestrutura comprometida

O terremoto provocou danos significativos na infraestrutura do país. O governo de unidade nacional, grupo de oposição à junta militar, informou que 2.900 edifícios, 30 rodovias e sete pontes foram destruídos.

Os aeroportos internacionais de Naypyitaw e Mandalay foram temporariamente fechados devido aos estragos. A torre de controle do aeroporto de Naypyitaw desabou, tornando a capital praticamente isolada para transporte aéreo. As operações no local foram suspensas por tempo indeterminado.

Ajuda humanitária e mobilização internacional

Equipes de resgate da China, Índia, Rússia, Malásia e Cingapura estão enviando socorristas e suprimentos para Mianmar. Um avião militar indiano pousou em Yangon, capital comercial do país, transportando 40 toneladas de ajuda humanitária. Além disso, a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) anunciou suporte aos esforços de recuperação e assistência às vítimas.

A Coreia do Sul confirmou um auxílio emergencial de US$ 2 milhões para Mianmar por meio de organizações internacionais. Os Estados Unidos, apesar da relação tensa com o governo militar birmanês, também afirmaram que prestarão algum tipo de apoio humanitário.

O governo chinês anunciou um pacote de ajuda avaliado em US$ 13,77 milhões, incluindo tendas, cobertores e kits médicos de emergência.

Dificuldades no resgate

O terremoto atingiu amplas áreas de Mianmar, desde as planícies centrais até a região montanhosa de Shan. Muitas dessas áreas não estão sob controle total da junta militar, o que dificulta a chegada da assistência.

A tragédia continua a se desenrolar, enquanto equipes de resgate enfrentam desafios logísticos e políticos para prestar assistência aos sobreviventes.

Foto: Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração / samimibirfotografci/Pexels/Ilustração / Doruk Aksel Anıl/Pexels/Ilustração

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Tribunal da Espanha anula condenação de Daniel Alves por agressão sexual

Tribunal da Espanha anula condenação de Daniel Alves por agressão sexual

Ex-jogador brasileiro estava condenado a 4 anos e 6 meses de prisão, mas juízes identificaram inconsistências no caso

Um tribunal de apelações da Espanha decidiu anular a condenação do ex-jogador brasileiro Daniel Alves por agressão sexual. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (28.mar.2025) pelo Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJCat). O atleta havia sido sentenciado a 4 anos e 6 meses de prisão, mas estava em liberdade condicional desde março de 2023.

Em comunicado oficial, o TSJCat informou que os juízes decidiram, por unanimidade, anular a sentença condenatória. O tribunal apontou “lacunas, imprecisões, inconsistências e contradições sobre os fatos” ocorridos em uma casa noturna de Barcelona em 31 de dezembro de 2022.

Falta de provas consistentes

A decisão destacou que, com base nas provas apresentadas, não foi possível confirmar que o padrão exigido pela presunção de inocência tenha sido superado. O texto ainda ressaltou que sentenças condenatórias exigem um “padrão reforçado de motivação”, o que não foi atendido no caso.

Contexto do caso

Daniel Alves foi acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona na virada do ano de 2022 para 2023. O ex-lateral, que já defendeu grandes clubes como Barcelona, Paris Saint-Germain e Juventus, foi preso em janeiro de 2023 e posteriormente condenado em primeira instância.

Liberdade condicional

Desde março do ano passado, o brasileiro estava em liberdade condicional após pagar uma fiança de 1 milhão de euros. A defesa sempre manteve a inocência do atleta, alegando que o contato sexual teria sido consensual.

Próximos passos

Com a anulação da condenação, o caso deve ser reavaliado. A defesa de Daniel Alves comemorou a decisão, enquanto a promotoria ainda não se pronunciou sobre possíveis recursos.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

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Terremoto de 7,7 graus no Sudeste Asiático deixa mortos e rastro de destruição em Myanmar e Tailândia

Terremoto de 7,7 graus no Sudeste Asiático deixa mortos e rastro de destruição em Myanmar e Tailândia

Estado de emergência é declarado em Myanmar após colapso de prédios; Tailândia registra vítimas e resgates em Bangcoc

Um terremoto de magnitude 7,7 atingiu o Sudeste Asiático nesta sexta-feira (28), causando mortes, destruição e pânico em Myanmar e Tailândia. O tremor, registrado pelo Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS), ocorreu próximo a Mandalay, segunda maior cidade de Myanmar, e foi seguido por um forte abalo secundário.

Mortes e destruição em Myanmar

Pelo menos três pessoas morreram em Taungoo, Myanmar, após o desabamento parcial de uma mesquita durante as orações. Na cidade de Aung Ban, um hotel desmoronou, deixando duas vítimas fatais e 20 feridos, segundo a mídia local.

O governo militar de Myanmar declarou estado de emergência em várias regiões e prometeu ações rápidas de resgate e ajuda humanitária. Em Mandalay, imagens mostram prédios destruídos, incluindo uma torre de relógio e parte do Palácio Real.

Testemunhas relataram cenas de caos. “Vi um prédio de cinco andares desabar diante de meus olhos. Todos estão na rua, com medo de voltar para casa”, disse um morador.

Caos em Bangcoc, Tailândia

Na Tailândia, o terremoto derrubou um arranha-céu em construção na capital, Bangcoc, matando uma pessoa e deixando dezenas de trabalhadores presos nos escombros. As autoridades declararam a cidade como área de desastre para priorizar resgates e avaliações estruturais.

Hóspedes de hotéis fugiram para as ruas em pânico, alguns ainda com roupões de banho. Um edifício comercial balançou por minutos, levando centenas de funcionários a descerem pelas escadas de emergência.

Tremores sentidos na China

O abalo foi sentido na província chinesa de Yunnan, fronteiriça com Myanmar, mas não houve relatos de vítimas. Em Yangon, maior cidade de Myanmar, moradores evacuaram prédios em meio aos tremores.

Foto: Doruk Aksel Anıl/Pexels/Ilustração / Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração

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Sobretaxas vão prejudicar os próprios Estados Unidos, diz Lula

Sobretaxas vão prejudicar os próprios Estados Unidos, diz Lula

Presidente criticou novas medidas protecionistas de Donald Trump

Ao encerrar uma visita de Estado ao Japão, na noite desta quarta-feira (26), manhã de quinta-feira (27) no país asiático, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concedeu uma entrevista a jornalistas e foi questionado sobre o anúncio, mais cedo, pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de uma nova sobretaxa de 25%, desta vez sobre os carros importados que chegam ao país norte-americano. A medida é a mais nova tarifa imposta pelo novo governo dos EUA no comércio internacional.

“O que o presidente Trump precisa é medir as consequências dessas decisões. Se ele está pensando que tomando essa decisão de taxar tudo aquilo que os Estados Unidos importam [vai ajudar], eu acho que vai ser prejudicial aos Estados Unidos. Isso vai elevar o preço das coisas, e pode levar a uma inflação que ele ainda não está percebendo”, disse Lula.

“Os EUA importam muito carro japonês e tem muitas empresas japonesas produzindo carro lá. Eu, sinceramente, não vejo o benefício de aumentar em 25% os carros comprados do Japão. A única coisa que eu sei é que vai ficar mais caro para o povo americano comprar. E esse mais caro pode resultar no aumento da inflação, e esse aumento da inflação pode significar aumento de juros, e aumento de juros pode significar contenção da economia”, acrescentou.

OMC e retaliações

O presidente brasileiro confirmou que seu governo vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar reverter uma outra tarifa imposta pelos EUA, a mais prejudicial ao Brasil até agora, que é a de 25% sobre a importação de aço e alumínio.

“Da parte do Brasil, ele [Trump] taxou o aço brasileiro do Brasil em 25%. Temos duas decisões a fazer. Uma é recorrer na Organização Mundial do Comércio, e nós vamos recorrer. A outra é a gente sobretaxar os produtos americanos que nós importamos, colocar em prática a lei da reciprocidade”, disse o presidente.

Segundo Lula, essa medida só será colocada em prática caso a queixa na OMC não seja eficaz para provocar uma negociação entre os dois países. O presidente voltou a lembrar que o fluxo comercial entre Brasil e EUA é ligeiramente favorável aos norte-americanos, e defendeu que as condições para o livre-comércio mundial prevaleçam.

“Estou muito preocupado com o comportamento do governo americano com essa taxação de todos os produtos, de todos os países. No fundo, o livre comércio é o que está sendo prejudicado. Estou preocupado porque o multilateralismo está sendo derrotado e estou preocupado porque o presidente americano não é xerife do mundo, ele é apenas presidente dos Estados Unidos”, criticou.

Exportação de carne ao Japão

Na entrevista, Lula também comentou sobre as tratativas com o Japão para acelerar a abertura do mercado para a carne bovina brasileira, uma demanda histórica do setor. Mais cedo, o primeiro-ministro japonês, Shigeru Ishiba, informou sobre o envio de uma missão oficial para dar prosseguimento aos protocolos de liberação sanitária.

“Temos que respeitar a decisão japonesa, cada país tem um critério. O que eu ouvi do primeiro-ministro é que ele vai, o mais rápido possível, mandar os especialistas dele para analisar o rebanho brasileiro. E, depois, vamos ver a decisão. O dado concreto é nós vendemos uma carne de muita qualidade e a carne mais barata entre todos os países. Eu acredito que, ainda este ano, a gente vai ter uma solução da questão da carne”, prevê Lula.

O presidente também se comprometeu a investir, ao longo deste ano, no avanço de um acordo comercial entre os países do Mercosul (Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai) com o Japão. “Eu vou assumir a presidência do Mercosul no segundo semestre. E, se depender de mim, nós vamos trabalhar para que haja o acordo do Mercosul com o Japão. É bom para os países do Mercosul e para o Japão. Quanto mais facilitação para a negociação, melhor.

Agenda

Lula chegou ao Japão na última segunda-feira (24) e, na terça-feira (25) de manhã, participou da cerimônia de boas-vindas, com honras militares, no Palácio Imperial, na capital japonesa. Após reunião reservada com o casal imperial e almoço privado, o presidente se encontrou com empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para debater a abertura do mercado japonês ao setor.

Lula participou ainda de jantar oferecido a ele e à primeira-dama Janja Lula da Silva pelo imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako. Na ocasião, pediu o “firme engajamento” do Japão na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.

Nessa quarta-feira (26), o presidente teve o dia mais cheio da visita ao Japão, que está 12 horas à frente do horário oficial de Brasília. A agenda começou com representantes de sindicatos japoneses. Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que o objetivo foi falar de questões trabalhistas e de como melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no Brasil e no Japão.

O presidente também falou no Fórum Empresarial Brasil-Japão. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes empresários dos setores de alimentos, agronegócio, aeroespacial, bebidas, energia, logística e siderurgia. No evento, Lula convocou os japoneses a investirem no Brasil e criticou o crescimento do negacionismo climático e do protecionismo comercial. Foi anunciado acordo da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) com a ANA, maior companhia aérea japonesa, para a compra de 20 jatos E-190.

Após outras reuniões bilaterais, Lula se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka, para firmar os compromissos entre os dois países. Foram dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre entidades subnacionais como empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisas. Os dois países também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global, um nível mais elevado nas relações diplomáticas estabelecidas desde 2014. Na sequência, foi oferecido um jantar a Lula e à comitiva.

A comitiva brasileira em Tóquio é composta pelo presidente, a primeira-dama Janja, ministros, parlamentares, empresários e sindicalistas. Os presidentes da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB) e do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), também compõem a delegação com Lula.

A viagem internacional prossegue nesta quinta, quando o presidente parte para Hanói, no Vietnã, segunda parte da viagem à Ásia.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Brasil é goleado pela Argentina por 4 a 1

Brasil é goleado pela Argentina por 4 a 1

Seleção brasileira joga muito mal no estádio Monumental de Nuñez

Faltando pouco mais de um ano para o início da próxima edição da Copa do Mundo, a seleção brasileira jogou muito mal diante da Argentina, na noite desta terça-feira (25) no estádio Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, e foi goleada por 4 a 1 pela 14ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas.

Com o revés na partida, que teve transmissão ao vivo da Rádio Nacional, o Brasil (4º colocado da classificação com 21 pontos) ainda não confirmou a participação no próximo Mundial. Já a Argentina, que já entrou em campo classificada para a Copa após o empate sem gols entre Bolívia e Equador, permanece na ponta da classificação, agora com 31 pontos.

Domínio Hermano

O primeiro tempo da partida mostrou que a seleção brasileira ainda tem um longo caminho a trilhar para se tornar um real candidato ao título da próxima Copa do Mundo. Diante dos atuais campeões mundiais, o Brasil mostrou muito pouco, em especial pela pouca combatividade no setor do meio-campo e a falta de jogadas trabalhadas no ataque.

Desde o apito inicial, a equipe argentina dominou com sobras as ações, e precisou de apenas três minutos para abrir o marcador. Thiago Almada lançou Julián Álvarez, que venceu Murillo e Arana dentro da área para bater na saída do goleiro Bento. A equipe de Lionel Scaloni continuou empilhando oportunidades e ampliou aos 12 minutos, quando Molina cruzou para Enzo Fernández, que só teve o trabalho de escorar para o fundo das redes.

Do outro lado do gramado o Brasil não conseguia criar. Mas, aos 26 minutos, descontou ao aproveitar falha de Cristian Romero. O zagueiro errou na saída de bola e permitiu que o atacante Matheus Cunha ganhasse a posse da bola e batesse da entrada da área para superar Emiliano Martínez.

Mas qualquer esperança de reação foi por terra dez minutos depois. O meio-campista Enzo Fernández levantou a bola na área e Mac Allister chegou em velocidade para bater na saída do goleiro Bento.

No intervalo o técnico Dorival Júnior fez muitas alterações, mas o panorama da partida não mudou. E a Argentina chegou ao quarto gol aos 25 minutos. Após Tagliafico cruzar a bola na área, a defesa brasileira ficou parada e deu liberdade para o atacante Simeone chegar em velocidade para bater cruzado e dar números finais ao marcador.

Foto: Rafael Ribeiro/CBF

Da Agência Brasil

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Papa Francisco recebe alta após tratamento de problemas respiratórios

Papa Francisco recebe alta após tratamento de problemas respiratórios

Pontífice retorna para casa após 40 dias internados e seguirá com repouso e fisioterapia

O papa Francisco fez sua primeira aparição pública após quase 40 dias internado no hospital Gemelli, em Roma, para tratar problemas respiratórios. O pontífice, de 88 anos, acenou para os fiéis da sacada do quarto do hospital antes de receber alta. A internação ocorreu no dia 14 de fevereiro, e, desde então, Francisco passou por tratamentos intensivos para recuperar sua saúde.

Após voltar para casa, o papa terá que manter cuidados específicos, incluindo repouso por dois meses. Ele também será submetido a sessões de fisioterapia respiratória e exercícios de fala, já que sua voz foi afetada pelo uso prolongado de oxigênio de alto fluxo. A equipe médica espera que ele recupere a voz gradualmente, mas não estimou um prazo exato para isso.

Sergio Alfieri, médico-chefe da equipe que cuidou de Francisco e diretor do hospital Gemelli, afirmou que o pontífice poderá retomar suas atividades de forma gradual, mas com um “estilo de vida mais calmo”. Ele destacou que o papa está completamente curado da pneumonia dupla, mas ainda há vestígios de vírus em seus pulmões. Por isso, a equipe desaconselhou encontros frequentes com grandes grupos para evitar novos contágios.

Durante a internação, Francisco manteve o bom humor, segundo os médicos, exceto em momentos em que seu quadro de saúde se agravou. Ele demonstrou alegria ao receber a notícia da alta e chegou a perguntar, dias antes, quando poderia retornar para casa. A equipe médica elogiou o comportamento do pontífice, descrevendo-o como um “paciente exemplar” que seguiu todas as recomendações.

A recuperação do papa é acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que aguardam seu retorno às atividades normais. A equipe médica reforçou a importância de evitar esforços excessivos e seguir as orientações para garantir uma recuperação completa.

Foto: Reprodução

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Decreto de Trump esvazia departamento de educação nos EUA

Decreto de Trump esvazia departamento de educação nos EUA

Medida enfrenta resistência de procuradores democratas e pode resultar em demissões em massa

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou nesta quinta-feira (20.mar.2025) um decreto que reduz drasticamente as atribuições do Departamento de Educação, cumprindo uma promessa de campanha. A medida já está sendo contestada por um grupo de procuradores-gerais estaduais democratas, que entraram com uma ação na semana passada para impedir o desmonte do departamento e suspender a demissão de quase metade da equipe.

O decreto determina que a Secretária de Educação, Linda McMahon, “tome todas as medidas necessárias para facilitar o fechamento do Departamento de Educação e devolva a autoridade educacional aos Estados”. A ordem também estabelece que programas financiados pelo departamento não devem “promover o DEI [diversidade, equidade e inclusão] ou a ideologia de gênero”, conforme informativo da Casa Branca.

Trump já havia defendido a eliminação do departamento em seu primeiro mandato, chamando-o de “um grande golpe” e alegando que investimentos na pasta são “desperdício de dinheiro”. No entanto, a proposta foi barrada pelo Congresso na época.

Demissões e reações

O decreto presidencial gerou reações imediatas, incluindo um post do bilionário Elon Musk, à frente do Departamento de Eficiência Governamental (Doge), que compartilhou uma imagem simbólica do “enterro” do Departamento de Educação. O governo Trump planeja reduzir ainda mais as agências federais, o que pode resultar em uma nova onda de demissões de milhares de funcionários públicos nas próximas semanas.

Até o momento, o Doge já supervisionou cortes de mais de 100 mil empregos na força de trabalho civil federal. No entanto, a eficiência dessas medidas tem sido questionada. Dezenas de ações judiciais contestam as demissões em massa, especialmente de trabalhadores em estágio probatório, além do fechamento abrupto de agências federais e o acesso a sistemas de computador confidenciais.

Críticas e impactos

Sindicatos, políticos democratas e especialistas em governança afirmam que a abordagem direta de Musk tem causado caos, levando à demissão e, em seguida, à recontratação de funcionários, sem demonstrar que o esforço de redução de custos está gerando economias significativas. Críticos também argumentam que o processo é uma estratégia para desmantelar agências e programas que há muito tempo são alvo de desconfiança do Partido Republicano.

A medida de Trump reflete uma longa tentativa dos republicanos de reduzir o financiamento e a influência do Departamento de Educação. Enquanto isso, a disputa judicial promete prolongar o debate sobre o futuro da educação nos Estados Unidos.

Foto: @TheWhiteHouse/Fotos Públicas

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Jair Bolsonaro afirma que Eduardo combate "nazifascismo" nos EUA

Jair Bolsonaro afirma que Eduardo combate “nazifascismo” nos EUA

Ex-presidente discursa em evento judaico e fala sobre licença do filho, que permanece nos Estados Unidos para pressionar governo Trump

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) utilizou um evento judaico realizado nesta terça-feira (18.mar.2025), para destacar que seu filho, Eduardo Bolsonaro, decidiu permanecer nos Estados Unidos, licenciado do mandato de deputado federal, com o objetivo de “combater o nazifascismo que avança sobre o nosso País”. A declaração foi feita durante a cerimônia de abertura de uma exposição sobre o holocausto, no Espaço Senador Ivandro Cunha Lima, em Brasília.

Eduardo Bolsonaro anunciou mais cedo sua decisão de se licenciar temporariamente do Congresso Nacional e continuar nos Estados Unidos, onde está há 20 dias. O deputado federal alega perseguição por parte de autoridades brasileiras e afirma que sua permanência no exterior tem como objetivo pressionar o governo de Donald Trump em relação ao Brasil.

Durante o evento, que contou com a presença de autoridades, ativistas e representantes de entidades judaicas, Bolsonaro fez um discurso emocionado. “Hoje está sendo um dia marcante para mim. (Com) o afastamento de um filho, que se afasta mais do que por um momento de patriotismo. (Ele) se afasta para combater algo parecido com o nazifascismo que cada vez mais avança sobre o nosso País”, declarou o ex-presidente.

Bolsonaro também fez referências ao seu eleitorado evangélico, afirmando que o “exemplo de Israel está vivo em nossos corações” e que “sempre esteve ao lado de Deus”. Ele enviou um abraço ao primeiro-ministro de Israel por meio do embaixador israelense no Brasil, Daniel Zohar Zonshine, e relembrou o momento em que Donald Trump cumprimentou Eduardo Bolsonaro durante uma conferência de extrema direita nos Estados Unidos.

A exposição sobre o holocausto, que teve início nesta terça-feira, busca preservar a memória do povo judeu e destacar a importância de combater ideologias extremistas. O evento reuniu personalidades engajadas na luta contra o antissemitismo e na promoção dos direitos humanos.

A decisão de Eduardo Bolsonaro de se licenciar do mandato e permanecer nos Estados Unidos tem gerado debates políticos no Brasil. Enquanto alguns apoiadores defendem sua atitude como uma forma de proteger o país de influências extremistas, críticos questionam os reais motivos por trás da medida e sua eficácia em relação aos desafios enfrentados pelo Brasil.

A presença de Bolsonaro no evento judaico reforça sua proximidade com causas relacionadas à comunidade judaica e ao Estado de Israel, temas que frequentemente aparecem em seus discursos e ações políticas. O ex-presidente também destacou a importância de manter viva a memória do holocausto como forma de evitar a repetição de tragédias históricas.

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados / Isac Nóbrega/PR / Marcos Corrêa/PR

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Papa Francisco envia mensagem de paz durante internação

Papa Francisco envia mensagem de paz durante internação

Pontífice defende desarmamento e reflexão sobre conflitos em carta escrita no hospital

O papa Francisco, internado no Hospital Gemelli desde 14 de fevereiro devido a uma pneumonia bilateral, continua a se recuperar e a se manter atento aos acontecimentos globais. De acordo com os médicos, o pontífice, de 88 anos, apresenta pequenas melhoras com fisioterapia respiratória e motora, e seu estado de saúde é considerado estável.

Em uma carta enviada ao jornal Corriere della Sera, Francisco fez um apelo pelo fim dos conflitos no mundo, destacando a necessidade de “desarmamento das palavras, das mentes e da Terra”. Ele ressaltou que, em meio à sua fragilidade física, a guerra parece ainda mais absurda. “A fragilidade humana tem o poder de nos tornar mais lúcidos sobre o que dura e o que passa, o que nos mantém vivos e o que nos mata”, escreveu.

O papa também destacou o papel crucial da comunicação na construção de um mundo mais unido. “Nunca são apenas palavras: são ações que constroem ambientes humanos. Elas podem conectar ou dividir, servir à verdade ou fazer uso dela”, afirmou. Francisco pediu que jornalistas e comunicadores usem suas habilidades para promover a união e a reflexão, enfatizando a importância de “desmantelar palavras, desmantelar mentes e desmantelar a Terra”.

Além disso, o pontífice criticou a ineficácia da guerra como solução para conflitos, destacando que ela só traz devastação para comunidades e o meio ambiente. Ele defendeu a revitalização da diplomacia e das organizações internacionais, que, segundo ele, precisam recuperar credibilidade. Francisco também destacou o papel das religiões na promoção da paz, afirmando que elas podem reacender o desejo de fraternidade e justiça.

A carta do papa reflete sua visão de que a paz exige compromisso, trabalho, silêncio e palavras. Enquanto se recupera no hospital, Francisco continua a inspirar milhões ao redor do mundo com suas mensagens de esperança e união.

Foto: Tânia Rêgo/ABr / Tomaz Silva/ABr

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EUA declara embaixador da África do Sul persona non grata

EUA declara embaixador da África do Sul persona non grata

Ebrahim Rasool criticou o discurso de Trump de vitimização dos brancos

O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, declarou nessa sexta-feira (14) que Ebrahim Rasool, embaixador da África do Sul nos país, é persona non grata, chamando o enviado de “político que faz ataques raciais” e que odeia os Estados Unidos e o presidente Donald Trump.

“O embaixador da África do Sul nos Estados Unidos não é mais bem-vindo em nosso grande país”, disse Rubio em uma publicação na plataforma de mídia social X. “Não temos nada a discutir com ele e, portanto, ele é considerado PERSONA NON GRATA”, disse Rubio.

Rasool havia participado de um evento online no qual criticou a administração Trump, acusando o presidente norte-americano de adotar discursos próprios do supremacismo branco e criar uma narrativa onde os brancos são as vítimas em seu país.

Em nota, o presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, classificou como “lamentável” a decisão do governo norte-americano e afirmou que continuará trabalhando por uma boa relação entre os dois países.

“A Presidência insta todas as partes interessadas relevantes e impactadas a manterem o decoro diplomático estabelecido em seu envolvimento com o assunto. A África do Sul continua comprometida em construir um relacionamento mutuamente benéfico com os Estados Unidos da América”.

Distanciamento

Os laços entre os Estados Unidos e a África do Sul se deterioraram desde que Trump cortou a ajuda financeira dos EUA ao país, citando a desaprovação de sua política fundiária e a denúncia de genocídio apresentada pelo país africano contra Israel na Corte Internacional de Justiça. Israel é um aliado do governo norte-americano.

Trump disse, sem citar provas, que “a África do Sul está confiscando terras” e que “certas classes de pessoas” estão sendo tratadas “muito mal”. O bilionário Elon Musk, nascido na África do Sul e integrante do governo Trump, disse que os sul-africanos brancos têm sido vítimas de “leis racistas de propriedade”.

O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, sancionou um projeto de lei em janeiro com o objetivo de possibilitar a expropriação de terras pelo Estado, sob argumento de interesse público; em alguns casos sem compensar o proprietário.

O objetivo da medida seria corrigir a política de desapropriação de terras da população negra ocorrida ainda na época do apartheid, regime de segregação racial ocorrido entre 1948 e 1994. Mais de 30 anos após o fim desse regime, a maioria das terras do país ainda pertence a uma minoria branca.

Ramaphosa defendeu a política e disse que o governo não havia confiscado nenhuma terra. Segundo ele, a política tinha como objetivo nivelar as disparidades raciais na propriedade de terras na nação de maioria negra.

Foto: Aaron Kittredge/Pexels / Element5 Digital/Pexels / Embaixada da África do Sul em Washington

Da Agência Brasil

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Papa Francisco aprova reformas na Igreja em meio à melhora de saúde

Papa Francisco aprova reformas na Igreja em meio à melhora de saúde

Pontífice amplia sínodo dos bispos e discute inclusão de mulheres e LGBTQ+ na igreja

O Vaticano anunciou neste sábado que o Papa Francisco aprovou um novo processo de três anos para considerar reformas na Igreja Católica global. A decisão foi tomada enquanto o pontífice de 88 anos está internado no hospital Gemelli, em Roma, onde se recupera de uma pneumonia dupla. A medida indica que Francisco planeja continuar como papa, apesar de sua saúde frágil.

O Sínodo dos Bispos, uma iniciativa central do papado de Francisco, será ampliado para incluir consultas com católicos de todo o mundo nos próximos três anos. O objetivo é discutir reformas significativas, como a possibilidade de mulheres servirem como diaconisas e uma melhor inclusão de pessoas LGBTQ+ na Igreja. Uma nova cúpula está prevista para 2028.

Francisco aprovou o novo processo na terça-feira, enquanto ainda estava hospitalizado. Ele está internado há mais de um mês, e sua prolongada ausência pública gerou especulações sobre uma possível renúncia, seguindo os passos de seu antecessor, Bento XVI. No entanto, amigos e biógrafos do papa insistem que ele não tem planos de renunciar.

O cardeal Mario Grech, líder do processo de reforma, afirmou ao canal de mídia do Vaticano que o papa está ajudando a impulsionar a renovação da Igreja. “Este é realmente um sinal de esperança”, disse Grech.

Desde que assumiu o papado em 2013, Francisco tem sido visto como um líder que busca modernizar a Igreja Católica. No entanto, sua agenda de reformas tem causado controvérsia entre alguns setores mais conservadores da Igreja, incluindo cardeais seniores. Eles criticam o papa por diluir os ensinamentos da Igreja em questões como casamento entre pessoas do mesmo sexo, divórcio e novo casamento.

Massimo Faggioli, acadêmico norte-americano especializado no papado, destacou que o novo processo de reforma é uma forma de Francisco reafirmar sua liderança sobre os 1,4 bilhão de católicos do mundo. “O pontificado de Francisco não acabou, e esta decisão que ele tomou sobre o que acontecerá entre agora e 2028 terá um efeito no resto dele”, afirmou Faggioli, professor da Universidade Villanova.

A cúpula do Vaticano realizada em outubro do ano passado não resultou em ações concretas sobre as reformas propostas, o que levantou dúvidas sobre a força do papado de Francisco. Na época, autoridades do Vaticano disseram que o papa ainda estava considerando mudanças futuras e aguardava relatórios detalhados sobre possíveis reformas, que devem ser entregues em junho.

Os últimos boletins médicos do Vaticano indicam que o estado de saúde do papa está melhorando, e ele não corre mais risco imediato de morte. No entanto, ainda não há previsão para sua alta hospitalar.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Juiz federal bloqueia deportação de venezuelanos nos EUA

Juiz federal bloqueia deportação de venezuelanos nos EUA

Decisão judicial impede deportação de imigrantes venezuelanos por 14 dias após ação de grupos de direitos civis

Um juiz federal dos Estados Unidos bloqueou temporariamente, neste sábado (15.mar.2025), a deportação de venezuelanos sem documentos após uma ação judicial movida por dois grupos sem fins lucrativos. A União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU) e o Democracy Forward argumentaram que o governo poderia invocar a Lei de Inimigos Estrangeiros de 1798, uma legislação de guerra, para acelerar a remoção de imigrantes.

A decisão do juiz James Boasberg, do tribunal federal do Distrito de Columbia, impediu a deportação de cinco venezuelanos por 14 dias. Os grupos alegam que os venezuelanos estão buscando asilo nos EUA e que o uso da lei de guerra seria ilegal, já que ela só foi aplicada em conflitos bélicos, como a Guerra de 1812 e as duas Guerras Mundiais.

A ACLU e o Democracy Forward afirmaram que a lei de guerra não pode ser usada em tempos de paz e que sua aplicação atual seria inconstitucional. O governo dos EUA já recorreu da decisão, e novas audiências estão marcadas para este sábado e segunda-feira.

Os grupos também pedirão que a ordem de restrição temporária seja estendida a todos os imigrantes que possam ser afetados pela lei. Durante a Segunda Guerra Mundial, a legislação foi usada para justificar a detenção forçada de nipo-americanos em campos de concentração, um episódio pelo qual o governo se desculpou formalmente em 1988.

A Casa Branca não se manifestou sobre o caso. A decisão judicial ocorre em meio a tensões sobre a política migratória dos EUA, que tem sido alvo de críticas de organizações de direitos humanos.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Potiguar José Neto Barbosa concorre a Melhor Ator em Hollywood, nos EUA

Potiguar José Neto Barbosa concorre a Melhor Ator em Hollywood, nos EUA

Premiação LA WebFest 2025 ocorrerá em Los Angeles, em maio

O ator José Neto Barbosa segue traçando uma carreira de destaque por seu trabalho no audiovisual. Dessa vez, o artista, que já carrega um forte legado no teatro brasileiro, foi indicado como Melhor Ator no LA WebFest 2025 pela Série “Dissonância”. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 02 de maio, no Barnsdall Gallery Theatre em Hollywood. Os atores indicados são dos Estados Unidos, Canadá, Índia, Austrália e Brasil. No final de 2024, José Neto conquistou concorreu e ganhou na mesma categoria no Rio WebFest 2024, por sua atuação na mesma série.

Com a indicação internacional, José Neto Barbosa reafirma a força da produção audiovisual potiguar no cenário mundial. “O audiovisual brasileiro vive um momento de efervescência, principalmente agora, após o filme Ainda Estou Aqui ter merecidamente vencido o Oscar. E estamos concorrendo lá, na mesma cidade, por exemplo, em Los Angeles. Isso é muito significativo. Então, acho que olhar para o audiovisual brasileiro tem mudado bastante. Estamos cruzando as fronteiras, atravessando outras línguas com essa série tão importante sobre saúde mental”, destaca o ator.

No LA WebFest 2025, a série “Dissonância” concorre em 7 categorias, entre elas: Best Drama (Melhor Drama), Best Series Off All Genres (Melhor Série de Todos os Gêneros), Best Music (Melhor Música), Best Editing (Melhor Edição), Best Screen Play (Melhor Roteiro) e Best Production Design (Melhor Direção de Arte).

“Essas indicações nos deixam extremamente felizes pois contribui para o reconhecimento e valorização dos nossos talentos, da equipe e elenco que trabalhou nesta websérie. Mostra o nosso potencial sendo reconhecido por profissionais de outros países, que falam outras línguas e ainda assim se sensibilizaram com o nosso trabalho”, pontua a realizadora da obra, Thalita Vaz.

“Dissonância”, disponível no YouTube em três episódios, acompanha a história de Dário, um jovem pianista diagnosticado com esquizofrenia. A trama busca educar e conscientizar sobre transtornos mentais e sofrimento psíquico. A produção potiguar tem roteiro de Fernando Suassuna, direção de Rogério Ferraz e foi realizada por Thalita Vaz. A obra contou com a participação de usuários, familiares e profissionais de serviços da Rede de Atenção Psicossocial de Natal.

Recentemente, no Rio WebFest 2024, além do reconhecimento pela atuação, a série da produtora Com Arte Cultural também se destacou ao disputar as categorias Melhor Série Brasileira e Melhor Série de Diversidade pelo Júri Oficial. No voto popular, concorreu ainda como Melhor Série/Vídeo e Personalidade, também representada pelo ator.

Foto: Divulgação

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Saúde do Papa Francisco permanece estável após quase um mês de internação

Saúde do Papa Francisco permanece estável após quase um mês de internação

Vaticano confirma melhoras na recuperação do pontífice, que completa 12 anos de papado

O estado de saúde do Papa Francisco segue estável, conforme informou o Vaticano nesta quinta-feira (13.mar.2025). Uma radiografia do tórax confirmou as melhorias registradas nos últimos dias, após quase um mês de internação devido a uma dupla pneumonia. O líder religioso, de 88 anos, está fora de perigo iminente, mas sua recuperação ocorre de forma lenta e gradual.

De acordo com o boletim de saúde mais recente, Francisco continuou suas orações, repouso e terapia respiratória. Durante o dia, ele recebe altos fluxos de oxigênio por meio de tubos nasais, enquanto à noite utiliza uma máscara mecânica não invasiva para auxiliar no descanso.

Nesta quinta-feira, o pontífice comemora o 12.º aniversário de sua eleição como papa. A data, que é feriado no Vaticano, não terá celebrações públicas divulgadas. A audiência geral semanal também foi cancelada, já que a hierarquia do Vaticano está em retiro espiritual como parte dos exercícios da Quaresma, uma prática que tem sido um dos pilares do pontificado do papa jesuíta.

A assessoria de imprensa do Vaticano informou que, se o estado de saúde de Francisco permanecer estável ao longo do dia, não haverá um novo boletim médico. No entanto, as informações serão atualizadas à imprensa no final da tarde.

Pela manhã, foi divulgado que o papa passou mais uma noite tranquila, com sinais de melhora contínua, apesar da complexidade de seu quadro clínico. A internação do líder espiritual de 1,4 bilhão de católicos e chefe de Estado do Vaticano reacendeu debates sobre sua capacidade de continuar exercendo as funções papais e especulações sobre uma possível renúncia.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio afetam exportações brasileiras

Tarifas dos EUA sobre aço e alumínio afetam exportações brasileiras

Medida de 25% sobre importações entra em vigor e impacta setor siderúrgico do Brasil

A Casa Branca confirmou, na terça-feira (11.mar.2025), que irá implementar tarifas de 25% sobre aço e alumínio de todos os parceiros comerciais, sem exceções. A medida, anunciada em fevereiro, entra em vigor à meia-noite desta quarta-feira (12.mar.2025). O Brasil, um dos principais exportadores de aço para os Estados Unidos, pode ser significativamente afetado pela decisão.

Impacto nas exportações brasileiras

Produtos semiacabados de aço estão entre os principais itens exportados pelo Brasil para os EUA, ao lado de petróleo bruto, produtos semiacabados de ferro e aeronaves. Segundo dados do governo americano, o Canadá foi o maior fornecedor de aço para os EUA em 2023, com 20,9% do total, seguido pelo Brasil (16%) e México (11,1%). Em valores, o Brasil ficou atrás do México, recebendo US$ 2,66 bilhões, contra US$ 2,79 bilhões dos mexicanos e US$ 5,89 bilhões dos canadenses.

Cerca de metade das exportações de aço do Brasil tem como destino os EUA, o que coloca em risco uma parcela significativa da produção siderúrgica nacional. Em janeiro, o Brasil foi o maior exportador de aço em volume, com 499 mil toneladas, superando o Canadá (495 mil toneladas).

Justificativas e reações

Na ordem executiva de fevereiro, o ex-presidente Donald Trump mencionou o aumento expressivo das importações de aço chinês pelo Brasil como uma das justificativas para elevar as tarifas e cancelar cotas para grandes fornecedores. O Instituto Aço Brasil rebateu o argumento, afirmando que o país não está importando grandes quantidades de aço chinês para redirecionar a produção nacional para os EUA.

“O mercado brasileiro também vem sendo afetado pelo aumento expressivo de importações de países que praticam concorrência predatória, especialmente a China”, disse o Instituto em nota. A entidade ressaltou que não há possibilidade de o Brasil servir como intermediário para a exportação de aço chinês para os EUA.

Contexto histórico e possíveis retaliações

Em 2018, o governo Trump já havia aplicado uma tarifa de 25% sobre o aço importado pelos EUA, mas reduziu a cota de importação de aço semiacabado do Brasil dois anos depois. Em 2022, sob a administração de Joe Biden, as medidas restritivas foram revogadas.

Diplomatas brasileiros já esperavam a imposição das tarifas e avaliam que o país pode precisar adotar medidas retaliatórias para conter os impactos negativos. A decisão sobre as tarifas é vista como uma estratégia de Trump para cumprir a promessa de campanha de reindustrializar os EUA.

Impacto nas empresas brasileiras

As medidas devem afetar grande parte das vendas das siderúrgicas brasileiras. Empresas como Ternium, ArcelorMittal e Usiminas, que exportam uma parcela significativa de sua produção para os EUA, devem ser as mais impactadas. A Gerdau, por outro lado, deve ser menos afetada, já que menos de 10% de suas exportações têm como destino a América do Norte.

Marco Antônio Castello Branco, ex-presidente da Usiminas, estima que as siderúrgicas brasileiras podem perder até US$ 5 bilhões (R$ 29 bilhões) devido às novas tarifas.

Reações políticas e negociações

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva criticou a medida de Trump, afirmando que não tem medo de “cara feia” e que espera ser tratado com respeito. Na semana passada, Brasil e EUA deram o primeiro passo para negociar um acordo que minimize os impactos das tarifas sobre as exportações brasileiras. O assunto foi discutido em uma reunião entre o vice-presidente Geraldo Alckmin e representantes da equipe de Trump.

Além do aço e do alumínio, Trump também anunciou o aumento de alíquotas para outros produtos, como o etanol. O Brasil argumenta que suas exportações não representam uma ameaça às indústrias americanas, já que as economias dos dois países são complementares. Além disso, as empresas dos EUA que dependem de produtos siderúrgicos para a produção serão as mais afetadas pelo aumento dos custos.

Foto: @WhiteHouse/Fotos Públicas / Anamul Rezwan/Pexels / SHOCKPhoto by Szoka Sebastian/Pexels

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Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias no conflito com Rússia

Ucrânia aceita proposta dos EUA para cessar-fogo de 30 dias no conflito com Rússia

Acordo inclui retomada de compartilhamento de inteligência e busca por paz duradoura após invasão russa

A Ucrânia concordou em aceitar uma proposta dos Estados Unidos para um cessar-fogo imediato de 30 dias no conflito com a Rússia, segundo uma declaração conjunta divulgada nesta terça-feira (11.mar.2025). O acordo também prevê medidas para restaurar uma paz duradoura após a invasão russa. O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou que a proposta será levada à Rússia, destacando que a decisão final agora depende do governo russo.

Além do cessar-fogo, os Estados Unidos retomarão o compartilhamento de informações de inteligência com a Ucrânia, uma prática que havia sido suspensa. Autoridades ucranianas e norte-americanas se reuniram a portas fechadas por horas para discutir estratégias que possam encerrar o conflito. A reunião ocorreu após a Ucrânia lançar seu maior ataque com drones contra Moscou na noite anterior.

Após mais de oito horas de negociações, os dois lados emitiram um comunicado conjunto afirmando que a Ucrânia está disposta a aceitar a proposta de cessar-fogo imediato por 30 dias, com possibilidade de extensão mediante acordo mútuo. No entanto, a implementação do acordo depende da aceitação e cooperação da Rússia.

“Os Estados Unidos comunicarão à Rússia que a reciprocidade russa é essencial para alcançar a paz”, diz o comunicado. O documento também ressalta que os EUA retomarão imediatamente o compartilhamento de inteligência e a assistência em segurança para a Ucrânia.

Outro ponto destacado no acordo é a conclusão de um pacto para o desenvolvimento de minerais críticos na Ucrânia. O acordo, que vinha sendo negociado há semanas, havia sido colocado em espera após a reunião na Casa Branca entre o presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, na semana passada.

O cessar-fogo proposto pelos EUA é visto como um passo importante para reduzir as tensões e criar um ambiente propício para negociações mais amplas. No entanto, a efetividade do acordo depende da adesão da Rússia, que ainda não se pronunciou oficialmente sobre a proposta.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Conmebol aplica sanções ao Cerro Porteño por racismo

Conmebol aplica sanções ao Cerro Porteño por racismo

Punição vem após agressões ao jogador Luighi, do Palmeiras

A Conmebol, entidade que organiza o futebol na América do Sul, divulgou punições ao clube paraguaio Cerro Porteño. A agremiação recebeu o Palmeiras em partida da Libertadores Sub-20 na última quinta-feira (06), e o jogador Luighi foi hostilizado com gestos e xingamentos racistas após ter feito um dos gols da partida, que terminou em 3 a 0 para o verdão.

Segundo nota da Conmebol, as medidas serão a aplicação de uma multa de US$ 50 Mil e a realização de uma campanha comunicacional contra o racismo nas mídias sociais do clube, da qual participem todos os jogadores da agremiação que integram a categoria. Os paraguaios também não poderão ter presença de seu público em novos jogos na competição. Cabe apelação da decisão.

O Palmeiras se manifestou por meio de nota, na qual considerou as medidas inócuas, com exceção da educativa, e informou que irá recorrer à Fifa. O clube volta a jogar neste domingo (09) pela competição, contra o Independiente Del Valle, do Equador, às 19h.

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Da Agência Brasil

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Papa Francisco mostra melhora gradual após tratamento para pneumonia dupla

Papa Francisco mostra melhora gradual após tratamento para pneumonia dupla

aticano afirma que condição clínica do pontífice está estável, mas recuperação pode ser longa

O Papa Francisco, de 88 anos, está apresentando uma “boa resposta” ao tratamento hospitalar para pneumonia dupla, segundo informou o Vaticano neste sábado (8.mar.2025). O pontífice está internado no hospital Gemelli, em Roma, há mais de três semanas, devido a uma grave infecção respiratória que exigiu cuidados médicos constantes e adaptações no tratamento.

De acordo com a última atualização médica divulgada, a condição clínica do Santo Padre permaneceu estável nos últimos dias, indicando uma evolução positiva. “A resposta ao tratamento tem sido boa”, destacou o comunicado. O papa segue sem febre, e seus exames de sangue mostram resultados estáveis.

Apesar dos sinais de melhora, os médicos mantêm um prognóstico cauteloso. Eles observaram uma “leve e gradual melhora” na condição geral de Francisco, mas ressaltaram a necessidade de acompanhamento rigoroso para garantir que o progresso continue nos próximos dias.

Francisco não foi visto em público desde que foi hospitalizado, marcando sua ausência mais longa desde o início de seu papado, há 12 anos. A equipe médica não informou quanto tempo o tratamento pode durar, mas especialistas não envolvidos diretamente no caso alertam que a recuperação pode ser longa e desafiadora, considerando a idade avançada do papa e seu histórico de problemas de saúde.

Nos últimos dois anos, o pontífice enfrentou diversos episódios de complicações médicas, incluindo infecções pulmonares. Ele é particularmente vulnerável a essas condições devido a um caso de pleurisia na juventude, que resultou na remoção de parte de um de seus pulmões.

A pneumonia dupla, infecção que afeta ambos os pulmões, é uma condição grave que pode causar inflamação e cicatrizes, dificultando a respiração. O Vaticano tem mantido um tom cautelosamente otimista em suas atualizações, especialmente após o papa sofrer dois episódios de “insuficiência respiratória aguda” no início de março.

A recuperação de Francisco é acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que aguardam notícias positivas sobre o estado de saúde do líder da Igreja Católica.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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RN movimenta US$ 99,7 milhões no comércio exterior em fevereiro

RN movimenta US$ 99,7 milhões no comércio exterior em fevereiro

Exportações e importações reforçam crescimento da economia potiguar

O Rio Grande do Norte registrou um volume total de US$ 99,7 milhões em transações comerciais no mês de fevereiro, conforme dados do Boletim da Balança Comercial, divulgado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico, da Ciência, da Tecnologia e da Inovação do RN. As exportações somaram US$ 52,4 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 47,3 milhões, evidenciando a participação do estado no comércio exterior.

Principais produtos exportados pelo RN

O setor de fruticultura teve destaque entre os produtos exportados. O melão fresco liderou as vendas internacionais, totalizando US$ 19,7 milhões. Em seguida, apareceram as exportações de melancia fresca (US$ 9,8 milhões) e outros óleos combustíveis (US$ 3,6 milhões). O sal marinho a granel registrou um volume de US$ 2,4 milhões, enquanto o mamão fresco alcançou US$ 1,6 milhão, completando os cinco principais produtos exportados pelo estado.

Importações e crescimento da energia renovável

Entre os produtos importados, as células fotovoltaicas ocuparam a primeira posição, somando US$ 13,9 milhões. Outros destaques foram outras gasolinas e óleo diesel, ambos com US$ 4 milhões em importações. Os conversores elétricos estáticos somaram US$ 3,8 milhões, enquanto as caixas de transmissão atingiram US$ 2,1 milhões. A importação de células fotovoltaicas reforça o avanço da energia renovável no RN, enquanto os demais produtos são essenciais para o desenvolvimento industrial e agrícola.

Principais parceiros comerciais

Os Países Baixos foram o maior destino das exportações potiguares em fevereiro, totalizando US$ 15,2 milhões. A Espanha aparece em seguida, com US$ 10,5 milhões, seguida pelo Reino Unido (US$ 7,7 milhões), Estados Unidos (US$ 6,4 milhões) e Colômbia (US$ 1,7 milhão). Já entre os países de origem das importações, a China lidera com US$ 24 milhões, seguida por Países Baixos (US$ 4 milhões), Rússia (US$ 4 milhões), Estados Unidos (US$ 2,7 milhões) e Argentina (US$ 2,3 milhões).

Modais de transporte utilizados

O transporte marítimo foi o principal meio de escoamento das exportações potiguares, registrando US$ 46,7 milhões. O modal aéreo foi responsável por US$ 4,9 milhões, enquanto o rodoviário movimentou US$ 651,3 mil. No campo das importações, o transporte marítimo também se destacou, totalizando US$ 45 milhões. O modal aéreo registrou US$ 1,7 milhão, enquanto o rodoviário somou US$ 499,8 mil.

O Boletim da Balança Comercial aponta a diversificação dos produtos e parceiros comerciais do estado, além de reforçar a relevância do Rio Grande do Norte no comércio internacional. O relatório completo está disponível para consulta aqui.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Divulgação/Arquivo

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Jogador do Palmeiras é vítima de racismo em competição da Conmebol

Jogador do Palmeiras é vítima de racismo em competição da Conmebol

Depois do jogo, Luighi se recusou a falar sobre a partida

O atacante Luighi, da Sociedade Esportiva Palmeiras, foi alvo de ofensas racistas por um torcedor do Cerro Porteño, durante jogo entre os dois times, nessa quinta-feira (6), no Paraguai, pela Taça Conmebol Libertadores sub-20.

O time paulista venceu por 3 a 0. Ao sair de campo, para ser substituído, um torcedor fez gestos imitando macaco e outro torcedor cuspiu no atleta, através do alambrado.

Ao ser entrevistado, depois do jogo, Luighi se recusou a falar sobre a partida. Chorando, ele reclamou do racismo sofrido e cobrou providências da Conmebol. “A Conmebol vai fazer o que sobre Isso? O que fizeram comigo foi um crime”, desabafou o atleta.

Nota

Em nota oficial, nas redes sociais, o Palmeiras manifestou apoio ao jogador e disse que vai buscar a punição aos responsáveis pelo ato.

“É inadmissível que, mais uma vez, um clube brasileiro tenha de lamentar um ato criminoso de racismo ocorrido em jogos válidos por competições da Conmebol”.

O clube paulista diz ainda que “irá até as últimas instâncias para que todos os envolvidos em mais esse episódio repugnante de discriminação sejam devidamente punidos”. A nota completa, destacando que “racismo é crime! E a impunidade é cúmplice dos covardes”.

Solidariedade

Também pelas redes, jogadores do time profissional do Palmeiras, como Weverton e Marcos Rocha, prestaram apoio ao jovem. Corinthians e São Paulo, times rivais do verdão, postaram mensagens de solidariedade ao atleta.

Conmebol

Em nota, a Conmebol, entidade máxima do futebol sul-americano, afirmou que rejeita todo ato de racismo ou discriminação. E acrescentou que vai implementar medidas disciplinares apropriadas.

Foto: Fabio Menotti/Palmeiras/by Canon

Da Agência Brasil

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Artigo: Trump, imigração e a ONU

Artigo: Trump, imigração e a ONU

Por João Ibaixe Jr. e Jonathan Hernandes Marcantonio

A política de imigração nos Estados Unidos é um tema complexo e controverso, especialmente com a retomada do mandato de Donald Trump. O discurso anti-imigração do presidente eleito tem gerado preocupações sobre os impactos na economia, na sociedade e nos direitos humanos. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem defendido a dignidade e a igualdade como pilares da convivência global, enquanto as ações de Trump priorizam a soberania nacional, muitas vezes em detrimento dos direitos de populações vulneráveis.

A política de Trump de deportação em massa e a construção de um muro na fronteira com o México são exemplos de como o discurso anti-imigração pode levar a medidas que violam os direitos humanos. A separação de famílias na fronteira e a restrição de entrada de cidadãos de determinados países também demonstram a priorização de barreiras nacionais e a exclusão de pessoas em situação de vulnerabilidade. Isso é contraditório com os princípios da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH) de 1948, que asseguram que todos os indivíduos possuem dir eitos inalienáveis, independentemente de nacionalidade, raça ou condição migratória.

A ONU defende que os imigrantes e refugiados têm direito a buscar asilo em outros países para fugir da perseguição e que devem ser tratados com dignidade e respeito. No entanto, as políticas de Trump têm enfraquecido esse direito, como a política de “Remain in Mexico”, que obrigava solicitantes de asilo a permanecerem no México enquanto aguardavam o processamento de seus pedidos. Isso os expunha a condições precárias e perigosas, em contradição com os padrões internacionais de proteção humanitária.

Além disso, a economia dos Estados Unidos depende da mão de obra imigrante para manter a economia. A chegada dos imigrantes na América do Norte em busca de oportunidades impulsionou a infraestrutura e a inovação do país, trazendo impactos positivos para a economia. Segundo o relatório Efeitos do Aumento da Imigração no Orçamento Federal e na Economia, divulgado pelo Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), o aumento da imigração no país pode trazer mudanças no Produto Interno Bruto (PIB), na inflação, nos juros e no orçamento dos EUA.

A mão de obra imigrante é um fator de dependência dos Estados Unidos. Com a escassez de mão de obra qualificada especialmente nas áreas de saúde, tecnologia e construção civil, os imigrantes assumem essas funções, desempenhando papéis fundamentais em diversos setores da economia. A agricultura, por exemplo, necessita de trabalhadores para manter o abastecimento interno e as exportações. Já na área da saúde, os imigrantes ocupam postos de enfermeiros, assistentes domiciliares e médicos.

Em resumo, a política de imigração nos Estados Unidos é um tema complexo que envolve direitos humanos, economia e sociedade. A ONU defende a dignidade e a igualdade como pilares da convivência global, enquanto as ações de Trump priorizam a soberania nacional, muitas vezes em detrimento dos direitos de populações vulneráveis. É fundamental que se encontre um equilíbrio entre a proteção dos direitos humanos e a gestão da imigração, para que se possa construir uma sociedade mais justa e inclusiva.

João Ibaixe Jr. é advogado criminalista, ex-delegado de polícia, especialista em Direito Penal, pós-graduado em Filosofia, Ciências Sociais e Teoria Psicanalítica e mestre em Filosofia do Direito e do Estado.

Jonathan Hernandes Marcantonio é doutor em Filosofia do Direito e do Estado pela PUC-SP. Professor Universitário. Advogado com ênfase em Direito Público.

Foto: @WhiteHouse/Fotos Públicas

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Papa Francisco mantém estado estável

Papa Francisco mantém estado estável

Pontífice de 88 anos segue em tratamento para pneumonia bilateral; prognóstico ainda é reservado

O Vaticano informou na manhã desta quarta-feira (5.mar.2025), que o papa Francisco “descansou bem” após retomar a ventilação mecânica não invasiva durante a noite. O pontífice, de 88 anos, continua recebendo tratamento para pneumonia bilateral, condição que o mantém sob cuidados médicos há 20 dias.

No boletim vespertino divulgado na terça-feira (4.mar), a Santa Sé destacou que o estado de saúde do papa permanece “estável” e que ele não apresentou novos episódios de insuficiência respiratória ou broncoespasmo, como havia ocorrido anteriormente. No entanto, o prognóstico ainda é considerado reservado, indicando que Francisco não está completamente fora de perigo.

Na segunda-feira, 3, o papa enfrentou dois novos quadros de insuficiência respiratória aguda. Esses episódios ocorreram após a equipe médica remover “grandes quantidades” de muco acumulado em seus pulmões, o que desencadeou um broncoespasmo. Desde o início da internação, Francisco já lidou com insuficiência renal leve, necessitou de transfusão de sangue e enfrentou múltiplos casos de dificuldades respiratórias.

Apesar dos desafios, o Vaticano tem mantido atualizações regulares sobre a saúde do pontífice, reforçando a transparência em relação ao seu tratamento. A pneumonia bilateral, condição que afeta ambos os pulmões, exige cuidados intensivos e monitoramento constante, especialmente em pacientes da idade de Francisco.

A recuperação do papa tem sido acompanhada de perto por fiéis ao redor do mundo, que demonstram apoio e orações pelo seu restabelecimento. A situação delicada reforça a importância de cuidados médicos especializados para idosos e pacientes com condições respiratórias graves.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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EUA impõem tarifas sobre México e Canadá; países reagem com retaliação

EUA impõem tarifas sobre México e Canadá; países reagem com retaliação

Governo dos EUA aplica tarifas de 25% sobre importações mexicanas e canadenses; líderes prometem resposta

Os governos do México e do Canadá anunciaram medidas de retaliação após a decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor tarifas de 25% sobre as importações de ambos os países. As tarifas entraram em vigor nesta terça-feira (4.mar.2025), afetando diretamente o comércio entre as nações da América do Norte.

México condena tarifas e anuncia medidas de resposta

A presidente do México, Claudia Sheinbaum, declarou que a decisão dos EUA não tem justificativa e prejudicará as economias dos dois países. Durante coletiva de imprensa na Cidade do México, Sheinbaum afirmou que seu governo adotará medidas tarifárias e não tarifárias para responder à ação norte-americana.

“Não há razão lógica ou justificativa para apoiar essa decisão que afetará nosso povo e nossas nações. Ninguém ganha com essa decisão”, afirmou a presidente.

As tarifas impostas pelos EUA foram justificadas por Trump sob o argumento de que México, Canadá e China não teriam feito o suficiente para conter o fluxo do opioide fentanil e seus precursores químicos para os Estados Unidos. A medida foi implementada após uma pausa de 30 dias, período no qual o governo mexicano participou de negociações com Washington e reforçou a segurança na fronteira EUA-México.

Sheinbaum destacou que, durante esse intervalo, o México tomou ações concretas para combater o tráfico de drogas e reforçar a segurança. “Foram realizadas operações contra o crime organizado e o tráfico de fentanil, além de encontros bilaterais sobre segurança e comércio”, declarou.

A presidente prometeu divulgar detalhes sobre as tarifas retaliatórias no próximo domingo, em um evento na praça Zócalo, na Cidade do México. No mercado financeiro, o peso mexicano registrou uma desvalorização de aproximadamente 1% em relação ao dólar na manhã desta terça-feira.

Canadá responde com tarifas de 25% sobre importações dos EUA

O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, também anunciou medidas de retaliação imediata. O país aplicará tarifas de 25% sobre importações norte-americanas no valor de 30 bilhões de dólares canadenses, em resposta direta às tarifas impostas pelos EUA.

“Não há absolutamente nenhuma justificativa ou necessidade para essas tarifas hoje”, declarou Trudeau a jornalistas, acrescentando que o Canadá contestará as medidas norte-americanas na Organização Mundial do Comércio (OMC) e nos termos do acordo comercial entre EUA, México e Canadá (USMCA).

O primeiro-ministro advertiu que, caso as tarifas impostas pelos EUA sejam mantidas, o Canadá ampliará as medidas retaliatórias, adicionando uma tarifa de 25% sobre mais 125 bilhões de dólares canadenses em importações norte-americanas dentro de 21 dias.

A imposição dessas tarifas representa um novo capítulo nas tensões comerciais entre os países da América do Norte. Especialistas avaliam que a disputa pode ter impactos significativos para as cadeias de suprimentos regionais, além de afetar diretamente setores estratégicos como o automotivo, o agrícola e o industrial.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Líderes europeus reafirmam apoio à Ucrânia após conflito com Trump

Líderes europeus reafirmam apoio à Ucrânia após conflito com Trump

Macron, Scholz e outros líderes destacam solidariedade e compromisso com a segurança ucraniana

Após um tenso bate-boca entre o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, líderes europeus se manifestaram em apoio ao líder ucraniano. O presidente francês, Emmanuel Macron, foi um dos primeiros a se pronunciar, reforçando a necessidade de manter o auxílio à Ucrânia e as sanções contra a Rússia.

“Há um agressor, que é a Rússia, e um povo atacado, que é o ucraniano”, declarou Macron, relembrando os fatos do conflito. Ele ainda ressaltou a importância de reconhecer os esforços daqueles que ajudaram a Ucrânia desde o início da guerra. “Temos que agradecer todos que ajudaram os ucranianos e respeitar os que lutaram desde o começo, porque eles lutaram pela independência deles e pela segurança da Europa”, afirmou.

Após o episódio na Casa Branca, Macron telefonou para Zelensky, demonstrando solidariedade. Outros líderes europeus também se pronunciaram. O primeiro-ministro da Polônia, Donald Tusk, enviou uma mensagem direta ao presidente ucraniano: “Zelensky, queridos amigos ucranianos, vocês não estão sozinhos”.

O chefe de governo da Espanha, Pedro Sánchez, também reforçou o compromisso de seu país: “Ucrânia, a Espanha está com você”. Já o chanceler alemão, Olaf Scholz, destacou que ninguém deseja a paz mais do que os próprios ucranianos e garantiu que a Ucrânia pode contar com a Alemanha e a Europa.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, elogiou a postura de Zelensky e incentivou a resistência ucraniana: “A sua dignidade honra a bravura do povo ucraniano. Seja forte, seja corajoso, destemido. Você nunca está sozinho”.

Além desses países, nações como Portugal, Noruega, Suécia, Lituânia, Irlanda e República Tcheca também manifestaram apoio à Ucrânia.

Por outro lado, a Rússia reagiu com ironia ao episódio. A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país afirmou que foi um “milagre” Trump e o vice-presidente americano, J.D. Vance, não terem agredido Zelensky.

Para o cientista político Oliver Stunkel, pesquisador da Universidade Americana de Harvard, o confronto na Casa Branca foi sem precedentes. “Ao longo das últimas décadas, nunca houve um confronto dessa forma, de forma pública. Isso, a princípio, deve ocorrer só nos bastidores. E levou, de fato, ao que parece, ao colapso das negociações”, avaliou.

O apoio dos Estados Unidos à Ucrânia até o momento está alinhado ao Pacto de Budapeste, assinado em 1994. Pelo acordo, a Ucrânia renunciou ao arsenal nuclear herdado da União Soviética em troca da garantia de sua soberania. Os signatários do pacto foram Rússia, Estados Unidos e Reino Unido. A Rússia ficou com as armas nucleares e, em contrapartida, comprometeu-se a respeitar a independência e a integridade territorial da Ucrânia.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Moraes fala em soberania e independência após críticas dos EUA

Moraes fala em soberania e independência após críticas dos EUA

Ministro diz que é importante a defesa da democracia

O ministro Alexandre de Moraes (foto), do Supremo Tribunal Federal (STF), fez, nesta quinta-feira (27), em Brasília, um discurso em defesa da independência e da soberania do Brasil.

As declarações foram feitas durante a sessão do STF e ocorreram um dia após o governo do presidente Estados Unidos, Donald Trump, criticar decisões de Moraes envolvendo empresas norte-americanas que operam redes sociais.

Moraes faz uma alusão à criação da sede da Organização das Nações Unidas (ONU) há 73 anos, nos Estados Unidos, para defender a autodeterminação dos povos e o respeito à independência das nações.

O ministro disse que é importante assumir a defesa da democracia e da independência do país.

“Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822. Com coragem estamos construindo uma República independente e democrática”, afirmou.

Ontem (26), o governo brasileiro divulgou nota em que critica o posicionamento dos Estados Unidos contra decisões do Supremo.

O posicionamento foi divulgado após o Departamento de Estado norte-americano emitir mensagem alertando que “bloquear acesso à informação” ou impor multas a empresas dos EUA é “incompatível com liberdade de expressão”.

Rumble

Na semana passada, Alexandre de Moraes determinou a suspensão da rede social Rumble.

A decisão foi tomada após o ministro constatar que a empresa está sem representante no país. Conforme documentos que constam nos autos, os advogados da empresa renunciaram ao mandato e novos representantes não foram indicados.

Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF / Nelson Jr./SCO/STF

Da Agência Brasil

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Projeto nos EUA pode impedir entrada de Alexandre de Moraes no país

Projeto nos EUA pode impedir entrada de Alexandre de Moraes no país

EUA aprovam projeto para barrar entrada de autoridades estrangeiras acusadas de censura

Os deputados dos Estados Unidos aprovaram um projeto de lei que visa impedir a entrada ou deportar autoridades estrangeiras acusadas de promover censura contra cidadãos estadunidenses em território norte-americano. A medida, que avançou nesta quarta-feira (26.fev.2025), pode afetar diretamente o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), barrando sua entrada no país governado por Donald Trump.

O projeto, intitulado “No Censors on our Shores Act” (Lei Sem Censores em Nossas Fronteiras), foi apresentado pelos deputados Darrell Issa e Maria Salazar, ambos do Partido Republicano. A proposta foi aceita pelo Comitê do Judiciário da Câmara dos EUA e agora aguarda votação no plenário da Casa e no Senado. Caso aprovada, a lei ainda precisará ser sancionada pela Casa Branca para entrar em vigor.

O objetivo central do projeto é classificar como “inadmissíveis” nos Estados Unidos qualquer funcionário de governo estrangeiro que esteja envolvido em práticas de censura contra a liberdade de expressão de cidadãos estadunidenses. Essas autoridades também se tornariam passíveis de deportação.

Quando o texto foi enviado ao legislativo norte-americano, em setembro de 2024, o ministro Alexandre de Moraes foi citado pelos parlamentares como um exemplo de “violação” à liberdade de expressão. A deputada Maria Salazar, que se reuniu recentemente com Eduardo Bolsonaro (PL) no Brasil, chegou a classificar Moraes como “a vanguarda de um ataque internacional à liberdade de expressão”.

A proposta ganhou força após a suspensão da rede social X (antigo Twitter) no Brasil, que ficou mais de 30 dias fora do ar devido ao descumprimento de decisões judiciais. O caso gerou repercussão internacional e levantou debates sobre os limites da liberdade de expressão e a atuação de autoridades judiciárias em casos envolvendo redes sociais.

A medida pode impactar não apenas o ministro brasileiro, mas também outras autoridades estrangeiras que sejam acusadas de promover censura. O projeto reflete a preocupação de parte do Congresso dos EUA em proteger a liberdade de expressão, um dos pilares da Constituição norte-americana.

Agora, o texto segue para análise no plenário da Câmara dos Deputados dos EUA, onde precisará de maioria simples para avançar. Em seguida, será enviado ao Senado, onde a aprovação pode ser mais desafiadora devido à necessidade de consenso entre democratas e republicanos.

Caso aprovada, a lei pode gerar tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e outros países, incluindo o Brasil. A medida também pode influenciar discussões sobre a regulação de redes sociais e a atuação de autoridades judiciárias em casos que envolvam liberdade de expressão.

Foto: Reprodução/Youtube / Fellipe Sampaio /STF

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Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

Itamaraty rebate Estados Unidos por críticas a decisões do STF

Governo diz que norte-americanos distorcem e tentam politizar decisões

O governo brasileiro divulgou nota nesta quarta-feira (26) em que critica posicionamento dos Estados Unidos contra decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) que suspendeu redes sociais norte-americanos no Brasil.

Mais cedo, o Departamento de Estado norte-americano divulgou mensagem alertando que “bloquear acesso à informação” ou impor multas a empresas dos EUA é “incompatível com liberdade de expressão”.

Na nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil diz que o governo recebeu “com surpresa” a manifestação e rejeita, “com firmeza, qualquer tentativa de politizar decisões judiciais e ressalta a importância do respeito ao princípio republicano da independência dos poderes, contemplado na Constituição Federal brasileira de 1988”.

“A manifestação do Departamento de Estado distorce o sentido das decisões do Supremo Tribunal Federal, cujos efeitos destinam-se a assegurar a aplicação, no território nacional, da legislação brasileira pertinente, inclusive a exigência da constituição de representantes legais a todas as empresas que atuam no Brasil. A liberdade de expressão, direito fundamental consagrado no sistema jurídico brasileiro, deve ser exercida, no Brasil, em consonância com os demais preceitos legais vigentes, sobretudo os de natureza criminal”, diz a nota do Itamaraty.

O ministério ainda cita que o “Estado brasileiro e suas instituições republicanas foram alvo de uma orquestração antidemocrática baseada na desinformação em massa, divulgada em mídias sociais”.

“Os fatos envolvendo a tentativa de golpe contra a soberania popular, após as eleições presidenciais de 2022, são objeto de ação em curso no Poder Judiciário brasileiro”, completa.

Entenda

Em postagem na rede social X, o Departamento de Estado dos EUA argumenta que bloquear o acesso à informação ou impor multas a empresas norte-americanas é “incompatível” com liberdade de expressão.

“O respeito à soberania é uma via de mão dupla com todos os parceiros dos EUA, incluindo o Brasil. Bloquear o acesso à informação e impor multas a empresas sediadas nos EUA por se recusarem a censurar indivíduos que lá vivem é incompatível com os valores democráticos, incluindo a liberdade de expressão”, diz a mensagem, reproduzida pelo perfil da Embaixada dos EUA no Brasil.

No último dia 21, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a suspensão da rede social norte-americana Rumble no Brasil. A decisão foi tomada após o ministro constatar que a empresa está sem representante no país.

A suspensão foi feita no processo no qual foi determinada a prisão e a extradição do blogueiro Allan dos Santos, acusado de disseminar ataques aos ministros da Corte. Atualmente, ele mora nos Estados Unidos.

Segundo Moraes, apesar da determinação da suspensão dos perfis nas redes sociais, Allan continua criando novas páginas para continuar o “cometimento de crimes”.

A Rumble e a empresa Trump Media entraram com recurso em uma tribunal da Flórida em que acusaram Moraes de “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários. A Justiça dos Estados Unidos negou a liminar.

A Comissão Judiciária da Câmara dos Deputados dos Estados Unidos (EUA) aprovou, nesta quarta-feira (26), um projeto de lei para proibir a entrada no país, além de permitir a deportação, de autoridades estrangeiras que supostamente violem a primeira emenda da Constituição norte-americana, que proíbe limitar a liberdade de expressão.

Entre os motivos para justificar a aprovação da medida, estão a atuação da União Europeia (UE) contra a desinformação nas redes socais, e o trabalho do ministro Alexandre de Moraes, por determinar a suspensão de contas investigadas por crimes nas redes sociais.

Na prática, a lei pode barrar a entrada de Moraes nos EUA e, inclusive, deportá-lo.

Foto: Nelson Jr/SCO/STF / Fellipe Sampaio/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Dilma Rousseff é internada após quadro de neurite vestibular

Dilma Rousseff é internada após quadro de neurite vestibular

Ela responde bem ao tratamento e terá alta nos próximos dias

A presidenta do banco do Brics, Dilma Rousseff, foi internada em Xangai, China, devido a uma inflamação de um nervo responsável pelo equilíbrio, causando vertigem intensa.

De acordo com nota divulgada pela assessoria da ex-presidenta do Brasil, Dilma responde bem ao tratamento e deverá receber alta nos próximos dias.

“Dilma Rousseff passa bem e tem mantido suas atividades de trabalho normalmente durante o período em que está internada. A presidenta agradece as mensagens de apoio e solidariedade recebidas”, diz a nota divulgada na manhã desta terça-feira (25).

Neurite Vestibular

Dilma está internada no Shanghai East International Medical Center para tratar do quadro de neurite vestibular, uma inflamação do nervo vestibular, responsável por conectar o ouvido ao cérebro.

De acordo com a literatura médica, quando inflamado, este nervo pode interferir na maneira como informações são interpretadas pelo cérebro.

Na maioria dos casos, a neurite vestibular é causada por vírus. E, em geral, seus sintomas são confundidos com os da labirintite.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação

Dólar sobe para R$ 5,75 com receio sobre inflação

Bolsa cai pela segunda vez seguida e volta aos 125 mil pontos

O receio sobre uma alta da inflação em meio à expectativa de medidas que aqueçam ainda mais a economia pesou no mercado financeiro. O dólar ultrapassou a barreira de R$ 5,75, e a bolsa recuou pela segunda vez consecutiva.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (24) vendido a R$ 5,755, com alta de R$ 0,025 (+0,43%). A cotação chegou a cair para R$ 5,71 por volta das 10h e operou próxima da estabilidade, em torno de R$ 5,73, na maior parte do dia. No entanto, subiu no fim da tarde até fechar na máxima do dia.

A cotação está no maior nível desde o último dia 13. Apesar da alta desta segunda, a divisa acumula queda de 6,87% em 2025.

O mercado de ações também teve um dia de instabilidade. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 125.401 pontos, com queda de 1,36%. O indicador ficou estável durante a manhã, mas passou a cair à tarde.

Tanto fatores internos como externos pesaram no mercado financeiro. No cenário doméstico, a antecipação pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi, de que a economia gerou mais de 100 mil empregos formais em janeiro foi recebida com apreensão.

Apesar do bom desempenho do mercado de trabalho, o mercado financeiro se preocupa com um possível aumento de juros acima do previsto para segurar a inflação, o que derruba a bolsa de valores. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de janeiro só serão divulgados na quarta-feira (26).

No cenário internacional, as bolsas norte-americanas caíram nesta segunda, também influenciando as bolsas brasileiras. O dólar também subiu perante as principais moedas, à espera da divulgação de dados de confiança do consumidor nos Estados Unidos, prevista para esta semana.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Papa Francisco segue em estado crítico

Papa Francisco segue em estado crítico

Vaticano revela insuficiência renal leve e pneumonia complexa; peregrinos se unem em oração

O papa Francisco, que enfrenta uma pneumonia dupla, permanece em estado crítico pelo segundo dia consecutivo. Neste domingo (23.fev.2025), o Vaticano informou que o pontífice de 88 anos apresentou uma “insuficiência renal inicial e leve”, mas que a condição está sob controle. O prognóstico médico continua “reservado”, segundo a última atualização.

Francisco foi internado no Hospital Gemelli, em Roma, no dia 14 de fevereiro, após uma “crise respiratória prolongada semelhante à asma”. No sábado (22.fev), ele precisou de uma transfusão de duas unidades de sangue devido a uma contagem baixa de plaquetas, associada à anemia. Apesar da gravidade do quadro, o Vaticano destacou que o papa está “alerta e bem orientado”, recebendo “oxigenoterapia de alto fluxo” por meio de um tubo nasal.

A pneumonia que afeta o pontífice foi descrita como “complexa”, causada por dois ou mais microorganismos. O Vaticano ressaltou que a complexidade do quadro clínico exige um prognóstico cauteloso, aguardando os efeitos das terapias farmacológicas.

Francisco, que lidera a Igreja Católica desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos anos. Ele é particularmente vulnerável a infecções pulmonares devido a uma pleurisia que o afetou na juventude, resultando na remoção de parte de um pulmão.

A transfusão de sangue realizada no sábado mostrou resultados positivos, com aumento nos níveis de hemoglobina, proteína essencial para o transporte de oxigênio no corpo. Os níveis de plaquetas também se mantiveram estáveis, segundo o comunicado do Vaticano.

Peregrinos se unem em oração

A notícia sobre o estado de saúde do papa mobilizou fiéis em Roma e ao redor do mundo. Peregrinos se reuniram próximo ao Vaticano para expressar preocupação e solidariedade. “Estou muito, muito triste”, disse Elvira Romana, uma italiana que acompanha as notícias sobre o pontífice.

Do lado de fora do Hospital Gemelli, onde Francisco está internado, pessoas acenderam velas e deixaram flores e bilhetes de apoio próximo a uma estátua do falecido papa João Paulo II, que também foi tratado na instituição durante seu papado.

Em uma mensagem escrita para a oração do Ângelus, que o papa não pôde liderar pela segunda semana consecutiva, Francisco agradeceu aos médicos e às pessoas que enviaram mensagens de apoio. Ele afirmou que continua “confiantemente” com o tratamento hospitalar.

O arcebispo Rino Fisichella, autoridade sênior do Vaticano, pediu aos fiéis durante uma missa na Basílica de São Pedro que intensificassem suas orações pelo papa. A Diocese de Roma realizou uma missa especial no domingo à noite, pedindo forças para que Francisco supere “esse momento de provação”.

A saúde do papa Francisco segue sendo acompanhada com atenção por fiéis e autoridades religiosas, enquanto o mundo aguarda novas atualizações sobre seu estado clínico.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Ilustração/Arquivo

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Conservadores vencem eleições na Alemanha, aponta boca de urna

Conservadores vencem eleições na Alemanha, aponta boca de urna

Friedrich Merz caminha para ser chanceler, mas fragmentação política pode complicar formação de coalizão

Os conservadores da oposição alemã venceram as eleições nacionais realizadas no domingo (23.fev.2025), colocando Friedrich Merz, líder do partido CDU/CSU, no caminho para se tornar o próximo chanceler do país. A Alternativa para a Alemanha (AfD), partido de extrema-direita, alcançou seu melhor resultado de todos os tempos, ficando em segundo lugar, de acordo com pesquisas de boca de urna divulgadas pela emissora pública ZDF.

O bloco conservador CDU/CSU obteve 28,5% dos votos, enquanto a AfD conquistou 20%. A campanha eleitoral foi marcada por ataques violentos e intervenções do governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que influenciaram o cenário político alemão.

Friedrich Merz, de 69 anos, não possui experiência prévia no executivo, mas prometeu exercer uma liderança mais forte do que o atual chanceler, Olaf Scholz. Ele também destacou a importância de estabelecer maior contato com os principais aliados da Alemanha, visando ampliar o protagonismo do país no cenário europeu.

Merz é visto como um liberal econômico impetuoso, que deslocou os adversários conservadores para a direita. Sua postura é considerada a antítese da ex-chanceler Angela Merkel, que liderou a Alemanha por 16 anos com uma abordagem mais centrista.

No entanto, a fragmentação política dificulta a formação de uma maioria estável. Os conservadores terão que negociar com outros partidos para formar uma coalizão governamental, um processo que pode ser complicado devido às divisões expostas durante a campanha, especialmente em temas como imigração e o papel da AfD no cenário político.

A imigração foi um dos temas mais polarizadores da eleição. O endurecimento das políticas governamentais nessa área reflete uma mudança significativa no sentimento público desde a crise migratória de 2015, quando a Alemanha adotou uma postura de “Refugiados bem-vindos”. A AfD capitalizou essa mudança, ganhando apoio eleitoral significativo.

Enquanto as negociações para a formação de um governo avançam, Olaf Scholz pode permanecer como primeiro-ministro interino por meses. Esse cenário pode atrasar a implementação de políticas urgentes necessárias para revitalizar a economia alemã, que enfrenta dois anos consecutivos de contração.

A Alemanha, que tem uma economia fortemente dependente das exportações, também enfrenta desafios externos, como a ameaça de uma guerra comercial com os Estados Unidos e a necessidade de mediar um acordo de cessar-fogo na Ucrânia sem o envolvimento direto das potências europeias.

Além disso, a população alemã está mais pessimista em relação aos padrões de vida do que em qualquer momento desde a crise financeira de 2008. Essa insatisfação, combinada com a incerteza política, cria um vácuo de liderança no coração da Europa, em um momento crítico para o continente.

Foto: @CDU/Fotos Públicas

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Trump e Rumble processam Moraes por censura ilegal nos EUA

Trump e Rumble processam Moraes por censura ilegal nos EUA

Empresas acusam ministro do STF de violar soberania americana e bloqueiam plataforma no Brasil

O Trump Media & Technology Group, empresa do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, e a plataforma de vídeos Rumble ingressaram com uma ação judicial contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O processo foi registrado no Tribunal Distrital dos EUA em Tampa, na Flórida, e acusa o ministro de censura ilegal. As empresas afirmam que as decisões de Moraes violam a soberania americana, a Constituição dos EUA e as leis do país.

A ação ocorre após Moraes determinar, na sexta-feira (21.fev.2025), a suspensão do Rumble no Brasil até que a plataforma cumpra ordens judiciais. Entre as exigências do ministro está a nomeação de um representante legal no país, conforme exigido pela legislação brasileira para empresas estrangeiras. Além disso, Moraes ordenou o bloqueio da conta do influenciador digital Allan dos Santos, aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro, e a suspensão da monetização de seu perfil.

Allan dos Santos, que atualmente reside nos Estados Unidos, é considerado fugitivo no Brasil e é investigado por supostos crimes de discurso de ódio e disseminação de informações falsas. O caso faz parte de uma série de medidas lideradas por Moraes para combater a desinformação e ataques à democracia, especialmente durante o governo Bolsonaro.

No comunicado divulgado no domingo (23), as empresas também alegam que Moraes ameaçou o CEO da Rumble, Chris Pavlovski, com acusações criminais. A moção judicial busca anular as ordens emitidas pelo ministro, que, segundo as empresas, ultrapassam a jurisdição brasileira e interferem em operações globais.

O STF não se manifestou imediatamente sobre o caso. A disputa judicial ocorre em um momento de tensão entre autoridades brasileiras e plataformas digitais, especialmente após o embate entre Alexandre de Moraes e Elon Musk, proprietário da rede social X (antigo Twitter).

A Rumble, conhecida por ser uma alternativa ao YouTube com foco em liberdade de expressão, tem ganhado popularidade entre usuários que criticam a moderação de conteúdo em outras plataformas. A suspensão no Brasil pode impactar sua expansão no mercado latino-americano.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Saúde do Papa Francisco é considerada crítica após crise de asma prolongada

Saúde do Papa Francisco é considerada crítica após crise de asma prolongada

Pontífice recebe terapia de oxigênio e transfusão de sangue; prognóstico é reservado

O Vaticano divulgou neste sábado (22.fev.2025) que o estado de saúde do Papa Francisco está crítico após uma crise de asma prolongada. De acordo com o comunicado oficial, o pontífice precisou de terapia de alto fluxo de oxigênio e transfusão de sangue devido a um quadro de anemia.

“As condições do Santo Padre continuam críticas. Portanto, como explicado ontem, o papa não está fora de perigo. Nesta manhã, o papa Francisco apresentou uma crise respiratória asmática de longa duração, que exigiu uma terapia de alto fluxo de oxigênio”, informou o boletim médico.

Exames realizados indicaram um quadro de plaquetopenia, também chamada de trombocitopenia, que é a redução do número de plaquetas no sangue. Essa condição pode estar associada a infecções, deficiências vitamínicas ou doenças imunológicas, e exigiu uma transfusão sanguínea.

A equipe médica do Vaticano destacou que a principal preocupação no momento é o risco de sepse, uma infecção generalizada que pode surgir como complicação da pneumonia. Até sexta-feira (21.fev), não havia sinais da infecção, e Francisco estava respondendo aos medicamentos administrados.

O Vaticano informou que o prognóstico do papa é reservado, o que significa que os médicos mantêm cautela quanto à evolução do quadro clínico.

Cancelamento da oração do Angelus

Diante da condição de saúde do pontífice, a assessoria de imprensa da Santa Sé anunciou que Francisco não realizará a tradicional oração do Angelus na Praça de São Pedro pelo segundo domingo consecutivo.

A oração do Angelus é um momento importante para os fiéis católicos, que se reúnem semanalmente para ouvir as palavras do papa. A ausência de Francisco reforça a gravidade de seu estado de saúde.

Entenda a plaquetopenia

A plaquetopenia, ou trombocitopenia, é uma condição médica caracterizada pela redução do número de plaquetas no sangue. As plaquetas são essenciais para a coagulação sanguínea, e sua diminuição pode levar a sangramentos espontâneos e complicações graves.

Entre as causas mais comuns da plaquetopenia estão infecções, deficiências de vitaminas, doenças autoimunes e reações a medicamentos. No caso do Papa Francisco, a equipe médica ainda investiga a origem do problema.

Risco de Sepse

A sepse é uma resposta extrema do corpo a uma infecção, que pode levar a falência de órgãos e, em casos graves, à morte. Pacientes com pneumonia, como o papa, estão mais suscetíveis a desenvolver essa complicação.

A equipe médica do Vaticano está monitorando de perto os sinais de infecção para evitar que o quadro do pontífice se agrave.

Repercussão internacional

A notícia sobre o estado de saúde do Papa Francisco tem gerado preocupação em todo o mundo. Líderes religiosos e políticos manifestaram apoio e pediram orações pela recuperação do pontífice.

Francisco, que completou 86 anos em dezembro, é conhecido por sua postura progressista e por promover mudanças significativas na Igreja Católica. Sua saúde frágil nos últimos anos tem levantado questões sobre o futuro do papado.

Foto: Tânia Rêgo/ABr/Arquivo/Ilustração

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Saúde do Papa Francisco: entenda a pneumonia dupla

Saúde do Papa Francisco: entenda a pneumonia dupla

Médicos afirmam que o papa não corre risco de morte, mas sua recuperação ainda é incerta; internação deve se estender por mais uma semana

O papa Francisco, que está hospitalizado desde 14 de fevereiro no Hospital Gemelli, em Roma, devido a uma pneumonia dupla, não corre risco de morte, mas ainda não está totalmente curado. A informação foi divulgada por Sergio Alfieri, um de seus médicos, durante uma coletiva de imprensa realizada nesta sexta-feira.

A pneumonia dupla é uma infecção grave que afeta ambos os pulmões, causando inflamação e possíveis cicatrizes, o que dificulta a respiração. De acordo com o Vaticano, a infecção do papa é considerada “complexa” por ser polimicrobiana, ou seja, causada por dois ou mais micro-organismos.

Alfieri explicou que, embora o papa não esteja em perigo iminente, sua condição ainda pode mudar. “Se a pergunta for ‘ele está fora de perigo’, a resposta é ‘não’. Mas se você nos perguntar se, neste momento, a vida dele está em perigo, a resposta é ‘não'”, afirmou o médico.

Francisco, de 88 anos, já apresentou melhoras significativas desde sua internação. Ele conseguiu sair da cama e sentar-se em uma poltrona para realizar algumas tarefas. No entanto, a equipe médica prevê que ele permanecerá hospitalizado “pelo menos” ao longo da próxima semana.

Idade e histórico de saúde tornam o papa um paciente frágil, dizem médicos

O papa Francisco é considerado um paciente frágil devido à sua idade avançada e ao histórico de problemas de saúde. Ele já enfrentou pleurisia na juventude, o que resultou na remoção de parte de um de seus pulmões. Essa condição o torna mais suscetível a infecções pulmonares.

Durante a coletiva, Alfieri destacou que o papa não está com sepse, uma condição grave em que o corpo reage a uma infecção prejudicando seus próprios tecidos e órgãos. No entanto, há o risco de a infecção se espalhar do trato respiratório para outras partes do corpo.

A coletiva de imprensa foi a primeira desde a internação do papa, e nenhuma foto dele foi divulgada por respeito à sua privacidade. O Vaticano havia informado na noite de quinta-feira que a condição de Francisco estava “melhorando levemente” pelo segundo dia consecutivo.

Renúncia papal é considerada “hipótese distante”, dizem fontes

Francisco, que lidera a Igreja Católica desde 2013, tem enfrentado problemas de saúde nos últimos dois anos. Um cardeal católico aposentado sugeriu que a saúde frágil do papa poderia levá-lo a renunciar, como fez seu predecessor, Bento 16, em 2013.

No entanto, o próprio papa já descartou essa possibilidade no passado, referindo-se à renúncia como uma “hipótese distante”. A lei da Igreja Católica exige que qualquer renúncia papal seja “livre e adequadamente manifestada”, o que significa que a decisão não pode ser influenciada por pressão externa.

Francisco é conhecido por manter uma agenda intensa, com dezenas de reuniões diárias. As autoridades do Vaticano esperam que sua última crise de saúde o leve a reduzir o ritmo de trabalho. Todos os compromissos públicos do papa foram cancelados até domingo, e não há eventos oficiais em seu calendário divulgado pelo Vaticano.

O que é pneumonia dupla e por que ela é preocupante?

A pneumonia dupla é uma infecção que afeta ambos os pulmões simultaneamente, causando inflamação e dificuldades respiratórias. Em pacientes idosos ou com histórico de problemas pulmonares, como o papa Francisco, a condição pode ser particularmente grave.

A infecção polimicrobiana, como a que afeta o pontífice, é mais complexa de tratar porque envolve múltiplos micro-organismos, exigindo um tratamento mais específico e prolongado.

A internação do papa Francisco no Hospital Gemelli, um dos mais renomados da Itália, tem chamado a atenção de fiéis e da mídia mundial. A equipe médica tem monitorado de perto sua evolução, buscando garantir uma recuperação segura e eficaz.

Foto: Annett_Klingner/Pixabay / Mikdev/Pixabay

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Após denúncia contra Bolsonaro, mídia de Trump abre ação contra Moraes

Após denúncia contra Bolsonaro, mídia de Trump abre ação contra Moraes

Ministro do Supremo não vai comentar a medida

Um dia após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado, o grupo de mídia do presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, informou que entrou com uma ação no Tribunal Distrital da Flórida contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

A Trump Media & Tecnology Group (TMTG), dona da Truth Social, rede social criada por Trump, em conjunto com a Rumble, plataforma de compartilhamento de vídeos, acionaram a Justiça estadunidense alegando que decisões de Moraes buscam “censurar” as plataformas e suspender contas de usuários.

“Oi, Alexandre de Moraes, a Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal”, escreveu o CEO da plataforma, Chris Pavlovcki, em uma rede social.

O movimento das empresas do presidente Trump foi usado por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro para atacar Moraes, que é o relator responsável pelos processos envolvendo tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Procurada pela Agência Brasil, a assessoria do STF informou que o gabinete do ministro Alexandre de Moraes não vai se manifestar sobre o tema.

O doutor em Direito Internacional Paulo Lugon, da Aliança Brazil Office, que reúne especialistas brasileiros que vivem nos EUA, na Europa e no Brasil, avaliou que essa ação das companhias de mídia de Trump é descabida e representa uma afronta à soberania brasileira.

“Como um juiz de um estado, vai processar um ministro de uma Corte Superior de outro país? Moraes não fez nada nos EUA, ele não pode ser processado por um outro país soberano. Ele não vai sentar no banco dos réus”, garante o especialista.

Para Lugon, a ação busca gerar um efeito político. “Isso revela que tem um movimento coordenado para taxar o Brasil como um país que censura. O objetivo por trás disso pode ser o de acionar mecanismos de pressão dentro dos EUA contra o Brasil, para buscar efeitos extraterritoriais”.

Para o presidente do Conselho Diretivo da Aliança Brazil Office, James N. Green, a ação “é uma maneira de reforçar as campanhas da extrema-direita no Brasil, especialmente no momento em que Bolsonaro e 33 outras pessoas estão sendo acusadas de participar de golpe de Estado”.

Estratégia

Desde o início das investigações sobre a tentativa de golpe de Estado e os ataques ao STF, por meio, principalmente, do chamado inquérito das Fake News, os investigados e seus aliados têm buscado articular apoios nos EUA para deslegitimar as apurações da Justiça brasileira.

Os deputados aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro chegaram a viajar a Washington para denunciar uma suposta censura nas redes sociais do Brasil.

Essa não é a primeira vez que empresas de tecnologia baseada nos Estados Unidos atacam decisões da Justiça brasileira. O dono do X, Elon Musk, integrante do governo de Donald Trump, moveu uma campanha contra o STF que levou ao bloqueio da plataforma no Brasil. Após pagar multa, a rede social foi restabelecida.

Os perfis suspensos que Musk defendia estão envolvidos nos inquéritos que apuram crimes como a abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado, que estão tipificado na Lei 14.197 de 2021.

Desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca, as big techs têm se alinhado à política do republicano, a exemplo das mudanças anunciadas na Meta, dona do Facebook, Instagram e Whatsapp. O dono da Meta, Marck Zuckerberg, prometeu se aliar ao governo dos Estados Unidos contra países que regulem o ambiente digital.

Foto: Jane de Araújo/Agência Senado / Marcos Oliveira/Agência Senado / RS/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Brasil e Portugal assinam 19 acordos bilaterais

Brasil e Portugal assinam 19 acordos bilaterais

Atos são em áreas da saúde, segurança pública, turismo e tecnologia

Brasil e Portugal assinaram, nesta quarta-feira (19), 19 acordos bilaterais em áreas como saúde, segurança pública, turismo e ciência e tecnologia. Os atos ocorreram após a 14ª Cimeira Brasil-Portugal, presidida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, no Palácio do Planalto, em Brasília.

“O intercâmbio com Portugal está adquirindo um perfil diversificado, com integração de cadeias produtivas relevantes e que favorecem a exportação de produtos brasileiros de maior valor agregado. A expectativa é que essa relação se aprofunde ainda mais quando o Acordo Mercosul-União Europeia entrar em vigor”, disse Lula, em declaração à imprensa, sobre o acordo comercial negociado por mais de 20 anos e finalizado no ano passado.

“Quando o protecionismo comercial ganha força no mundo, demonstramos o potencial da integração. Não há dúvidas de que o Acordo trará benefícios para os dois blocos. Ele significará acesso a bens e serviços mais baratos, aumento dos investimentos e cooperação renovada para proteger o meio ambiente, sem prejuízo da política de neoindustrialização brasileira”, destacou o presidente.

Antes da cúpula, Lula recebeu o chefe do governo português para um encontro privado e, na sequência, se juntaram às delegações dos dois países. O encontro de alto nível tem o objetivo de discutir e fortalecer a cooperação bilateral em diversas áreas, como defesa, segurança, justiça, ciência, meio ambiente, comércio, saúde e cultura. A edição anterior foi realizada em Lisboa, capital portuguesa, em 2023, durante visita de Lula ao país europeu. Na ocasião, 13 acordos bilaterais foram assinados.

Em 2025, são celebrados os 200 anos do estabelecimento de relações diplomáticas entre Brasil e Portugal. Atualmente, mais de 500 mil brasileiros residem em Portugal, e cerca de 150 mil portugueses vivem no Brasil. É a segunda maior comunidade brasileira no exterior, atrás apenas dos Estados Unidos.

Diante dessa relação histórica, Lula afirmou que “não há espaço para racismo e xenofobia” entre as comunidades brasileiras e portuguesas.

“Nesses 200 anos, muitos portugueses vieram estabelecer-se e criar raízes em nosso país, assim como muitos brasileiros mudaram-se para Portugal e ali constituíram laços. Afirmei ao primeiro-ministro Montenegro que precisamos desconstruir a narrativa mentirosa que associa a migração brasileira ao aumento da criminalidade em Portugal”, disse Lula.

Atos bilaterais

Os atos assinados hoje na presença de Lula e Montenegro são:

  • Justiça: acordo de cooperação sobre investigação e combate ao crime organizado transnacional e ao terrorismo.
  • Segurança institucional: revisão do acordo para sobre proteção de informação classificada.
  • Porto e Aeroportos: fomento à cooperação nas áreas de portos, desenvolvimento da infraestrutura e operação de terminais.
  • Saúde e desenvolvimento social: cooperação e troca de experiências para promoção da alimentação saudável e da prevenção da obesidade.
  • Meio Ambiente: cooperação nas áreas de clima e gestão dos ecossistemas.
  • Cultura: colaboração entre o Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) e o instituto Museus e Monumentos de Portugal.
  • Turismo: plano de ação para desenvolvimento do turismo no período de 2025-2027.
  • Agricultura: cooperação para simplificar procedimentos sobre o domínio do vinho e outros produtos vitivinícolas.
  • Tecnologia: cooperação e intercâmbio de boas práticas sobre diálogo digital.

“Lançamos um Diálogo Digital para aprofundar o debate sobre inteligência artificial e outras tecnologias emergentes. Avançar na luta contra o extremismo e suas novas faces, que têm proliferado sobretudo no mundo digital, é uma urgência compartilhada. Portugal e Brasil trabalham com visões semelhantes sobre a regulação das grandes empresas de tecnologia e o combate à desinformação”, disse Lula durante a declaração à imprensa.

Outros 10 atos foram assinados durante a cúpula envolvendo diversos ministérios, agências e instituições brasileiras e portuguesas.

Também foi confirmada a compra de 12 aviões Super Tucanos pela Força Aérea Portuguesa e a parceria entre a OGMA Indústria Aeronáutica de Portugal e a Embraer para adaptação das aeronaves a padrões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). O Brasil ainda anunciou a instalação de escritório da ApexBrasil, agência de promoção brasileira, em Lisboa.

Após a coletiva de imprensa, os líderes e as comitivas foram para o Palácio Itamaraty, onde Lula ofereceu almoço em homenagem ao primeiro-ministro Luís Montenegro.

Diplomacia

Nesta terça-feira (18), Lula também recebeu o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, que é o chefe de Estado do país europeu, uma função mais diplomática. No Brasil, o presidente da República exerce os dois cargos: chefe de Estado e de governo.

À noite, os dois participam da entrega do Prêmio Camões de Literatura a Adélia Prado, no Palácio do Itamaraty, o principal prêmio da literatura em língua portuguesa. Mineira de Divinópolis, Adélia tem 88 anos e é considerada a maior poetisa brasileira viva. Ela não compareceu à cerimônia cerimônia por questões de saúde e foi representada por seu filho Eugênio Prado.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Alexandre de Moraes é alvo de ação nos EUA por suposta violação de soberania

Alexandre de Moraes é alvo de ação nos EUA por suposta violação de soberania

Empresas Trump Media e Rumble acusam ministro de interferir em plataforma de vídeos; caso envolve blogueiro Allan dos Santos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), está sendo alvo de uma ação judicial nos Estados Unidos por suposta violação à soberania americana. A ação foi movida pela Trump Media, empresa ligada ao ex-presidente Donald Trump, e pela plataforma de vídeos Rumble. O caso está sendo processado em um tribunal federal na Flórida, conforme informações divulgadas pelo jornal Folha de S.Paulo. Até o momento, Moraes não se manifestou publicamente sobre o assunto. O Estadão entrou em contato com a assessoria de imprensa do STF, mas não obteve resposta.

A Rumble é uma plataforma de compartilhamento de vídeos que opera de forma semelhante ao YouTube. A rede já foi mencionada em decisões do STF para a remoção de conteúdos, mas não cumpriu as ordens da Justiça brasileira por não ter representação legal no país. A plataforma se apresenta como “imune à cultura do cancelamento” e tem atraído produtores de conteúdo que foram restringidos em outras redes sociais, como os bolsonaristas Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Bruno Aiub, conhecido como Monark.

De acordo com as empresas que moveram a ação conjunta, o ministro Alexandre de Moraes violou a legislação americana ao ordenar a suspensão da conta do blogueiro Allan dos Santos na Rumble. Chris Pavlovski, CEO da Rumble, afirmou à Folha que “Moraes está tentando contornar completamente o sistema legal americano, utilizando ordens sigilosas de censura para pressionar redes sociais americanas a banir o dissidente político (Allan dos Santos) em nível global”.

Allan dos Santos é investigado pelo STF por suposta propagação de desinformação e por ofensas a ministros da Corte brasileira. Um mandado de prisão preventiva foi emitido contra ele, mas o blogueiro reside nos Estados Unidos e está foragido da Justiça brasileira. A Polícia Federal (PF) já realizou uma busca e apreensão em seu endereço residencial no Brasil. Em março do ano passado, o governo americano negou um pedido de extradição de Santos feito pela Justiça brasileira.

A Trump Media, empresa ligada a Donald Trump, uniu-se à Rumble na ação judicial. Os advogados da empresa argumentam que as restrições impostas ao Rumble no Brasil também prejudicam a Trump Media, uma vez que a plataforma de vídeos fornece serviços essenciais para a manutenção da rede social Truth Social, criada pelo ex-presidente americano.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Milei tenta minimizar crise gerada por apoio à criação de criptomoeda

Milei tenta minimizar crise gerada por apoio à criação de criptomoeda

Episódio é chamado pela imprensa argentina de criptogate

Alvo de uma série de denúncias por ter promovido o lançamento de criptomoeda por uma empresa privada, o presidente da Argentina, Javier Milei, rompeu o silêncio nesta segunda-feira (17). Em meio à mais ruidosa crise de seus 14 meses à frente do Poder Executivo, o mandatário argentino concedeu, ontem à noite, uma entrevista ao canal TN (Todo Notícias).

Sabatinado pelo jornalista Jonatan Viale, Milei tentou minimizar o impacto do episódio que parte da imprensa argentina batizou como o “criptogate” – a suspeita de envolvimento de funcionários do governo federal, incluindo o próprio presidente, em supostas irregularidades na criação da $Libra, uma criptomoeda que, conforme Milei anunciou em seu perfil no X (antigo Twitter), ajudaria a financiar pequenas empresas e empreendimentos argentinos.

“Não tenho nada que ocultar, portanto posso falar tranquilamente”, disse Milei no início da entrevista de pouco mais de uma hora de duração, na qual tentou explicar que não agiu de forma a promover a $Libra e o projeto Viva La Libertad, do qual o lançamento da criptomoeda faz parte. “Eu não a promovi. Eu a difundi”, afirmou Milei. Na última sexta-feira (14), ele publicou um texto no qual divulgava o projeto privado, associando-o ao crescente liberalismo da economia argentina.

“Não fiz nada de mal. Sou um superentusiasta da tecnologia. E diante da possibilidade de uma ferramenta para [supostamente] financiar projetos de empreendedores [argentinos], eu decidi difundi-la”, argumentou Milei, reconhecendo que a repercussão que se seguiu a seu tuíte o levou a “correr”, apagando a postagem.

Tão logo o presidente argentino tornou público seu apoio à iniciativa, o valor do ativo digital disparou, valorizando-se exponencialmente. Os poucos detentores da criptomoeda começaram a vendê-la, com lucros altíssimos.

Especialistas e oposicionistas a Milei começaram então a apontar o risco de fraude no empreendimento e, consequentemente, o valor da $Libra voltou a cair, com prejuízos para um número ainda incerto de investidores.

“São pessoas hiperespecializadas nesse tipo de instrumento. E que entraram nisso voluntariamente, sabendo muito bem o que estavam fazendo. São operadores de volatilidade que operam com o risco”, afirmou Milei, minimizando o alcance do episódio.

No domingo, representantes de duas organizações sociais (Observatório do Direito à Cidade e Movimento A Cidade Somos Nós Que A Habitamos) e de um partido político (Unidade Popular) ingressaram na Justiça com uma denúncia contra o presidente argentino, a quem acusam de ter prejudicado a mais de 40 mil pessoas ao se associar a um esquema que teria causado um prejuízo de US$ 4 bilhões.

“É falsa a [informação de] que 44 mil pessoas tenham sido prejudicadas. Havia, entre elas, muitos robôs [bots] e, no melhor dos casos, se trata de nada mais que 5 mil pessoas. E, com isso, eu, seguramente, diria que a chance de haver argentinos entre eles é muito remota. A maioria [dos que perderam dinheiro com o investimento] é estadunidense e chinesa”, comentou o presidente argentino, classificando o ocorrido como “um problema entre privados [particulares]”.

O presidente garantiu que não houve perdas ao Estado argentino. No último sábado (15), o governo anunciou duas medidas: que o Gabinete Anticorrupção da Presidência da República apure se algum membro do governo, incluindo o próprio Milei, agiu de forma imprópria, e a criação, no âmbito da própria presidência, de uma força-tarefa composta por representantes de vários órgãos e organizações para avaliar o projeto Viva La Libertad, a $Libra e todas as empresas ou pessoas envolvidas com a iniciativa.

“Agi de boa fé. Olhando agora para as repercussões políticas, admito que tenho algo a aprender [com o ocorrido]. Tenho que ter filtros”, finalizou o presidente, dizendo aguardar pelas conclusões da Justiça para saber se algum funcionário do governo obteve benefícios pessoais para promover a $Libra.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

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Papa Francisco enfrenta quadro clínico complexo

Papa Francisco enfrenta quadro clínico complexo

Vaticano confirma infecção respiratória e novo tratamento; Pontífice mantém bom humor

O Papa Francisco está enfrentando um “quadro clínico complexo”, que exigirá uma internação hospitalar adequada, conforme informou o perfil oficial de notícias do Vaticano e do Papa nas redes sociais nesta segunda-feira (17). A nota divulgada pela Santa Sé detalha que os exames realizados nos últimos dias revelaram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que levou a uma mudança no tratamento médico do Pontífice.

Matteo Bruni, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, afirmou que o Papa dormiu bem durante a noite, teve uma noite tranquila, tomou café da manhã e dedicou parte da manhã à leitura de jornais. Além disso, Bruni destacou que Francisco mantém o bom humor, mesmo diante do quadro de saúde.

A nota oficial divulgada pelo Vaticano explica: “Os resultados dos exames realizados nos últimos dias e hoje mostram uma infecção polimicrobiana das vias respiratórias, o que determinou uma nova alteração no tratamento. Todos os exames realizados até o momento indicam um quadro clínico complexo, que exigirá uma internação hospitalar adequada”.

A infecção respiratória polimicrobiana, que afeta o Papa, é uma condição que envolve múltiplos microrganismos, como bactérias e vírus, e pode exigir um tratamento mais prolongado e específico. Esse tipo de infecção é comum em pacientes com sistemas imunológicos mais frágeis ou em casos de complicações prévias de saúde.

O Papa Francisco, de 86 anos, já enfrentou problemas de saúde nos últimos anos, incluindo uma cirurgia no cólon em 2021 e dores no joelho que limitaram sua mobilidade. Apesar disso, ele continuou com uma agenda cheia de compromissos, incluindo viagens internacionais e encontros com líderes religiosos e políticos.

A internação hospitalar do Papa ocorre em um momento delicado para a Igreja Católica, que enfrenta desafios internos e externos, incluindo debates sobre reformas, questões sociais e a relação com outras religiões. A saúde do Pontífice é acompanhada de perto por fiéis e autoridades religiosas em todo o mundo, que desejam sua rápida recuperação.

A Santa Sé reforçou que todos os cuidados necessários estão sendo tomados para garantir o bem-estar do Papa Francisco. A equipe médica responsável pelo tratamento está monitorando de perto seu quadro clínico e ajustando o tratamento conforme necessário.

Enquanto isso, o Vaticano pede orações e apoio dos fiéis para o Papa, que continua a ser uma figura central na condução da Igreja Católica. A mensagem de esperança e resiliência transmitida por Francisco durante seu pontificado ressoa ainda mais diante desse momento desafiador.

Foto: Annett Klingner/Pixabay / Mikdev

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Braskem anuncia primeiro navio de frota própria

Braskem anuncia primeiro navio de frota própria

Embarcação Brillant Future fará rota EUA – México no transporte de etano. Veja os detalhes

A Braskem, petroquímica global que desenvolve soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, anuncia a entrada em operação do Brillant Future, seu primeiro navio sob leasing. A embarcação no valor de US$ 80 milhões fará o transporte de etano na rota entre EUA e México.

O navio tem 188 metros de comprimento e capacidade de armazenamento de 36.000 m³, podendo transportar cargas a uma temperatura de até -104°C. Outra vantagem é o motor bicombustível que funciona com óleo de bunker e etano, o que representa a redução de 40% nas emissões de CO2, além da total excelência na economia de combustível, pois tem alta eficiência em propulsão.

“É um marco significativo e reflete o nosso compromisso com a inovação e o crescimento da indústria naval. A nova embarcação foi mais um passo na jornada da companhia para ter um desenvolvimento sustentável e competitivo no mercado global”, afirma Silvia Migueles, diretora de Logística da Braskem.

Brilliant Future em detalhes

O novo navio foi construído no estaleiro YAMIC, na China, e projetado para ter uma estrutura compacta, de modo a maximizar o uso do espaço de carga. “A embarcação é equipada com três tanques tipo StarTrilobe, o que aumenta a capacidade de armazenagem em cerca de 25% quando comparada aos tanques tradicionais”, explica Silvia.

O Brilliant Future faz parte do projeto Seas of the Future, uma iniciativa da Braskem que visa reduzir os custos do transporte marítimo dos produtos químicos, além de garantir mais segurança e competitividade. “A embarcação integrará uma frota de seis navios, sendo que o próximo deverá ficar pronto em junho deste ano, seguindo na rota EUA – México”, finaliza
a diretora.

Sobre a Braskem

A Braskem é uma empresa petroquímica global, orientada para o ser humano, com olhar para o futuro, que cultiva relacionamentos sólidos e gera valor para todos. Oferecendo soluções sustentáveis da química e do plástico para melhorar a vida das pessoas, a petroquímica possui um completo portfólio de resinas plásticas e produtos químicos para diversos segmentos, como embalagens alimentícias, construção civil, industrial, automotivo, agronegócio, saúde e higiene, entre outros. A Braskem acredita que a inovação disruptiva é o único caminho possível para se estabelecer uma nova relação com o planeta, por isso, escolhe agir no presente, promovendo a circularidade do plástico e impulsionando a revolução dos materiais de base biológica. Com 40 unidades industriais no Brasil, EUA, México e Alemanha, a companhia exporta seus produtos para clientes em mais de 71 países por meio de seus 8.500 mil integrantes que atuam globalmente em um modelo de gestão que demonstra o compromisso com a ética, respeitando as normas de conformidade em todos os países e garantindo o respeito à competitividade responsável.

Mais informações: https://www.braskem.com.br/

Foto: Divulgação

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Lula diz que Brasil vai reagir contra taxações de Donald Trump

Lula diz que Brasil vai reagir contra taxações de Donald Trump

Presidente deu entrevista nesta quinta-feira para Rádio Clube do Pará

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta sexta-feira (14), que o Brasil vai aplicar o princípio da reciprocidade caso o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, cumpra com a promessa de elevar as tarifas de importação do país. “Eu ouvi dizer que vai taxar o aço brasileiro. Se taxar o aço brasileiro, nós vamos reagir comercialmente ou vamos denunciar a Organização [Mundial] do Comércio [OMC] ou vamos taxar os produtos que a gente importa deles”, disse em entrevista para a Rádio Clube do Pará, em Belém (PA).

“Sinceramente, não vejo nenhuma razão para o Brasil procurar contencioso com quem não precisa. Agora, se tiver alguma atitude com o Brasil, haverá reciprocidade. Não tem dúvida, haverá reciprocidade do Brasil em qualquer atitude que tiver contra o Brasil”, reforçou o presidente.

Trump vem prometendo aplicar tarifas abrangentes a diversos países com superávit comercial com os Estados Unidos, como a China, e até a parceiros mais próximos como México e Canadá . Ele também anunciou uma taxação de 25% sobre as importações de aço e alumínio , cancelando isenções e cotas isentas de impostos para os principais fornecedores, entre eles o Brasil.

Lula lembrou, entretanto, que os Estados Unidos têm superávit comercial com o Brasil, ou seja, vendem mais bens e serviços do que compram. “A relação do Brasil com o Estados Unidos é uma relação muito igualitária. Ou seja, eles importam de nós US$ 40 bilhões, nós importamos dele US$ 45 bilhões”, disse.

“Então, nós não queremos atrito com ninguém. O Brasil não tem contencioso internacional, nós queremos paz e tranquilidade. Olha, se o Trump tiver esse comportamento com o Brasil, eu terei esse comportamento com os Estados Unidos”, reafirmou.

Relacionamento

Nesta quinta-feira (13), Trump ainda anunciou a aplicação de tarifas de reciprocidade contra qualquer país que imponha impostos contra as importações norte-americanas, sendo a mais recente ofensiva tarifária contra aliados e inimigos do país. De acordo com a Casa Branca, as tarifas podem começar a ser impostas em semanas, enquanto a equipe comercial e econômica do governo estuda tarifas bilaterais e relações comerciais. O governo norte-americano vai analisar país a país e esses estudos devem ser concluídos até o dia 1º de abril.

Diante disso, membros da equipe econômica do governo defendem cautela diante dos anúncios do presidente dos Estados Unidos. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o Brasil não precisa temer as medidas, também citando a balança comercial superavitária para os norte-americanos. Haddad afirmou que o governo brasileiro não irá se manifestar “a qualquer sinalização”, vai aguardar para ver o “que é concreto, efetivo” e avaliar “como vai terminar essa história”.

Já o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o Brasil não representa um “problema comercial” para os Estados Unidos. Ele ressaltou que dos dez produtos mais exportados pelo Brasil aos Estados Unidos, apenas quatro não são taxados pela alfândega estadunidense, nos demais são impostas tarifas. Já nos dez produtos mais importados pelo Brasil vindos dos EUA, oito entram totalmente livres de tarifas.

Ainda na entrevista à Rádio Clube do Pará, nesta sexta-feira, Lula também lembrou que Brasil e Estados Unidos completam 200 anos de relações diplomáticas em 2025, mas disse que ainda não conversou com o presidente norte-americano depois que ele assumiu o cargo em janeiro. “Não tem relacionamento. Eu ainda não conversei com ele, ele ainda não conversou comigo. O relacionamento é entre Estado brasileiro e Estado americano. O Brasil considera os Estados Unidos um país extremamente importante para relação com o Brasil e eu espero que os Estados Unidos reconheça o Brasil como um país muito importante”, destacou.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Lady Gaga no Rio: prefeitura confirma show em maio

Lady Gaga no Rio: prefeitura confirma show em maio

Prefeito Eduardo Paes anuncia apresentação da cantora para o dia 3 de maio e destaca impacto positivo na cidade.

A cantora internacional Lady Gaga está confirmada para se apresentar no Rio de Janeiro no dia 3 de maio. O anúncio foi feito pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes, durante uma entrevista ao podcast PodK Liberados. A expectativa é que o show gere um impacto significativo na economia local, impulsionando setores como hotelaria, gastronomia e turismo.

Paes destacou que eventos desse porte são essenciais para a cidade, citando o exemplo do show de Madonna, realizado no ano passado. “Madonna ano passado. Esse ano tem Lady Gaga, pronto agora falei”, afirmou o prefeito. Ele também reforçou que o investimento público em grandes eventos é justificado pelos benefícios econômicos gerados. “Vai gastar dinheiro público com Lady Gaga? Vou. Com a Madonna gastei também. Sabe por quê? Porque enche todos os hotéis, enche todos os restaurantes, gera emprego”, explicou.

A última vez que Lady Gaga esteve no Brasil foi em 2012, quando realizou uma turnê pelo país. Em 2017, a cantora havia sido confirmada para o Rock in Rio, mas cancelou a apresentação, deixando os fãs frustrados. Agora, a expectativa é que o novo show compense a ausência e atraia milhares de fãs ao Rio de Janeiro.

A prefeitura ainda não divulgou detalhes sobre o local do show ou a venda de ingressos, mas a notícia já gerou grande repercussão nas redes sociais. Fãs da cantora comemoram a oportunidade de vê-la ao vivo após mais de uma década desde sua última apresentação no país.

Além do impacto cultural, a apresentação de Lady Gaga deve movimentar a economia da capital fluminense. Eventos de grande porte costumam atrair turistas de outras cidades e até mesmo de outros países, aumentando a ocupação hoteleira e o movimento em bares, restaurantes e comércios locais.

A expectativa é que o show de Lady Gaga no Rio de Janeiro seja um dos grandes eventos do ano na cidade, consolidando o município como um dos principais destinos para apresentações de artistas internacionais no Brasil.

Foto: jus10h/Visualhunt.com

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Papa Francisco é internado para exames e tratamento de bronquite em Roma

Papa Francisco é internado para exames e tratamento de bronquite em Roma

Líder da Igreja Católica mantém agenda de compromissos apesar de problemas de saúde recentes

O papa Francisco foi levado ao Hospital Policlinica Agostino Gemelli, em Roma, nesta sexta-feira (14), para realizar exames e continuar o tratamento de bronquite. A informação foi confirmada pelo Vaticano em comunicado oficial.

“Esta manhã, após suas audiências, o papa Francisco foi internado no Policlinica Agostino Gemelli para alguns exames e para dar continuidade ao tratamento de bronquite, que ainda está em andamento, em um ambiente hospitalar”, disse o Vaticano.

Francisco, de 88 anos, é o líder da Igreja Católica desde 2013 e enfrenta problemas de saúde recorrentes nos últimos dois anos. No início de março, ele mencionou a peregrinos, durante uma audiência semanal, que estava com um “forte resfriado”, que posteriormente foi diagnosticado como bronquite.

Apesar da condição de saúde, o papa manteve sua agenda de compromissos, incluindo reuniões na residência do Vaticano. Antes de ser internado, ele se encontrou com o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico.

Nos últimos meses, Francisco sofreu duas quedas em sua residência no Vaticano. Em dezembro, ele machucou o queixo, e em janeiro, feriu o braço. Esses incidentes levantaram preocupações sobre sua saúde e mobilidade.

O Hospital Gemelli, o maior de Roma, possui uma suíte especial para o tratamento de papas. Francisco já havia passado nove dias no local em junho de 2023, quando foi submetido a uma cirurgia para reparar uma hérnia abdominal.

A internação atual reforça a atenção sobre a saúde do pontífice, que completa 88 anos em dezembro. A bronquite, uma inflamação dos brônquios, pode ser particularmente preocupante para idosos, especialmente aqueles com histórico de problemas respiratórios.

O Vaticano tem mantido transparência sobre o estado de saúde do papa, buscando tranquilizar fiéis em todo o mundo. Apesar dos desafios, Francisco continua a liderar a Igreja Católica, mantendo sua agenda e compromissos religiosos.

Foto: Ricardo Stuckert/PR / Mikdev/Pixabay

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Comércio exterior do RN movimenta US$ 131 milhões em janeiro de 2025

Comércio exterior do RN movimenta US$ 131 milhões em janeiro de 2025

Exportações somam US$ 84,5 milhões e saldo comercial é positivo

O comércio exterior do Rio Grande do Norte registrou um volume total de transações comerciais de US$ 131,2 milhões em janeiro de 2025, conforme dados divulgados pelo Boletim da Balança Comercial da Secretaria de Desenvolvimento Econômico. O saldo comercial do estado foi positivo, alcançando US$ 37,8 milhões.

As exportações potiguares totalizaram US$ 84,5 milhões, enquanto as importações atingiram US$ 46,7 milhões. Entre os principais produtos exportados, os óleos combustíveis lideraram com US$ 27,4 milhões, seguidos por melões frescos (US$ 21,7 milhões) e melancias frescas (US$ 11,7 milhões). A fruticultura segue como um dos segmentos de maior impacto na pauta de exportação do estado.

Nas importações, destacaram-se as compras de outras gasolinas, excluindo as destinadas à aviação, com um montante de US$ 6,6 milhões. O trigo e misturas de trigo com centeio somaram US$ 6,3 milhões, seguido pelo óleo diesel, com aquisição de US$ 6,1 milhões. Outros itens relevantes na lista de importação incluem células fotovoltaicas (US$ 3,8 milhões) e caldeiras aquatubulares para produção de vapor (US$ 2,4 milhões), evidenciando a expansão da energia renovável na economia estadual.

Os principais destinos das exportações potiguares foram o Panamá, os Países Baixos, a Espanha, os Estados Unidos e o Reino Unido. Esses mercados responderam por 89% do total exportado, consolidando a presença do Rio Grande do Norte em importantes parcerias comerciais internacionais.

No que se refere às importações, a Rússia liderou como principal fornecedora do estado, com um volume de US$ 12,8 milhões em outras gasolinas. A China e a Argentina aparecem na sequência, seguidas pelos Estados Unidos e Espanha, que registraram fornecimentos de US$ 6,1 milhões e US$ 2,3 milhões, respectivamente. Juntos, esses países representaram 85,6% do total importado pelo estado no período analisado.

Os resultados indicam a diversificação da pauta comercial do Rio Grande do Norte e sua consolidação como um importante agente do comércio exterior brasileiro. O saldo comercial positivo reforça a competitividade dos produtos potiguares e amplia as oportunidades para setores estratégicos da economia estadual.

Fotos: Sandro Menezes/Governo do RN

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Nelson Wilians inicia agenda de negócios em Angola e Moçambique

Nelson Wilians inicia agenda de negócios em Angola e Moçambique

Ação tem objetivo de fortalecer laços e ampliar frentes de atuação

O advogado Nelson Wilians, presidente e fundador do Nelson Wilians Advogados, embarcou nesta segunda-feira (3) para uma série de compromissos estratégicos em Angola e Moçambique. A viagem tem como objetivo expandir conexões e identificar novas oportunidades de negócios na região, fortalecendo as relações entre Brasil e os países africanos.

Convidado por um grupo de empresários angolanos, Wilians terá uma intensa agenda em Luanda, onde se reunirá com representantes de setores-chave da economia. “O convite surgiu por meio de empresários com forte atuação em Angola, interessados em estreitar relações e fomentar parcerias estratégicas”, destaca Wilians.

A economia angolana tem chamado atenção de investidores internacionais, impulsionada pela diversificação econômica em setores como agricultura, turismo, transportes e logística. “Angola vive um momento de transformação, abrindo espaço para novas oportunidades. O Brasil, com sua experiência em diversos setores, tem muito a contribuir para essa expansão”, avalia o advogado.

O interesse global por Angola também se reflete no cenário geopolítico. Recentemente, Joe Biden, ex-presidente dos Estados Unidos, esteve no país para reforçar a importância de Angola na estratégia americana na África, sinalizando um ambiente favorável para investimentos estrangeiros.

De Luanda, Wilians segue para Maputo, onde manterá um encontro com o recém-empossado presidente de Moçambique, Daniel Chapo. O convite partiu diretamente do mandatário moçambicano, que busca aproximar o país do empresariado brasileiro e atrair investimentos estrangeiros.

“Moçambique tem adotado uma postura estratégica para atrair capital externo, e o interesse do governo em estreitar laços com o Brasil abre caminhos promissores para novas parcerias. Esse movimento está alinhado ao trabalho que nosso escritório já desenvolve em mercados europeus e asiáticos”, explica Wilians.

Além dos compromissos institucionais, Wilians destaca a realização da 11ª Conferência de Mineração e Energia de Moçambique (MMEC), marcada para maio de 2025, que reunirá líderes globais para debater o futuro dos investimentos no país.

“Com uma economia em crescimento e um ambiente de negócios cada vez mais dinâmico, Moçambique se consolida como um destino estratégico para investidores interessados em setores como agricultura, turismo, mineração e energia. Nosso objetivo é contribuir para esse desenvolvimento, conectando oportunidades e fomentando parcerias sustentáveis”, finaliza Wilians.

Foto: Divulgação

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Trump impõe tarifas a México, Canadá e China e preocupa mercado

Trump impõe tarifas a México, Canadá e China e preocupa mercado

Medida pode elevar preços, afetar crescimento global e provocar reação dos principais parceiros comerciais dos EUA

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou novas tarifas sobre produtos importados do México, Canadá e China, gerando preocupação entre economistas e investidores. As taxas, que variam entre 10% e 25%, fazem parte da estratégia de Trump para reduzir o déficit comercial e pressionar os países a renegociarem acordos. No entanto, especialistas alertam para impactos negativos na economia dos EUA e do mundo.

Impacto das tarifas e reação internacional

A imposição das tarifas gerou respostas imediatas. O México e o Canadá estudam medidas retaliatórias para proteger suas economias, enquanto a China afirmou que levará a questão à Organização Mundial do Comércio (OMC). Pequim também indicou a possibilidade de contra-medidas, sem especificar quais seriam.

Para os Estados Unidos, a decisão pode ter conseqüências adversas. Estudos indicam que as tarifas podem reduzir o crescimento econômico norte-americano, além de levar o Canadá e o México à recessão. Há preocupação de que a medida leve à estagflação nos EUA, caracterizada por inflação elevada, crescimento estagnado e aumento do desemprego.

Posição de Trump e resposta do mercado

Trump justifica a medida como uma tentativa de equilibrar as relações comerciais dos Estados Unidos. Segundo sua administração, o país enfrenta um déficit significativo com seus principais parceiros comerciais, o que justificaria a imposição das tarifas.

Os mercados financeiros aguardam com atenção o início da semana, quando as bolsas reabrirem. Analistas indicam que há uma possibilidade de acordo, especialmente com o Canadá e a China. Estudos apontam que, embora a implantação das tarifas pareça iminente, um acordo de última hora não está descartado.

Implementação e possíveis desdobramentos

As tarifas devem entrar em vigor às 3h01 (horário de Brasília) de terça-feira (4). O governo dos Estados Unidos justificou a decisão como parte de uma emergência nacional relacionada ao fentanil e à imigração ilegal. A China, no entanto, rebateu essa justificativa, afirmando que já adotou medidas contra o uso da substância e que a crise dos opioides é um problema interno dos EUA.

No Canadá, autoridades acompanham a situação e estudam possíveis reações. O governo canadense indicou que continuará negociando, mas também considera tomar medidas para proteger sua economia caso as tarifas sejam mantidas.

Nos últimos dias, tensões diplomáticas aumentaram entre os países envolvidos. A relação comercial entre Estados Unidos, Canadá e México tem sido fundamental para a economia da região, e as novas tarifas podem impactar setores estratégicos.

Reação do público e possíveis desafios legais

Pesquisas recentes apontam uma divisão entre os eleitores norte-americanos. Alguns setores apoiam as tarifas como um meio de proteger a indústria nacional, enquanto outros demonstram preocupação com o aumento dos preços e possíveis prejuízos à economia.

Especialistas jurídicos também levantam dúvidas sobre a legalidade da ação de Trump. Advogados especializados em comércio alertam que o presidente pode estar testando os limites das leis comerciais dos EUA, o que pode gerar desafios legais para a manutenção das tarifas.

Impacto nas montadoras e na União Europeia

Investidores também observam com atenção o impacto das tarifas sobre setores específicos, como a indústria automobilística. Empresas do setor manifestaram preocupação com possíveis retaliações e apostam na diplomacia para evitar um conflito comercial maior. A cadeia de suprimentos automotiva da América do Norte pode ser duramente afetada, já que as peças cruzam as fronteiras diversas vezes antes da montagem final.

Além disso, Trump indicou que pode adotar medidas semelhantes contra a União Europeia, o que amplia a incerteza no mercado global. A Comissão Europeia declarou que não foi notificada sobre novas tarifas, mas garantiu que responderá a qualquer ação considerada injusta.

Com os mercados globais atentos aos desdobramentos, investidores e governos monitoram os próximos passos da administração Trump para entender como as tarifas afetarão a economia mundial.

Foto: GPO/ Fotos Públicas / RS/Fotos Públicas

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Dólar cai para R$ 5,86 e fecha no menor nível em dois meses

Dólar cai para R$ 5,86 e fecha no menor nível em dois meses

Bolsa cai 0,65%, puxada por ações de mineradoras

Em mais um dia de alívio no mercado financeiro, o dólar caiu para abaixo de R$ 5,90 e fechou no menor nível em dois meses. A bolsa de valores chegou a abrir estável, mas caiu puxada por mineradoras e por investidores que venderam papéis para embolsar lucros recentes.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (28) vendido a R$ 5,869, com queda de R$ 0,043 (-0,73%). A cotação iniciou o dia em torno de R$ 5,91, mas caiu após a abertura dos mercados norte-americanos. Na mínima do dia, por volta das 14h15, chegou a R$ 5,85.

A cotação está no menor valor desde 26 de novembro. Em 2025, a divisa acumula queda de 5,02%.

O mercado de ações teve um dia mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.055, com queda de 0,65%. O indicador caiu por dois motivos. O primeiro é o baixo preço do minério de ferro, que fez cair ações de mineradoras. O segundo foi a realização de lucros, com investidores vendendo papéis que se valorizaram ontem (27), quando a bolsa tinha fechado no maior nível em 45 dias.

Em relação ao câmbio, tanto fatores internos como externos contribuíram para a queda do dólar. No cenário externo, o atraso na adoção de medidas de elevação de tarifas comerciais pelo governo do novo presidente norte-americano, Donald Trump, voltou a contribuir para o sétimo dia seguido de recuo do dólar.

No cenário interno, a divulgação de que a arrecadação federal em 2024 bateu recorde ajudou a aliviar os investidores. No ano passado, o governo federal arrecadou R$ 2,65 trilhões, com alta de 9,6% acima da inflação em relação a 2023.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Diplomata dos EUA é chamado ao Itamaraty para esclarecimentos

Diplomata dos EUA é chamado ao Itamaraty para esclarecimentos

Governo brasileiro quer explicações sobre denúncia de maus-tratos

A secretária de Comunidades Brasileiras no Exterior e Assuntos Consulares e Jurídicos do Ministério das Relações Exteriores, Márcia Loureiro, reuniu-se na tarde desta segunda-feira (27), em Brasília, com o encarregado de negócios da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, Gabriel Escobar, para tratar sobre a deportação de brasileiros no último fim de semana.

A convocação pelo Palácio do Itamaraty é um gesto diplomático que expressa descontentamento de um país com outro. A realização da reunião foi confirmada à Agência Brasil por fontes do governo brasileiro e também pela diplomacia norte-americana.

Segundo os relatos, durante a reunião, o Itamaraty solicitou esclarecimentos do governo americano sobre o tratamento dispensado a brasileiros deportados em um voo fretado pelos Estados Unidos, que chegou ao país na última sexta-feira (24).

Os cidadãos brasileiros estavam detidos nos Estados Unidos por não possuírem a documentação de imigração exigida, e alegaram que, durante a viagem, permaneceram algemados, foram agredidos e tiveram privação de banheiro e alimentação. Brasil e EUA têm acordo vigente de deportação, mas o tratado prevê tratamento digno e humanitário, o que não ocorreu.

Após uma escala técnica em Manaus, o governo brasileiro interveio na situação, por iniciativa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinando a retirada das algemas, prestando assistência humanitária e enviando um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para buscar os nacionais deportados e enviá-los até o destino final previsto, Belo Horizonte. O grupo desembarcou na capital mineira no sábado (25).

Esta foi a primeira leva de brasileiros deportados desde a posse do presidente Donald Trump, que prometeu tolerância zero com a imigração ilegal no país. Gabriel Escobar é atualmente o representante da diplomacia americana no Brasil, após a saída da embaixadora Elizabeth Bagley, indicada pelo governo anterior, de Joe Biden, mas que deixou o posto na capital brasileira.

À reportagem, a Embaixada dos Estados Unidos confirmou a realização do que chamou de uma “reunião técnica” com autoridades do Ministério das Relações Exteriores, mas não deu detalhes sobre o que foi conversado no encontro.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Antônio Lima/Secom/Governo do Amazonas

Da Agência Brasil

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Trump anuncia sanções à Colômbia após recusa de voos com deportados

Trump anuncia sanções à Colômbia após recusa de voos com deportados

Medidas incluem tarifas emergenciais, restrições de viagens e sanções financeiras; Colômbia questiona tratamento de migrantes

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26.jan.2025) uma série de medidas de retaliação contra a Colômbia. A decisão ocorre após o país sul-americano recusar dois voos militares dos EUA que transportavam migrantes deportados como parte da política de repressão à imigração ilegal.

Trump declarou que a atitude do presidente colombiano, Gustavo Petro, representa um risco à segurança nacional dos EUA. O governo norte-americano determinou sanções imediatas, incluindo:

  • Tarifas emergenciais de 25% sobre produtos colombianos, com aumento para 50% em uma semana;
  • Proibição de viagens e revogação de vistos de funcionários do governo colombiano e aliados;
  • Sanções financeiras e bancárias impostas pelo Departamento do Tesouro;
  • Aumento de inspeções na fronteira para cidadãos colombianos.

Em publicação na rede social Truth Social, Trump enfatizou: “Essas medidas são apenas o começo. Não permitiremos que o governo colombiano viole suas obrigações legais com relação à aceitação e ao retorno dos criminosos que eles forçaram nos Estados Unidos.”

Colômbia contesta medidas dos EUA

O presidente colombiano, Gustavo Petro, condenou a prática de deportação em aeronaves militares, afirmando que o procedimento trata migrantes como criminosos. Em uma publicação na plataforma X, Petro declarou que a Colômbia está disposta a receber os migrantes deportados, desde que em voos civis e com respeito à dignidade humana.

“Os EUA não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”, escreveu Petro, destacando que cerca de 15.660 norte-americanos vivem na Colômbia sem status migratório regular.

A decisão colombiana segue uma postura semelhante adotada pelo México, que na semana anterior recusou a entrada de uma aeronave militar dos EUA com migrantes deportados.

Brasil condena tratamento de migrantes deportados

O governo brasileiro também se manifestou sobre o tratamento dado a migrantes deportados. No sábado (25), o Ministério das Relações Exteriores do Brasil criticou o “tratamento degradante” aos brasileiros durante um voo comercial de deportação.

O voo, que transportava 88 brasileiros, chegou a Manaus após problemas técnicos. Autoridades locais ordenaram a remoção das algemas dos deportados. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva designou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para completar o trajeto até Belo Horizonte.

Esta foi a segunda operação de deportação dos EUA para o Brasil em 2025 e a primeira desde a posse de Trump. Relatos indicam que os deportados enfrentaram maus-tratos durante o voo, mas os pedidos de esclarecimento às autoridades norte-americanas permanecem sem resposta.

Uso de aeronaves militares para deportação

O uso de aeronaves militares dos EUA para deportar migrantes foi autorizado após a declaração de emergência nacional de Trump na segunda-feira anterior. Essa prática é inédita em operações de imigração, embora aviões militares já tenham sido usados em outras circunstâncias, como a evacuação do Afeganistão em 2021.

Na última sexta-feira, aeronaves militares realizaram voos semelhantes para a Guatemala, transportando cerca de 80 migrantes em cada operação.

Foto: Juan Diego Cano-Presidencia de la República / Andrea Puentes Presidencia de la República / GPO/Fotos Públicas

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Itamaraty quer explicação dos EUA sobre tratamento a brasileiros

Itamaraty quer explicação dos EUA sobre tratamento a brasileiros

Governo diz que uso de algemas viola acordo com os norte-americanos

O Ministério das Relações Exteriores informou que pedirá explicações ao governo dos Estados Unidos sobre o que classificou de “tratamento degradante” dado aos 88 cidadãos brasileiros deportados na última sexta-feira (24). A aeronave norte-americana pousou no aeroporto de Manaus (AM) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros foram transportados algemados.

“O uso indiscriminado de algemas e correntes viola os termos de acordo com os EUA, que prevê o tratamento digno, respeitoso e humano dos repatriados”, informou o Itamaratay, em nota, destacando que “segue atento” às mudanças nas políticas migratórias dos Estados Unidos, para garantir “a proteção, segurança e dignidade dos brasileiros ali residentes”.

“O governo brasileiro considera inaceitável que as condições acordadas com o governo norte-americano não sejam respeitadas. O Brasil concordou com a realização de voos de repatriação, a partir de 2018, para abreviar o tempo de permanência desses nacionais em centros de detenção norte-americanos, por imigração irregular e já sem possibilidade de recurso”, acrescenta.

Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) para transportar os brasileiros até o destino final. O voo, que tinha como destino o Aeroporto Internacional de Confins, na região metropolitana de Belo Horizonte (MG), precisou fazer um pouso de emergência na capital amazonense devido a problemas técnicos.

“As autoridades brasileiras não autorizaram o seguimento do voo fretado para Belo Horizonte na noite de sexta-feira, em função do uso das algemas e correntes, do mau estado da aeronave, com sistema de ar condicionado em pane, entre outros problemas, e da revolta dos 88 nacionais a bordo pelo tratamento indigno recebido”, acrescenta a nota do Itamaraty.

Neste sábado (25), o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, esteve reunido, em Manaus, com o superintendente interino da PF no Amazonas, delegado Sávio Pinzón, e com o comandante do 7º Comando Aéreo Regional da FAB, major-brigadeiro Ramiro Pinheiro.

“Na reunião, foi efetuado relato detalhado sobre os incidentes no aeroporto Eduardo Gomes envolvendo cidadãos brasileiros transportados em voo de deportação do governo norte-americano”, informou o Itamaraty, em publicação nas redes sociais. “A reunião subsidiará pedido de explicações ao governo norte-americano sobre o tratamento degradante dispensado aos passageiros no voo”, acrescentou.

O avião da FAB com os brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais.

Em nota divulgada neste domingo (26), o presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco, reforçou o repúdio às medidas degradantes tomadas contra os deportados.

“A decisão por um novo procedimento na política de imigração, que é um direito assegurado a todos os países, não pode vendar nossos olhos diante de situações degradantes e denúncias de agressões e maus-tratos”, disse. “O respeito à dignidade humana é um conceito consagrado em um mundo civilizado e democrático”, acrescentou.

Governo Trump

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

Foto: GPO/Fotos Públicas / RS Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Voo da FAB com brasileiros deportados dos EUA chega a Minas Gerais

Voo da FAB com brasileiros deportados dos EUA chega a Minas Gerais

Macaé Evaristo acompanhou o desembarque das famílias

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) com 88 brasileiros deportados dos Estados Unidos chegou na noite deste sábado (25) a Minas Gerais. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, acompanhou o desembarque das famílias no Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte.

A aeronave norte-americana pousou em Manaus (AM) na noite de sexta-feira (24) e a Polícia Federal (PF) tomou conhecimento de que os passageiros deportados estavam sendo transportados algemados. Em razão da soberania nacional, o governo brasileiro determinou a retirada das algemas e enviou uma aeronave da FAB para transportar os brasileiros até o destino final.

“O nosso posicionamento é que os países podem ter suas políticas migratórias mas nunca violar os direitos humanos de ninguém”, disse Macaé, ao recepcionar os brasileiros em Confins. “A gente não pode suportar a violação dos direitos humanos e o que aconteceu nesse voo foi a violação dos direitos dos brasileiros”, acrescentou em vídeo divulgado pelo ministério nas redes sociais.

No mesmo vídeo, o brasileiro deportado Erionaldo Santana contou que foram presos e algemados nos Estados Unidos, na quarta-feira (22). “Chegamos no Brasil, continuamos com algemas, falamos que estávamos em território brasileiro, que eles [autoridades norte-americanas] tirassem as algemas, mas eles não queriam tirar”, relatou. As algemas só foram retiradas após a intervenção da Polícia Federal.

O voo, que tinha como destino o aeroporto em Belo Horizonte, precisou fazer um pouso de emergência em Manaus devido a problemas técnicos.

As operações de deportação em massa de imigrantes ilegais nos Estados Unidos tiveram início poucos dias após o início do mandato do presidente norte-americano Donald Trump. Na noite da última quinta-feira (23), 538 pessoas foram detidas e centenas foram deportadas em operação anunciada pela Casa Branca.

“A administração Trump deteve 538 imigrantes ilegais criminosos”, anunciou a porta-voz Karoline Leavitt, acrescentando que centenas foram deportados em aviões do Exército norte-americano. “A maior operação de deportação em massa da história está em curso”, disse.

Ao longo da campanha presidencial, Trump prometeu conter a imigração ilegal no país, cenário classificado por ele como “emergência nacional”. Logo em seu primeiro dia na presidência dos EUA, o republicano assinou ordens executivas destinadas a impedir a entrada de imigrantes nos Estados Unidos.

Foto: Antônio Lima/Governo do Amazonas

Da Agência Brasil

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Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Entenda o que é o tratado internacional sobre mudanças climáticas

Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.

Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris. “A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento.

No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris. Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade.

Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”. Assim, a decisão só foi efetivada dois meses antes de Trump deixar a Casa Branca em seu primeiro mandato, quase não restando tempo para que o impacto fosse significativo antes do presidente, então eleito, Joe Biden revogar a medida.

Embora tenha manifestado uma série de medidas antiambientalistas antes mesmo de ser reeleito, Trump, como no mandato anterior, anunciou a saída apenas do Acordo de Paris e não da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), que teria como consequência a saída dos dois tratados.

Para a gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, Míriam Garcia, quando a saída dos Estados Unidos for efetivada, o país permanecerá mantendo compromissos globais para enfrentamento da mudança do clima. “Nas diferentes trilhas de negociação, você tem algumas trilhas que são referentes ao Acordo de Paris e a operacionalização do Acordo de Paris, e você tem algumas trilhas que são dadas à questão de orçamento da própria convenção ou de estrutura da convenção. Então, em todas essas esferas, os Estados Unidos ainda continuam”, avalia.

Desta vez, caso o documento seja recebido pela ONU ainda em 2025, o prazo de um ano começará a contar e a decisão terá efeito já no segundo ano de mandato de Trump, em 2026. Na avaliação do especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, Bruno Toledo, além dessa nova saída dos EUA do tratado ter maior duração, a medida também ocorre hoje em outro contexto. “Lá em 2017, era a recém-aprovação do Acordo de Paris, apenas dois anos depois de 2015. Então, de uma certa maneira, digamos que o humor público era muito mais otimista por conta daquele sucesso”, destaca.

Ameaça

Passados dez anos, Toledo considera que houve um desgaste no engajamento das partes do tratado, por não alcançarem consenso para implementação de medidas que garantam a diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, e consequente contenção do aumento da temperatura do planeta. “Em 2017, você ainda tinha um otimismo por conta da experiência de Paris e hoje é muito mais frustração. Então, esse é um risco que a gente não tinha lá atrás. O quanto que essa frustração pode contaminar não apenas países, mas também observadores.”, diz.

Por outro lado, Bruno destaca que tratados multilaterais como o Acordo de Paris ainda são a principal forma de avançar na construção de políticas de enfrentamento às urgências globais, como a mudança do clima. “É o único tratado internacional que nós temos, nos quais praticamente todos os governos do mundo se comprometem com metas de redução de emissões de gás de efeito estufa”, ressalta.

Miriam diz que é preciso lembrar que o Acordo de Paris é resultado de um longo processo de construção de consenso para uma arquitetura intergovernamental que viabilize ações que façam frente aos desafios impostos pela mudança do clima. “É através desse olhar de fortalecimento do multilateralismo e das diferentes ferramentas que existem sob o guarda-chuva do Acordo de Paris que nós vamos conseguir atingir as metas de mitigação e de adaptação.”

Para a especialista, essas metas são dinâmicas e acompanham a volatilidade da geopolítica, mas não devem servir de questionamento de mecanismos multilaterais como o Acordo de Paris. “Precisamos olhar o acordo como um instrumento que garante a participação de todos os países, porque cada país ali tem um voto dos signatários do Acordo de Paris. E buscar nesse espaço multilateral as reformas necessárias para que ele possa continuar respondendo aos desafios que só vão aumentando.”

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é uma das ferramentas da UNFCCC, que foi o primeiro tratado multilateral sobre o tema assinado pelos países na Eco92, no Rio de Janeiro. “O Acordo de Paris é como se fosse um sub acordo, porque ele está dentro de um guarda-chuva maior, que é o da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima”, explica Bruno Toledo.

O especialista recorda que, após a criação desse primeiro tratado, em 1997, houve a criação do Protocolo de Kyoto, que foi a primeira ferramenta desenhada para reduzir as emissões globais.

“No Protocolo de Kyoto, apenas os países desenvolvidos, aqueles industrializados, que tinham compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas infelizmente, por conta de questões políticas, logo em seguida os Estados Unidos, que era parte do protocolo, sai, durante o governo do George W. Bush em 2001, e nisso o tratado acaba perdendo bastante força.”

O protocolo também não alcançava grandes emissores, classificados como países ainda em desenvolvimento. “A China nos anos 90 não estava entre os grandes emissores de gases de efeito estufa, mas toda aquela explosão de crescimento econômico que eles tiveram entre o final dos anos 90 e a segunda metade dos anos 2000 colocaram os chineses como um dos principais emissores do planeta”, recorda.

Metas

Divergências e tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, em 2009, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15) em Copenhague (Dinamarca), travaram um novo acordo. E somente em 2015, as negociações resultaram no Acordo de Paris.

O tratado reúne em 29 artigos os objetivos, regras e metodologias para alcançar as metas de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e tornar os fluxos financeiros compatíveis com uma trajetória rumo a um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente à mudança do clima.

Também prevê avaliações periódicas, como no artigo 14, que estabelece a elaboração de um Balanço Global para “avaliar o progresso coletivo em direção ao objetivo do Acordo e suas metas de longo prazo”. O primeiro documento foi entregue em Dubai, durante a COP28, em 2023.

Entre as avaliações, estão as estimativas para os esforços globais de mitigação das emissões, o avanço da capacidade de adaptação e os meios de implementação, como financiamento, por exemplo.

Diante dos primeiros resultados, os países partes do Acordo de Paris, terão até fevereiro de 2025 para a entrega da terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define as ambições para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil se antecipou ao prazo, e assumiu o compromisso de diminuir o problema em seu território de 59% até 67%, em 2035.

Para a gerente da WRI Brasil, um bom termômetro para avaliar o engajamento dos países será as ambições apresentadas até a COP30, no Brasil, em novembro.

“Há uma expectativa de que uma boa parte dessas NDCs venham até setembro. E é mais importante ter boas NDCs do que ambições que não estejam tão boas no prazo. Então, é trabalhar para que a gente possa ver retratado nos compromissos que os países colocam para a comunidade internacional uma maior escala das ações de mitigação, um maior reconhecimento sobre a importância de adaptação e o papel do financiamento que cada um desses países colocará”, conclui.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração

Da Agência Brasil

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Brasileiros deportados dos EUA são resgatados pela FAB

Brasileiros deportados dos EUA são resgatados pela FAB

Governo brasileiro intervém após tentativa de algemamento durante voo de deportação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comunicou ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva uma tentativa das autoridades norte-americanas de manter cidadãos brasileiros algemados durante um voo de deportação. O caso foi informado pelo diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Passos Rodrigues, após o incidente.

O voo com destino ao Aeroporto Internacional de Confins, em Belo Horizonte, realizou um pouso de emergência na noite de sexta-feira (24.jan.2025) no Aeroporto Internacional Eduardo Gomes, em Manaus (AM), devido a problemas técnicos.

No local, a Polícia Federal recebeu os brasileiros e interveio para que as autoridades dos Estados Unidos retirassem imediatamente as algemas. Segundo o ministro Lewandowski, a prática violava os direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros.

Mobilização da Força Aérea Brasileira

Após ser informado da situação, o presidente Lula ordenou que uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) fosse utilizada para transportar os brasileiros até o destino final em Belo Horizonte. A medida garantiu que os cidadãos pudessem concluir a viagem de forma segura e digna.

Assistência em Manaus

Enquanto aguardavam a aeronave da FAB, os deportados foram acolhidos em uma área restrita do aeroporto de Manaus. De acordo com a Polícia Federal, os cidadãos receberam:

  • Alimentação e bebidas;
  • Colchões para descanso;
  • Banheiros equipados com chuveiros.

Transporte e proteção até Belo Horizonte

No sábado (25), a aeronave da FAB foi mobilizada para o transporte dos brasileiros. A viagem será acompanhada por militares da FAB e agentes da Polícia Federal, garantindo segurança e proteção aos passageiros até a chegada ao Aeroporto Internacional de Confins.

Foto: Antonio Lima/ Governo do Amazonas

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Turistas estrangeiros gastam US$ 7,3 bi em 2024, recorde em 15 anos

Turistas estrangeiros gastam US$ 7,3 bi em 2024, recorde em 15 anos

Segundo Ministério do Turismo, tax free estimulará gastos no país

Estimulados pela recuperação das viagens internacionais no pós-pandemia e pela desvalorização do real, os turistas estrangeiros gastaram US$ 7,341 bilhões no Brasil em 2024, divulgou nesta sexta-feira (24) o Banco Central (BC). O valor é o maior em 15 anos, superando inclusive os gastos de 2014, ano de Copa do Mundo no Brasil, quando os turistas de outros países gastaram US$ 6,914 bilhões.

Em relação a 2023, os gastos de turistas estrangeiros no país subiram 6,28%. Há dois anos, os visitantes de outros países tinham desembolsado US$ 6,907 bilhões. O avanço pode ser explicado pelo número de turistas do exterior, que saltou 12,6% no ano passado e totalizou 6,65 milhões em 2023.

Na comparação de receitas trazidas ao país, os gastos de turistas internacionais em 2024 superaram as exportações de algodão (US$ 5,154 bilhões), de aeronaves (US$ 4,4 bilhões) e de minérios de cobre (US$ 4,16 bilhões).

Apenas em dezembro, os turistas estrangeiros desembolsaram US$ 721 milhões no Brasil, alta de 16% em relação ao mesmo mês de 2023, quando eles tinham deixado US$ 622 milhões no país.

Segundo o Ministério do Turismo, o resultado de 2024 aproxima o Brasil das metas do Plano Nacional de Turismo, que prevê que o país chegue ao fim de 2027 com 8,1 milhões de turistas estrangeiros e US$ 8,1 bilhões em divisas por ano. Em nota, o ministro do Turismo, Celso Sabino, afirmou que o aumento da entrada de visitantes estrangeiros criará mais empregos e impulsionará a economia brasileira.

“A chegada de visitantes estrangeiros ao Brasil não apenas movimenta nossa economia, mas também reafirma a força e a beleza do nosso país como um destino desejado no cenário global. Esses recursos são um reflexo do potencial do turismo em gerar empregos, fortalecer comunidades e promover desenvolvimento. Estamos prontos para receber o mundo de braços abertos, com a hospitalidade que só o Brasil sabe oferecer”, declarou o ministro.

Tax free

Uma das apostas do governo para elevar o número de turistas estrangeiros no país é a regulamentação da reforma tributária. Sancionada no último dia 16, a lei complementar institui o programa Tax Free, por meio do qual visitantes de outros países poderão pedir o reembolso de impostos sobre produtos comprados no Brasil e embarcados na bagagem. Esse sistema existe em diversos países, quando o valor total das mercadorias ultrapassa determinado valor.

Para o ministro do Turismo, o Tax Free não apenas estimula o turismo internacional, mas fortalece a economia local. “O Brasil, o Governo Federal e o Congresso deram um grande passo para o crescimento do turismo nacional. Oferecer no Brasil o programa Tax Free para visitantes internacionais significa fortalecer a competitividade dos nossos destinos. Isso representa mais receitas entrando em nossa economia, ampliando a geração de renda e emprego”, disse Celso Sabino por meio de nota.

Foto: GRU Internacional/Via Ministério do Turismo / Roberto Castro/Mtur

Da Agência Brasil

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Trump diz que não tem certeza se os EUA devem gastar com a Otan

Trump diz que não tem certeza se os EUA devem gastar com a Otan

“Estamos protegendo-os. Eles não estão nos protegendo”, afirmou

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, disse nessa quinta-feira (23) que não tem certeza se o país deve gastar algo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Os norte-americanos protegiam os membros da Otan, mas eles “não estavam nos protegendo”, afirmou Trump.

Anteriormente, o presidente norte-americano exigiu que outros membros da aliança transatlântica gastassem 5% de seu Produto Interno Bruto (PIB) em defesa — um aumento expressivo em relação à meta atual de 2% e um nível que nenhum país da Otan, incluindo os Estados Unidos, atinge atualmente.

“Não sei se deveríamos estar gastando alguma coisa, mas certamente deveríamos estar ajudando-os”, disse Trump a jornalistas após assinar um decreto no Salão Oval. “Estamos protegendo-os. Eles não estão nos protegendo.”

“Eles deveriam aumentar seus 2% para 5%”, disse, repetindo suas observações já feitas no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.

Foto: @WhiteHouse / Via Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Juiz federal bloqueia decreto de Donald Trump sobre cidadania nos EUA

Juiz federal bloqueia decreto de Donald Trump sobre cidadania nos EUA

Decisão considera o decreto inconstitucional e impede sua aplicação

Um juiz federal de Seattle bloqueou temporariamente, nesta quinta-feira (23.jan.2025), um decreto do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que visava restringir a cidadania por direito de nascença no país. A decisão foi tomada pelo juiz distrital John Coughenour, que classificou o decreto como “flagrantemente inconstitucional”.

A ordem foi emitida após uma ação conjunta de quatro estados liderados por governadores democratas e suspende a aplicação do decreto assinado no dia 20, durante o primeiro dia de mandato de Trump.

Detalhes da decisão

O juiz Coughenour destacou que o decreto representa uma violação clara à Constituição dos Estados Unidos. A declaração foi feita durante a audiência com um representante do Departamento de Justiça, que defendeu a validade da medida.

O decreto, que buscava limitar a concessão automática de cidadania a filhos de estrangeiros nascidos no território americano, gerou reações imediatas de grupos de direitos civis e procuradores-gerais de 22 estados norte-americanos.

Contexto e ações judiciais

O decreto foi alvo de cinco ações judiciais, movidas por organizações de direitos civis e lideranças democratas. Segundo essas entidades, a medida contraria diretamente a 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que garante a cidadania a todas as pessoas nascidas no país, independentemente da nacionalidade ou status imigratório de seus pais.

Procuradores-gerais de diversos estados argumentaram que a aplicação do decreto teria impactos severos sobre milhões de pessoas e poderia gerar discriminação generalizada contra imigrantes e seus descendentes.

Reação dos estados e grupos civis

Os estados que lideraram a ação judicial em Seattle afirmaram que a medida de Trump colocaria em risco os direitos fundamentais de milhares de crianças e famílias. Representantes desses estados defenderam que o decreto não possui embasamento legal e que sua implementação seria prejudicial ao sistema jurídico e social do país.

Além disso, grupos de direitos civis enfatizaram que o decreto violaria direitos estabelecidos há décadas e alertaram sobre possíveis consequências para o acesso a serviços públicos e benefícios sociais por parte de cidadãos norte-americanos.

O que diz a Constituição

A questão da cidadania por direito de nascença é garantida pela 14ª Emenda da Constituição dos EUA, que estabelece:

“Todas as pessoas nascidas ou naturalizadas nos Estados Unidos, e sujeitas à jurisdição destes, são cidadãos dos Estados Unidos e do estado onde residem.”

Especialistas jurídicos apontam que qualquer alteração nesse princípio exigiria uma emenda constitucional, um processo complexo e demorado, que não pode ser realizado por meio de decreto presidencial.

Próximos passos

Com a decisão judicial, a aplicação do decreto ficará suspensa enquanto as ações judiciais avançam nos tribunais. A administração de Donald Trump pode recorrer da decisão em instâncias superiores, incluindo a Suprema Corte dos Estados Unidos.

Os desdobramentos do caso serão acompanhados de perto, já que a medida tem implicações amplas sobre a política de imigração e os direitos constitucionais no país.

Foto: GPO/Fotos Públicas

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