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STF nega liberação de passaporte para Bolsonaro viajar para a posse de Trump nos EUA

STF nega liberação de passaporte para Bolsonaro viajar para a posse de Trump nos EUA

Ministro Alexandre de Moraes mantém apreensão de passaporte do ex-presidente

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), rejeitou nesta sexta-feira (17.jan.2025) o recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que solicitava autorização para viajar aos Estados Unidos. O pedido incluía a devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024.

No recurso, os advogados de Bolsonaro argumentaram que o pedido era pontual, referente apenas à viagem para participar da posse do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, entre os dias 17 e 22 de janeiro. O ministro, no entanto, manteve a decisão anterior, citando fundamentos que apontam risco de tentativa de fuga do ex-presidente.

Decisão do STF

Na decisão de quinta-feira (16.jan), Moraes havia destacado que os comportamentos recentes de Bolsonaro indicavam possibilidade de evasão do país para evitar eventuais sanções judiciais.

O e-mail apresentado pela defesa como prova do convite para o evento foi considerado inválido, já que se tratava de um “endereço não identificado” e não continha detalhes sobre a programação oficial. Mesmo assim, o ministro analisou o pedido e optou por indeferi-lo novamente.

PGR também se posicionou contra o pedido

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, já havia manifestado, no dia 15 de janeiro, sua posição contrária à autorização da viagem. Em parecer enviado ao STF, Gonet afirmou que Bolsonaro não demonstrou necessidade indispensável ou interesse público relevante que justificassem a liberação do passaporte.

Apreensão do passaporte

O passaporte do ex-presidente foi apreendido em fevereiro de 2024 no âmbito da Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal. A operação investiga a suposta participação de uma organização criminosa em atividades para abolir o Estado Democrático de Direito no Brasil, com o objetivo de manter Bolsonaro no poder.

A defesa do ex-presidente alega que a viagem teria caráter exclusivamente protocolar e nega que haja qualquer intenção de descumprir as determinações judiciais.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Tânia Rêgo/Agência Brasil / Lula Marques/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Citando possível fuga, Moraes nega devolver passaporte de Bolsonaro

Ex-presidente queria comparecer à posse de Donald Trump

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, negou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para viajar aos Estados Unidos para a posse do presidente eleito Donald Trump, na próxima segunda-feira (20).

Em decisão publicada nesta quinta-feira (16), Moraes afirmou que os comportamentos recentes do ex-presidente indicam a possibilidade de tentativa de fuga do Brasil, para evitar uma eventual punição.

Moraes citou falas de Bolsonaro e de seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, favoráveis à fuga de pessoas condenadas pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 para a Argentina. Discursos em redes sociais e declarações veiculadas na imprensa foram usados para embasar a decisão.

O ministro citou ainda uma entrevista concedida pelo ex-presidente ao jornal Folha de S.Paulo, em novembro do ano passado, na qual ele “cogitou a possibilidade de evadir-se e solicitar asilo político para evitar eventual responsabilização penal no Brasil”.

Na entrevista citada, Bolsonaro admite pedir refúgio em alguma embaixada para evitar prisão.

“O cenário que fundamentou a imposição de proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes, continua a indicar a possibilidade de tentativa de evasão do indiciado Jair Messias Bolsonaro, para se furtar à aplicação da lei penal, da mesma maneira como vem defendendo a fuga do país e o asilo no exterior para os diversos condenados com trânsito em julgado pelo Plenário do Supremo Tribunal Federal em casos conexos à presente investigação e relacionados à ‘tentativa de Golpe de Estado e de Abolição violenta do Estado Democrático de Direito’”, afirmou o ministro em sua decisão.

Convite

Na última semana, a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte, apreendido em fevereiro de 2024, para que ele pudesse viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro. O motivo seria acompanhar a posse de Donald Trump, em Washington. Moraes, então, pediu que o convite fosse apresentado, o que não ocorreu.

“Não houve, portanto, o cumprimento da decisão de 11/01/2025, pois não foi juntado aos autos nenhum documento probatório que demonstrasse a existência de convite realizado pelo Presidente eleito dos EUA ao requerente Jair Messias Bolsonaro, conforme alegado pela defesa”, disse Moraes.

Segundo a defesa do ex-presidente, o convite havia sido formalizado em um e-mail enviado a Eduardo Bolsonaro. Mas o e-mail, segundo Moraes, se tratava de um “endereço não identificado” e sem qualquer horário ou programação do evento a ser realizado. Mesmo sem uma comprovação do convite oficial, o ministro analisou o pedido de devolução do passaporte, negando-o.

PGR também foi contra

O procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet, já havia se manifestado nessa terça-feira (15) contrário ao pedido da defesa de Bolsonaro. Em parecer enviado ao Supremo, o chefe do Ministério Público Federal (MPF) sustenta que o ex-presidente não demonstrou a necessidade imprescindível nem o interesse público da viagem.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder.

Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil / Lula Marques/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Biden retira Cuba da lista de países que patrocinam terrorismo

Biden retira Cuba da lista de países que patrocinam terrorismo

Medida alivia sanções contra ilha caribenha

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, a seis dias de deixar a Casa Branca, retirou Cuba da lista unilateral de países que supostamente patrocinam o terrorismo; suspendeu por 6 meses a possibilidade de processar pessoas que lucram com propriedades expropriadas pela Revolução Cubana e cancelou certas restrições para transações financeiras entre pessoas ou entidades estadunidenses e cubanas.

A decisão pode ser revertida pela nova administração, que assume o governo no próximo dia 20. Mas especialistas avaliam que as medidas, apesar de limitadas, podem aliviar a crise econômica da ilha, que perdeu 10% da sua população de 2022 para 2023, tendo grande parte imigrado para os EUA.

O governo Biden alegou que as mudanças fazem parte de um acordo entre a Igreja Católica, sob liderança do Papa Francisco, e o governo cubando, que levou à libertação de 553 pessoas presas na ilha caribenha. Além disso, Washington alegou que as medidas buscam criar condições que melhorem a subsistência dos cubanos.

“Ao tomar essas medidas para reforçar o diálogo em andamento entre o governo de Cuba e a Igreja Católica, o presidente Biden também está honrando a sabedoria e o conselho que lhe foram fornecidos por muitos líderes mundiais, especialmente na América Latina, que o encorajaram a tomar essas ações, sobre a melhor forma de promover os direitos humanos do povo cubano”, informou a secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre.

Ao justificar a exclusão de Cuba da lista de terrorismo, Biden afirmou que o governo latino-americano não forneceu qualquer apoio ao terrorismo internacional durante os 6 meses anteriores e que o “governo de Cuba deu garantias de que não apoiará atos de terrorismo internacional no futuro”.

Em uma rede social, o presidente de Cuba, Miguel Diáz-Canel Bermúdez, agradeceu a todos que contribuíram para a decisão, mas destacou que ela tem alcance limitado, porque o bloqueio econômico contra a ilha segue vigente, mas que não desistirá de construir uma relação “civilizada e respeitosa” entre os países.

“É uma decisão na direção certa, embora tardia e com alcance limitado. O bloqueio e a maioria das medidas extremas que foram postas em prática desde 2017 para sufocar a economia cubana e causar escassez para nosso povo continuam em vigor. Continuaremos a enfrentar e denunciar a guerra econômica e as ações de interferência, desinformação e descrédito financiadas com fundos federais dos EUA”, afirmou Diáz-Canel.

Em nota, o Ministério das Relações Exteriores de Cuba lembrou que dezenas de medidas coercitivas unilaterais, conhecidas como sanções, seguem operando, como a perseguição contra os fornecedores de combustíveis à Cuba; a proibição de transações financeiras internacionais de Cuba com outras nações; e as ameaças e perseguições contra pessoas e empresas que desejem comercializar ou investir na ilha.

“A guerra econômica continua e persiste como um obstáculo fundamental ao desenvolvimento e recuperação da economia cubana, com alto custo humano para a população, e continua sendo um estímulo à emigração”, informou a chancelaria cubana.

O Brasil, por meio de nota, comemorou as medidas do presidente dos EUA, afirmando que elas constituem atos de reparação e restabelecimento da justiça e do direito internacional.

“O governo brasileiro sempre sublinhou ser injusta e injustificada a manutenção de Cuba em uma lista unilateral de países que promovem o terrorismo, quando é de amplo conhecimento que Cuba colabora ativamente para a promoção da paz, do diálogo e da integração regional”, afirmou o Itamaraty.

Imigração

Especialistas do Centro de Pesquisa Econômica e Política (Cerp), com sede em Washington, disseram que as mudanças no final da gestão Biden, ainda que tardias, são bem-vindas e devem ajudar a conter a imigração cubana para os EUA, além de aliviar as condições econômicas da ilha caribenha.

“Se os republicanos quiserem abordar as causas raiz da imigração, eles devem apoiar esta decisão de aliviar as sanções a Cuba. As pesquisas mostram que as sanções econômicas, como as que os EUA impuseram a Cuba por décadas, prejudicam principalmente as populações dos países-alvo, e algumas dessas pessoas invariavelmente deixarão seus países”, disse o pesquisador do Cerp Michael Galant.

O Cerp lembrou que, durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, foram impostas várias sanções adicionais à Cuba, que “desencadearam camadas adicionais de sanções econômicas e financeiras além do embargo preexistente de décadas”.

Entenda

Cuba enfrenta há mais de 60 anos, desde após a Revolução Cubana, de 1959, um bloqueio econômico promovido pelos Estados Unidos que penaliza países, empresas e indivíduos que estabelecem relações com a ilha.

Na década de 1980, o então presidente Ronald Regan incluiu o país caribenho na lista unilateral da Casa Branca de países que apoiam o terrorismo. Durante a presidência de Barack Obama, em 2015, os EUA retiraram Cuba dessa lista em um esforço de reaproximação entre os dois países.

Foto: szeke on VisualHunt.com / Ilustração

Da Agência Brasil

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Por enquanto, fim de checagem de fatos é limitado aos EUA, diz Meta

Por enquanto, fim de checagem de fatos é limitado aos EUA, diz Meta

Companhia defende permitir ofensas em nome da liberdade de expressão

O fim do serviço de checagem de fatos da Meta – companhia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – ocorreu apenas Estados Unidos (EUA), pelo menos por enquanto, informou a gigante da tecnologia ao responder questionamentos da Advocacia-Geral da União (AGU).

“Neste momento, essa mudança somente será aplicada nos Estados Unidos. Planejamos criar, testar e melhorar as Notas da Comunidade nos Estados Unidos antes de qualquer expansão para outros países”, informou a big tech estadunidense, destacando a intenção de expandir a mudança para os outros países.

Desde 2016, a Meta oferece no Facebook e no Instagram um serviço de checagem de fatos, realizado por jornalistas e especialistas em cerca de 115 países, que apura se informações que circulavam nas redes eram verdadeiras ou falsas e oferecia a contextualização aos usuários.

Com o fim da checagem de fatos, a Meta passou a adotar a política de “notas da comunidade”. Com isso, apenas usuários previamente cadastrados podem contestar alguma informação que circula nas plataformas.

Ofensas preconceituosas

Ao mesmo tempo em que diz proteger os direitos humanos e a segurança de grupos vulneráveis no documento enviado à AGU, a Meta defendeu alterações na política sobre discurso de ódio que passou a permitir insultos preconceituosos contra mulheres, imigrantes e homossexuais. A companhia confirmou que essas mudanças já estão em vigor no Brasil.

“Tais atualizações procuram simplificar o conteúdo da política de modo a permitir um debate mais amplo e conversas sobre temas que são parte de discussões em voga na sociedade”, explicou a companhia, alegando que a política antes em vigor havia limitado o “debate político legítimo e, com frequência, impedindo a livre expressão que pretendemos viabilizar”.

Sobre isso, a AGU destacou que causa grave preocupação a confirmação da alteração da política sobre discurso de ódio no Brasil porque “pode representar terreno fértil para violação da legislação e de preceitos constitucionais que protegem direitos fundamentais dos cidadãos brasileiros”, acrescentando que as mudanças informadas pela Meta “não estão adequadas à legislação brasileira e não são suficientes para proteção dos direitos fundamentais”.

A AGU destacou ainda que a nova posição da Meta contraria a defesa que a companhia fez no julgamento sobre o Marco Civil da Internet no Supremo Tribunal Federal (STF). “Em tais manifestações, representantes da empresa asseguraram que as então políticas de governança de conteúdo eram suficientes para a proteção dos direitos fundamentais dos usuários”, diz a pasta.

A AGU vai promover uma audiência pública, nesta quinta-feira (16), para discutir com órgãos governamentais e entidades da sociedade civil as ações para lidar com o tema das redes sociais a partir das mudanças anunciadas pela Meta.

“A audiência vai discutir os efeitos da nova política implementada pela Meta, o dever de cuidado das plataformas digitais, os riscos da substituição do Programa de Verificação de Fatos no exterior e as medidas a serem ser adotadas com o objetivo de assegurar o cumprimento da legislação nacional e a proteção de direitos”, diz o comunicado da AGU.

Entenda

Na semana passada, a Meta anunciou uma série de mudanças e o alinhamento da política da empresa à agenda de governo do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que defende a desregulamentação do ambiente digital e é contrário à política de checagem de fatos. Em seguida, a Meta liberou a possibilidade de ofensas preconceituosas nas plataformas.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Meta e Amazon reavaliam programas de diversidade nos EUA após vitória de Trump

Meta e Amazon reavaliam programas de diversidade nos EUA após vitória de Trump

Empresas ajustam iniciativas de inclusão em meio a mudanças legais e oposição conservadora

Meta e Amazon.com, duas das maiores corporações dos Estados Unidos, estão reformulando suas iniciativas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). As mudanças ocorrem em resposta à crescente oposição de grupos conservadores e a decisões recentes da Suprema Corte do país.

Mudanças na Meta

A Meta, liderada por Mark Zuckerberg, anunciou o encerramento de vários programas DEI, incluindo iniciativas de contratação, treinamento e escolha de fornecedores. A comunicação foi feita em um fórum interno na sexta-feira, gerando repercussão entre os funcionários.

Recentes ações incluem:

  • Extinção do programa de verificação de fatos nos EUA.
  • Nomeação de Joel Kaplan, republicano influente, como diretor de assuntos globais.
  • Inclusão de Dana White, CEO do UFC e aliado próximo de Donald Trump, no conselho da empresa.

Adicionalmente, em dezembro, a Meta anunciou uma doação de US$ 1 milhão para o fundo inaugural de Trump, sinalizando uma tentativa de reaproximação com o ex-presidente.

Ações da Amazon

A Amazon.com também revisará seus programas de representação e inclusão, com previsão de encerramento de iniciativas “desatualizadas” até o final de 2024. Um memorando interno visto pela Reuters confirmou a decisão.

Cenário legal e político

Grupos conservadores têm pressionado empresas a reavaliarem programas de diversidade, especialmente após a Suprema Corte derrubar a ação afirmativa em admissões universitárias em 2023.

Janelle Gale, vice-presidente de recursos humanos da Meta, declarou que o termo “DEI” passou a ser mal interpretado, associado a práticas que alguns consideram discriminatórias. A Meta também anunciou a dissolução de sua equipe dedicada ao tema, com a diretora Maxine Williams assumindo outra função voltada para acessibilidade e engajamento.

Foto: RS/ Fotos Públicas

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Coreia do Sul: falha em caixa preta complica investigação de acidente aéreo

Coreia do Sul: falha em caixa preta complica investigação de acidente aéreo

Gravadores de voo e voz pararam minutos antes da tragédia que matou 179 pessoas

As investigações sobre o pior desastre de aviação em solo sul-coreano enfrentam novos desafios. Segundo o Ministério dos Transportes da Coreia do Sul, as caixas-pretas do jato envolvido no acidente pararam de gravar cerca de quatro minutos antes do impacto.

O voo 7C2216, da companhia Jeju Air, fazia a rota Bangcoc-Muan em 29 de dezembro quando enfrentou uma colisão com pássaros. O jato fez um pouso de barriga e ultrapassou a pista do aeroporto, colidindo com um muro e explodindo em chamas. Apenas duas pessoas sobreviveram, ambas da tripulação.

Falha nas caixas-pretas

Os gravadores de voz e dados, cruciais para a investigação, apresentaram falhas antes do impacto. Após análises iniciais na Coreia do Sul, os dispositivos foram enviados ao National Transportation Safety Board (NTSB) dos EUA para exames mais detalhados.

Funções dos gravadores incluem:

  • Registro de comunicações na cabine.
  • Monitoramento do desempenho dos sistemas da aeronave.

Próximos passos

As autoridades sul-coreanas pretendem investigar as razões para a interrupção das gravações e determinar como isso impactou o curso do acidente.

Foto: byeangel on VisualHunt.com / HawkeyeUK on Visualhunt.com / Kentaro IEMOTO on VisualHunt.com

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Brasil condena prisões, ameaças e perseguições na Venezuela

Brasil condena prisões, ameaças e perseguições na Venezuela

Em nota, Itamaraty disse que denúncias são motivo de preocupação

O Ministério das Relações Exteriores afirmou neste sábado (11) que as denúncias de violações de direitos humanos cometidas contra opositores do governo de Nicolás Maduro, na Venezuela, são motivo de preocupação para o Brasil.

Em nota, o Itamaraty destaca que o receio do governo brasileiro se ampliou diante da cena política instalada com as eleições presidenciais realizadas no ano passado, no país vizinho. O pleito ocorreu em 28 de julho.

“Embora reconheçamos os gestos de distensão pelo governo Maduro – como a liberação de 1,5 mil detidos nos últimos meses e a reabertura do Escritório do Alto Comissário de Direitos Humanos das Nações Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes episódios de prisões, de ameaças e de perseguição a opositores políticos”, escreve a pasta na missiva divulgada nesta manhã.

O ministério pondera, ainda, que, “para a plena vigência de um regime democrático, é fundamental que se garantam a líderes da oposição os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias à sua integridade física”.

“O Brasil exorta, ainda, as forças políticas venezuelanas ao diálogo e à busca de entendimento mútuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controvérsias internas.”

Foto: RS/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Moraes pede a Bolsonaro que apresente convite para posse de Trump

Moraes pede a Bolsonaro que apresente convite para posse de Trump

Americano assumirá Casa Branca no dia 20 de janeiro

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou aos advogados do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, que apresentem à Corte um documento oficial, do governo dos Estados Unidos, para comprovar que Bolsonaro foi formalmente convidado para a cerimônia de posse do presidente estadunidense Donald Trump.

“Determino que a defesa de Jair Messias Bolsonaro apresente documento oficial, nos termos do artigo 236 do CPP [Código de Processo Penal], que efetivamente comprove o convive descrito em sua petição”, sentenciou Moraes, em decisão anunciada neste sábado (11).

A decisão do ministro é uma primeira resposta a um pedido do ex-presidente. Ontem (10), a defesa de Bolsonaro solicitou que o STF autorizasse a devolução do passaporte de Bolsonaro para que ele possa viajar aos Estados Unidos entre os dias 17 e 22 de janeiro, a fim de acompanhar a posse de Trump, agendada para ocorrer no dia 20, em Washington.

Segundo Moraes, ao requerer a liberação do passaporte, a defesa de Bolsonaro não apresentou elementos que comprovem a razão da viagem ao exterior. “Antes da análise [do mérito da solicitação], há necessidade de complementação probatória, pois o pedido não veio devidamente instruído com os documentos necessários”, aponta o ministro.

Bolsonaro teve o passaporte apreendido em fevereiro de 2024, no âmbito da Operação Tempus Veritatis, da Polícia Federal (PF), que investiga uma suposta organização criminosa suspeita de atuar para dar um golpe de Estado e abolir Estado Democrático de Direito no Brasil com o objetivo de obter vantagens de natureza política, mantendo o ex-presidente no poder. Desde então, a defesa do político já tentou reaver o documento em ao menos duas ocasiões, mas teve os pedidos recusados pelo ministro Alexandre de Moraes.

Até a publicação desta reportagem, a Agência Brasil não tinha conseguido contatar a defesa de Bolsonaro.

Foto: Isac Nóbrega/PR / Carlos Moura/SCO/STF

Da Agência Brasil

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Maduro é empossado na Venezuela para o terceiro mandato

Maduro é empossado na Venezuela para o terceiro mandato

Presidente destaca vitória sobre pressões internacionais e anuncia reforma constitucional para 2025

Nicolás Maduro foi empossado nesta sexta-feira (10.jan.2025), na Assembleia Nacional da Venezuela, em Caracas, como presidente do país para o período de 2025 a 2031. Durante o evento, Maduro ressaltou a superação de pressões internacionais e a continuidade de seu governo.

“A posse venezuelana constitucional não puderam impedir, é uma grande vitória da democracia venezuelana e das pessoas que querem paz e estabilidade”, declarou o presidente.

Oposição rejeita resultado eleitoral

O candidato opositor Edmundo González, que contestou a eleição de 28 de julho de 2024, alegou fraude e tentou obter apoio internacional para barrar a posse. Durante o discurso, Maduro ironizou a ausência de González e comentou os desafios enfrentados, incluindo acusações de conspiração por parte da oposição.

Reforma constitucional é anunciada

Maduro revelou a proposta de reformar a Constituição Bolivariana de 1999, com foco em fortalecer os direitos democráticos e enfrentar desafios tecnológicos. Uma Comissão Nacional será formada para debater e elaborar o projeto.

“A Constituição deve ser atualizada para defender o país das novas ameaças tecnológicas que já conhecemos nas redes sociais”, afirmou o presidente.

Histórico e contexto econômico

No poder desde 2013, Maduro enfrentou sanções internacionais e uma grave crise econômica, mas liderou uma recuperação recente com crescimento projetado de 6,2% do PIB em 2024, segundo a Cepal. A hiperinflação foi superada em 2022, marcando uma virada econômica no país.

Apoio internacional

Delegações de mais de 125 países, incluindo Cuba, China e Rússia, participaram da cerimônia, reforçando as alianças estratégicas do governo venezuelano.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Donald Trump é condenado por caso Stormy Daniels, mas não vai para a prisão

Donald Trump é condenado por caso Stormy Daniels, mas não vai para a prisão

Novo presidente dos EUA chama julgamento de “vergonha para o sistema”

Donald Trump, presidente eleito dos Estados Unidos, foi condenado por pagamentos ilegais à atriz Stormy Daniels para silenciar uma suposta relação extraconjugal. A sentença foi anunciada pelo juiz Juan Merchan, em Nova York, nesta sexta-feira (10.jan.2025). No entanto, a decisão não implica prisão, multa ou liberdade condicional.

Em abril de 2024, Trump foi acusado de 34 crimes relacionados à falsificação de documentos para ocultar o pagamento de US$ 130 mil à atriz. Apesar da condenação, ele descreveu o julgamento como “uma vergonha para o sistema”, participando da audiência de forma virtual.

Impacto político

Trump será o primeiro presidente dos Estados Unidos a assumir o cargo após uma condenação criminal. A polêmica não impediu sua vitória eleitoral, mas gerou intenso debate público e jurídico.

Contexto histórico

O caso Stormy Daniels é apenas um dos muitos episódios polêmicos envolvendo Trump, cuja trajetória política é marcada por controvérsias e desafios legais. A condenação ressalta a complexidade de sua relação com a justiça norte-americana.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Fogo destrói mais de 117 km², 10 mil edificações e causa prejuízo estimado em US$ 150 bilhões

Desde a terça-feira (7.jan.2025), a cidade de Los Angeles, no sudoeste dos Estados Unidos, enfrenta incêndios florestais de grandes proporções que já resultaram em dez mortes confirmadas, segundo comunicado do Departamento de Medicina Legal do condado.

As autoridades destacaram que a identificação das vítimas pode levar semanas devido às condições críticas nos locais afetados. Métodos tradicionais, como identificação visual e impressões digitais, são inviáveis para alguns casos, pois os corpos estão carbonizados.

Impactos nos bairros de Los Angeles

A chefe dos bombeiros de Los Angeles, Kristin Crowley, afirmou que dois óbitos foram causados pelo incêndio de Pacific Palisades, considerado o mais destrutivo da história local. Esse incêndio já devastou mais de 70 km², além de destruir cerca de 5.300 residências e edificações.

Além disso, o incêndio de Eaton provocou cinco mortes, enquanto outros três incêndios seguem ativos na região, atingindo principalmente áreas como a costa do Pacífico e Santa Monica.

Novo incêndio agrava a situação

Na tarde de quinta-feira (9.jan), um novo incêndio foi registrado ao norte de Los Angeles, obrigando a evacuação de milhares de residências. Alimentado pelos fortes ventos de Santa Ana, o fogo, batizado de Kenneth, já ameaça comunidades e infraestrutura local. Segundo o Serviço de Bombeiros, a área atingida até o momento soma 20 hectares e permanece fora de controle.

Equipes dos condados de Los Angeles e Ventura foram mobilizadas para combater o avanço das chamas.

Balanço total dos estragos

Até o momento, os incêndios florestais já destruíram:

  • Mais de 117 km² de área;
  • Aproximadamente 10 mil edificações, incluindo residências e outros imóveis;

Pelo menos 180 mil pessoas estão sob ordens obrigatórias de evacuação.

Além das perdas humanas, os prejuízos econômicos são significativos. A AccuWeather elevou a estimativa para US$ 150 bilhões, considerando danos materiais e perdas econômicas indiretas.

Foto: Cal Fire/via Fotos Publicas / RS/ Fotos Públicas

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Normas da Meta que permitem preconceitos são publicadas em português

Normas da Meta que permitem preconceitos são publicadas em português

Empresa anunciou fim da checagem de fatos

Dona das redes sociais Instagram, Facebook e Threads, além do aplicativo de mensagens Whatsapp, a empresa Meta atualizou, nesta quinta-feira (9), também para a língua portuguesa, as novas regras para eventuais exclusões de postagens, no item Padrões da comunidade/Conduta de Ódio. Um texto com as normas, divulgado no último dia 7 em inglês, trouxe a permissão de publicações preconceituosas. Confira a página.

A empresa informou, por exemplo, que permite “alegações de doença mental ou anormalidade quando baseadas em gênero ou orientação sexual, considerando discursos políticos e religiosos sobre transgenerismo e homossexualidade, bem como o uso comum e não literal de termos como esquisito”.

Crenças religiosas

Além desse trecho, há outras permissões preconceituosas relacionadas a padrões de gênero, como a de conteúdos que defendem limitações baseadas em gênero para empregos militares, policiais e de ensino. “Também permitimos conteúdo similar relacionado à orientação sexual, desde que fundamentado em crenças religiosas” detalhou a empresa.

Ainda sobre o tema, a Meta considera que as pessoas usam “linguagem específica de sexo ou gênero” para discussão sobre o acesso a espaços como banheiros, escolas, cargos militares, policiais ou de ensino, além de grupos de saúde ou apoio.

No contexto das separações

O texto ainda aborda que há solicitações de exclusão ou uso de linguagem ofensiva ao abordar tópicos políticos ou religiosos, como direitos de pessoas transgênero, imigração ou homossexualidade.

“Também é comum que xingamentos a um gênero ocorram no contexto de separações amorosas. Nossas políticas foram criadas para dar espaço a esses tipos de discurso”, destacou a Meta.

Na introdução, ela defende que reconhece que as pessoas podem compartilhar conteúdos que incluem calúnias ou discurso de outra pessoa para condenar o discurso ou denunciá-lo.

“Em outros casos, discursos, incluindo calúnias que poderiam violar nossos padrões são usados de forma auto referencial ou empoderadora. Permitimos esse tipo de discurso quando a intenção da pessoa está claramente definida” especificou, explicando, a seguir, que, se a intenção não estiver clara, poderá remover o conteúdo.

Se for sátira…

Ao final, o texto sinaliza que, em “certos casos”, pode permitir conteúdo que possa não seguir os “Padrões da Comunidade”, se tiver como objetivo a ironia. “O conteúdo só será permitido se os elementos violadores dele forem sátiras ou atribuídos a algo ou alguém com o objetivo de zombar ou criticar”, assinala.

As mudanças da Meta atendem exigências do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, em relação ao funcionamento das redes sociais. O dono da Meta, Mark Zuckerberg, afirmou, ainda, que irá se aliar a Trump contra países que criam regras para o funcionamento das plataformas.

“Brasil não é terra sem lei”

As normas da Meta, desde a sua divulgação, têm sido criticadas pelos poderes públicos e entidades civis.

O presidente Lula, por exemplo, afirmou nesta quinta-feira (9) que fará uma reunião para discutir as novas regras anunciadas pela multinacional Meta.

“O que nós queremos, na verdade, é que cada país tenha sua soberania resguardada. Não pode um cidadão, não podem dois cidadãos, não podem três cidadãos achar que podem ferir a soberania de uma nação”, disse Lula nesta quinta-feira (9).

A Advocacia-Geral da União (AGU), inclusive, manifestou que o Brasil não é “terra sem lei” e que irá agir contra as mudanças na política de moderação de conteúdo das redes sociais da Meta a partir do momento que elas afetem a democracia ou violem as leis brasileiras.

A Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) protocolou representação no Ministério Público Federal (MPF) contra a Meta. “O estado brasileiro precisa dar respostas contundentes a essa situação! Inadmissível que isso ocorra quando temos leis que nos protegem!”, assinalou.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Mudanças da Meta geram reação no Brasil e questionamentos legais

Mudanças da Meta geram reação no Brasil e questionamentos legais

AGU, STF e MPF destacam impacto de novas políticas da Meta sobre moderação de conteúdo nas redes sociais

A Advocacia-Geral da União (AGU), o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Ministério Público Federal (MPF) expressaram preocupação com as recentes mudanças anunciadas pela Meta, controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, sobre suas políticas de moderação de conteúdo. As alterações incluem o fim do programa de checagem de fatos e maior flexibilidade para publicações relacionadas a temas sensíveis, como gênero e migração.

AGU: “Brasil não é terra sem lei”

O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que as mudanças podem ampliar a disseminação de desinformação e discursos de ódio. Segundo Messias, a liberdade de expressão não pode ser usada como justificativa para a propagação de informações falsas, que comprometem a democracia e os direitos fundamentais.

Messias destacou a importância de regulamentar redes sociais e mencionou dois casos em análise no STF sobre o tema, incluindo o artigo 19 do Marco Civil da Internet, que define direitos e deveres no uso da internet no Brasil.

STF reforça combate a discursos de ódio

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, também criticou as mudanças, destacando que o Brasil possui legislação para impedir o uso das redes sociais para ampliar discursos de ódio, nazismo, homofobia e antidemocracia. Ele reforçou que as plataformas devem respeitar as leis brasileiras e que, sem isso, “não poderão operar no país”.

Durante uma roda de conversa no STF, Moraes relacionou os ataques de 8 de janeiro de 2023, em Brasília, à disseminação de desinformação pelas redes sociais. Já o ministro Gilmar Mendes defendeu o conceito de “constitucionalismo digital”, que busca harmonizar liberdade de expressão com responsabilidade social.

MPF cobra explicações da Meta

O MPF notificou o escritório da Meta no Brasil para esclarecer como as novas políticas serão implementadas no país e quais impactos poderão gerar nos direitos dos usuários. O órgão solicitou respostas detalhadas sobre temas como:

  • Critérios para classificação de violações graves e leves.
  • Restrições removidas em temas como gênero e migração.
  • Possíveis impactos na política de moderação de discurso de ódio.

A empresa tem 30 dias úteis para responder ao ofício, mas informou que não comentará o caso publicamente.

Alterações polêmicas nos Estados Unidos

Nos Estados Unidos, a Meta já implementou mudanças que permitem associações entre homossexualidade ou transsexualidade e doenças mentais, contrariando o consenso científico. Além disso, autorizou manifestações homofóbicas, xenófobas e misóginas em contextos específicos, como discussões políticas ou rompimentos amorosos.

Joel Kaplan, diretor de assuntos globais da Meta, defendeu que as novas políticas buscam eliminar restrições excessivas e permitir discussões mais amplas em temas como direitos transgêneros e imigração.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Meta autoriza insultos homofóbicos, misóginos e xenofóbicos nos EUA

Meta autoriza insultos homofóbicos, misóginos e xenofóbicos nos EUA

Nova regra permite associar homossexualidade a doença mental

Logo após a Meta anunciar, nessa terça-feira (7), mudanças na sua política de moderação de conteúdos para se adequar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a empresa que controla o Facebook, o Instagram e o Whatsapp modificou os critérios utilizados para remover conteúdos com discurso de ódio nas plataformas nos EUA, autorizando insultos e pedidos de exclusão de grupos em debates sobre imigrantes, homossexuais e transgêneros.

O texto atualizado no site da Meta para língua inglesa cita uma série de comportamentos de usuários que passarão a ser permitidos, incluindo insultos de caráter homofóbico, transfóbico, xenófobo ou mesmo misógino, considerando o contexto de fim de relacionamentos.

A misoginia é o ódio ou aversão às mulheres, já a xenofobia é o ódio ao estrangeiro.

“[As pessoas] pedem exclusão ou usam linguagem insultuosa no contexto de discussão de tópicos políticos ou religiosos, como ao discutir direitos transgêneros, imigração ou homossexualidade. Finalmente, às vezes as pessoas xingam um gênero no contexto de um rompimento romântico. Nossas políticas são projetadas para permitir espaço para esses tipos de discurso”, afirma a Meta.

A Agência Brasil questionou se as mudanças na política sobre discurso de ódio nas redes sociais serão aplicadas também no Brasil no futuro, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

Nessa terça-feira (7), o dono da companhia Mark Zuckerberg disse que as mudanças começariam pelos EUA, mas que trabalharia com Trump contra países que criam regras para o ambiente digital.

A Meta também passou a permitir associar a homossexualidade ou transsexualidade a doenças mentais. As mudanças podem favorecer o discurso do presidente Donald Trump, frequentemente acusado pelos adversários de discriminar mulheres, gays e imigrantes em seus pronunciamentos.

A fundadora da Rede Nacional de Combate à Desinformação (RNCD), a professora Ana Regina Rego avaliou que as mudanças são “muito preocupantes” e um retrocesso em relação ao combate ao discurso de ódio nas plataformas. Para a professora de comunicação da Universidade Federal do Piauí (PI), essa violência digital tende a ser transferida para o mundo físico.

“Além de ferir direitos, de não respeitar as diversidades, há uma convocação para uma violência simbólica que tem se transformado, sim, em violência física. [A Meta] vai permitir que as pessoas se comuniquem da maneira como quiserem. Pode ter insulto, pode ter violência. A permissão de ofender mulheres em final de relacionamento não é só misoginia, é uma violência simbólica complicada no mundo em que a gente tem, a cada 10 minutos, o assassinato de uma mulher”, comentou.

Participação feminina

A nova política da Meta ainda substituiu o termo “discurso” por “conduta” de ódio, ou conduta odiosa. Além disso, a gigante da tecnologia passou a permitir discursos, nas redes dos EUA, contrários à participação de mulheres em meios militares, policiais ou de ensino.

“Nós permitimos conteúdo que defenda limitações de gênero em empregos militares, policiais e de ensino. Também permitimos o mesmo conteúdo com base na orientação sexual, quando o conteúdo é baseado em crenças religiosas”, diz o texto.

Até então, a Meta proibia a publicação de conteúdo que defendia a exclusão econômica de grupos por considerar que essas medidas limitam a participação no mercado de trabalho.

Remoções mantidas

Por outro lado, a Meta sustenta a posição de que removerá, nos Estados Unidos, os discursos “desumanizantes, alegações de imoralidade grave ou criminalidade e calúnias”, assim como não permitirão “conduta odiosa no Facebook, Instagram ou Threads”, que são as redes controladas pela big tech.

“Definimos conduta odiosa como ataques diretos contra pessoas — em vez de conceitos ou instituições — com base no que chamamos de características protegidas (PCs): raça, etnia, nacionalidade, deficiência, afiliação religiosa, casta, orientação sexual, sexo, identidade de gênero e doença grave”, afirma a companhia.

Ao comentar as mudanças na plataforma, o diretor de assuntos globais da Meta, Joel Kaplan, sustentou que as regras estavam muito restritivas e que o objetivo é se livrar de restrições sobre imigração, identidade de gênero e gênero.

“Não é certo que as coisas possam ser ditas na TV ou no plenário do Congresso, mas não em nossas plataformas. Essas mudanças de política podem levar algumas semanas para serem totalmente implementadas”, justificou Kaplan, ex-advogado do Partido Republicado dos EUA que assumiu a nova função na companhia na semana passada.

Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil / Pixabay

Da Agência Brasil

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Turismo internacional cresce 27,2% no RN em 2024; estado atinge a marca de 25 mil visitantes estrangeiros

Turismo internacional cresce 27,2% no RN em 2024; estado atinge a marca de 25 mil visitantes estrangeiros

O aumento do turismo internacional impulsiona a economia do Rio Grande do Norte e coloca o estado em destaque no cenário nacional

Em 2024, o Rio Grande do Norte recebeu 25 mil turistas internacionais, representando um crescimento de 27,2% em comparação ao ano anterior. Os dados foram divulgados pelo Ministério do Turismo, Embratur e Polícia Federal nesta terça-feira (7.jan.2025). Apenas em dezembro, 65.555 estrangeiros visitaram o estado.

Segundo o ministro do Turismo, Celso Sabino, o aumento expressivo reflete ações coordenadas entre o Ministério do Turismo e a Embratur para promover os destinos brasileiros internacionalmente. “Esse crescimento reforça a capacidade turística do Brasil, destacando nossas paisagens, cultura e gastronomia autêntica. Nosso objetivo é atrair cada vez mais visitantes do exterior”, afirmou Sabino.

Destinos tradicionais como Natal, Pipa, Pirangi, Genipabu e Barra do Cunhaú continuam a atrair visitantes pelas praias e belezas naturais. O Morro do Careca e o Forte dos Reis Magos seguem como cartões-postais emblemáticos.

Desempenho nacional e comparação com outros estados

O Brasil como um todo recebeu 6,657 milhões de turistas estrangeiros em 2024. São Paulo (2,2 milhões), Rio de Janeiro (1,5 milhão), Paraná (894 mil) e Rio Grande do Sul (879 mil) lideraram como principais portas de entrada. Em termos de crescimento proporcional, Roraima (97%), Santa Catarina (71,7%) e Bahia (52,8%) apresentaram os maiores aumentos.

A Argentina foi a principal origem dos turistas, com 1,95 milhão de visitantes. Os Estados Unidos e o Chile seguem na lista com 696 mil e 651 mil turistas, respectivamente. Paraguai e Uruguai somaram 833 mil visitantes.

Ações para fortalecer o setor turístico

Em dezembro de 2023, o Brasil inaugurou o primeiro Escritório da Organização Mundial do Turismo (OMT) nas Américas e Caribe, localizado no Rio de Janeiro. O espaço permitirá ao Brasil atuar como protagonista no cenário global de turismo sustentável.

Além disso, o Ministério do Turismo e a Embratur intensificaram a participação em feiras internacionais para promover a “Marca Brasil”, reforçando os pilares de sustentabilidade, diversidade e inclusão.

O Brasil também lançou a campanha “Visit South America: um lugar, vários mundos”, em parceria com Argentina, Paraguai, Uruguai e Chile, para atrair turistas internacionais.

Projeções para 2025

O Governo Federal prevê investimentos de R$ 63,6 milhões através do Programa de Aceleração do Turismo Internacional (PATI), com a expectativa de gerar 500 mil novos assentos em voos. A temporada de verão 2024/2025 deve contar com 7,48 milhões de assentos em voos internacionais, um aumento de 19% em relação ao ano anterior.

Entre os eventos de destaque para 2025, a COP30 será realizada em Belém (PA), enquanto Brasília sediará a reunião do BRICS, atraindo ainda mais turistas estrangeiros.

Foto: Sandro Menezes/Raiane Miranda/Governo do RN/Ilustração

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Exportações do RN crescem 42,6% em 2024 e batem recorde de US$ 1,1 bilhão

Exportações do RN crescem 42,6% em 2024 e batem recorde de US$ 1,1 bilhão

Comércio exterior do Rio Grande do Norte alcança US$ 1,7 bilhão em 2024 com destaque para combustíveis e fruticultura

As exportações do Rio Grande do Norte cresceram 42,6% em 2024 em comparação a 2023, atingindo US$ 1,1 bilhão. Esse crescimento impulsionou o comércio exterior do estado a um volume recorde de transações, totalizando US$ 1,7 bilhão, resultado da soma entre exportações e importações (US$ 595 milhões).

Os dados estão no Boletim Econômico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SEDEC) e na Balança Comercial do RN, divulgados nesta terça-feira (7.jan.2025) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), através da plataforma Comex Stat.

Principais produtos exportados em 2024

Durante o ano de 2024, a pauta de exportação do Rio Grande do Norte foi diversificada, com ênfase em:

  • Óleos combustíveis – US$ 558,7 milhões
  • Melões frescos – US$ 120,1 milhões
  • Óleo diesel – US$ 86,7 milhões
  • Melancias frescas – US$ 52,9 milhões

Os produtos refletem a capacidade do estado em equilibrar uma base agrícola consolidada, liderada pela fruticultura, com o crescimento do setor energético, em especial no comércio de combustíveis.

Importações em destaque

Os principais produtos importados pelo RN ao longo de 2024 foram:

  • Células fotovoltaicas – US$ 129,1 milhões
  • Outras gasolinas – US$ 92,2 milhões
  • Grupos eletrogênos de energia eólica – US$ 54,6 milhões
  • Trigo e centeio – US$ 49,6 milhões
  • Óleo diesel – US$ 40,7 milhões

A importação de tecnologias para transição energética reforça o compromisso do estado com o desenvolvimento sustentável e sua liderança na geração de energias renováveis.

Destinos e parceiros comerciais

Os principais destinos das exportações potiguares foram:

  • Singapura – US$ 199,3 milhões
  • Países Baixos – US$ 189,2 milhões
  • Ilhas Virgens Americanas – US$ 187,8 milhões
  • Estados Unidos – US$ 66,1 milhões
  • Reino Unido – US$ 52,2 milhões

Em relação às importações, os principais parceiros comerciais do RN foram:

  • China – US$ 260,4 milhões
  • Estados Unidos – US$ 76,2 milhões
  • Suíça – US$ 44,1 milhões
  • Argentina – US$ 34,3 milhões
  • Países Baixos – US$ 32,7 milhões

Resultados de dezembro 2024

A SEDEC também publicou o Boletim Econômico referente a dezembro de 2024. Nesse período, as transações comerciais do estado somaram US$ 126,8 milhões. As exportações alcançaram US$ 64,6 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 62,2 milhões.

Acesso ao boletim completo

Para mais detalhes sobre a balança comercial do Rio Grande do Norte em 2024 e as transações específicas de dezembro, acesse a íntegra do Boletim Econômico no site da SEDEC.

Fotos: Divulgação/Raiane Miranda/Governo do RN/Ilustração

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Dólar cai para R$ 6,10 e fecha no menor valor desde dezembro

Dólar cai para R$ 6,10 e fecha no menor valor desde dezembro

Bolsa sobe 0,95% e recupera os 121 mil pontos

Num dia de bom humor externo, o dólar caiu pela segunda vez seguida e acumula queda de mais de 1% em 2025. A bolsa de valores subiu quase 1% e recuperou os 121 mil pontos.

O dólar comercial encerrou esta terça-feira (7) vendido a R$ 6,104, com recuo de R$ 0,007 (-0,12%). A cotação operou em forte queda durante quase todo o dia, chegando a R$ 6,05 por volta das 13h. À tarde, voltou a rondar a estabilidade, até fechar em pequena baixa.

A cotação chegou ao menor valor de fechamento desde 21 de dezembro. A moeda norte-americana acumula queda de 1,23% em 2025.

O mercado de ações teve mais um dia de recuperação. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.163 pontos, com alta de 0,95%. O indicador chegou a subir 1,41% às 12h30, mas desacelerou durante a tarde, seguindo o mercado internacional.

Pela manhã, o dólar continuou a cair na expectativa de que o governo do presidente eleito Donald Trump poderá moderar o tarifaço a produtos de outros países, medida prometida durante a campanha eleitoral. No entanto, o mau-humor voltou ao mercado externo durante a tarde, após Trump conceder uma entrevista em que reafirmou as intenções de anexar a Groenlândia e o Canal do Panamá.

No mercado interno, os investidores aproveitaram a queda acentuada do dólar durante a manhã para comprar moeda norte-americana durante a tarde. Isso contribuiu para que a divisa voltasse à estabilidade perto do fim da sessão.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Terremoto de magnitude 6,8 atinge Tibete e deixa mais de 90 mortos

Terremoto de magnitude 6,8 atinge Tibete e deixa mais de 90 mortos

Abalos são sentidos em Nepal, Butão e Índia; equipes de resgate buscam sobreviventes

Um terremoto de magnitude 6,8 atingiu o Tibete, sudoeste da China, nesta terça-feira (7.jan.2025), resultando em mais de 90 mortos e centenas de feridos. As autoridades locais informaram que o sismo também foi sentido em países vizinhos, como Nepal, Butão e norte da Índia. A agência de notícias Xinhua confirmou 95 mortes e 130 feridos.

Detalhes do terremoto e epicentro

O epicentro foi registrado no condado de Tingri, uma região rural conhecida por ser a porta de entrada norte para o Everest. O tremor ocorreu a uma profundidade de 10 quilômetros, de acordo com o Centro de Redes de Sismos da China. O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) relatou que o terremoto teve magnitude de 7,1 na região do Himalaia.

A região do sudoeste da China, Nepal e norte da Índia é frequentemente afetada por terremotos devido à colisão das placas tectônicas indiana e eurasiana. Essa área é conhecida por abalos que podem alterar a altura das montanhas do Himalaia.

Resposta das autoridades e resgates

Cerca de 1.500 bombeiros e equipes de resgate foram mobilizados para procurar sobreviventes entre os escombros. O presidente chinês, Xi Jinping, declarou que todos os esforços serão feitos para reduzir o número de vítimas e garantir a segurança durante o inverno.

A CCTV, televisão estatal chinesa, informou que comunidades próximas ao epicentro, situadas a cerca de 380 quilômetros de Lhasa, capital do Tibete, sofreram graves danos estruturais.

Impacto regional

O tremor também foi sentido em Katmandu, capital do Nepal, embora não haja relatos de danos significativos. A área do epicentro está a 93 quilômetros de Lobuche, no Nepal, uma região montanhosa frequentemente visitada por alpinistas.

Históricos de sismos na região mostram que pelo menos dez terremotos de magnitude superior a seis foram registrados no último século.

As autoridades seguem monitorando a região, enquanto os trabalhos de resgate continuam na esperança de encontrar sobreviventes.

Foto: Serkan Gönültaş/Pexels/Ilustração / Franklin Peña Gutierrez/Pexels/Ilustração

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Meta promete se aliar a Trump contra países que regulam redes sociais

Meta promete se aliar a Trump contra países que regulam redes sociais

Empresa anuncia o fim do programa de checagem de informações

Citando suposta censura nas redes sociais, a Meta – companhia que controla Facebook, Instagram e Whatsapp – anunciou nesta terça-feira (7) que vai se aliar ao governo do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, para pressionar países que buscam regular o ambiente digital.

“Vamos trabalhar com o presidente Trump para pressionar os governos ao redor do mundo que estão perseguindo empresas americanas e pressionando para censurar mais”, afirmou o dono da Meta, Mark Zuckerberg. Segundo o empresário, “a única maneira de resistir a essa tendência global é com o apoio do governo dos EUA”.

Zuckerberg argumentou que a Europa está “institucionalizando a censura”, que os países latino-americanos têm “tribunais secretos que podem ordenar que empresas retirem coisas discretamente” e que a China “censurou nossos aplicativos”.

Além disso, o dono da Meta anunciou cinco alterações nas políticas de moderação de conteúdos em suas redes sociais, entre elas, o fim do programa de checagem de fatos que verifica a veracidade de informações que circulam nas redes; o fim de restrições para assuntos como migração e gênero; e a promoção de “conteúdo cívico”, entendido como informações com teor político-ideológico.

Para a especialista em direito digital consultada pela Agência Brasil, Bruna Santos, da Coalizão Direitos na Rede, a iniciativa é “lamentável” e mostra um alinhamento da gigante da tecnologia com o novo governo de extrema-direita dos EUA.

“Essa decisão da Meta cria uma falsa dicotomia entre a liberdade de expressão dos EUA versus o redor do mundo, inclusive quando cita as ‘cortes secretas’. Ele deixa claro que os EUA voltam a ser o centro único de poder, demonstrando muito bem como que vai ser o jogo de poder daqui para frente”, destacou Santos.

Mudanças

Em um vídeo de cerca de cinco minutos publicado em uma de suas redes socais, Mark Zuckerberg informa sobre as mudanças na política de moderação de conteúdo das plataformas que controla para “voltar às raízes em torno da liberdade de expressão”.

“Vamos nos livrar dos verificadores de fatos e substituí-los por notas da comunidade semelhantes a [plataforma] X, começando nos EUA”, disse Mark. A Meta tem grupos de verificadores de fatos independentes em cerca de 115 países, serviço que começou a prestar em 2016. Já as “notas de comunidade” são informações incluídas pelos próprios usuários em cima de algum conteúdo.

Outra mudança anunciada é o fim de restrições para conteúdos sobre imigração e gênero, temas caros à Donald Trump, que assume a Casa Branca este mês. “O que começou como um movimento para ser mais inclusivo tem sido cada vez mais usado para calar opiniões e excluir pessoas com ideias diferentes, e isso foi longe demais”, afirmou Zuckerberg.

O empresário estadunidense também anunciou a intenção de “trazer de volta o conteúdo cívico”. Segundo ele, no passado, a “comunidade” pediu para ver menos política nas redes, mas que isso teria mudado.

“[O conteúdo sobre política] estava deixando as pessoas estressadas, então paramos de recomendar essas postagens. Mas parece que estamos em uma nova era agora, e estamos começando a receber feedback de que as pessoas querem ver esse conteúdo novamente”, explicou.

Por último, o dono da Meta decidiu remover as equipes da companhia que cuidam da moderação de conteúdo da Califórnia para o Texas, estado que tem uma legislação mais branda em relação ao tema. “Isso nos ajudará a construir confiança para fazer esse trabalho em lugares onde há menos preocupação com o preconceito de nossas equipes”, comentou.

Aceno à Trump

A integrante da Coalizão Direitos nas Redes, Bruna Santos, da organização que reúne mais de 50 entidades que atuam com direitos na internet, comentou à Agência Brasil que Zuckerberg não apenas fez um aceno, mas uma virada completa a favor da política do Partido Republicano dos EUA. Para ela, as mudanças podem resultar em um ambiente digital com mais desinformação.

“É um pouco cedo para avaliar, mas eu não me surpreenderia caso, daqui a uns meses, a partir da implementação dessas medidas, passarmos a ver um ambiente digital tomado por desinformação ou por discursos problemáticos, o que tem sido uma constante até o momento, mas que era, em alguma medida, combatida por esses mecanismos que ele retira a partir de hoje”, analisou.

A especialista defende que medidas como checagem de fatos e moderação de conteúdos não existem para censurar, mas para criar um ambiente digital com informações mais confiáveis e que o oposto é um ambiente onde prevalece a desinformação.

“Apesar do combate à censura estar sendo utilizado como justificativa para retirada dessas medidas, temo que o resultado seja mais censura na rede. Afinal, os usuários não terão acesso a medidas justas de revisão de conteúdo ou de fornecimento de contexto específico para notícias de governo, por exemplo. A gente pode passar a ver na Meta um ambiente digital com menos integridade informacional e onde se priorizam ideais políticos ao invés de informações confiáveis”, concluiu Bruna Santos.

Foto: Pixabay / RS/Fotos Públicas / Thought Catalog/Pexels

Da Agência Brasil

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Venezuela rompe relações com Paraguai após apoio a opositor de Maduro

Venezuela rompe relações com Paraguai após apoio a opositor de Maduro

Retirada de diplomatas ocorre após Santiago Peña reconhecer Edmundo González como presidente eleito da Venezuela

O governo da Venezuela anunciou a retirada de seus diplomatas do Paraguai após declarações do presidente paraguaio, Santiago Peña, em apoio ao opositor Edmundo González. Peña afirmou que González venceu as eleições presidenciais venezuelanas de 2024 e defendeu sua posse em 10 de janeiro.

A decisão ocorre poucos dias antes da posse de Nicolás Maduro para o terceiro mandato (2025-2031). Maduro acusou a Argentina de tentar desestabilizar a Venezuela e de conspirar contra a vice-presidente Delcy Rodríguez.

Apoio internacional e reações

Edmundo González reuniu-se com autoridades dos Estados Unidos, incluindo o presidente Joe Biden e Mike Waltz, assessor de Donald Trump. Biden manifestou apoio a González, enquanto o México reafirmou que enviará um representante à posse de Maduro.

A Colômbia e o Brasil também deverão enviar representantes, apesar de não reconhecerem oficialmente a vitória de Maduro devido à falta de transparência no processo eleitoral. A participação do Brasil dependerá de convite formal do governo venezuelano.

Posse de Maduro e presença internacional

Segundo o governo venezuelano, mais de dois mil convidados internacionais, entre representantes de governos e movimentos sociais, participarão da cerimônia de posse.

Conflito com ParaguaiO rompimento diplomático com o Paraguai foi oficializado após o Ministério das Relações Exteriores da Venezuela considerar as declarações de Peña uma violação do princípio de não intervenção. O Paraguai, em resposta, exigiu a retirada do embaixador venezuelano em 48 horas.

Acusações contra a Argentina

Maduro acusou o governo argentino de participar de planos de desestabilização e tentativa de assassinato da vice-presidente Delcy Rodríguez. Ele afirmou que serviços de inteligência capturaram 125 mercenários de diversas nacionalidades desde o início de 2024.

Maduro destacou que as investigações apontam envolvimento direto do governo argentino nas ações. Até o momento, o presidente argentino Javier Milei não comentou as acusações.

Apoio dos EUA à oposição

Nos Estados Unidos, Joe Biden reafirmou apoio a González, chamando-o de “presidente eleito”. Biden defendeu uma transição pacífica de poder, o que foi repudiado pelo governo venezuelano.

Após encontro com Waltz, González mencionou os protestos da oposição, programados para um dia antes da posse de Maduro. González prometeu retornar à Venezuela antes da posse, apesar da ameaça de prisão pelo governo.

Contexto das eleições na Venezuela

A oposição e organismos internacionais questionam a legitimidade das eleições de 2024 devido à ausência de auditorias e à falta de divulgação dos resultados detalhados. Manifestações contrárias ao resultado resultaram em dezenas de mortos e mais de dois mil presos. Recentemente, o governo libertou mais de mil detidos.

As instituições venezuelanas, incluindo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), ratificaram o resultado. Maduro exige que a oposição respeite as decisões judiciais e que governos estrangeiros não interfiram nos assuntos internos do país.

Foto: Adam Schultz/Via Fotos Públicas / RS/via Fotos Publicas

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Donald Trump sugere retomar o controle do Canal do Panamá e comprar a Groenlândia

Donald Trump sugere retomar o controle do Canal do Panamá e comprar a Groenlândia

Presidente eleito destaca a importância estratégica de territórios internacionais para segurança econômica dos EUA

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta terça-feira (7.jan.2025) que não descarta a possibilidade de utilizar ações militares ou econômicas para retomar o controle do Canal do Panamá e adquirir a Groenlândia, território dinamarquês. Durante uma entrevista coletiva, Trump foi questionado sobre a possibilidade de garantir ao mundo que não recorreria à coerção para atingir esses objetivos. Sua resposta foi clara: “Não, não posso garantir nenhum desses dois. Mas posso dizer o seguinte: precisamos deles para a segurança econômica”.

Planos expansionistas e disputas territoriais

As declarações ocorreram enquanto Trump delineava sua agenda expansionista, a poucas semanas de sua posse em 20 de janeiro. O presidente eleito também expressou interesse em transformar o Canadá em um estado dos EUA e criticou os gastos americanos com produtos canadenses. Ele destacou a possibilidade de impor tarifas sobre a Dinamarca, caso o país não aceite a venda da Groenlândia. A Dinamarca, por sua vez, reiterou que o território não está à venda.

Trump reforçou ainda a intenção de renomear o Golfo do México para “Golfo da América”. Segundo ele, a mudança de nome reflete o desejo de fortalecer a identidade americana sobre a região. A proposta ecoa a polêmica decisão anterior de reverter o nome do Denali, pico mais alto da América do Norte, para Monte McKinley.

Reação internacional e resistência diplomática

Lideranças de outros países reagiram prontamente. O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, rejeitou categoricamente a possibilidade de o país se tornar o 51º estado americano. “Não há a menor chance de o Canadá se tornar parte dos Estados Unidos”, afirmou Trudeau em publicação nas redes sociais. Ele destacou a importância da parceria comercial entre os dois países.

A ministra das Relações Exteriores do Canadá, Melanie Joly, reforçou a posição do governo canadense, descrevendo as declarações de Trump como “uma completa falta de compreensão do que faz do Canadá um país forte”.

No Panamá, autoridades também reagiram. O presidente José Raúl Mulino rejeitou a ideia de devolver o controle do Canal do Panamá aos Estados Unidos, lembrando que o canal foi transferido ao país em 1999.

Otan e novas diretrizes

Durante a coletiva, Trump sugeriu que os membros da Otan aumentassem seus gastos com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB), acima da meta atual de 2%. Ele argumentou que todos os países da aliança podem se dar ao luxo de contribuir mais para a segurança global.

As declarações de Trump refletem uma abordagem agressiva em relação à política externa, suscitando preocupação e debates entre aliados e na comunidade internacional.

Foto: RS/via Fotos Publicas / Caio Guatelli/Fotos Públicas

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Rodrigo Garro se envolve em acidente de trânsito fatal na Argentina

Rodrigo Garro se envolve em acidente de trânsito fatal na Argentina

Meia do Corinthians atropela motociclista em General Pico; investigações estão em andamento

Rodrigo Garro, meio-campista argentino do Corinthians, se envolveu em um acidente de trânsito que resultou na morte de um motociclista na madrugada deste sábado (4), em General Pico, província de La Pampa, Argentina. De acordo com o promotor Francisco Cuenca, Garro dirigia sob efeito de álcool quando colidiu com a moto conduzida por Nicolas Chiaraviglio, de 30 anos, que faleceu no local.

O acidente ocorreu na cidade natal do jogador, e a imprensa local, incluindo o portal “En Boca de Todos”, noticiou que Garro estava acompanhado pelo também jogador argentino Facundo Castelli, que atualmente atua pelo Emelec (Equador). Castelli não sofreu ferimentos, assim como Garro.

Investigado por homicídio culposo

Segundo o promotor Cuenca, o caso está sendo tratado como homicídio culposo agravado por condução sob efeito de álcool. Garro foi liberado após prestar depoimento inicial, mas deve ser ouvido novamente nos próximos dias para fornecer mais detalhes sobre o ocorrido. As autoridades argentinas continuam a apurar as circunstâncias do acidente.

O Corinthians divulgou uma nota oficial em seu site confirmando o envolvimento de Garro no acidente e a morte do motociclista. No comunicado, o clube informou que está acompanhando o desenrolar das investigações e só voltará a se manifestar após a conclusão das apurações.

Contato com advogados e familiares

Representantes do Corinthians, incluindo o executivo de futebol Fabinho Soldado e o diretor de negócios jurídicos Vinicius Cascone, entraram em contato com os advogados e familiares de Garro. O clube reforçou seu compromisso em prestar apoio necessário ao atleta durante o processo judicial e destacou que seguirá colaborando com as autoridades locais.

Histórico de Garro no Corinthians

Rodrigo Garro, de 27 anos, chegou ao Corinthians após ser transferido do Talleres, da Argentina. Em 2024, o meia foi um dos destaques da equipe, participando de 63 partidas, marcando 13 gols e distribuindo 14 assistências. A boa fase em campo consolidou Garro como uma peça-chave no elenco corintiano.

Apesar do destaque no gramado, o acidente trouxe à tona questionamentos sobre a conduta do jogador fora de campo. A morte do motociclista gerou comoção na comunidade de General Pico e entre torcedores do Corinthians, que aguardam o desfecho das investigações.

Próximos passos

Garro deve continuar respondendo em liberdade enquanto as investigações prosseguem.

Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians

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Congresso dos EUA certifica vitória eleitoral de Donald Trump

Congresso dos EUA certifica vitória eleitoral de Donald Trump

Certificação ocorre quatro anos após interrupção de sessão por protestos

O Congresso dos Estados Unidos certificou a vitória eleitoral do presidente eleito Donald Trump, em uma sessão conjunta realizada nesta segunda-feira (6.jan.2025) sob forte esquema de segurança. A sessão ocorreu exatamente quatro anos após uma revolta pró-Trump ter interrompido temporariamente o processo de confirmação da vitória do presidente Joe Biden.

Apesar do fechamento das escolas e do governo federal devido a uma nevasca que atingiu Washington, a certificação prosseguiu sem atrasos. A sessão foi presidida pela vice-presidente Kamala Harris, candidata democrata à presidência, que apertou mãos e cumprimentou parlamentares durante o evento.

Processo de certificação

A lei federal exige que o Congresso se reúna em 6 de janeiro para contar e ratificar os 538 votos eleitorais enviados pelos 50 estados e pelo Distrito de Columbia. O vice-presidente atua como presidente do Senado e é responsável por anunciar os resultados.

Durante a sessão, os votos de cada estado foram lidos e confirmados. Donald Trump obteve 312 votos do Colégio Eleitoral, enquanto Kamala Harris recebeu 226.

Declaração de Trump

Em uma mensagem na rede Truth Social, Donald Trump comemorou a certificação afirmando: “O Congresso certifica nossa grande vitória eleitoral hoje – um grande momento na história. MAGA!”.

Foto: RS/ Fotos Públicas

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Fernanda Torres faz história e vence Globo de Ouro 2025 como Melhor Atriz Dramática

Fernanda Torres faz história e vence Globo de Ouro 2025 como Melhor Atriz Dramática

Atriz brasileira conquista o primeiro Globo de Ouro de Melhor Atriz Dramática para o Brasil, marcando um momento histórico para o cinema nacional

A atriz brasileira Fernanda Torres venceu, neste domingo (5.jan.2025), o Globo de Ouro 2025 na categoria de Melhor Atriz em Filme de Drama, por sua atuação no longa-metragem “Ainda Estou Aqui”. A vitória é a primeira de uma brasileira nessa categoria, consolidando o talento nacional no cenário internacional.

https://twitter.com/goldenglobes/status/1876145932917789147/video/1

Fernanda concorreu com grandes nomes do cinema, incluindo Nicole Kidman (“Babygirl”), Angelina Jolie (“Maria Callas”), Kate Winslet (“Lee”), Tilda Swinton (“O Quarto ao Lado”) e Pamela Anderson (“The Last Showgirl”). A produção, dirigida por Walter Salles e exibida pelo Globoplay, retrata a história real de Eunice Paiva, advogada e viúva do deputado federal Rubens Paiva, desaparecido durante a ditadura militar brasileira.

Momento emocionante na premiação

Durante seu discurso de agradecimento, Fernanda Torres dedicou o prêmio à sua mãe, Fernanda Montenegro, que também participou do filme. “Quero dedicar esse prêmio à minha mãe. Ela estava aqui há 25 anos. Isso prova que a arte permanece na vida das pessoas, mesmo em tempos difíceis”, afirmou Torres.

A cerimônia ganhou ainda mais emoção com a divulgação de um vídeo que mostra a reação de Fernanda Montenegro à vitória da filha. No momento do anúncio, Montenegro, aos 95 anos, vibrou intensamente, erguendo os braços e celebrando com familiares e amigos.

Primeira vitória brasileira desde 1999

A vitória de Fernanda Torres é a primeira do Brasil no Globo de Ouro desde 1999, quando “Central do Brasil” levou o prêmio de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Na época, Fernanda Montenegro foi indicada a Melhor Atriz, mas não venceu. A atual conquista reafirma a força do cinema brasileiro e de uma história familiar ligada à sétima arte.

A corrida para o Oscar

Em entrevista à GloboNews, Fernanda Torres destacou o impacto da campanha de divulgação do filme em Hollywood. “Estamos em um trabalho muito forte. A Variety, Collider e Deadline ajudaram imensamente nessa campanha”, afirmou. O Globo de Ouro é considerado um importante indicador para o Oscar, o que aumenta as chances de Fernanda Torres ser indicada na próxima edição da premiação.

“Ainda Estou Aqui” também concorreu ao prêmio de Melhor Filme em Língua Não Inglesa, mas a produção francesa “Emilia Pérez” levou a estatueta. O Oscar 2025 será realizado em 2 de março, e as indicações serão divulgadas em 17 de janeiro.

Fernanda Montenegro e a continuação de um legado

Fernanda Torres segue os passos de sua mãe, que é um ícone do cinema brasileiro. A vitória representa não apenas um reconhecimento individual, mas também uma celebração do talento familiar e da história do cinema nacional. Em seu discurso, Torres reafirmou a importância do cinema para atravessar momentos difíceis e manter viva a memória de histórias que precisam ser contadas.

O impacto para o cinema nacional

A conquista de Fernanda Torres reflete o crescimento e o reconhecimento do cinema brasileiro no exterior. Com o apoio de plataformas de streaming e a direção de cineastas renomados, produções nacionais ganham visibilidade e alcançam novas audiências.

A história de Eunice Paiva, interpretada por Torres, resgata um período doloroso do Brasil e destaca a resiliência de pessoas que lutaram por justiça. Esse tipo de narrativa tem conquistado espaço em festivais internacionais, ampliando a relevância do cinema nacional.

Foto: Reprodução

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Novo voo direto de Buenos Aires impulsiona turismo no RN

Novo voo direto de Buenos Aires impulsiona turismo no RN

Rio Grande do Norte recebe três voos semanais da Argentina, fortalecendo a economia local

Na madrugada do último domingo (5.jan.2025), pousou no Aeroporto de Natal o primeiro voo vindo do Aeroparque Regional Jorge Newbery, em Buenos Aires. O voo G37465, operado pela Gol, trouxe 174 passageiros e marca um avanço significativo para o turismo do Rio Grande do Norte. Essa conquista é resultado de um trabalho de promoção conduzido pelo Governo do Estado por meio da Empresa Potiguar de Promoção Turística (Emprotur).

A governadora Fátima Bezerra celebrou a novidade, destacando que esta é a primeira vez que Natal recebe três voos semanais diretos da Argentina. “Essa conquista representa um grande incremento na nossa economia e um fortalecimento do turismo local”, afirmou.

Conveniência para passageiros argentinos

O estado já conta com uma rota regular conectando Natal ao Aeroporto de Ezeiza (EZE). Durante a alta temporada, há voos extras com duas frequências semanais de dezembro a março. O novo voo a partir do Aeroparque Jorge Newbery oferece maior praticidade aos viajantes argentinos, especialmente por estar localizado a apenas 6 km do centro de Buenos Aires.

Raoni Fernandes, diretor-presidente da Emprotur, enfatizou a importância estratégica da nova rota: “O Aeroparque é o aeroporto preferido dos agentes de viagens em Buenos Aires. A rota, mesmo sazonal, tem potencial para se tornar regular devido à alta demanda”.

Histórico da parceria e expansão do turismo

A nova ligação foi anunciada em setembro na Feira Internacional de Turismo, com participação do cantor Dorgival Dantas e representantes do governo, da Gol e da Zurich Airport Brasil.

Ligas atuais e projeções futuras

  • Voos de Ezeiza (EZE): Duas frequências semanais na alta temporada, com saídas às quartas e sábados.
  • Voos do Aeroparque (AEP): Partidas aos sábados e chegadas nas madrugadas de domingo.

A expansão promete atrair ainda mais turistas argentinos, consolidando o Rio Grande do Norte como um dos destinos preferidos no Nordeste brasileiro.

Fotos: Assessoria Emprotur / Arquivo ASSECOM/Elisa Elsie / Ilustração

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FBI afirma que suspeito do ataque em Nova Orleans agiu sozinho

FBI afirma que suspeito do ataque em Nova Orleans agiu sozinho

Atentado de ano novo em Nova Orleans liga alerta de terrorismo nos EUA

O ataque de Ano Novo em Nova Orleans deixou 14 mortos e gerou alerta de terrorismo nos Estados Unidos. O FBI confirmou nesta quinta-feira (2.jan.2025) que Shamsud-Din Jabbar, ex-veterano do Exército dos EUA, agiu sozinho ao atropelar uma multidão na Bourbon Street. Jabbar, de 42 anos, declarou lealdade ao Estado Islâmico antes do atentado.

Detalhes do atentado em Nova Orleans

Jabbar, residente do Texas, dirigiu de Houston a Nova Orleans em 31 de dezembro. Em uma série de cinco vídeos postados no Facebook entre 1h29 e 3h02, ele expressou apoio ao Estado Islâmico. O ataque aconteceu na histórica Bourbon Street, durante celebrações de Ano Novo.

O suspeito foi morto a tiros após abrir fogo contra policiais. Dois agentes ficaram feridos. Entre as vítimas estão uma mãe que acabara de se mudar após uma promoção, um funcionário do setor financeiro de Nova York e uma estudante do Mississippi.

Motivação e ligação com o estado islâmico

De acordo com Christopher Raia, vice-diretor assistente do FBI, Jabbar havia planejado atacar familiares e amigos antes de decidir pelo atentado público. Ele temia que a mídia não cobrisse o que chamou de “guerra entre crentes e descrentes”. Jabbar alegou ter se unido ao Estado Islâmico no verão passado e deixou um testamento em um dos vídeos.

“Esse foi um ato de terrorismo premeditado”, afirmou Raia.

Eventos e medidas de segurança reforçadas

A cidade de Nova Orleans manteve o tradicional jogo Sugar Bowl, que ocorreu na quinta-feira, após o ataque. O Super Bowl, agendado para o próximo mês, também terá segurança reforçada.

O FBI destacou que o ataque não tem conexão com a explosão ocorrida em Las Vegas no mesmo dia. Em Las Vegas, um Tesla Cybertruck carregado de botijões de gás e fogos de artifício explodiu em frente ao Trump International Hotel.

Reforço de segurança em todo o país

Após o ataque, cidades como Nova York e Washington aumentaram a segurança em pontos estratégicos, como a Trump Tower e a Times Square. A capital americana também reforçou a presença policial em preparação para três eventos importantes:

  • Certificação da vitória de Donald Trump (6 de janeiro);
  • Funeral de Estado do ex-presidente Jimmy Carter (9 de janeiro);
  • Posse presidencial (20 de janeiro).

Testemunhas relatam o ataque

Kimberly Strickland, testemunha do Alabama, descreveu a cena como caótica. “Havia pessoas por toda parte. Ouvimos um barulho alto, gritos e depois o impacto de metal se chocando contra corpos”, relatou.

A investigação segue em andamento, mas até o momento o FBI não encontrou indícios de outros envolvidos.

Fotos: Divulgação

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Atropelamento nos EUA deixa 10 mortos e 30 feridos

Atropelamento nos EUA deixa 10 mortos e 30 feridos

Tragédia em Bourbon Street: caminhão atropela multidão e deixa vítimas

Na noite desta quarta-feira (1º.dez.2024), um atropelamento em Bourbon Street, Nova Orleans, resultou em pelo menos dez mortos e 30 feridos. O incidente ocorreu durante as celebrações de Ano Novo, movimentando equipes de emergência e segurança na região.

O que aconteceu em Bourbon Street?

Segundo informações da agência de emergências de Nova Orleans (NOLA Ready), um caminhão avançou em alta velocidade contra uma multidão reunida na famosa rua da cidade. Testemunhas relataram que o motorista abandonou o veículo após o atropelamento e iniciou disparos com uma arma de fogo. A polícia de Nova Orleans respondeu imediatamente, contendo a situação.

Resgate e atendimento aos feridos

As vítimas foram encaminhadas a cinco hospitais da região. Equipes de resgate e serviços de emergência agiram rapidamente para prestar socorro aos feridos. A NOLA Ready emitiu um alerta para que curiosos evitassem se aproximar do local, facilitando o trabalho das autoridades.

Contexto do incidente

O atropelamento ocorreu no encerramento das festividades de Ano Novo em Nova Orleans e próximo ao início do AllState Bowl, um importante jogo de futebol americano universitário que ocorre no Caesars Superdome. O evento atraiu milhares de pessoas à cidade, aumentando significativamente o fluxo de visitantes na região.

Medidas de segurança e investigação

As autoridades locais iniciaram uma investigação detalhada para apurar as motivações do ataque e as circunstâncias que levaram ao atropelamento. A polícia reforçou a segurança na Bourbon Street e em outros pontos turísticos da cidade, com o objetivo de evitar novos incidentes.

Como se proteger em grandes eventos

Para aqueles que frequentam eventos de grande porte, algumas medidas podem ajudar a garantir segurança:

  • Esteja atento ao ambiente.
  • Identifique saídas de emergência.
  • Siga as orientações das autoridades.
  • Evite aglomerações quando possível.
  • Reporte comportamentos suspeitos.

Foto: Ilustração

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Brasil assume presidência do Brics em meio à expansão do bloco

Brasil assume presidência do Brics em meio à expansão do bloco

A Rússia ocupou a presidência do Brics em 2024

O Brasil assume pela quarta vez, a partir desta quarta-feira (1º), a presidência rotativa do Brics em meio a expansão do bloco que, em 2025, vai contar com ao menos nove novos membros. Reforma da governança global e desenvolvimento sustentável com inclusão social são algumas das agendas que o Brasil buscará promover.

Com o lema Fortalecendo a Cooperação do Sul Global para uma Governança mais Inclusiva e Sustentável, o governo brasileiro tem, entre os desafios, o de articular a participação dos novos membros e dar continuidade à construção do sistema de pagamento com moedas locais no comércio entre os países, substituindo o dólar.

Neste início de 2025, ao menos nove países ingressam no grupo como membros. Cuba, Bolívia, Indonésia, Bielorrússia, Cazaquistão, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram confirmados pela Rússia como novos membros, informou a agência estatal russa Tass. A Rússia ocupou a presidência do Brics em 2024.

O professor de direito internacional Paulo Borba Casella, do Grupo de Estudos sobre o Brics (Gebrics) da Universidade de São Paulo (USP), ressaltou à Agência Brasil que um dos desafios para a presidência do bloco é o de criar uma dinâmica para o Brics expandido.

“Há mais de uma centena de grupos de trabalho em áreas das mais diversas. Será preciso ver como o Brasil consegue ajudar a fazer funcionar o Brics na sua nova configuração, com dez estados e com mais uma dúzia de estados associados. Que maneira isso vai operar? Ainda ninguém viu e ninguém sabe”, ponderou.

Ao todo, treze países foram convidados para participar do Brics. Espera-se ainda que Nigéria, Turquia, Argélia e Indonésia confirmem a participação. A inclusão de novos membros foi definida em outubro de 2024, na 16ª cúpula do Brics, em Kazan, na Rússia, quando foi criada a nova categoria de parceiros do bloco.

A assessoria do Itamaraty, por sua vez, não confirmou em qual categoria os nove países devem ingressar no grupo – se como parceiros ou como membros efetivos. Diferentemente dos membros efetivos, os parceiros podem participar das reuniões e dos encontros, mas não têm poder de voto ou veto, uma vez que as decisões do Brics são tomadas por consenso.

Em 2024, o bloco já havia recebido cinco novos membros efetivos, chegando a dez países. Até então formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, o Brics incluiu no ano passado Irã, Emirados Árabes Unidos, Egito, Etiópia e Arábia Saudita. A Arábia Saudita, apesar de não ter assinado a adesão ao grupo, tem participado de todos os encontros.

Importância Brics

A coordenadora do grupo de pesquisa sobre Brics da PUC do Rio de Janeiro, professora Maria Elena Rodríguez, lembrou que da última vez que o Brasil foi presidente do bloco, o governo não deu muita importância ao Brics, o que deve mudar neste ano.

“A cúpula anterior sob a presidência brasileira foi no governo Bolsonaro e foi totalmente acanhada e sem importância. Agora, o Brics está muito mais consolidado. O Brasil tem que estar muito preparado e apresentar avanços concretos, como na questão das negociações em moedas locais. É preciso ter uma agenda que ajude a elevar um pouco o Brasil e o continente latino-americano dentro do Brics”, destacou.

Trump e Brics

A iniciativa de substituir o dólar por moedas locais levou o presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, a ameaçar as nações que abandonarem a moeda estadunidense por meio de aumento da taxação dos produtos desses países.

Para o professor da USP, Paulo Borba Casella, Trump não tem condições de impor tarifas a todos os países do Brics sem prejudicar a economia dos EUA. “Ele joga para o eleitorado interno para tentar mostrar uma posição, mas é uma bobagem porque o sistema internacional não funciona só com ameaças”, comentou.

Devido ao comportamento de Trump, Casella avalia que fóruns como o Brics ganham importância. “Pode ser a vocação dos Brics se contrapor a um discurso bastante mesquinho e grosseiro do ponto de vista de relações internacionais, como o estilo Trump”, acrescentou.

O Brics tem sido usado como plataforma alternativa de diálogo e integração de países insatisfeitos com a ordem internacional liderada pelos EUA e dominada pelo dólar. Com dez membros plenos, o Brics representa mais de 40% da população global e 37% do PIB mundial por poder de compra, superando o peso econômico do G7, que une os países mais industrializados do mundo.

Entre as principais demandas do grupo, está a defesa de uma reforma na governança global, com ampliação da representação dos países da Ásia, África e América Latina em órgãos como o Conselho de Segurança da ONU, a Organização Mundial do Comércio (CMO) e instituições financeiras como Banco Mundial e Fundo Monetário Internacional (FMI).

Foto: Ricardo Stuckert/PR / Rogério Melo/PR

Da Agência Brasil

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Brasil volta ao pódio feminino da São Silvestre

Brasil volta ao pódio feminino da São Silvestre

Nubia de Oliveira Silva ficou em terceiro lugar

A brasileira Nubia de Oliveira Silva conseguiu alcançar o pódio da tradicional corrida internacional de São Silvestre, chegando em terceiro lugar, com o tempo de 53 minutos e 24 segundos. Ela conseguiu alcançar o pódio após ter ultrapassado a atleta da Tanzânia, Anastazia Dolomongo, que completou a prova com o tempo de 53m29. Desde 2021 o Brasil não chegava entre as três melhores colocações.

Já a também brasileira Tatiane Raquel da Silva chegou na quinta colocação, com o tempo de 53m51.

A prova foi vencida pela queniana Agnes Keino, com o tempo de 51m25. Na segunda posição chegou a também queniana Cynthia Chemweno, com o tempo de 52m11.

O Brasil não sobe ao topo do pódio da São Silvestre desde 2006, quando Lucélia Peres foi campeã.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Médica alagoana morre em incêndio de hotel na Tailândia

Médica alagoana morre em incêndio de hotel na Tailândia

Incidente em Bangkok vitimou Carolina Canales; noivo conseguiu escapar

A médica alagoana Carolina Canales, de 24 anos, faleceu durante um incêndio ocorrido no hotel The Ember, em Bangkok, capital da Tailândia, no último domingo (29.dez.2024). O noivo de Carolina, Fernando Ressurreição, sobreviveu ao escapar pela janela do quarto onde estavam hospedados. O casal havia ficado noivo apenas seis dias antes do incidente.

Segundo informações da imprensa local, o fogo teve início no 5º andar do hotel e se espalhou rapidamente. Dos 75 hóspedes, 47 foram resgatados, enquanto sete precisaram de atendimento médico devido à inalação de fumaça. Além de Carolina, outras duas pessoas perderam a vida.

Investigação e medidas adotadas

O governador de Bangkok, Chadchart Sittipunt, ordenou o fechamento temporário do hotel e iniciou uma investigação para apurar as causas do incêndio. Além disso, determinou revisão nas rotas de fuga de estabelecimentos hoteleiros e casas de entretenimento.

“A fumaça densa dificultou o resgate. Precisamos reforçar a segurança hoteleira para garantir confiança aos turistas, principalmente com a proximidade das celebrações de Ano Novo”, declarou Sittipunt ao jornal Khaosod.

Luto e homenagens

O Sindicato dos Médicos de Alagoas (Sinmed-AL) lamentou profundamente a morte de Carolina, informando que a jovem foi vítima da inalação de fumaça. Familiares e amigos prestaram homenagens nas redes sociais.

Repercussão e impacto

A tragédia gerou comoção na comunidade médica alagoana e levantou questionamentos sobre a segurança dos turistas brasileiros em viagens internacionais. O caso segue em investigação, e a família aguarda a liberação do corpo para traslado ao Brasil.

Foto: Reprodução

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Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e Nobel da Paz, morre aos 100 anos

Jimmy Carter, ex-presidente dos EUA e Nobel da Paz, morre aos 100 anos

Legado de Carter inclui mediação histórica entre Israel e Egito e intensa atuação humanitária

Jimmy Carter, 39º presidente dos Estados Unidos, faleceu neste domingo (29.dez.2024), aos 100 anos, em sua casa na Geórgia. A informação foi confirmada pelo Carter Center. Carter, que foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz em 2002, deixa um legado de dedicação às causas humanitárias e à mediação internacional.

A trajetória de Jimmy Carter

Nascido em 1924, Carter era fazendeiro e ex-governador da Geórgia antes de ser eleito presidente em 1976, derrotando Gerald Ford. Durante seu mandato, entre 1977 e 1981, Carter enfrentou uma economia desfavorável e a crise dos reféns no Irã. Apesar das dificuldades políticas, destacou-se na mediação de acordos de paz, como o histórico tratado entre Israel e Egito.

Em 1980, Carter perdeu a reeleição para Ronald Reagan. Sua popularidade cresceu após deixar o cargo, impulsionada por suas iniciativas globais através do Carter Center.

O Nobel da Paz

Em 2002, Carter recebeu o Nobel da Paz por seus esforços para resolver conflitos internacionais e promover os direitos humanos. O comitê do Nobel destacou seu “esforço incansável” em prol da paz mundial.

Declarações e homenagens

Chip Carter, filho do ex-presidente, afirmou: “Meu pai foi um herói, não apenas para mim, mas para todos que acreditam na paz e nos direitos humanos”. A família agradeceu as manifestações de carinho e destacou o legado de união deixado por Carter.

Os últimos anos

Nos últimos anos, Carter enfrentou problemas de saúde, incluindo um melanoma que se espalhou para fígado e cérebro. Em fevereiro de 2023, optou por receber cuidados paliativos. Sua esposa, Rosalynn Carter, faleceu em novembro de 2023, aos 96 anos.

Jimmy Carter deixa um legado de dedicação à paz, aos direitos humanos e à justiça social.

Foto: Utenriksdept/VisualHunt

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Jeju Air enfrenta novo incidente com avião um dia após grave acidente na Coreia do Sul

Jeju Air enfrenta novo incidente com avião um dia após grave acidente na Coreia do Sul

Falha no trem de pouso força retorno de aeronave ao aeroporto de Gimpo

Um avião da Jeju Air que decolou nesta segunda-feira (30.dez.2024) do aeroporto de Gimpo, em Seul, precisou retornar devido a um problema identificado no trem de pouso logo após a decolagem. A aeronave, com destino à cidade de Jeju, pousou em segurança, segundo informações da agência Yonhap.

Incidente ocorre um dia após tragédia aérea

O novo incidente aconteceu apenas um dia após um acidente com outra aeronave da Jeju Air, que resultou na morte de 179 pessoas no pior desastre aéreo do país em décadas. O acidente de domingo (29) ocorreu durante uma aterrissagem forçada no aeroporto do condado de Muan. A aeronave transportava 175 passageiros e seis tripulantes. Apenas dois tripulantes sobreviveram ao desastre.

Jeju Air Mantém Silêncio Sobre as Causas do Acidente

A Jeju Air não comentou sobre as causas do acidente durante entrevistas coletivas, afirmando que as investigações estão em andamento. O porta-voz da empresa também não se pronunciou sobre o problema ocorrido na segunda-feira.

Especialistas avaliam as possíveis causas

Especialistas em segurança de voo e piloto estão analisando imagens do acidente de domingo. Para eles, o sistema de freios do avião não foi ativado corretamente, resultando em um pouso problemático. As investigações irão determinar os detalhes técnicos do ocorrido.

Investigadores internacionais apoiam análise

Seguindo as normas internacionais de aviação, a Coreia do Sul lidera a investigação, com participação do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos Estados Unidos (NTSB), país de fabricação da aeronave. O gravador de dados de voo foi encontrado cerca de duas horas e meia após o acidente, enquanto o gravador de voz da cabine foi recuperado às 14h24.

Preparação para emergências e procedimentos de segurança

Trevor Jensen, consultor de aviação da Austrália, destacou que, em casos como esse, é comum que as equipes de emergência estejam preparadas para um pouso de barriga. No entanto, o ocorrido não parece ter sido previsto, o que reforça a necessidade de revisão dos protocolos de segurança da companhia.

Próximos passos na investigação

As autoridades indicaram que o processo de investigação poderá levar meses, com foco na análise de fatores técnicos e humanos. A prioridade é garantir que a segurança aérea seja reforçada e evitar futuros acidentes.

Foto: byeangel/VisualHunt.com

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Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 177 mortos e 2 desaparecidos

Acidente de avião na Coreia do Sul deixa 177 mortos e 2 desaparecidos

Avião da Jeju Air explode após pouso forçado no Aeroporto de Muan, em um dos piores desastres aéreos da Coreia do Sul desde 1997

Um dos piores desastres aéreos da Coreia do Sul nos últimos anos ocorreu na manhã deste domingo (29.dez.2024), quando um avião da Jeju Air, transportando 181 pessoas, caiu durante o pouso no Aeroporto Internacional de Muan. O acidente resultou na morte de 177 passageiros, deixando outros dois tripulantes desaparecidos. Apenas dois membros da tripulação sobreviveram, sendo resgatados logo após a tragédia.

O Boeing 737-800 partiu de Bangkok às 1h30, com previsão de chegada em Muan por volta das 8h30. Durante a aproximação final, por volta das 9h, o trem de pouso falhou ao ser acionado, levando o avião a derrapar violentamente na pista antes de colidir com um muro de concreto. A explosão subsequente destruiu grande parte da aeronave, dificultando os trabalhos de identificação das vítimas.

Investigação e possíveis causas

As autoridades locais suspeitam que uma colisão com pássaros possa ter causado o mau funcionamento do trem de pouso. A torre de controle do Aeroporto de Muan havia alertado o piloto sobre a presença de aves na área de aproximação seis minutos antes do acidente. Um minuto após o aviso, o piloto declarou “Mayday”, sinalizando uma emergência. Equipes de resgate foram mobilizadas imediatamente, mas a intensidade do incêndio dificultou os trabalhos.

Busca por desaparecidos e assistência às famílias

Equipes de busca continuam trabalhando na localização dos dois tripulantes desaparecidos. Paralelamente, um necrotério temporário foi montado dentro do aeroporto para acomodar os corpos das vítimas. O presidente em exercício, Choi Sang-mok, visitou o local e declarou o condado de Muan como zona de desastre, prometendo apoio integral às famílias afetadas.

Declaração da Jeju Air

Em um pronunciamento oficial, o CEO da Jeju Air, Kim E-bae, expressou condolências e se comprometeu a colaborar com as investigações. “Assumo total responsabilidade pelo ocorrido, independentemente das causas”, afirmou Kim. A companhia prometeu prestar assistência psicológica e financeira aos familiares das vítimas.

Contexto histórico

Este é o acidente aéreo mais mortal envolvendo uma companhia sul-coreana desde 1997, quando um voo da Korean Air caiu em Guam, vitimando 225 pessoas. O incidente de Muan reforça a importância de revisões mais rigorosas nos procedimentos de segurança aérea no país.

Fotos: Yonhap

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Poeta Jean Sartief lança sua sétima obra literária no Brasil e em Portugal

Poeta Jean Sartief lança sua sétima obra literária no Brasil e em Portugal

Autor tem uma bela carreira nacional e internacional dedicada tanto às artes visuais como à literatura

Jean Sartief, poeta potiguar, lança seu sétimo livro chamado Desrazão à venda pelas redes sociais do autor para o público potiguar. O livro é o primeiro de sua leva escrito em Portugal, onde mora desde 2019 e desenvolve um trabalho de pesquisa em literatura.

Sartief tem uma bela carreira nacional e internacional dedicada tanto às artes visuais como à literatura. A instigante capa do livro parte desse pressuposto metafórico das infinitas possibilidades que a vida dispõe. A fotografia é do próprio autor que sempre trabalhou com provocações visuais.

Desrazão parte do desconforto sentido após o término da pandemia. “Havia uma ânsia de que tudo terminasse, mas também senti um medo de voltar para a rua; um medo de tirar a máscara e aí percebi como a questão da proteção nos coloca aprisionados em nós mesmos. Enquanto todos estavam ansiando pela volta da normalidade, eu de repente me percebi atraído pelo movimento inverso e entendi que isso também era um sufocamento da minha mente”.

Augusto de Campos em Teoria da Poesia Concreta, reflete sobre a existência de poetas torturados pela angústia da expressão e Desrazão parece colocar Sartief nessa delicada aflição de quem tem muito a dizer do seu universo prestes a implodir e desta forma nos tira, por consequência, de um certo sonambulismo de massa. Suas poesias parecem tecer uma narrativa muito simbólica e intensa, às vezes longa, às vezes curta, mas sempre muito instigante porque o poeta põe olhos onde nunca teríamos lugar e nos convida tanto à reflexão como a entrar em lugares obscuros e essa é a grande força dos agoniados poetas. Cada palavra, cada verso deste livro é uma investigação do poder da linguagem que fita múltiplas referências.

No prefácio, Conceição Flores, pesquisadora, doutora e professora de literaturas reformada, indica que o poeta “se inscreve sob as vivências de um tempo marcado pela coexistência precária entre razão e desrazão do mundo atual”. O poeta traz uma elegância ímpar na elaboração de um livro marcado por conflitos que são vivenciados por todos.

Como tem que ser na construção da saúde mental, há uma intensidade que percorre caminhos próprios que o poeta não se abstém de investigar transcorrendo assim sua própria saga. Nela, Sartief junta todos os planos simbólicos possíveis: afetivos, sexuais, religiosos, políticos, cosmológicos e o que mais puder abarcar como o luto, a guerra e por aí vai. Engana-se, porém, quem pensar que ele não está preocupado com uma linha poética. Ela existe e camufla-se justamente nas interseções do excesso, mas que trazem o âmago (e título) do livro, a desrazão.

Muito bem conduzido, é nessa decifração proposta que o bardo adentra no jogo semântico sem cair, ou melhor, passando longe do pieguismo saturado de tantas produções que existem e dizem o óbvio. Desrazão apresenta uma centena de poesias nesta veia condutora, da qual selecionamos uma, que talvez forneça uma leitura para a visualidade da capa, O ovo do caos.

Ali onde o tempo é apuro e crava
como um provérbio cheio de dentes
nasci como se eu tivesse saído
de dentro de uma montanha de pedras
tal quando a noite partiu-se ao meio
e na terra e no céu
pousaram os olhos de Eros
abandonando o ovo do caos
onde Simias gargalhava.

O ovo tem assim essa simbologia como também princípio irredutível da vida. A poesia é uma referência àquela que é considerada o primeiro poema visual do mundo, criada em 300 A.C pelo poeta Simias de Rodes ao qual refere-se às gargalhadas. Interessante que Sartief não alude desse tempo distinto, mas do tempo de hoje. O Caos referido é este em que o mundo está (pandemias, guerras, desgovernos, matanças etc) ao qual todos temos que enfrentar saindo dessa montanha de pedras que é a mãe, a fortaleza, a proteção, um novo nascimento.

Já na poesia Para quem? o autor traz o questionamento acerca desse mundo que vivemos e coloca o leitor nessa posição de responder outra de suas angústias. “Para quem a fome de integridade ergue-se/nesse mundo parido de mentiras?” Desrazão, traz várias costuras entre o social, a política, a religião e o discurso amoroso. Em Fecundo, Sartief subverte também a religiosidade trazendo para seu campo homoafetivo. Assim, termos que estariam associados a uma prática espiritualizada como cânticos, pastor e suas ovelhas e outros que vemos ao longo do livro são colocados à ordem da afetividade “a esperança dos amantes” e “as línguas de dois homens que tocam-se”.

como um cântico elevado nos desertos
qual sede de um pastor e suas ovelhas
como ar protegido nos pulmões
a fuga e logo depois o privilégio do encontro
como a esperança dos amantes
breve nitidez pela primeira vez em meus olhos
como as línguas de dois homens que tocam-se
elevo-me quando avisto-te no caminho
.”

Em Desrazão, Sartief constrói uma obra poderosa que merece ser lida e estudada. Vale lembrar que o livro tem edição limitada por isso segue a dica mais valiosa: não perca tempo e garanta o seu.

Mais informações:

Título: Desrazão
Autor: Jean Sartief
Gênero: Poesia
Fotografia da capa: Jean Sartief
Editora: Selo editorial Giro
Páginas: 111 – Papel pólen, 90g
Venda: @sartief
Valor:R$45,00 + taxas de envio (correios).
Contato: [email protected]

Fotos: Divulgação

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Putin pede desculpas pela queda de avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão

Putin pede desculpas pela queda de avião da Azerbaijan Airlines no Cazaquistão

Acidente com Embraer 190 matou 38 pessoas e gerou especulações sobre defesas antiaéreas russas

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, expressou suas desculpas, neste sábado (28.dez.2024), às autoridades do Azerbaijão pelo trágico acidente com o avião Embraer 190 da Azerbaijan Airlines, que caiu no Cazaquistão no dia 25 de dezembro. A queda da aeronave resultou na morte de 38 pessoas, gerando grande comoção internacional. Apesar da manifestação de pesar, o Kremlin não assumiu responsabilidade pelo ocorrido.

O avião, que decolou de Baku, no Azerbaijão, tinha como destino a cidade de Grozny, na Chechênia, e transportava 67 pessoas no total, incluindo passageiros e membros da tripulação. Segundo as informações preliminares, a aeronave caiu no território do Cazaquistão enquanto ainda estava em voo.

Condolências do presidente Putin

Em um comunicado oficial, Vladimir Putin expressou suas profundas condolências às famílias das vítimas e desejou uma rápida recuperação aos feridos. No entanto, o presidente russo se absteve de admitir culpa pela queda do avião, classificando o incidente como um “trágico acidente”.

A especulação sobre o envolvimento das defesas antiaéreas russas

O que complicou ainda mais a situação foram as alegações de que o avião teria sido atingido por defesas antiaéreas russas. De acordo com a agência de notícias Reuters, fontes com conhecimento das investigações preliminares do Azerbaijão afirmaram que as defesas aéreas russas poderiam ter atacado a aeronave de forma equivocada, confundindo-a com drones ucranianos. Passageiros a bordo do voo relataram ter ouvido sons de tiros do lado de fora da aeronave, o que levanta mais dúvidas sobre as causas do acidente.

O impacto internacional e as investigações

O acidente, que matou dezenas de pessoas, está sendo investigado pelas autoridades do Azerbaijão, com o apoio de especialistas internacionais. O incidente gerou uma série de discussões sobre o uso de defesas antiaéreas em áreas de conflito, como a Ucrânia, e as consequências de erros de tiro durante operações militares.

Foto: Vyacheslav Prokofyev, TASS/Via Fotos Públicas

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Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Dólar sobe para R$ 6,19 com indefinição sobre emendas parlamentares

Bolsa cai 0,67% e volta a atingir o menor nível em mais de seis meses

Em um dia de poucas negociações no mercado financeiro e sem intervenções do Banco Central (BC), o dólar aproximou-se de R$ 6,20 com indefinição sobre as emendas parlamentares. A bolsa de valores caiu e voltou a atingir o menor nível em mais de seis meses.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (27) vendido a R$ 6,193, com alta de R$ 0,016 (+0,26%). A cotação operou em leve alta durante toda a sessão. Por diversas vezes ao longo do dia, chegou a ultrapassar os R$ 6,21, mas desacelerou na hora final de negociação.

Apenas nesta semana, a moeda norte-americana subiu 2%. O BC interveio no mercado apenas uma vez, na quinta-feira (26), quando vendeu US$ 3 bilhões das reservas internacionais. Em dezembro, a autoridade monetária injetou quase US$ 31 bilhões no mercado de câmbio, o maior volume mensal desde a criação do regime de metas de inflação, em 1999.

O mercado de ações teve um dia mais tenso. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 120.269 pontos, com recuo de 0,67%. Com queda acumulada de 1,5% na semana, o indicador atingiu o menor nível desde 19 de junho.

Com a indefinição no mercado internacional, os fatores internos pesaram mais nesta sexta-feira. O dólar não apresentou uma tendência ante as principais moedas, subindo perante umas e descendo diante de outras, em um dia de poucas negociações em todo o planeta.

No Brasil, o mercado reagiu ao futuro das emendas parlamentares. Isso porque os investidores não sabem se serão executadas antes do fim do ano, elevando os gastos do governo no fim de 2024, transferidas para 2025 ou parcialmente canceladas.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio Dino deu prazo até as 20h de hoje para a Câmara dos Deputados responder a quatro questionamentos sobre o pagamento de emendas parlamentares. O prazo foi dado pelo ministro após a Câmara pedir a reconsideração da liminar de Dino que suspendeu o pagamento de R$ 4,2 bilhões em emendas de comissão.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vini Jr. é eleito o melhor jogador do mundo pela Globe Soccer Awards

Vini Jr. é eleito o melhor jogador do mundo pela Globe Soccer Awards

Brasileiro é contemplado uma semana após receber prêmio Fifa The Best

O atacante brasileiro Vinicius Júnior voltou a se eleito o melhor jogador do mundo nesta sexta-feira (27), pelo prêmio Globe Soccer Awards, em votação feita em conjunto pela Associação Europeia de Clubes (ECA) e Associação de Agentes de Jogadores (EFAA), uma semana após o jogador ter sido laureado com o prêmio Fifa The Best Awards de melhor jogador.

Vini Jr foi agraciado com um segundo prêmio da Globe Soccer: o de melhor atacante do ano. O próprio atleta recebeu pessoalmente a premiação hoje (27), durante cerimônia de gala em Dubai (Emirados Árabes Unidos). Outro brasileiro homenageado foi Neymar, agraciado com o prêmio de carreira da Globe Soccer Awards.

“Estou muito feliz de receber esse prêmio, de estar nesse lugar com muitos craques, que sempre acompanhei de longe. Não poderia deixar de agradecer o Real Madrid, meus companheiros e todo mundo que trabalhou para que eu pudesse estar aqui hoje”, disse Vini Jr.

Antes de Vini Jr subir ao palco, o craque português Cristiano Ronaldo, eleito pela Globe Soccer Awards o melhor jogador de futebol em atividade no Oriente Médio, já havia elogiado o brasileiro pela excelente temporada no Real Madrid. CR7 também não poupou críticas ao prêmio Bola de Ouro, da France Football, que elegeu Rodri (Manchester City) como melhor jogador do ano, em detrimento do atacante brasileiro.

“Na minha opinião, Vinicius merecia ganhar a Bola de Ouro. Foi injusto na minha opinião. Digo aqui na frente de todos. Deram para Rodrigo, merecia também, mas Vinicius merecia mais. Venceu a Champions League, fez gol na final… As outras questões, para mim, não são importantes, quando é merecido, você tem que dar para quem merece. Mas esse prêmio é sempre assim. É por isso que amo a Globe Soccer, porque vocês fazem prêmios honestos, isso é muito bom”, defendeu Cristiano Ronaldo.

Visivelmente emocionado, Vini Jr agradeceu o apoio do astro português, jogador do Al-Nassr (Arábia Saudita).

“O Cristiano estava falando que acredita que sou o melhor, eu acredito. É meu ídolo junto com o Neymar. Eu tenho a honra de receber o prêmio de melhor jogador da temporada com meus dois ídolos observando. É uma honra. Agradecer aos meus companheiros, minha família, ao Flamengo que me colocou no mundo. Ser reconhecido é muito importante”, afirmou o camisa 7 do Real Madrid.

Também presente à cerimônia do Globe Soccer Awards, Neymar, atacante do clube saudita Al-Hilal, subiu ao palco para receber o prêmio de homenagem à carreira. O camisa 10 da seleção brasileira segue em recuperação após ruptura no tendão da coxa sofrida no início de novembro.

“Motivo de muita felicidade fazer parte dessa festa. Estou muito contente, muito feliz de estar no meio de tantos craques. Foi um ano muito difícil para mim. Espero poder voltar a estar em campo bem, 100%, que é o que todos nós gostamos de fazer”, revelou Neymar, que antes da lesão na coxa, ficara quase um ano parado por conta de uma lesão no joelho.

Vencedores do Globe Soccer Awards

  • Prêmio especial de carreira: Del Piero (ex-jogador italiano)
  • Melhor diretor esportivo: Piero Ausilio (Inter de Milão)
  • Clube revelação: Olympiacos (clube da Grécia)
  • Melhor técnico do Oriente Médio: Jorge Jesus (técnico do Al Hilal)
  • Melhor clube do Oriente Médio: Al Ain (clube dos Emirados Árabes Unidos)
  • Melhor jogador do Oriente Médio: Cristiano Ronaldo (clube saudita Al-Nassr)
  • Melhor clube: Real Madrid
  • Melhor técnico: Carlo Ancelotti (Real Madrid)
  • Melhor empresário: Jorge Mendes
  • Melhor atacante: Vinicius Júnior (Real Madrid)
  • Melhor meio-campista e prêmio Maradona: Jude Bellingham (Real Madrid)
  • Revelação: Lamine Yamal (ponta-direita do Barcelona)
  • Melhor clube feminino: Barcelona
  • Melhor jogadora do mundo: Aitana Bonmatí (meio-campista do Barcelona)
  • Maior artilheiro da história: Cristiano Ronaldo (clube saudita Al-Nassr)
  • Melhor jogador do mundo: Vinicius Júnior (Real Madrid)

Foto: Globe Soccer Awards/Reprodução

Da Agência Brasil

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Artur Jorge, do Botafogo, é indicado a melhor técnico das Américas

Artur Jorge, do Botafogo, é indicado a melhor técnico das Américas

Treinador português disputa o prêmio com 3 argentinos e 1 uruguaio

O português Artur Jorge é um dos indicados ao tradicional prêmio de melhor técnico das Américas, oferecido desde 1986 pelo jornal uruguaio El País. O treinador do Botafogo se credenciou à disputa pelas conquistas dos títulos da Libertadores e do Campeonato Brasileiro.

O comandante tem quatro adversários: os argentinos Gustavo Costas, Gustavo Alfaro e Lionel Scaloni e o uruguaio Diego Aguirre. Costas foi indicado após conduzir o Racing, de seu país, ao título da Copa Sul-Americana, derrotando o Cruzeiro de Fernando Diniz – atual vencedor do prêmio. Alfaro, que iniciou o ano à frente da seleção da Costa Rica, está invicto à frente do Paraguai. Scaloni levou a Argentina à conquista de mais uma Copa América. Já Aguirre chegou às semifinais da Libertadores com o Peñarol, além de ser campeão do Uruguai.

Artur Jorge pode ser o segundo europeu a ser eleito o melhor técnico das Américas. O também português Abel Ferreira ganhou em 2021, após conduzir o Palmeiras ao bicampeonato da Libertadores.

O treinador alviverde, aliás, foi o primeiro não brasileiro a levar o prêmio representando o futebol do país. Também venceram Sebastião Lazaroni (1989), Telê Santana (1992), Luiz Felipe Scolari (1999 e 2002) e Tite (2017).

Rei e Rainha

O jornal El País contempla ainda os melhores jogadores em atuação no continente, entre homens e mulheres, com os prêmios de Rei e Rainha da América. Os indicados deste ano ainda serão anunciados. A honraria masculina também surgiu em 1986. O atual vencedor é o centroavante argentino Germán Cano, do Fluminense. Em cinco dos últimos dez anos, o premiado jogava no Brasil.

A votação feminina estreou em 2021. No ano passado, a atacante Priscila, à época no Internacional e hoje no América, do México, levou a melhor.

Foto: Vítor Silva/Botafogo

Da Agência Brasil

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Avião da Azerbaijan Airlines cai no Cazaquistão com 67 pessoas a bordo

Avião da Azerbaijan Airlines cai no Cazaquistão com 67 pessoas a bordo

Queda ocorreu durante tentativa de pouso de emergência próximo a Aktau; 32 pessoas sobreviveram.Palavra-chave foco: queda de avião no Cazaquistão

Um avião Embraer 190, operado pela Azerbaijan Airlines, caiu nas proximidades de Aktau, Cazaquistão, nesta quarta-feira (25.dez.2024). A aeronave realizava o voo J2-8243, partindo de Baku, Azerbaijão, com destino a Grozny, na Rússia. Havia 62 passageiros e cinco tripulantes a bordo.

Durante o trajeto, o avião enfrentou uma emergência possivelmente causada por colisão com pássaros. O piloto tentou um pouso de emergência, mas a aeronave caiu a cerca de três quilômetros da cidade de Aktau.

Das 67 pessoas a bordo, 32 sobreviveram e foram encaminhadas a hospitais locais. Entre os sobreviventes, há duas crianças. As demais são consideradas vítimas fatais. Equipes de resgate controlaram o incêndio causado pela queda e iniciaram a recuperação dos corpos.

Números do acidente

  • Total de Ocupantes: 67
  • Sobreviventes: 32
  • Vítimas Fatais: 35

Investigação

As autoridades do Cazaquistão formaram uma comissão governamental para investigar as causas do acidente, em colaboração com o Azerbaijão. Líderes de ambos os países expressaram condolências às famílias das vítimas.

As investigações seguirão para apurar os fatores que contribuíram para a tragédia e prevenir ocorrências semelhantes no futuro.

Foto: Anna Zvereva/VisualHunt.com/Ilustração

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Dólar sobe para R$ 6,18

Dólar sobe para R$ 6,18

Bolsa cai 1,09% e atinge menor nível em mais de seis meses

Num dia de pouca liquidez no Brasil e turbulências no exterior, o dólar voltou a aproximar-se de R$ 6,20. A bolsa caiu mais de 1% e atingiu o menor nível em mais de seis meses.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (23) vendido a R$ 6,186, com alta de R$ 0,114 (+1,87%). A cotação abriu em R$ 6,11 e subiu durante toda a sessão. Na máxima do dia, por volta das 15h30, chegou a R$ 6,20.

Diferentemente dos últimos dias, o Banco Central (BC) não interveio no câmbio. Após o fechamento do mercado, a autoridade monetária anunciou a venda de US$ 3 bilhões à vista na quinta-feira (26). O dinheiro sairá das reservas internacionais e, diferentemente dos leilões de linha, não será recomprado de volta pelo BC.

No mercado de ações, o dia também foi tenso. O índice Ibovespa, da B3, também teve um dia tenso e fechou aos 120.767 pontos, no menor nível desde 1,09%. O indicador está no menor nível desde 20 de junho.

Com o recesso parlamentar no Brasil e poucos dias úteis na semana, o mercado financeiro teve um dia de pouco volume, sendo influenciado principalmente pelo cenário internacional. O dólar fortaleceu-se em todo o planeta, com os investidores ainda digerindo o comunicado da reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que indicou menos cortes no próximo ano nos Estados Unidos.

No Brasil, o câmbio também foi influenciado pela saída de recursos típica do fim de cada trimestre, em que as multinacionais repassam os lucros ao exterior.

A divulgação do boletim Focus, pesquisa semanal com instituições financeiras, indicou piora nas expectativas de inflação e de juros para 2025. Isso interferiu em alta nas taxas futuras de juros, contribuindo para a queda da bolsa.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Brasil é eleito para novo mandato no comitê da paz da ONU

Brasil é eleito para novo mandato no comitê da paz da ONU

Informação foi divulgada pelo Itamaraty neste sábado

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou neste sábado (21) que o Brasil foi eleito para mais um mandato no Comitê Organizacional da Comissão para Consolidação da Paz das Nações Unidas (PBC).

A eleição ocorreu por aclamação no dia 19 dezembro e valerá pelo período entre 2025 e 2026.

O comitê foi criado em 2005, com a participação do Brasil, a fim de coordenar esforços internacionais para a promoção da paz sustentável e duradoura.

Neste ano, o Brasil ocupou a presidência do colegiado e defendeu o fortalecimento do órgão para prevenção de conflitos internacionais e a consolidação da paz em 2025.

O Brasil participa das atividades do comitê de forma ininterrupta desde 2010.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Dólar cai após atuação do Banco Central e aprovação de pacote fiscal

Dólar cai após atuação do Banco Central e aprovação de pacote fiscal

Atuação do Banco Central e aprovação de medidas fiscais impulsionam desvalorização do dólar frente ao real, em semana de alta volatilidade

O dólar encerrou esta sexta-feira (20.dez.2024) com queda de 0,87%, cotado a R$ 6,0710, marcando o segundo recuo consecutivo frente ao real. A desvalorização ocorreu após o Banco Central (BC) injetar US$ 7 bilhões no mercado e o Senado concluir a votação do pacote fiscal do governo. A moeda norte-americana também apresentou queda no cenário internacional, o que contribuiu para o movimento interno.

Apesar do recuo nesta sexta, o dólar acumulou alta de 0,69% na semana, reflexo da volatilidade e da cautela dos investidores quanto às políticas fiscais do país. A intervenção do Banco Central se deu por meio da venda de US$ 3 bilhões em leilão à vista pela manhã, seguida por mais US$ 4 bilhões em leilões de linha, totalizando US$ 7 bilhões em um único dia.

Desde a quinta-feira da semana anterior, o BC já soma US$ 27,77 bilhões em intervenções no mercado cambial, com o objetivo de conter a valorização expressiva do dólar frente ao real. A expectativa do mercado é que novas atuações possam ocorrer, dependendo do comportamento das cotações.

Outro fator determinante para a desvalorização do dólar foi a aprovação do pacote fiscal pelo Senado. A proposta inclui restrição ao acesso ao Benefício de Prestação Continuada (BPC) e limita o aumento real do salário mínimo. O pacote é composto por três medidas, incluindo uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) para redução de despesas obrigatórias e um projeto de lei complementar que estabelece limites para os gastos públicos. A PEC foi promulgada nesta sexta-feira, consolidando a votação antes do recesso parlamentar.

As declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva também repercutiram positivamente no mercado cambial. Durante a tarde, Lula afirmou que Gabriel Galípolo, próximo presidente do Banco Central, conta com sua total confiança e a da equipe econômica. O presidente assegurou que não haverá interferência política nas decisões do BC, reforçando a autonomia da instituição.

Após o pronunciamento, o dólar atingiu a cotação mínima do dia, de R$ 6,0456 (-1,29%) às 15h57, após ter registrado a máxima de R$ 6,1154 (-0,15%) pela manhã. A unificação do discurso entre o presidente, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a ministra do Planejamento, Simone Tebet, contribuiu para o movimento positivo.

Ibovespa fecha em alta

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), encerrou esta sexta-feira em alta de 0,5%, alcançando 121.788,99 pontos. A valorização foi impulsionada pelo alívio nas taxas dos contratos de Depósitos Interfinanceiros (DIs) e pela queda do dólar ante o real, reflexo direto da aprovação do pacote fiscal e da declaração de Lula sobre a autonomia do próximo presidente do Banco Central.

Ao longo do dia, o Ibovespa oscilou entre a mínima de 120.700,49 pontos e a máxima de 122.209,26 pontos. Apesar do ganho no pregão, o índice acumulou queda de 2,27% na semana, influenciado pela instabilidade do mercado e pelas incertezas fiscais.

O volume financeiro na B3 alcançou R$ 25,95 bilhões antes dos ajustes finais, impactado pelo vencimento de opções sobre ações. Investidores monitoram os próximos passos do governo em relação à política fiscal e aguardam novas medidas que possam trazer estabilidade ao cenário econômico brasileiro.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Arquivo

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Dólar cai para R$ 6,12 com intervenção do BC e aprovação de pacote

Dólar cai para R$ 6,12 com intervenção do BC e aprovação de pacote

Bolsa sobe 0,34% e volta a superar os 121 mil pontos

Após um dia de trégua no mercado financeiro, o dólar teve forte queda e fechou próximo de R$ 6,10, refletindo a intervenção recorde do Banco Central (BC) no câmbio e a aprovação de parte do pacote de corte de gastos na Câmara dos Deputados. A bolsa de valores iniciou o dia em forte alta, mas perdeu força perto do fim das negociações e registrou pequena alta.

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (19) vendido a R$ 6,122, com recuo de R$ 0,146 (-2,32%). Apesar da queda, o valor de fechamento é o segundo maior da história do real, só perdendo para a véspera, quando a moeda norte-americana fechou em R$ 6,26.

Reservas internacionais

A cotação chegou a abrir em alta, atingindo R$ 6,28 por volta das 10h15, mas passou a cair após o BC vender US$ 5 bilhões das reservas internacionais em dois leilões, um de US$ 3 bilhões, anunciado na quarta-feira (18) à noite, e outro de US$ 2 bilhões.

Corte de gastos

A moeda operou em torno de R$ 6,14 no início da tarde e caiu ainda mais após a Câmara dos Deputados aprovar a proposta de emenda à Constituição (PEC) do pacote de corte de gastos do governo. A larga margem favorável à votação (354 votos no primeiro turno e 348 no segundo) trouxe alívio. Na mínima do dia, por volta das 15h45, a cotação chegou a R$ 6,10.

O mercado de ações teve um dia de leve recuperação. Após atingir na véspera o menor nível em seis meses, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 121.188 pontos, com alta de 0,34%.

Por volta das 13h30, o indicador atingiu 0,82%, mas perdeu força durante a tarde, pressionado pelas bolsas norte-americanas, que fecharam próximas da estabilidade.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo

Vinícius Júnior é eleito o melhor jogador do mundo

Brasil tem o número um do futebol após 17 anos

O brasileiro Vinícius Júnior, jogador do Real Madrid, venceu o prêmio da Fifa de melhor jogador do mundo em 2024. A premiação ocorreu na tarde desta terça-feira (17), em Doha, no Catar. É a primeira vez que Vini Jr. recebe o prêmio “The Best” dado pela entidade máxima do futebol.

Em seu discurso, o jogador lembrou do Flamengo, clube que o revelou, e agradeceu também aos colegas da Seleção Brasileira e do clube espanhol, onde atua desde o segundo semestre de 2018.

“Tenho de agradecer a todo mundo que votou em mim, todos os jogadores, treinadores, jornalistas e meus fãs. Eu não poderia deixar de agradecer à minha família, que deixou de viver o sonho dela para viver o meu sonho. Agradecer ao presidente, ao mister Carleto [Carlo Ancelotti, treinador do Real Madrid], e ao meu time que me fez chegar até aqui e me fez acreditar que eu poderia fazer a diferença e fazer grandes coisas com elas”.

O craque da Seleção Brasileira e do Real Madrid viveu a temporada mais espetacular de sua carreira em 2023/24. Ele foi protagonista constantemente em momentos decisivos pelo Real Madrid, marcando 24 gols em 39 partidas em diversas competições.

Vini Jr. teve 48 pontos na votação, realizada por treinadores e capitães de seleções nacionais, jornalistas e torcedores. Em segundo lugar ficou o espanhol Rodri, com 43 pontos. O meia inglês Jude Bellingham ficou em terceiro, com 37 pontos. Veja a lista completa no site da Fifa .

O Brasil volta a ter o melhor jogador do mundo depois de 17 anos. A última vez havia sido em 2007, quando Kaká foi agraciado. É a primeira vez, no entanto, que um brasileiro é premiado durante a era The Best, premiação criada pela Fifa em 2016. Antes, a premiação tinha outro nome e chegou a ser dividia com a “Bola de Ouro”, prêmio dado pela revista francesa France Football.

Marta ganha o “Marta”

A brasileira Marta, eleita seis vezes a melhor do mundo em anos anteriores, venceu em 2024 o prêmio de gol mais bonito do futebol feminino. Como uma coroação de uma carreira vitoriosa, ela conquistou um prêmio que traz seu nome. O primeiro Prêmio Marta da FIFA, criado para reconhecer o melhor gol do futebol feminino, foi conquistado pela própria.

Duas semanas antes de disputar o Torneio Olímpico de Futebol Feminino de Paris 2024, a alagoana marcou o gol premiado: um chute certeiro da entrada da área, no ângulo, após driblar a zagueira com uma pedalada.

“Quero dizer que estou muito feliz com o resultado. Competir com todas essas craques… Foram gols fantásticos, e essa temporada foi maravilhosa também. [Estou] Mais feliz ainda em receber um prêmio que leva o meu nome. Sem dúvida, é uma honra muito grande, então quero agradecer a todos vocês”, disse Marta.

Foto: Lucas Figueiredo/CBF

Da Agência Brasil

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Dólar sobe para R$ 6,09 e bate recorde nominal de cotação

Dólar sobe para R$ 6,09 e bate recorde nominal de cotação

Bolsa cai 0,84% e atinge menor nível desde fim de junho

Apesar de sucessivas intervenções do Banco Central (BC), o dólar fechou em forte alta e aproximou-se de R$ 6,10. A bolsa de valores caiu quase 1% e atingiu o menor nível desde o fim de junho.

O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (16) vendido a R$ 6,094, com alta de R$ 0,059 (+0,99%). Esse é o maior valor nominal desde a criação do real, em 1994. A cotação chegou a operar em estabilidade logo após a primeira intervenção do BC, mas voltou a subir após cada operação da autoridade monetária.

Poucos minutos após a abertura do mercado, o BC vendeu à vista US$ 1,6 bilhão das reservas internacionais. No meio da manhã, a autoridade monetária vendeu US$ 3 bilhões com compromisso de recomprar o dinheiro mais tarde, operação anunciada na última sexta-feira (13). Mesmo assim, a cotação subiu durante a tarde.

O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 123.560 pontos, com recuo de 0,84%. Em queda pela terceira vez seguida, o indicador encerrou no menor patamar desde 26 de junho.

Tanto fatores domésticos como externos afetaram as negociações. No Brasil, os investidores continuam atentos à votação do pacote de corte de gastos, prevista para começar nesta segunda-feira em sessão extraordinária virtual da Câmara dos Deputados. Ao longo dos últimos dias, o governo liberou cerca de R$ 7 bilhões em emendas parlamentares para destravar a votação.

No mercado internacional, os investidores estão atentos à reunião do Federal Reserve (Fed, Banco Central norte-americano), que nesta semana decide em quanto baixará os juros básicos dos Estados Unidos. Durante a tarde, uma declaração do presidente eleito Donald Trump de que pretende sobretaxar produtos brasileiros trouxe instabilidade ao câmbio e adicionou pressão ao dólar no Brasil.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Dólar sobe para R$ 6,03, apesar de intervenção do Banco Central

Dólar sobe para R$ 6,03, apesar de intervenção do Banco Central

Bolsa cai 1,13% e atinge menor nível em duas semanas

Num dia de tensões no mercado financeiro, o dólar subiu, apesar de o Banco Central (BC) ter intervindo no câmbio pela segunda vez em dois dias. A bolsa caiu mais uma vez e atingiu o menor nível em duas semanas.

O dólar comercial encerrou esta sexta-feira (13) vendido a R$ 6,035, com alta de R$ 0,026 (+0,43%). A cotação chegou a abrir em baixa, mas inverteu o movimento e passou a subir ainda durante a manhã. A moeda desacelerou no meio da tarde, após o BC vender US$ 845 milhões das reservas internacionais. Mesmo assim, permaneceu acima de R$ 6.

O mercado de ações teve um dia mais pessimista. Em queda pela segunda vez seguida, o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 124.612 pontos, com recuo de 1,13%. O indicador está no menor nível desde 28 de novembro.

Tanto fatores internos como externos influenciaram o mercado. No exterior, o dólar subiu nesta sexta-feira, principalmente durante a tarde, especialmente perante aplicações financeiras tradicionais, como o ouro.

No entanto, o cenário doméstico predominou, com a desconfiança de que o Congresso desidratará o pacote de corte de gastos do governo. A votação depende da liberação de emendas parlamentares e corre contra o tempo, com o Parlamento entrando em recesso no fim da próxima semana.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração

Da Agência Brasil

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Turista argentino baleado no Rio está em estado gravíssimo

Turista argentino baleado no Rio está em estado gravíssimo

Homem seguia com a família para visitar o Cristo Redentor

O turista argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, baleado na cabeça quando seguia de carro, com a família, para visitar o Cristo Redentor, na tarde dessa quinta-feira (12), está em estado gravíssimo. Ele segue internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.

A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo está ouvindo os familiares que estavam num carro com a vítima. Os turistas foram surpreendidos por homens armados em um dos acessos ao Morro do Escondidinho, no Rio Comprido, perto da subida para o Corcovado.

GPS

A Polícia Civil informou que faz diligências no local para identificar o autor do disparo. A família contou que Gaston seguia um aplicativo de GPS, que teria indicado um caminho passando por dentro da comunidade.

Após ser atingido, o argentino bateu o carro no muro de uma casa, sendo socorrido por bombeiros. A Polícia Militar esteve no local e fez buscas, mas não localizou suspeitos.

Foto: Reprodução

Da Agência Brasil

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François Bayrou é nomeado primeiro-ministro da França pelo presidente Macron

François Bayrou é nomeado primeiro-ministro da França pelo presidente Macron

Líder do MoDem assume com o desafio de restaurar a estabilidade política em meio à falta de maioria na Assembleia Nacional

O presidente francês, Emmanuel Macron, anunciou nesta sexta-feira (13.dez.2024) a nomeação de François Bayrou, líder do Movimento Democrático (MoDem), como novo primeiro-ministro da França. Aos 73 anos, Bayrou, conhecido por sua experiência e habilidade como negociador, terá a missão de formar um governo em um cenário de fragmentação política, onde nenhum partido detém maioria na Assembleia Nacional.

A decisão foi oficializada após uma reunião de quase duas horas entre os dois líderes no Palácio do Eliseu, em Paris. Bayrou, que já foi ministro da Justiça no primeiro mandato de Macron, retorna ao centro do poder político após ter sido absolvido em um processo de acusações relacionadas a assistentes fictícios na Assembleia Nacional. Apesar da absolvição, o Ministério Público recorreu, e o caso ainda tramita na Justiça.

Bayrou é uma figura central na política francesa há décadas, tendo ocupado cargos de destaque, como deputado e ministro da Educação em governos anteriores. Ele também foi um dos principais apoiadores de Emmanuel Macron desde sua primeira candidatura à presidência, abrindo mão de sua própria candidatura em 2017, o que foi crucial para a vitória de Macron.

Nomeação após impasse

A escolha de Bayrou como primeiro-ministro veio após um impasse político. Segundo o jornal Le Monde, Macron inicialmente ofereceu ao líder do MoDem a posição de vice em um governo liderado por Roland Lescure. A proposta foi rejeitada por Bayrou, que chegou a ameaçar deixar a coalizão presidencial. A possibilidade de ruptura forçou o presidente a rever sua decisão e nomeá-lo como chefe de governo.

Desafios à frente

Como o quarto primeiro-ministro desde a reeleição de Macron em 2022, François Bayrou terá a tarefa de enfrentar uma oposição fortalecida, buscando aprovar reformas e garantir a governabilidade. Ele também precisará lidar com tensões internas dentro da coalizão presidencial, agravadas por divergências em questões cruciais, como a possível inelegibilidade de Marine Le Pen no caso de seu julgamento por assistentes fictícios no Parlamento Europeu.

Com décadas de experiência política e uma reputação de mediador, Bayrou se prepara para liderar um governo sob intensa pressão, enquanto a França enfrenta desafios econômicos e sociais significativos.

Foto: Guillaume Paumier/VisualHunt

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Dólar sobe para R$ 6 com pressão de importadores

Dólar sobe para R$ 6 com pressão de importadores

Bolsa cai 2,74% com alta de juros além do esperado

No dia seguinte à elevação de 1 ponto percentual da taxa Selic (juros básicos da economia), o dólar voltou a ficar acima de R$ 6, por causa da demanda de importadores. A bolsa teve forte queda, sob influência da decisão do Banco Central (BC).

O dólar comercial encerrou esta quinta-feira (12) vendido a R$ 6,009, com alta de R$ 0,041 (+0,69%). A cotação operou em baixa ou próxima da estabilidade na maior parte do dia, chegando a R$ 5,92 na abertura dos negócios. No entanto, a pressão de importadores, que aproveitaram a queda para comprar a moeda norte-americana, elevou a cotação ao longo da tarde.

A moeda norte-americana subiu mesmo com a intervenção do BC. Pela manhã, a autoridade monetária vendeu US$ 4 bilhões das reservas internacionais com compromisso de comprar o dinheiro daqui a uns meses. Essa foi a primeira atuação no câmbio em um mês.

O mercado de ações teve um dia mais pessimista. Após encostar nos 130 mil pontos na quarta-feira (11), o índice Ibovespa, da B3, fechou aos 126.042 pontos, com recuo de 2,74%. Essa foi a maior queda diária desde 2 de janeiro de 2023.

A bolsa foi influenciada pela decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic de 11,25% para 12,25% ao ano, enquanto a maior parte das instituições financeiras apostava em reajuste para 12% ao ano. Juros altos pressionam o mercado de ações porque os investidores saem da bolsa para investirem em renda fixa, como títulos públicos, considerados menos arriscados.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Pachuca elimina Botafogo e avança às semifinais da Copa Intercontinental da FIFA

Pachuca elimina Botafogo e avança às semifinais da Copa Intercontinental da FIFA

Com gols no segundo tempo, time mexicano supera equipe brasileira e enfrentará o Al-Ahly na próxima fase

O Pachuca, do México, venceu o Botafogo por 3 a 0 nesta quarta-feira (11.dez.2024), garantindo sua vaga nas semifinais da Copa Intercontinental da FIFA. A partida foi disputada poucos dias após o time brasileiro conquistar o título do Campeonato Brasileiro, o que impactou diretamente o desempenho da equipe.

Os gols do Pachuca foram marcados no segundo tempo por Oussama Idrissi, Nelson Deossa e Salomon Rondón. O placar foi aberto aos cinco minutos, quando Idrissi protagonizou uma jogada individual brilhante, driblando três defensores antes de finalizar com precisão. Aos 21 minutos, um erro da defesa botafoguense permitiu a Deossa ampliar a vantagem. Rondón consolidou a vitória aos 35 minutos, em um contra-ataque veloz.

A equipe carioca entrou em campo desfalcada de jogadores importantes e claramente afetada pela longa viagem do Rio de Janeiro e pela proximidade com o fim do campeonato nacional. Apesar de criar algumas chances, o Botafogo não conseguiu reverter a superioridade do time mexicano, campeão da Concacaf.

Com a vitória, o Pachuca enfrentará o Al-Ahly, do Egito, no próximo sábado (14), buscando uma vaga na grande final. Caso vença, enfrentará o Real Madrid, atual campeão da Liga dos Campeões da UEFA, na decisão marcada para a próxima semana.

Autoridades do torneio destacam a importância da competição para fortalecer o intercâmbio entre equipes de diferentes continentes, colocando em evidência o desempenho e as estratégias de clubes além das tradicionais ligas europeias.

Foto: Vítor Silva/Botafogo

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2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

Temperaturas médias globais ultrapassam marca de 1,5°C acima do período pré-industrial; extremos climáticos persistem

O ano de 2024 está confirmado como o mais quente desde o início dos registros históricos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9.dez.2024) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. As temperaturas extraordinariamente altas devem continuar pelo menos até os primeiros meses de 2025, marcando um período de calor sem precedentes.

De acordo com o relatório do C3S, as temperaturas médias globais entre janeiro e novembro já superaram todos os registros anteriores, tornando 2024 o primeiro ano em que o aquecimento global atingiu 1,5°C acima dos níveis do período pré-industrial (1850 a 1900). O recorde anterior foi estabelecido em 2023.

Extremos climáticos marcaram 2024

O ano também foi caracterizado por eventos climáticos extremos em todo o mundo. Secas severas afetaram regiões como Itália e América do Sul, enquanto enchentes fatais atingiram países como Nepal, Sudão e diversas localidades da Europa. Ondas de calor em regiões como México, Mali e Arábia Saudita resultaram em milhares de mortes, e ciclones devastadores impactaram os Estados Unidos e as Filipinas.

Estudos científicos confirmaram que esses desastres naturais carregam as marcas das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.

Impacto das emissões de CO2

A principal causa das mudanças climáticas continua sendo as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da queima de combustíveis fósseis. Apesar de compromissos globais para reduzir essas emissões a zero, o relatório aponta que os níveis de CO2 devem atingir um novo recorde ainda em 2024.

A redução das emissões é fundamental para evitar o agravamento do aquecimento global. Contudo, as metas estabelecidas por muitos governos enfrentam dificuldades de implementação, enquanto os eventos extremos continuam a ameaçar populações em todo o planeta.

Previsões para 2025

Os cientistas também estão acompanhando a possível formação do fenômeno climático La Niña em 2025, que tende a resfriar as temperaturas da superfície do oceano. Ainda que isso possa aliviar temporariamente o calor global, não interromperá a tendência de longo prazo de aquecimento.

Dados históricos e perspectivas

Os registros de temperatura do C3S, que remontam a 1940, são combinados com séries históricas que datam de 1850, oferecendo uma visão abrangente sobre o aquecimento global. O relatório reforça a urgência de ações climáticas concretas para mitigar os impactos das emissões de gases de efeito estufa e proteger populações vulneráveis diante de cenários climáticos cada vez mais desafiadores.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Fifa divulga tabela da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025

Fifa divulga tabela da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025

Palmeiras é o primeiro brasileiro a estrear na competição

A Fifa (Federação Internacional de Futebol) anunciou neste sábado (7) a tabela completa da primeira fase do Mundial de Clubes de 2025, competição que será disputado nos Estados Unidos entre os dias 14 de junho e 13 de julho. E a primeira equipe do Brasil a entrar em ação no torneio será o Palmeiras, que medirá forças com o Porto (Portugal) a partir das 19h (horário de Brasília) de 15 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Já o Botafogo, atual campeão da Copa Libertadores, terá o Seattle Sounders (Estados Unidos) como adversário inicial. A partida também será realizada no dia 15, mas a partir das 23h no Estádio Lumen Field, em Seattle. Um dia depois será a vez de o Flamengo enfrentar o Esperánce de Tunis (Tunísia), a partir das 22h no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. O último brasileiro a entrar em ação na primeira fase é o Fluminense, que mede forças com o Borussia Dortmund (Alemanha), a partir das 13h do dia 17 de junho no MetLife Stadium, em Nova Jersey.

Depois de enfrentar o Porto, o Palmeiras terá pela frente o Al Ahly (Arábia Saudita), a partir das 13h de 19 de junho no MetLife Stadium, e o Inter Miami (Estados Unidos), no dia 23 de junho a partir das 22h no Hard Rock Stadium, em Miami. Já o Botafogo não terá vida fácil nos dois últimos compromissos do Mundial na primeira fase, pois pega PSG (França), a partir das 22h do dia 19 de junho, e o Atlético de Madrid (Espanha), a partir das 16h do dia 23 de junho. Os dois confrontos terão como sede o Rose Bowl Stadium, em Los Angeles.

O segundo compromisso do Flamengo na competição será diante do Chelsea (Inglaterra), a partir das 15h de 20 de junho no Estádio Lincoln Financial Field, na Filadélfia. E o terceiro será diante do León, quatro dias depois, a partir das 22h, no Camping World Stadium, em Orlando.

Já no dia 21 de junho o Fluminense encontra, a partir das 19h, o Ulsan (Coreia do Sul) no MetLife Stadium. E quatro dias depois será a vez de o Tricolor das Laranjeiras medir forças, a partir das 16h, com o Mamelodi Sundowns (África do Sul), no Hard Rock Stadium.

Foto: Cesar Greco/Palmeiras/by Canon

Da Agência Brasil

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Entenda como ficam as exportações agrícolas após acordo Mercosul-UE

Entenda como ficam as exportações agrícolas após acordo Mercosul-UE

Café e frutas terão alíquota zero; carne e açúcar, tarifas reduzidas

Assinado nesta sexta-feira (6) após 25 anos de negociações, o acordo entre o Mercosul e a União Europeia (UE) não sofreu modificações quanto ao comércio de produtos agropecuários, esclareceu o governo brasileiro no factsheet (documento com resumo) sobre o tratado. As condições para a entrada na UE de bens agrícolas exportados pelo Mercosul foram mantidas em relação ao texto original de 2019.

O texto final contrariou a expectativa de países como França e Polônia, que queriam restringir os produtos do continente sul-americano para não perderem competitividade. Existe a possibilidade de Itália, Países Baixos e Áustria se oporem ao acordo.

Pelo factsheet divulgado pelo governo brasileiro, café e sete tipos de fruta do Mercosul entrarão na União Europeia sem tarifas e sem cotas. Pela oferta do Mercosul aceita pela UE, as frutas com livre circulação são: abacate, limão, lima, melão, melancia, uva de mesa e maçã.

Outros produtos agropecuários terão cotas (volumes máximos) e tarifas para entrarem na União Europeia, porém mais baixas que as atuais. O acordo prevê a desgravação (retirada gradual da tarifa), de modo a zerar o Imposto de Importação entre os dois blocos e cumprir as condições de uma zona de livre-comércio. Os prazos para a eliminação de tarifas são de quatro, sete, oito, 10 e 12 anos, variando conforme o item.

As cotas definidas no acordo comercial serão posteriormente divididas entre os países do Mercosul. No caso de as exportações do Mercosul à UE ultrapassarem a cota, os produtos passarão a pagar as alíquotas atuais.

De acordo com o documento do governo brasileiro, a oferta da União Europeia, aceita pelo Mercosul, corresponde a aproximadamente 95% dos bens e 92% do valor das exportações de bens brasileiros à União Europeia. Produtos sujeitos a cotas ou tratamentos não tarifários (como barreiras ambientais ou sanitárias) representam cerca de 3% dos bens e 5% do valor importado pela União Europeia, com esses tratamentos aplicados principalmente a itens do setor agrícola e da agroindústria.

Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a abordagem reflete o equilíbrio buscado entre a abertura de mercados e a proteção de setores sensíveis para ambas as partes.

Confira a situação por produto:

  • Café: exigência de que 40% do café verde e 50% do café solúvel sejam originários do Brasil. Para os três tipos de café (verde, torrado e solúvel), as tarifas, atualmente entre 7,5% e 11%, serão eliminadas de quatro a sete anos
  • Uvas frescas de mesa: retirada imediata da tarifa de 11%, com livre-comércio
  • Abacates: alíquota de 4% retirada em quatro anos
  • Limões e limas: tarifa de 14% retirada em até sete anos
  • Melancias e melões: alíquota atual de 9% eliminada em sete anos
  • Maçãs: tarifa atual de 10% retirada em dez anos
  • Etanol industrial: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 450 mil toneladas sem tributo quando o acordo entrar em vigor
  • Etanol combustível e para outros usos: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 200 mil toneladas, com um terço da tarifa europeia (6,4 euros ou 3,4 euros a cada cem litros), com volume crescente em seis estágios até cinco anos após a entrada em vigor do acordo
  • Açúcar: tarifas zeradas gradualmente, cota de 180 mil toneladas com tarifa zero e tarifas atuais, entre 11 euros e 98 euros por tonelada, sobre o que ultrapassar a cota. Cota específica de 10 mil toneladas para o Paraguai, com alíquota zero
  • Arroz: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 60 mil toneladas com alíquota zero a partir da entrada em vigor do acordo e volume crescente de seis estágios em cinco anos
  • Mel: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 45 mil toneladas com alíquota zero a partir da vigência do acordo e volume crescente em seis estágios em cinco anos.
  • Milho e sorgo: tarifas zeradas gradualmente, cota de 1 milhão de toneladas com alíquota zero na entrada em vigor do acordo, com volume crescente em seis estágios anuais em cinco anos
  • Ovos e ovoalbumina: tarifas zeradas gradualmente, com cota de 3 mil toneladas com alíquota zero a partir da vigência do acordo, com volume crescente em seis estágios anuais em cinco anos
  • Carne bovina: cota de 99 mil toneladas de peso carcaça, 55% resfriada e 45% congelada, com tarifa reduzida de 7,5% e cota crescente em seis estágios. Cota Hilton, de 10 mil toneladas, com alíquota reduzida de 20% para 0% a partir da entrada em vigor do acordo
  • Carne de aves: cota de 180 mil toneladas de peso carcaça com tarifa zero, das quais 50% com osso e 50% desossada e volume crescente em seis estágios
  • Carne suína: cota de 25 mil toneladas com tarifa de 83 euros por tonelada e volume crescente em seis estágios
  • Suco de laranja: redução a zero da alíquota em 7 e 10 anos e margem de preferência (redução de alíquota em relação à atual) de 50%
  • Cachaça: liberação do comércio em quatro anos de garrafas de menos de 2 litros, cota de 2,4 mil toneladas com alíquota zero e volume crescente em cinco anos para cachaça a granel. Atualmente, a aguardente paga alíquota em torno de 8%
  • Queijos: cota de 30 mil toneladas com volume crescente e com alíquota decrescente em 10 anos (exclusão de muçarela do acordo)
  • Iogurte: margem de preferência de 50%
  • Manteiga: margem de preferência de 30%

Fonte: Ministério da Agricultura e factsheet do governo brasileiro

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Rebeldes depõem Assad e Brasil orienta retirada de cidadãos na Síria

Rebeldes depõem Assad e Brasil orienta retirada de cidadãos na Síria

Avanço rebelde em Damasco marca fim de governo de Assad; Itamaraty recomenda saída de brasileiros e reforça apelo por solução pacífica

O presidente sírio Bashar al-Assad foi deposto neste domingo (8.dez.2024), após rebeldes islâmicos assumirem o controle de Damasco, encerrando mais de cinco décadas de governo da família Assad. Em meio à comemoração de milhares de pessoas nas ruas da capital, os rebeldes declararam o início de um processo de transição política, desferindo um golpe significativo na influência de aliados como Rússia e Irã, que apoiaram Assad durante a guerra civil de 13 anos.

Com a ocupação de pontos estratégicos, incluindo o Palácio Presidencial Al-Rawda, e a liberação de prisioneiros, a coalizão rebelde reforçou o compromisso de reconstruir o país. Abu Mohammed al-Golani, comandante rebelde, afirmou que “não há espaço para voltar atrás” e destacou o objetivo de unir as diversas facções do país, devastado pela guerra. No entanto, desafios como a reconstrução de infraestrutura, a contenção de facções extremistas e a necessidade de bilhões de dólares em investimentos permanecem no horizonte.

A crise na Síria também gerou reações internacionais. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, associou a queda de Assad às ações contra o Irã e o Hezbollah, enquanto o presidente francês Emmanuel Macron saudou a mudança como o fim de um “estado bárbaro”. O governo dos Estados Unidos monitora de perto a situação, mas mantém a presença de tropas na região.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil, em nota oficial, demonstrou preocupação com a escalada de hostilidades e orientou os cidadãos brasileiros na Síria a deixarem o país. A Embaixada do Brasil em Damasco disponibilizou contatos de emergência e reforçou o apelo por máxima contenção das partes envolvidas, além de destacar a necessidade de uma solução política negociada que respeite a soberania e a integridade territorial síria.

A ofensiva rebelde em Damasco, que surpreendeu capitais árabes e potências globais, é vista como um marco histórico, mas também traz incertezas sobre a estabilidade na região do Oriente Médio, que já enfrenta os desdobramentos do conflito entre Israel e Hamas em Gaza. Com a saída de Assad e a retirada de forças do Hezbollah, o destino da Síria dependerá do sucesso das negociações para a formação de um governo de transição e da superação de rivalidades internas.

Foto: Reprodução/Fotos Públicas

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Catedral de Notre-Dame reabre após cinco anos do incêndio devastador

Catedral de Notre-Dame reabre após cinco anos do incêndio devastador

Local retoma atividades após uma restauração meticulosa que envolveu milhares de artesãos

Neste sábado (7.dez.2024), a Catedral de Notre-Dame de Paris reabriu suas portas, cinco anos e meio após ser severamente danificada por um incêndio que destruiu sua torre e teto, deixando o mundo em choque. A reabertura marca o renascimento de um dos mais importantes símbolos da França e da arquitetura gótica.

O incêndio, ocorrido em 15 de abril de 2019, abalou a comunidade internacional ao ameaçar a integridade de uma estrutura de 860 anos. Durante a tragédia, a torre central e o teto desabaram, mas as torres do sino e parte da estrutura principal foram salvas graças ao esforço das equipes de emergência.

A restauração envolveu mais de cinco anos de trabalho minucioso, com milhares de artesãos especializados, como carpinteiros, pedreiros e artistas de vitrais, empregando técnicas tradicionais para restaurar a catedral à sua forma original. A nova torre, abóbada de nervuras e os arcobotantes foram reconstruídos, enquanto as decorações em pedra branca e dourada foram revitalizadas, devolvendo o esplendor ao monumento.

Durante a cerimônia de reabertura, o presidente francês Emmanuel Macron destacou a importância simbólica do evento: “O mundo inteiro foi abalado pelo incêndio. Hoje, vivemos um choque de esperança”.

A catedral, cuja construção começou em 1163 e se estendeu por séculos, é um marco na história da arquitetura e da cultura francesa. A obra ganhou ainda mais notoriedade com o romance O Corcunda de Notre-Dame, de Victor Hugo, que consolidou sua posição como um dos principais símbolos de Paris.

A restauração contou com um financiamento global de mais de 840 milhões de euros, permitindo não apenas a reconstrução, mas também novos investimentos. A Igreja Católica espera que Notre-Dame atraia cerca de 15 milhões de visitantes por ano, consolidando sua posição como uma das atrações mais icônicas do mundo.

Fotos: RS/Fotos Públicas

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Presidente da Coreia do Sul sobrevive a tentativa de impeachment após polêmica sobre lei marcial

Presidente da Coreia do Sul sobrevive a tentativa de impeachment após polêmica sobre lei marcial

Parlamentares rejeitam moção de impeachment contra Yoon Suk Yeol, mas crise política se intensifica na Coreia do Sul

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, evitou uma votação de impeachment no parlamento liderado pela oposição, neste sábado (7.dez.2024). A moção foi descartada após não alcançar o número mínimo de 200 votos necessários, com apenas 195 parlamentares participando.

A crise teve início na última terça-feira (3.dez), quando Yoon chocou o país ao autorizar poderes emergenciais para os militares com o objetivo de combater o que chamou de “forças antiestatais”. A medida foi anulada seis horas depois, após intensa pressão do parlamento, mas mergulhou a Coreia do Sul em uma das maiores crises políticas de sua história recente.

A oposição precisava do apoio de pelo menos oito legisladores do Partido do Poder Popular (PPP), liderado por Yoon, para alcançar a maioria de dois terços necessária para o impeachment. Contudo, os membros do PPP boicotaram a sessão, deixando apenas três parlamentares do partido votando.

Durante o discurso televisionado na manhã de sábado, Yoon pediu desculpas à nação, mas rejeitou os apelos para sua renúncia. “Deixo ao meu partido a tarefa de estabilizar a situação política, incluindo a questão do meu mandato”, declarou. O presidente prometeu que não tentará novamente impor a lei marcial.

Han Dong-hoon, líder do PPP, afirmou que a permanência de Yoon no cargo tornou-se insustentável, aumentando a especulação sobre uma possível renúncia antes do fim de seu mandato em 2027. Caso isso ocorra, a Constituição exige a realização de eleições presidenciais dentro de 60 dias.

A última vez que a Coreia do Sul declarou lei marcial foi em 1980. Desde então, o país se tornou um exemplo de democracia na Ásia, mas os eventos recentes reacenderam debates sobre o poder executivo e a preservação dos princípios democráticos.

Foto: Kim Yong W/Via Fotos Públicas

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Dólar atinge maior valor nominal da história: R$ 6,07

Dólar atinge maior valor nominal da história: R$ 6,07

Alta de 1,02% leva moeda americana a R$ 6,0708, impulsionada por incertezas fiscais e valorização global

Após três dias consecutivos de queda, o dólar voltou a subir nesta sexta-feira (6.dez.2024), atingindo R$ 6,0708 no fechamento, maior valor nominal já registrado em relação ao real. A moeda americana operou em alta de 1,02% no dia, acumulando valorização de 1,16% na primeira semana de dezembro e 25,54% no ano.

O movimento reflete tanto a valorização global do dólar quanto os ajustes de prêmios de risco associados à incerteza fiscal no Brasil. O cenário interno foi agravado pelo temor de desidratação no pacote de contenção de gastos em tramitação no Congresso.

No mercado internacional, o índice DXY — que mede o desempenho do dólar frente a seis moedas fortes — superou os 106 pontos, impulsionado pelo dinamismo da economia americana. Dados do relatório de emprego nos EUA mostraram criação de vagas acima do esperado em novembro, mas aumento da taxa de desemprego, o que trouxe dúvidas sobre os próximos passos da política monetária do Federal Reserve (Fed).

No Brasil, o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, destacou que a proximidade da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), marcada para 11 de dezembro, contribuiu para a alta do dólar. Ele alertou para a possibilidade de revisão das expectativas inflacionárias no relatório Focus, a ser divulgado na próxima segunda-feira (9.dez).

Paralelamente, ajustes no Benefício de Prestação Continuada (BPC), parte do pacote fiscal, enfrentam resistência no Congresso. As mudanças propostas poderiam economizar R$ 2 bilhões por ano, mas são vistas como insuficientes para equilibrar as contas públicas, segundo analistas.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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Entenda os próximos passos do acordo do Mercosul com a União Europeia

Entenda os próximos passos do acordo do Mercosul com a União Europeia

Negociação abrange mais de 30 países com 718 milhões de habitantes

Após mais de duas décadas de negociações, o Mercosul e a União Europeia chegaram finalmente à conclusão dos termos para um acordo comercial que vai valer para 27 países europeus e quatro sul-americanos. Juntos, os mais de 30 países somam 718 milhões de habitantes e economias com Produto Interno Bruto (PIB) de US$ 22 trilhões.

A entrada em vigor dessa parceria, porém, ainda depende de algumas etapas formais.

O governo brasileiro considera o acordo estratégico em diversos sentidos. A União Europeia é o segundo principal parceiro comercial do Brasil, atrás apenas da China, e as trocas comerciais somaram aproximadamente US$ 92 bilhões em 2023. A expectativa do Brasil é que a aproximação com a Europa reforce a diversificação das parcerias comerciais do país e também modernize o parque industrial nacional.

Os próximos passos até a entrada em vigor do acordo são os seguintes:

  • Revisão legal: Mesmo após a avaliação dos negociadores, o texto ainda precisa passar por um processo de revisão legal, para que seja assegurada a consistência, harmonia e correção linguística e estrutural aos textos do acordo. Segundo o Ministério das Relações Exteriores, essa etapa já se encontra em estágio avançado.
  • Tradução: Depois da revisão legal, o texto precisará ser traduzido da língua inglesa, usada nas negociações, para as 23 línguas oficiais da União Europeia e para as duas línguas oficiais do Mercosul, que são o português e o espanhol.
  • Assinatura: Assim como em qualquer negociação, não basta acertar os termos do contrato, é preciso assiná-lo. Quando os dois blocos assinarem o documento revisado e traduzido, estará formalizada a adesão.
  • Internalização: Em seguida, os países dos dois blocos vão encaminhar o acordo para os processos internos de aprovação de cada membro. No caso do Brasil, é necessária a chancela dos Poderes Executivo e Legislativo, por meio da aprovação do Congresso Nacional.
  • Ratificação: Concluídos os respectivos trâmites internos, as partes confirmam, por meio da ratificação, seu compromisso em cumprir o acordo.

Entrada em vigor: O acordo entrará em vigor no primeiro dia do mês seguinte à notificação da conclusão dos trâmites internos. O Itamaraty explica que, como o acordo estabelece a possibilidade de vigência bilateral, bastaria que a União Europeia e o Brasil – ou qualquer outro país do Mercosul – tenham concluído o processo de ratificação para a sua entrada em vigor bilateralmente entre tais partes. Ainda não há um prazo para que isso ocorra.

Uma vez em vigor, o governo brasileiro espera que haja impactos relevantes para a economia brasileira.

As estimativas para o ano de 2044 são: acréscimo de 0,34% (R$ 37 bilhões) no PIB; aumento de 0,76% no investimento (R$ 13,6 bilhões); redução de 0,56% no nível de preços ao consumidor; aumento de 0,42% nos salários reais; impacto de 2,46% (R$ 42,1 bilhões) sobre as importações totais; impacto de 2,65% (R$ 52,1 bilhões) sobre as exportações totais.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Da Agência Brasil

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Comércio exterior do RN movimenta R$ 1,5 bilhão até novembro de 2024

Comércio exterior do RN movimenta R$ 1,5 bilhão até novembro de 2024

Exportações de óleos combustíveis e frutas tropicais impulsionaram desempenho econômico; principais mercados incluem EUA e Europa

O comércio exterior do Rio Grande do Norte alcançou uma movimentação total de R$ 1,5 bilhão entre janeiro e novembro de 2024, resultado da soma entre exportações e importações no estado. Os dados foram divulgados no Boletim Econômico nº 12 pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (SEDEC), com base na balança comercial potiguar, nesta sexta-feira (6.dez.2024).

Somente no mês de novembro, as exportações somaram US$ 102,9 milhões, enquanto as importações totalizaram US$ 55,1 milhões, resultando em um saldo positivo de US$ 47,8 milhões. O bom desempenho das exportações está relacionado, principalmente, à comercialização de óleos combustíveis e frutas tropicais, itens que permanecem como pilares da pauta exportadora do estado.

No segmento de exportações, o óleo combustível liderou em novembro, com um volume de US$ 52,3 milhões. Entre os produtos agrícolas, destacaram-se os melões frescos, que geraram US$ 20,7 milhões, e as melancias frescas, com US$ 9,0 milhões.

Os principais mercados consumidores foram as Ilhas Virgens (Americanas), com US$ 55,3 milhões; os Países Baixos, com US$ 12,5 milhões; a Espanha, com US$ 9,3 milhões; os Estados Unidos, com US$ 7,0 milhões; e o Reino Unido, com US$ 6,9 milhões. Esses cinco destinos juntos representaram 88,7% do total exportado pelo estado no período.

No campo das importações, a China manteve-se como o principal fornecedor, registrando um volume de US$ 23,7 milhões em novembro. Os principais produtos importados incluem células fotovoltaicas (US$ 14,1 milhões), conversores elétricos (US$ 2,6 milhões) e quadros e painéis elétricos (US$ 821,2 mil).

Os números da balança comercial foram elaborados a partir de informações fornecidas pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), por meio da plataforma Comex Stat. Segundo a pasta, os resultados reforçam a importância do setor exportador para a economia potiguar, especialmente no contexto de produtos agrícolas e energéticos.

Fotos: Sandro Menezes/Assecom

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Mercosul e União Europeia firmam acordo comercial negociado há 25 anos

Mercosul e União Europeia firmam acordo comercial negociado há 25 anos

Negociações de livre comércio somam 750 milhões de pessoas

Os chefes de Estado do Mercosul e a representante da União Europeia (UE), Ursula von der Leyen, anunciaram, nesta sexta-feira (6), que foi firmado o acordo de livre comércio para redução das tarifas de exportação entre os países que compõe esses mercados. As negociações se arrastavam há 25 anos.

O acordo foi anunciado em coletiva de imprensa em Montevidéu, no Uruguai, onde ocorre a 65ª Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul.

Com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva; do presidente argentino, Javier Milei; do Uruguai, Luis Alberto Lacalle Pou; e do Paraguai, Santiago Peña, foi anunciado que as negociações foram concluídas para regras de livre comércio entre os países dos blocos. Ao todo, o acordo envolve nações que somam mais de 750 milhões de pessoas.

A presidente da Comissão Europeia destacou que a medida marca o início de uma nova história. “Agora estou ansiosa para discutir isso com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”.

Assinatura

Apesar das negociações terem sido encerradas, ainda é necessário que o acordo seja assinado. Os textos negociados passarão por revisão jurídica e serão traduzidos para os idiomas oficiais dos países. Em seguida, o acordo precisa ser aprovado internamente em cada uma das nações. Não há prazo para a finalização desse processo.

“Após a assinatura entre as partes, o Acordo será submetido aos procedimentos de cada parte para aprovação interna – no caso do Brasil, o Acordo será submetido à aprovação pelo Poder Legislativo. Uma vez aprovado internamente, o Acordo pode ser ratificado por cada uma das partes, etapa que permite a entrada em vigor do Acordo”, informou o governo brasileiro.

Oportunidade

O presidente do Uruguai, anfitrião do encontro que anunciou o fim das negociações, lembrou que o acordo foi possível apesar das diferenças políticas entre os países do Mercosul. Para o mandatário uruguaio, é uma oportunidade.

“Um acordo desse tipo não é uma solução. Não há mais soluções mágicas. Não há burocratas ou governos para firmar a propriedade. É uma oportunidade. É muito importante que os passos sejam pequenos, mas seguros”.

A presidente da Comissão Europeia lembrou dos laços históricos entre os dois continentes e que o acordo é uma “necessidade política” em um mundo cada vez mais fragmentado e convulsionado.

“Num mundo cada vez mais conflituoso, demonstramos que as democracias podem apoiar-se umas às outras. Este acordo não é apenas uma oportunidade econômica, é uma necessidade política. Somos parceiros com mentalidades comuns, que têm raízes comuns”, afirmou Ursula.

Ursula von der Leyen disse ainda que está consciente da oposição de agricultores europeus, especialmente os franceses, preocupados que uma invasão de produtos do Mercosul lhes tomem mercado. “Este acordo inclui salvaguardas robustas para protegê-los”, comentou.

Segundo ela, o acordo deve beneficiar cerca de 60 mil empresas que exportam para os países do Mercosul, com uma economia de 4 bilhões de euros. “Se beneficiam de tarifas reduzidas, processos aduaneiros mais simples e também de acesso preferencial a algumas matérias-primas essenciais. Isso trará grandes oportunidades de negócios”.

Meio Ambiente

Para a representante europeia, o acordo firmado entre os blocos vai permitir que os investimentos feitos respeitem o meio ambiente.

“O acordo entre o Mercosul e a União Europeia é este primeiro passo para o acordo de Paris e para poder combater o desmatamento. O presidente Lula e seus esforços para proteger a Amazônia são bem-vindos e necessários, mas preservar a Amazônia é uma responsabilidade compartilhada de toda a humanidade”, completou.

Foto: Ricardo Stuckert / PR

Da Agência Brasil

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Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção

Projeto que isenta medicamentos do imposto de importação vai à sanção

Limite é US$ 10 mil, por pessoa física para uso próprio ou individual

O Plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei (PL) 3.449/2024, que permite ao Ministério da Fazenda zerar as alíquotas do imposto de importação para medicamentos no Regime de Tributação Simplificada.

O limite para isenção é US$ 10 mil, cerca de R$ 57 mil, para importação por pessoa física para uso próprio ou individual. Aprovado pela Câmara dos Deputados em outubro, o texto segue para sanção presidencial.

O PL, de autoria do deputado José Guimarães (PT-CE), incorpora o texto das medidas provisórias (MPs) 1.236/2024 e 1.271/2024, sobre o tema de tributação simplificada, e da MP 1.249/2024, sobre o Programa Mover.

O relator, senador Cid Gomes (PSB-CE), apresentou parecer favorável à proposta e rejeitou todas as emendas apresentadas. “Optamos por rejeitar todas as emendas para que o projeto não tenha que retornar para a Câmara dos Deputados, uma vez que sua aprovação demanda urgência e consequente positivação em lei”, justificou.

Foto: MART PRODUCTION/Pexels

Da Agência Brasil

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Primeiro-ministro Michel Barnier renuncia após moção de censura na Assembleia Nacional da França

Primeiro-ministro Michel Barnier renuncia após moção de censura na Assembleia Nacional da França

Barnier deixa o cargo apenas nove semanas após sua posse, em meio à maior crise política do governo Macron

O primeiro-ministro francês, Michel Barnier, apresentou seu pedido de demissão nesta quinta-feira (5) ao presidente Emmanuel Macron, após a aprovação de uma moção de censura contra o seu governo pela Assembleia Nacional. A reunião entre Barnier e Macron ocorreu pela manhã no Palácio do Eliseu, marcando o encerramento de um dos mandatos mais curtos na história da Quinta República Francesa.

A moção de censura, aprovada na quarta-feira (4), recebeu 331 votos favoráveis, bem acima do mínimo de 288 necessário para sua validação. A iniciativa contou com apoio de dois blocos políticos ideologicamente opostos: a União Nacional, de extrema-direita, e a aliança de esquerda Nova Frente Popular (NFP). Esta foi apenas a segunda vez na história da França que um governo foi derrubado por uma moção de censura — a primeira ocorreu em 1962, com Georges Pompidou.

A decisão ocorre após Barnier ter recorrido ao controverso artigo 49.3 da Constituição para aprovar o orçamento da segurança social sem votação parlamentar. A manobra gerou forte oposição, que culminou na apresentação de moções tanto pela extrema-direita quanto pela extrema-esquerda.

Reações políticas e o futuro de Macron

A líder da União Nacional, Marine Le Pen, declarou que a censura ao governo foi necessária para “proteger o povo”, mas evitou, por ora, pedir a renúncia de Macron. Já Mathilde Panot, líder da França Insubmissa, de extrema-esquerda, foi enfática em exigir a demissão do presidente. “Macron não pode governar com um primeiro-ministro novo a cada três meses”, afirmou, defendendo eleições presidenciais antecipadas como única solução para a crise.

Jordan Bardella, também da União Nacional, reforçou que o próximo chefe de governo deve respeitar a vontade dos eleitores de seu partido, enquanto Panot garantiu que a NFP rejeitará qualquer nome que não represente a aliança de esquerda.

Macron em busca de soluções

Com a necessidade de nomear rapidamente um novo primeiro-ministro, Macron deve anunciar seu escolhido ainda nesta quinta-feira, em discurso previsto para as 20h (horário local). A pressão também vem do presidente da Assembleia Nacional, Yaël Braun-Pivet, que pede uma solução ágil para evitar maior instabilidade política.

O governo de Barnier continuará em caráter interino até que um sucessor seja nomeado, mas estará limitado em sua capacidade de avançar com documentos orçamentários, o que pode prejudicar a aprovação do orçamento antes do final do ano.

Cenário de crise política e econômica

A crise política reflete a fragmentação da Assembleia Nacional, resultado das eleições legislativas de junho, onde nenhuma das três grandes forças políticas — centro, extrema-direita e esquerda — conquistou maioria absoluta. A situação agrava a já delicada crise econômica, com o déficit fiscal da França em crescimento.

A nomeação de Michel Barnier para o cargo de primeiro-ministro havia sido uma tentativa de Macron de evitar o colapso político, mas sua curta gestão evidenciou a dificuldade do presidente em unificar uma coalizão viável.

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Crise política na França: Parlamento derruba governo de Michel Barnier

Crise política na França: Parlamento derruba governo de Michel Barnier

Moção de desconfiança une extrema-direita e esquerda, lançando a França em um período de instabilidade que ameaça orçamento e governabilidade

O Parlamento francês derrubou o governo do primeiro-ministro Michel Barnier nesta quarta-feira (4.dez.2024), em um movimento histórico que aprofunda a crise política na França. Com 331 votos favoráveis à moção de desconfiança, parlamentares da extrema-direita e da esquerda uniram forças contra o governo, marcando a primeira queda de um governo francês desde 1962, quando Georges Pompidou enfrentou situação semelhante.

A crise ocorre em um momento crítico para a segunda maior economia da União Europeia, já fragilizada por desafios econômicos e pela polarização política no Parlamento. A expectativa é que Barnier renuncie nas próximas horas, junto com sua equipe de governo, apresentando a carta de demissão ao presidente Emmanuel Macron.

Orçamento em risco e desafios à governabilidade

A decisão do Parlamento coloca em xeque a capacidade do governo francês de aprovar o orçamento de 2025, essencial para enfrentar um déficit orçamentário crescente. Michel Barnier havia utilizado poderes constitucionais especiais para aprovar medidas impopulares que visavam economizar 60 bilhões de euros, provocando forte reação da oposição.

Marine Le Pen, líder da extrema-direita, justificou o voto de desconfiança afirmando que o colapso era “a única maneira de proteger os franceses de um orçamento perigoso, injusto e punitivo”. Já a esquerda acusou o governo de ignorar o Parlamento em decisões cruciais.

Sem uma solução rápida, a França corre o risco de encerrar o ano sem um orçamento aprovado, o que pode gerar instabilidade econômica e abalar ainda mais a confiança de investidores internacionais. Nos últimos dias, os custos de empréstimos franceses ultrapassaram brevemente os da Grécia, tradicionalmente considerada mais arriscada.

Impactos para Macron e próximos passos

Diante do impasse, Emmanuel Macron enfrenta um dilema: nomear rapidamente um novo primeiro-ministro ou optar por manter Barnier e seu gabinete de forma provisória enquanto busca apoio político para aprovar o orçamento.

Fontes ligadas ao governo afirmam que Macron pretende anunciar um novo premiê antes da cerimônia de reabertura da Catedral de Notre-Dame, marcada para sábado (7), que contará com a presença do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

Porém, qualquer novo chefe de governo enfrentará desafios similares aos de Barnier. O Parlamento está profundamente dividido, e as próximas eleições legislativas só poderão ocorrer em julho de 2025.

Cenário de incertezas na União Europeia

A crise política francesa se soma a um cenário de instabilidade na União Europeia, já impactada pela recente implosão do governo de coalizão na Alemanha. A falta de estabilidade na França, uma das principais economias do bloco, pode agravar a turbulência política e econômica no continente.

Enquanto Macron busca alternativas, seus opositores intensificam as críticas. Líderes da oposição sugerem que a renúncia do presidente seria a única solução para a crise prolongada. No entanto, Macron tem resistido a essa possibilidade, buscando alternativas para recuperar a governabilidade.

Marine Le Pen, por sua vez, enfrenta seus próprios desafios. Apesar de capitalizar politicamente com a queda de Barnier, ela tenta convencer os eleitores de que seu partido pode oferecer estabilidade em um eventual governo.

Soluções emergenciais

Caso não seja possível formar um governo estável, a França poderá recorrer a medidas de emergência, como transferir provisões do orçamento de 2024 para o próximo ano ou aprovar o orçamento de 2025 por decreto. No entanto, essa abordagem é legalmente controversa e pode acarretar alto custo político.

A crise política na França representa um teste significativo para o governo Macron, com impactos que vão além das fronteiras nacionais, influenciando a política europeia e internacional.

Foto: European Parliament/VisualHunt

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Colapso no sistema elétrico de Cuba deixa ilha sem energia pela segunda vez em 2024

Colapso no sistema elétrico de Cuba deixa ilha sem energia pela segunda vez em 2024

Falha na maior usina de geração elétrica agrava crise energética em Cuba, afetando milhões de pessoas em meio à escassez de combustível e problemas econômicos

O sistema elétrico de Cuba entrou em colapso na madrugada desta quarta-feira (4.dez.2024) após a falha da usina Antonio Guiteras, localizada em Matanzas, a maior geradora de energia do país. A interrupção deixou a ilha praticamente às escuras, incluindo a capital, Havana, e evidenciou a gravidade da crise energética enfrentada pelo país.

De acordo com o Ministério de Minas e Energia cubano, a usina foi desligada por volta das 2h (horário local), provocando a queda total da rede elétrica nacional. A situação ocorre em um cenário de contínua escassez de combustível, agravada por desastres naturais e dificuldades econômicas que têm impactado o fornecimento de energia na ilha.

Nas últimas décadas, as usinas de Cuba, movidas majoritariamente a petróleo, têm operado com equipamentos obsoletos. Este ano, a crise foi intensificada pela redução nas importações de petróleo da Venezuela, Rússia e México, resultando em apagões recorrentes. Durante os últimos dois meses, falhas no sistema elétrico já haviam causado blecautes prolongados em várias regiões do país.

Impacto na capital e relatos nas redes sociais

Em Havana, a interrupção deixou praticamente toda a cidade no escuro, com exceção de alguns hotéis e edifícios governamentais que mantiveram a iluminação por meio de geradores. Imagens e relatos compartilhados nas redes sociais indicaram que o apagão pode ter afetado toda a ilha, que abriga cerca de 10 milhões de habitantes. Contudo, o governo cubano ainda não confirmou oficialmente a abrangência do colapso.

Histórico de falhas recentes

A rede elétrica de Cuba já enfrentou colapsos semelhantes em outubro e novembro, quando o suprimento de combustível foi prejudicado e dois furacões – Oscar e Rafael – atingiram diferentes partes da ilha. Além disso, a falta de investimento na modernização das usinas e a dependência de fontes externas de petróleo têm agravado o problema.

O Ministério de Minas e Energia informou que as equipes técnicas estão trabalhando para restabelecer a conexão do sistema elétrico. Apesar disso, a situação ressalta os desafios estruturais e econômicos que Cuba enfrenta para manter o fornecimento de energia em meio a um cenário global adverso e à pressão de desastres climáticos.

Foto: szeke/VisualHunt.com

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Crise política na França: governo enfrenta moção de desconfiança

Crise política na França: governo enfrenta moção de desconfiança

Primeira votação de desconfiança em 60 anos pode derrubar coalizão liderada por Michel Barnier.

A França enfrenta uma grave crise política que pode culminar com a derrubada do governo do primeiro-ministro Michel Barnier, menos de três meses após sua posse. Nesta quarta-feira (4.dez.2024), parlamentares votarão uma moção de desconfiança que ameaça encerrar a frágil coalizão formada por Barnier, aprofundando a instabilidade na segunda maior economia da zona do euro.

Se aprovada, esta será a primeira vez em mais de seis décadas que um governo francês cai por meio de uma moção desse tipo. A crise ocorre em um momento crítico, com a França enfrentando um déficit orçamentário elevado e tensões crescentes com aliados na União Europeia.

A crise se intensificou após Barnier tentar aprovar o orçamento de seguridade social sem votação parlamentar, medida que desagradou tanto a extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, quanto a esquerda. Juntas, essas forças têm votos suficientes para aprovar a moção de desconfiança.

O presidente Emmanuel Macron, atualmente em visita à Arábia Saudita, deve retornar ao país para lidar com a situação. Caso Barnier seja destituído, Macron poderá pedir que ele permaneça como interino até a escolha de um novo primeiro-ministro, que pode ocorrer apenas em 2025.

Analistas políticos alertam que a instabilidade pode atrasar importantes reformas econômicas e prejudicar a posição da França no cenário internacional, especialmente com as eleições na Alemanha e os desdobramentos da posse de Donald Trump nos Estados Unidos.

A votação está prevista para ocorrer às 19h (horário local), com expectativa de definir os rumos da política francesa nos próximos meses.

Foto: Fabio Rodrigues- Pozzebom/Agência Brasil

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Presidente da Coreia do Sul revoga lei marcial após rejeição unânime do parlamento

Presidente da Coreia do Sul revoga lei marcial após rejeição unânime do parlamento

A maior crise política do país em décadas gera reações internacionais e manifestações populares

O presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk Yeol, anunciou nesta quarta-feira (4.dez.2024) a suspensão da lei marcial, decretada por ele poucas horas antes. O recuo dramático ocorreu após o Parlamento rejeitar a medida de forma unânime, gerando alívio entre manifestantes e intensas repercussões nacionais e internacionais.

A lei marcial, anunciada na noite de terça-feira (3), visava conter supostas “forças antiestatais”, mas foi interpretada como uma tentativa de restringir direitos civis, censurar a mídia e silenciar a oposição política. O decreto foi imediatamente rejeitado pelos 190 membros do Parlamento, incluindo integrantes do próprio partido de Yoon, obrigando-o a revogar a medida conforme previsto na legislação sul-coreana.

Centenas de manifestantes reunidos do lado de fora do Parlamento comemoraram o recuo. “Nós vencemos!”, gritavam, enquanto a crise política ecoava nas redes sociais e nas ruas da capital.

O episódio gerou preocupação entre aliados internacionais. Kurt Campbell, vice-secretário de Estado dos EUA, afirmou que os Estados Unidos acompanhavam os desdobramentos “com grande preocupação” e esperavam uma resolução pacífica, conforme os princípios democráticos.

A declaração da lei marcial foi vista como um dos maiores desafios à democracia sul-coreana desde a década de 1980. Durante o breve período em que esteve em vigor, a medida ameaçava proibir atividades parlamentares e impor censura à mídia, marcando a primeira declaração do tipo desde 1980.

Analistas políticos avaliam que o recuo de Yoon é um reflexo da pressão pública e parlamentar, enquanto o episódio deixa claro os desafios enfrentados pela democracia sul-coreana em um contexto de disputas políticas internas e monitoramento internacional.

Foto: Kim Yong W/Fotos Públicas

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Doença misteriosa no Congo causou 143 mortes em novembro

Doença misteriosa no Congo causou 143 mortes em novembro

Com sintomas gripais graves, a doença afeta principalmente mulheres e crianças; OMS e governo investigam a origem

Uma doença de origem desconhecida provocou a morte de 143 pessoas na província de Kwango, no sudoeste da República Democrática do Congo, apenas em novembro. Autoridades locais informaram às agências de notícias internacionais que os infectados apresentam sintomas semelhantes aos da gripe, como febre alta e intensas dores de cabeça.

A gravidade da situação mobilizou uma equipe médica à área de Panzi, região rural afetada, para coletar amostras e investigar a origem da doença, afirmou Apollinaire Yumba, ministro da Saúde, na segunda-feira (2.dez.2024). O vice-governador da província, Remy Saki, destacou que o número de casos continua a crescer rapidamente.

Cephorien Manzanza, líder da sociedade civil local, descreveu o cenário como alarmante, destacando a falta de medicamentos e a precariedade da infraestrutura de saúde na região. “Panzi é uma zona de saúde rural. Muitos doentes morrem em suas casas por falta de tratamento adequado”, lamentou.

O epidemiologista da área revelou que as mulheres e crianças são os grupos mais afetados. Além disso, um porta-voz da Organização Mundial da Saúde (OMS) confirmou que a entidade já está ciente da situação desde a semana passada e colabora com o Ministério da Saúde Pública congolês para identificar a doença e frear o surto.

Foto: RDNE Stock Project/Ilustração

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Ator potiguar José Neto Barbosa conquista uma das maiores premiações do mundo

Ator potiguar José Neto Barbosa conquista uma das maiores premiações do mundo

José Neto concorreu com outros atores da Alemanha, Canadá, Rússia e Brasil no Rio WebFest

O ator potiguar José Neto Barbosa conquistou o prêmio de Melhor Ator de Drama no Rio WebFest 2024 por sua interpretação na série “Dissonância”. Ele concorreu na categoria do Júri Oficial ao lado de nomes da Alemanha, Canadá, Rússia e Brasil. O festival internacional de audiovisual, um dos maiores do mundo no gênero, aconteceu entre os dias 29 de novembro e 2 de dezembro, na Cidade das Artes Bibi Ferreira, no Rio de Janeiro.

A participação de José Neto Barbosa e da produção potiguar “Dissonância” reafirma o potencial da arte norte-rio-grandense no cenário audiovisual. Em seu discurso, o ator criticou os esteriótipos constantemente retratados nas ficções. “Nós, atores do nordeste brasileiro, que é plural, que tem diversas culturas, podemos fazer muito mais narrativas do que seca, sede e miséria. Viva a diversidade da cultura brasileira, viva os atores que vieram do teatro brasileiro”, disse no palco.

“Dissonância”, disponível no YouTube em 03 episódios, acompanha a história de Dário, um jovem pianista diagnosticado com esquizofrenia. A trama busca educar e conscientizar sobre transtornos mentais e sofrimento psíquico. A produção potiguar tem roteiro de Fernando Suassuna, direção de Rogério Ferraz e foi realizada por Thalita Vaz. A obra contou com a participação de usuários, familiares e profissionais de serviços da Rede de Atenção Psicossocial de Natal.

O Rio WebFest chegou à sua 10ª edição consolidado como o maior e mais inclusivo festival de webséries do mundo. O evento contou com palestras, oficinas, exibições de conteúdos globais e oportunidades de networking.

Trajetória marcante em 2024

O ano de 2024 consolidou José Neto Barbosa, que cresceu em Santo Antônio do Salto da Onça, no interior do Rio Grande do Norte, como uma referência nas artes cênicas e no audiovisual brasileiro. O ator recebeu importantes prêmios, como Agente Transformador da Cultura LGBTQIAPN+ e Agente Transformador do Teatro, concedidos pelo Governo do RN. Em João Pessoa, foi agraciado com seis prêmios do Teatro Ednaldo do Egypto.

Outro marco foi o Troféu André Fischer, recebido no Festival Internacional de Cinema DIGO, em Goiás, que reconheceu o impacto de sua arte na luta pela inclusão e diversidade sexual e de gênero no Brasil. Com 22 anos de carreira, o artista potiguar segue como apresentador na TV local, com um programa sobre MPB, o Projeto Seis e Meia. Ele é conhecido pelo monólogo premiado “A Mulher Monstro”, com o qual circula pelo país. Em 2024, ele passou a integrar o elenco do espetáculo “A Invenção do Nordeste”, do Grupo Carmin, dirigido por Quitéria Kelly, podendo afirmar, agora, que atua em dois dos mais marcantes e premiados espetáculos da história do teatro potiguar.

Foto: Divulgação

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Joe Biden indulta o filho em caso de acusações federais

Joe Biden indulta o filho em caso de acusações federais

Decisão presidencial reacende debate sobre interferência política e justiça nos EUA.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou nesta segunda-feira (2.dez.2024) o indulto ao seu filho, Hunter Biden, em relação a três condenações envolvendo posse ilegal de armas e ocultação de consumo de drogas. Em comunicado divulgado pela Casa Branca, Biden justificou a decisão como uma resposta às motivações políticas que, segundo ele, impulsionaram as acusações.

“Desde o início do meu mandato, prometi não interferir nas decisões do Departamento de Justiça. Mesmo assim, vi meu filho ser seletiva e injustamente julgado. Por isso, hoje concedi a ele o perdão presidencial”, afirmou Biden.

Hunter Biden e as acusações

Hunter Biden, de 54 anos, foi acusado de mentir sobre seu consumo de drogas ao adquirir um revólver Colt Cobra em outubro de 2018. Na época, ele admitiu enfrentar um vício severo em crack, o que, segundo a lei americana, tornava ilegal sua posse de armas. Além disso, ele enfrentava processos por crimes fiscais, aos quais se declarou culpado em setembro deste ano, e por transações empresariais questionáveis, estando sob investigação há anos.

As condenações poderiam resultar em penas de até 42 anos de prisão combinadas: 25 anos por posse ilegal de arma e 17 anos por crimes fiscais. Hunter Biden aguardava sentenças para os dias 12 e 16 de dezembro, respectivamente.

Biden critica uso político do caso

Em sua declaração, o presidente criticou o que classificou como politização do sistema de justiça americano. Ele acusou opositores no Congresso de usarem o caso como ferramenta de ataque pessoal. “Nenhuma pessoa razoável pode concluir algo diferente: Hunter foi visado por ser meu filho”, afirmou.

Biden ainda destacou o impacto emocional das acusações. “Ao tentarem quebrá-lo, quebraram-me. Não há razão para acreditar que os ataques cessarão por aqui”, desabafou.

Hunter Biden responde

Após o indulto, Hunter Biden declarou estar comprometido a usar sua experiência para ajudar outras pessoas em situações semelhantes. “Admiti meus erros nos dias mais sombrios da minha dependência. Esses erros foram usados para envergonhar minha família por razões políticas, mas não permitirei que isso me defina”, disse.

Reação de Donald Trump e críticas ao perdão

O ex-presidente Donald Trump, agora eleito para um novo mandato, classificou o indulto como um “abuso de Justiça”. Em declarações anteriores, Trump já havia antecipado que Hunter poderia ser perdoado. Apesar da crítica, Trump também utilizou o poder de perdão durante sua presidência, incluindo o controverso caso de Charles Kushner, pai de seu genro Jared Kushner.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Ministro afirma que problema com o Carrefour está superado

Ministro afirma que problema com o Carrefour está superado

Retratação do grupo francês reitera qualidade da carne, diz ministro

O mal-estar causado pelas declarações infundadas do presidente do Carrefour na França, Alexandre Bompard, sobre a carne produzida no Brasil já está superado, tanto do ponto de vista empresarial como entre governos, após o pedido de desculpas manifestado pelo executivo do grupo francês. A avaliação é do ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que participou, nesta quarta-feira (27), do programa Bom Dia, Ministro, produzido pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

Na semana passada, Bompard disse que a carne produzida no Brasil não respeitaria as normas estabelecidas pela França e que, por isso, não comercializaria mais as carnes do Mercosul em seus mercados naquele país. A declaração resultou em críticas manifestadas por diversos produtores brasileiros, que iniciaram um movimento de boicote no fornecimento de proteínas aos mercados Carrefour no Brasil. Diante da repercussão, Bompard divulgou ontem (26) uma nota de retratação, na qual ressalta a boa qualidade dos produtos brasileiros.

Durante a entrevista ao Bom Dia, Ministro, Mauro Vieira disse que o problema envolve, a priori, empresas, e que a atuação do governo federal foi no sentido de defender a qualidade dos produtos brasileiros. “Surgiu de uma manifestação do presidente mundial de uma grande cadeia de supermercados francesa que tem, fora da França, sua maior plataforma de operação no Brasil. Acho que ele deve ter feito isso por questões domésticas e políticas internas”, disse o ministro.

“Foi a manifestação de uma empresa privada, e governos não se envolvem nisso. O que fizemos foi uma nota. Ontem houve uma segunda nota de esclarecimento da situação. A carta retratação do presidente dessa empresa foi enviada ao Ministério da Agricultura. Ao que parece, ele se desculpou. Reconheceu a qualidade sanitária e de paladar dos produtos brasileiros. Então acho que isso já é uma resposta; uma boa resposta para essa questão entre empresas”, acrescentou.

Na avaliação de Mauro Vieira, a retratação do empresário pôs fim ao problema. “Do ponto de vista de governo, não houve nenhum problema maior. E, do ponto de vista empresarial, [o problema] está superado, com ele falando da qualidade dos produtos brasileiros”, disse.

Ele lembrou que a exportação de carne brasileira é feita para mais de 140 destinos, cumprindo todos os requisitos sanitários e questões de controle de qualidade de todos os países. “Inclusive de mercados muito exigentes, como a União Europeia, Japão, Estados Unidos e China”.

Foto: Lula Marques/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Prefeito de Natal entrega imagem da Padroeira de Natal ao Papa Francisco

Prefeito de Natal entrega imagem da Padroeira de Natal ao Papa Francisco

Álvaro Dias descreve o encontro no Vaticano como um dos momentos mais emocionantes de sua vida

O prefeito de Natal, Álvaro Dias (Republicanos), realizou, nesta quarta-feira (27.nov.2024), a entrega de uma imagem de Nossa Senhora da Apresentação ao Papa Francisco, no Vaticano. A padroeira da capital potiguar foi apresentada ao pontífice em uma cerimônia descrita por Álvaro como um dos momentos mais emocionantes de sua vida.

“Foi um momento inesquecível. Falei ao Papa que sou o prefeito da terra dos Mártires no Brasil e entreguei a imagem como presente. Ele sorriu, aceitou o presente e nos abençoou”, escreveu Álvaro em suas redes sociais, ao compartilhar o encontro.

O prefeito está de licença da administração municipal até 1º de dezembro, em razão de uma viagem internacional. Durante esse período, a gestão está sendo conduzida pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Eriko Jácome (PP), já que a vice-prefeita, Aíla Ramalho, também está ausente.

Foto: Reprodução/Redes Sociais

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Brasil é o sexto país a alcançar 50 GW de energia solar

Brasil é o sexto país a alcançar 50 GW de energia solar

Modalidade representa 20,7% da matriz elétrica do país

O Brasil acaba de superar a marca de 50 gigawatts (GW) de potência instalada operacional de energia solar. O país tornou-se o sexto a alcançar esse nível, juntando-se aos Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Japão.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (26) pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar). Em relação ao tamanho dos sistemas de geração, a produção de energia solar própria por meio de pequenos e médios sistemas lidera com 33,5 GW de potência instalada. As grandes usinas solares representam 16,5 GW.

De janeiro a outubro, foram instaladas 119 usinas solares no país, que adicionaram 4,54 GW de potência elétrica fiscalizada no Brasil. Os dados são do Ministério de Minas e Energia (MME) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Por representar a potência efetivamente instalada, a potência fiscalizada é um pouco menor que a potência outorgada pela agência reguladora.

Participação

Segundo a Absolar, a fonte solar representa 20,7% da capacidade instalada da matriz elétrica brasileira, estando em segundo lugar entre os sistemas disponíveis e só perdendo para a energia hidrelétrica. Essa divisão considera a potência operacional instalada, não o consumo no sistema elétrico.

De acordo com o Sistema de Informações de Geração da Aneel, a energia solar representa 7,94% da potência elétrica fiscalizada no país. No entanto, esse percentual considera apenas os 16,5 GW produzidos pelas usinas solares.

Desde 2012, informou a Absolar, a energia solar gerou investimentos de R$ 229,7 bilhões no Brasil e resultou na arrecadação de R$ 71 bilhões aos cofres públicos. Essa fonte de energia evitou a emissão de 60,6 milhões de toneladas de gás carbônico no país.

Crítica

A entidade, no entanto, critica a elevação de 9,6% para 25% do Imposto de Importação sobre insumos e componentes de painéis solares. A medida foi aprovada há duas semanas pelo Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Gecex-Camex).

Para a Absolar, a taxação desestimula os investimentos e compromete o ritmo de crescimento da fonte limpa de energia num momento de transição energética. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic) justificou a medida como necessária para fortalecer a indústria local e gerar empregos no Brasil.

Confira o ranking mundial em potência acumulada de energia solar.

1) China – 817 GW
2) Estados Unidos – 189,7 GW
3) Alemanha – 94,36 GW
4) Índia – 92,12 GW
5) Japão – 90,4 GW
6) Brasil – 50 GW

Fonte: Absolar

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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CEO do Carrefour promete retratação pública sobre boicote à carne brasileira

CEO do Carrefour promete retratação pública sobre boicote à carne brasileira

Boicote à carne brasileira impulsiona desabastecimento e força CEO global do Carrefour a prometer retratação pública

O CEO global do Carrefour, Alexandre Bompard, deverá se retratar publicamente após sua declaração polêmica sobre o fim da compra de carne do Mercosul por lojas francesas da rede. O comunicado, divulgado na última quarta-feira (20.nov.2024), alegava que a carne sul-americana não cumpria normas exigidas na França, o que gerou uma onda de boicotes por parte de produtores brasileiros.

A declaração foi recebida como um ataque direto ao agronegócio nacional, desencadeando a suspensão do fornecimento por 23 frigoríficos, incluindo grandes nomes como JBS e Marfrig. A medida já afeta o abastecimento de mais de 150 lojas do Carrefour no Brasil, além de gerar reações políticas, como o apoio público do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Em nota, o Carrefour Brasil lamentou os impactos do boicote e reforçou sua parceria com o agronegócio nacional, mas destacou que não participou das decisões tomadas pela matriz francesa. “Infelizmente, a suspensão do fornecimento impacta nossos clientes e prejudica a confiança construída ao longo dos anos”, afirmou a empresa.

A situação ganhou novos contornos com a intervenção do embaixador francês no Brasil, Emmanuel Lenain, que tentou amenizar os atritos. Representantes da embaixada informaram ao Ministério da Agricultura que Alexandre Bompard já está preparando uma carta de retratação pública.

Enquanto isso, consumidores brasileiros relatam escassez de produtos nas prateleiras de diversas unidades da rede. Dados oficiais indicam que, apesar da relevância política, a França é um mercado pequeno para a carne brasileira, representando apenas 0,02% das exportações do setor até outubro deste ano. A China, por outro lado, continua sendo o maior comprador, absorvendo quase 50% da carne bovina exportada pelo Brasil.

O episódio evidencia as tensões entre o Mercosul e a União Europeia nas negociações de acordos comerciais, com a agricultura no centro dos debates. A crise também levanta questionamentos sobre a independência das filiais internacionais do Carrefour frente às decisões de sua matriz francesa.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Yamandu Orsi é eleito presidente do Uruguai

Yamandu Orsi é eleito presidente do Uruguai

Vitória no segundo turno marca o retorno da esquerda ao poder com foco em diálogo e estabilidade

O candidato da Frente Ampla, Yamandu Orsi, foi eleito presidente do Uruguai neste domingo (24.nov.2024), após vencer o segundo turno das eleições presidenciais. Com 94,4% dos votos apurados, Orsi obteve 1.123.420 votos, superando o candidato de centro-direita Álvaro Delgado, que alcançou 1.042.001 votos, segundo os dados oficiais do Tribunal Eleitoral.

A vitória representa o retorno ao poder da esquerda, que já governou o Uruguai sob a liderança do ex-presidente José Mujica. Em seu discurso de vitória, Orsi destacou a importância do diálogo e da busca por consensos como pilares de sua gestão. “Serei o presidente que apela repetidamente ao diálogo nacional para encontrar as melhores soluções, naturalmente seguindo a nossa visão, mas também ouvindo com muita atenção o que os outros nos dizem”, afirmou o novo presidente, que também é professor de história.

Seu adversário, Álvaro Delgado, ex-veterinário e representante do Partido Nacional, reconheceu a derrota e parabenizou Orsi em nome da coalizão governista. “Hoje, o povo uruguaio escolheu aquele que ocupará a Presidência da República”, declarou Delgado, agradecendo o apoio de seus aliados durante a campanha.

A jornada eleitoral de Orsi foi marcada por uma liderança consistente desde o primeiro turno, realizado em 27 de outubro, quando recebeu 43,9% dos votos. Delgado, que obteve 26,8% no mesmo turno, contou no segundo turno com o apoio de Andrés Ojeda, candidato do Partido Colorado, que ficou em terceiro lugar com 16% dos votos.

Durante a campanha, Yamandu Orsi enfatizou o compromisso com uma “mudança segura”, assegurando que não promoverá alterações radicais, mas buscará estabilidade e progresso gradual. Sua vitória reflete o desejo de uma parte significativa da população uruguaia por um governo que equilibre inovação com continuidade.

Fotos: RS/Fotos Públicas

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Lula parabeniza presidente eleito do Uruguai

Lula parabeniza presidente eleito do Uruguai

Yamandu Orsi, da Frente Ampla, venceu o candidato Álvaro Delgado

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva parabenizou o presidente eleito do Uruguai, Yamandu Orsi (foto), pela vitória nas urnas no pleito desse domingo (24). O candidato da coligação de esquerda Frente Ampla venceu o segundo turno das eleições presidenciais em uma vitória que marca a volta ao poder do partido liderado pelo ex-presidente uruguaio José Mujica.

“Quero congratular o povo uruguaio pela realização de eleições democráticas e pacíficas e, em especial, o presidente eleito Yamandu Orsi, a Frente Ampla e meu amigo Pepe Mujica pela vitória no pleito de hoje. Essa é uma vitória de toda a América Latina e do Caribe”, escreveu Lula nas redes sociais.

Mercosul

“Brasil e Uruguai seguirão trabalhando juntos no Mercosul e em outros fóruns pelo desenvolvimento justo e sustentável, pela paz e em prol da integração regional”, acrescentou o presidente brasileiro.

Orsi venceu o adversário de centro-direita Álvaro Delgado, do Partido Nacional, que era apoiado pelo atual presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Embaixada argentina na Venezuela sofre cerco sob regime de Maduro

Embaixada argentina na Venezuela sofre cerco sob regime de Maduro

Opositor Pedro Urruchurtu denuncia corte de luz e presença de forças de segurança no local

A embaixada da Argentina na Venezuela, que abriga opositores do regime de Nicolás Maduro, está sob cerco desde a noite de sábado (23). O opositor Pedro Urruchurtu Noselli relatou no X (antigo Twitter) que agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin) intensificaram o bloqueio, inclusive cortando a luz do edifício.

Entre os asilados na embaixada estão o ex-deputado Omar González e o ex-ministro Fernando Martínez Mottola, além de outros opositores. O motivo do cerco ainda não foi esclarecido pelo governo venezuelano.

Em resposta, o Ministério de Relações Exteriores da Argentina condenou os atos de intimidação, destacando a violação ao direito internacional que garante a proteção de sedes diplomáticas e asilados políticos.

A ação do governo Maduro gerou repercussão internacional, com lideranças venezuelanas e organismos de direitos humanos criticando as medidas como parte de uma escalada autoritária no país.

Foto: RS Via Fotos Públicas

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Rayssa vira na última volta e fatura etapa de Tóquio da Liga Mundial

Rayssa vira na última volta e fatura etapa de Tóquio da Liga Mundial

Skatista maranhense superou anfitriã Coco Yoshizawa, ouro em Paris

Foi com emoção, na última volta da etapa de Tóquio (Japão) da Street League Skateboarding (SLS), que a bicampeã mundial Rayssa Leal conquistou o título e, de quebra, a classificação antecipada para a final Super Crow, que definirá o vencedor da temporada 2024. Única representante brasileira na final feminina na pista da Ariake Arena, a maranhense de 16 anos cravou nota 7.9 na última manobra, totalizou 30.7 pontos, superando a anfitriã Coco Yoshizawa, campeã olímpica em Paris, que terminou em terceiro lugar (29.4). Na segunda posição ficou outra dona da casa: Liz Akama (30.1).

Na fase classificatória, Rayssa sentiu desconforto no pé logo na primeira bateria na Ariake Arena, o que atrapalhou seu desempenho. Quando estava na quarta posição (20.1 pontos), na penúltima volta, obteve nota 8.1, totalizou 28.2 pontos e avançando à final em primeiro lugar. A brasileira chegou neste sábado a 18ª final seguida na SLS, a maior sequência de finais seguidas entre homens e mulheres.

Esta foi a segunda vez na temporada que Rayssa assegurou o topo do pódio: a primeira foi em abril, na etapa de San Diego (Estado Unidos). A maranhense também foi vice-campeã em Paris, na etapa de estreia da SLS. Bronze nos Jogos de Paris, a brasileira vai buscar o inédito tricampeonato entre mulheres na final Super Crown, com o apoio da torcida brasielira: a decisão do título de 2024 será nos dias 14 e 15 de dezembro, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. O compatriota Giovanni Vianna disputará a final masculina, sonhando como bicampeonato.

O Brasil começou com quatro atletas na disputa masculina em Tóquio, mas apenas Felipe Gustavo avançou à final, terminando em sexto lugar. Giovanni Vianna, Kelvin Hoefler e Carlos Ribeiro pararam na primeira fase (classificatória).

Foto: Reprodução X / Street League Skateboarding

Da Agência Brasil

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Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Suspensão de entregas por frigoríficos brasileiros reflete embate com matriz francesa, após decisão de boicote ao Mercosul

O fornecimento de carnes brasileiras ao Carrefour Brasil foi interrompido por alguns dos maiores frigoríficos do país, incluindo JBS, Marfrig e Masterboi, após o anúncio de que a matriz francesa da rede deixará de comercializar carne do Mercosul. A decisão já afeta 150 lojas da rede no Brasil, e projeções indicam que o desabastecimento total pode ocorrer em poucos dias.

Segundo fontes do setor em matéria publicada pelo Estadão, aproximadamente 50 caminhões com carnes destinados ao Carrefour tiveram suas entregas bloqueadas no sábado (23.nov.2024). Estima-se que entre 30% e 40% das gôndolas do grupo já apresentem falta do produto. A Friboi, principal marca da JBS, suspendeu 100% do fornecimento de carne bovina à rede Atacadão, subsidiária do grupo no Brasil.

Causas e repercussões internacionais

O movimento dos frigoríficos brasileiros foi uma resposta direta às declarações do presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a rede na França não venderia mais carne oriunda do Mercosul. A decisão foi atribuída a pressões de agricultores franceses contrários ao acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o bloco sul-americano. Embora a França tenha comprado menos de 40 toneladas de carne bovina brasileira em 2024, a medida levanta preocupações sobre o impacto na imagem global da carne nacional.

O governo brasileiro manifestou apoio às ações dos frigoríficos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiou a decisão das indústrias, afirmando que o Brasil não aceitará práticas discriminatórias. “Se o Mercosul não é bom o suficiente para a França, também não é para o Carrefour no Brasil”, afirmou Fávaro.

Cenário futuro

Fontes ligadas ao Carrefour revelaram que a diretoria da rede no Brasil busca negociar a retomada das entregas, mas os frigoríficos condicionam o retorno a uma retratação pública do grupo em nível global. Entidades do agronegócio, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), endossaram a suspensão, reforçando que o Brasil deve proteger seus produtores.

O desdobramento da crise deve ser acompanhado de perto, especialmente por suas possíveis repercussões na relação comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Enquanto isso, consumidores e supermercados no Brasil enfrentam a ameaça de desabastecimento, evidenciando a complexidade e as tensões do mercado global de proteínas.

Foto: Mike Knell/Visualhunt

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OMS decide que mpox ainda figura como emergência global

OMS decide que mpox ainda figura como emergência global

Declaração foi dada pelo diretor-geral Tedros Adhanom por rede social

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta sexta-feira (22) que a mpox segue figurando como emergência em saúde pública de importância internacional. Em seu perfil na rede social X, ele destacou que a decisão foi tomada após reunião do comitê de emergência convocada para esta sexta-feira (22).

“Minha decisão baseia-se no número crescente e na contínua dispersão geográfica dos casos, nos desafios operacionais e na necessidade de montar e sustentar uma resposta coesa entre países e parceiros”, escreveu.

“Apelo aos países afetados para que intensifiquem suas respostas e para que a solidariedade da comunidade internacional nos ajude a acabar com os surtos”, concluiu Tedros.

Entenda

Em agosto, a OMS decretou que o cenário de mpox no continente africano constituía emergência em saúde pública de importância internacional em razão do risco de disseminação global e de uma potencial nova pandemia. Este é o mais alto nível de alerta da entidade.

Em coletiva de imprensa em Genebra à época, o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou que surtos de mpox vêm sendo reportados na República Democrática do Congo há mais de uma década e que as infecções têm aumentado ao longo dos últimos anos.

Em julho de 2022, a entidade havia decretado status de emergência global para a mpox em razão do surto da doença em diversos países.

A doença

A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas pelo vírus e materiais contaminados. Os sintomas, em geral, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.

As lesões podem ser planas ou levemente elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, podendo formar crostas que secam e caem. O número de lesões pode variar de algumas a milhares. As erupções tendem a se concentrar no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Tribunal Penal Internacional emite mandado de captura para Netanyahu

Tribunal Penal Internacional emite mandado de captura para Netanyahu

TPI acusa líderes de crimes de guerra e crimes contra a humanidade; decisão gera reações em Israel

O Tribunal Penal Internacional (TPI) anunciou, nesta quinta-feira (21.nov.2024), a emissão de mandados de captura contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa Yoav Gallant e o líder do Hamas, Mohammed Diab Ibrahim Al-Masri, conhecido como Mohammed Deif. A decisão foi divulgada em comunicado oficial, detalhando acusações de crimes de guerra e crimes contra a humanidade.

Segundo o TPI, há “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu teria responsabilidade criminal em atos como “fome como método de guerra”, além de assassinatos, perseguições e outros atos desumanos classificados como crimes contra a humanidade. As acusações também incluem as ações de Mohammed Deif, líder do Hamas, relacionadas aos ataques contra Israel em outubro de 2023.

A emissão dos mandados ocorre após o procurador do TPI, Karim Khan, ter solicitado, em 20 de maio, autorização para investigar crimes cometidos durante os ataques do Hamas a Israel em 7 de outubro e a resposta militar israelense na Faixa de Gaza. Mesmo sem a aceitação formal da jurisdição do TPI por Israel, o tribunal determinou que pode prosseguir com as acusações.

Líderes israelenses reagiram duramente à decisão. O ex-primeiro-ministro Naftali Bennett classificou a ação do TPI como uma “vergonha”. Já o líder da oposição, Yair Lapid, afirmou que a medida representa “uma recompensa para o terrorismo”, reforçando a posição de Israel de negar qualquer prática de crimes de guerra em Gaza.

Foto: RS/Fotos Públicas

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Ditador da Nicarágua propõe que a mulher seja copresidente do país

Ditador da Nicarágua propõe que a mulher seja copresidente do país

Daniel Ortega propõe reforma constitucional com mudanças incluem ampliação de mandatos, restrições às sanções internacionais e redução de magistrados no país

O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, anunciou nesta quarta-feira (20.nov.2024) uma proposta de reforma constitucional que pode oficializar a copresidência dele com sua esposa, Rosario Murillo, atual vice-presidente do país. O projeto também inclui mudanças significativas na estrutura do governo e nas regras eleitorais, consolidando ainda mais o controle do casal sobre o poder.

Entre as alterações propostas está a ampliação do mandato presidencial de cinco para seis anos. Além disso, a reforma pretende reduzir o número de magistrados no sistema judiciário e na comissão eleitoral, áreas consideradas críticas para a manutenção de uma democracia funcional.

Outro ponto controverso é a criminalização de sanções internacionais impostas por países como os Estados Unidos. O governo alega que a medida protegeria a soberania nacional, mas especialistas apontam que a decisão pode expor o país a novos riscos financeiros e sanções externas.

Organizações internacionais criticaram duramente a iniciativa. Luis Almagro, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), classificou a reforma como uma tentativa de “institucionalizar a ditadura matrimonial” e atacou sua legitimidade. Grupos dissidentes na Nicarágua, como a Aliança Universitária, condenaram as medidas, afirmando que elas aprofundam a repressão e destroem o Estado Democrático de Direito.

Desde os protestos sociais de 2018, o governo Ortega intensificou a repressão contra opositores, líderes religiosos e jornalistas, forçando muitos ao exílio e confiscando seus bens. A recente proposta de reforma é vista como uma continuidade desse processo autoritário.

Manuel Orozco, especialista em política latino-americana, afirmou que a reforma é uma “formalização do poder dinástico” e representa um plano estratégico para garantir a permanência do governo. Apesar de não haver impacto imediato, a proposta pode provocar novas reações internacionais, especialmente em um momento de transição política nos Estados Unidos, com a eleição de Donald Trump.

A proposta será submetida ao Parlamento, dominado pelo partido de Ortega, onde a aprovação é praticamente certa. Caso sancionada, a reforma representará um marco na consolidação de um regime cada vez mais autoritário na Nicarágua.

Foto: Gabinete Presidencial de Taiwan/Ilustração

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Estados Unidos confirmam primeiro caso de nova variante da mpox

Estados Unidos confirmam primeiro caso de nova variante da mpox

Registro está relacionado ao surto na África central

O Departamento de Saúde Pública da Califórnia, nos Estados Unidos, confirmou o primeiro caso da nova variante de mpox no país. Em nota, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças norte-americano (CDC, na sigla em inglês) informou que o caso está relacionado ao surto da variante na África central e oriental.

A infecção foi confirmada em um viajante que esteve recentemente na África Oriental. O paciente foi atendido em uma clínica logo após retornar aos Estados Unidos e foi liberado. Desde então, ele segue em isolamento, em casa, sem necessidade de nenhum tipo de tratamento específico para mpox, com quadro geral em evolução.

“Com base no histórico de viagens e nos sintomas, as amostras do paciente foram testadas e confirmadas quanto à presença da nova variante da mpox. As amostras estão sendo enviadas ao CDC para caracterização viral adicional. Além disso, o CDC está trabalhando com o estado da Califórnia para identificar e acompanhar potenciais contatos.”

Mesmo após o primeiro caso confirmado, o comunicado avalia que permanece baixo o risco imposto pela nova variante para o público em geral nos Estados Unidos e destaca que o país continua a registrar casos esporádicos de outra variante, mais comum, da mpox.

Emergência global

A Organização Mundial da Saúde (OMS) convocou para a próxima sexta-feira (22) uma reunião do comitê de emergência para reavaliar o cenário de mpox no mundo. Em agosto, o mesmo comitê declarou a doença como emergência em saúde pública de importância internacional.

Dados da entidade revelam que, de 1º de janeiro de 2022 a 30 de setembro deste ano, 109.699 casos de mpox foram confirmados em todo o mundo, além de 236 mortes. Pelo menos 123 países reportaram casos da doença.

O continente africano responde pela maior parte das infecções – 11.148 casos confirmados entre 1º de janeiro a 3 de novembro de 2024, além de 46.794 casos suspeitos. A África contabiliza também 53 mortes confirmadas por mpox e 1.081 óbitos suspeitos.

A República Democrática do Congo segue liderando o ranking, com 8.662 casos confirmados, 39.501 casos suspeitos, 43 mortes confirmadas e 1.073 óbitos suspeitos pela doença. Em seguida aparecem Burundi, com 1.726 casos confirmados, e Uganda, com 359 casos confirmados.

Foto: NIAID

Da Agência Brasil

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Xi Jinping é recebido por Lula no Palácio da Alvorada

Xi Jinping é recebido por Lula no Palácio da Alvorada

Presidente chinês faz visita oficial ao país após reunião do G20

O presidente da China, Xi Jinping, está em reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio da Alvorada, onde cumpre visita de Estado nesta quarta-feira (20). A agenda em Brasília ocorre na sequência da participação do líder chinês na Cúpula do G20, realizada no Rio de Janeiro, e que foi encerrada na última terça-feira (19).

Xi Jinping chegou ao Palácio da Alvorada por volta das 10h desta quarta. O hotel onde está hospedado fica a poucos metros da residência oficial da Presidência da República. Em carro oficial blindado, o líder asiático acessou pela portaria principal até a entrada do prédio, desceu do veículo e caminhou cerca de 100 metros até ser recebido pelo presidente Lula e a primeira-dama, Janja da Silva, em um tapete vermelho estendido especialmente para a visita.

Recebido com honras militares, Xi Jinping passou em revista as tropas e acompanhou, ao lado do presidente Lula, uma formatura (desfile de tropas) do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, do Exército Brasileiro, conhecido como Dragões da Independência.

Em seguida, eles ingressaram no Alvorada cercado por crianças brasileiras e chinesas que vivem no Brasil, que balançavam bandeirinhas dos dois países. Nesse momento, uma canção popular chinesa foi executada por uma cantora.

A reunião ampliada entre as duas delegações, compostas por ministros de Estado de cada parte, deve durar até por volta das 12h, quando uma outra cerimônia marcará a assinatura de diversos atos entre os governos. Em seguida, está prevista uma declaração dos presidentes à imprensa. O presidente chinês e sua delegação almoçam com Lula no Palácio da Alvorada. No fim da tarde, um jantar será servido ao chinês no Palácio Itamaraty, sede da diplomacia brasileira. Xi Jinping deve deixar o Brasil na manhã de quinta-feira (21).

A visita de Xi Jinping, segundo o Itamaraty, é uma sequência da visita que Lula fez à China em abril de 2023 e também ocorre em celebração aos 50 anos das relações diplomáticas entre os dois países. A corrente de comércio atingiu recorde de mais de U$ 157 bilhões, com exportações de US$ 104 bilhões e importações de U$ 53 bilhões. O superávit brasileiro de U$ 51 bilhões equivale a cerca de 52% do saldo comercial total do país. As exportações brasileiras para o gigante asiático superaram, neste mesmo ano, a soma das vendas para Estados Unidos e União Europeia.

A expectativa do encontro bilateral entre Brasil e China é a ampliação da parceria estratégica e de novos acordos comerciais. Um deles foi anunciado ontem pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que articulou um novo acordo com a rede de cafeterias chinesa Luckin Coffee para a compra de 240 mil toneladas do grão do Brasil entre 2025 e 2029. O valor do negócio está estimado de US$ 2,5 bilhões. O compromisso anterior, de US$ 500 milhões para a compra de 120 mil toneladas até o fim deste ano, foi assinado em junho durante missão brasileira ao país, informou o governo federal.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

Presidente afirma que erradicará desmatamento até 2030

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu, nesta terça-feira (19), que os países desenvolvidos do G20, grupos das principais economias do mundo, adiantem em até dez anos as metas de neutralidades climáticas atualmente previstas para 2050, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045”, exortou o presidente na abertura da terceira sessão da reunião de líderes do G20, que tratou de desenvolvimento sustentável e transição energética.

Neutralidade climática consiste em um país conseguir compensar toda a emissão de gases poluentes com medidas como sequestro de carbono.

A preocupação com o clima é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, que encerra nesta terça-feira o encontro de cúpula de dois dias. Lula reconhece que todos os países devem agir para conter as mudanças climáticas.

“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”.

No entanto, ele aproveitou a presença de chefes de Estado e de governo para cobrar mais responsabilidade dos países mais industrializados, que têm histórico maior de emissões de gases do efeito estufa.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática”, disse o presidente, que acrescentou: “sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”.

Iniciativas passadas

Lula lembrou que nasceram no Rio de Janeiro, durante a Rio 92, as três convenções das Nações Unidas sobre mudança climática, biodiversidade e desertificação. Mas advertiu que, passadas três décadas, o planeta enfrenta o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

“Não há mais tempo a perder”, constatou Lula, contextualizando que acordos como o Protocolo de Quito (1997); a CPO15 (2009) sobre mudança do clima, na Dinamarca; e o Acordo de Paris (2015) apresentam resultados aquém do necessário.

Ele destacou que os países do G20 respondem por 80% das emissões de gases do efeito estufa e que, por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, reunindo ministros de Finanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

O mandatário brasileiro reforçou que, ao lado da Organização das Nações Unidas (ONU), pede o engajamento do G20 para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [grau Celcius]”, disse. “Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”.

Ao afirmar que é essencial que os países adotem metas absolutas de redução de emissões, Lula lembrou que na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, capital do Azerbaijão, o Brasil apresentou nova NDC, que abrange todos os gases de efeito estufa e setores econômicos.

Fim do desmatamento

Ele ressaltou também que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90% de eletricidade proveniente de fontes renováveis.

“Somos campeões em biocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar e em hidrogênio verde”, acrescentou.

O presidente afirmou que a maior parte da redução das emissões brasileiras resultará da queda no desmatamento, “que diminuiu 45% nos últimos dois anos”.

“Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030”, garantiu.

O presidente pediu que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Nesse caminho, o presidente agradeceu a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países em desenvolvimento que mantêm florestas em pé.

Mas afirmou que iniciativas de conservação serão inócuas se a comunidade internacional não se unir para fazer a sua parte.

“Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missão de conter o aquecimento global”, disse ele, que chamou atenção também para a importância de se conservar os oceanos.

O presidente fez questão de criticar o negacionismo e a desinformação e disse que o Brasil trabalha com a ONU e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

Com críticas a termos não cumpridos do Acordo de Paris, Lula reforçou a bandeira brasileira de que é necessário um financiamento internacional para que países ricos ajudem os demais na reversão do aquecimento global.

“Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”.

Lula lembrou que a COP29, que segue até o próximo dia 22, deve ser tratada pelos países como um dos caminhos para se chegar a acordos ambiciosos. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku”, disse, se referindo à capital paraense, que recebe a COP30 em 2025.

“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, incitou.

Lula convidou ainda a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que, segundo ele, hoje se encontram fragmentados.”

“A esperança renasce a cada compromisso e ato de coragem em defesa da vida e da preservação das condições em que ela nos foi dada”, finalizou.

G20

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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G20: Presidente do Paraguai recebe alta

G20: Presidente do Paraguai recebe alta

Ele foi internado, no Rio, com dores no peito

O presidente do Paraguai, Santiago Peña (foto), recebeu alta na manhã desta terça-feira (19). Ele foi internado na noite de ontem no Hospital Samaritano Botafogo, na zona sul do Rio, após sentir dores no peito, durante a reunião de líderes do G20,no Museu de Arte Moderna (MAM), também na zona sul.

No Hospital Samaritano, foi submetido a exames que afastaram problemas cardíacos ou qualquer doença grave.

“O hospital Samaritano Botafogo informa que o Sr. Santiago Peña, presidente do Paraguai, deu entrada no início da noite de ontem (18/11), quando foram realizados exames e descartadas doenças do coração ou qualquer outra patologia grave”, informou – em nota – a unidade hospitalar.

Acrescentou que Santiago foi observado pela equipe médica ao longo da noite e mostrou indicadores estáveis, o que resultou na alta.

Indicadores estáveis

“O presidente passou a noite em observação, apresentando sono tranquilo e com todos os indicadores estáveis. O chefe de Estado recebeu alta hospitalar no início da manhã, com orientações médicas, sendo liberado para dar continuidade em sua agenda. A instituição segue à disposição”, concluiu a equipe médica do Hospital Samaritano Botafogo.

Em nota divulgada na noite de ontem, o Samaritano informou que o presidente paraguaio se sentiu mal no período da tarde, com dores no peito e indisposição e, por segurança, fez exames de diagnósticos na unidade hospitalar. Antes de seguir para o hospital, Peña chegou a ser medicado por uma equipe no MAM.

“O chefe de Estado passa bem e seu estado de saúde atual é estável”, indicou a nota de ontem.

Foto: José Cruz/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Consenso do G20 é vitória do Brasil e do multilateralismo

Consenso do G20 é vitória do Brasil e do multilateralismo

Avaliação é de analistas entrevistados pela Agência Brasil

Após dois anos sem consenso no G20, a declaração do grupo, que se reuniu no Rio de Janeiro sob a presidência do Brasil nesta segunda-feira (18), tem sido considerada por especialistas como importante vitória da diplomacia brasileira ao unir, em um mesmo documento, países como Estados Unidos (EUA), Rússia, China, Argentina e Alemanha.

Além disso, analistas avaliam que o consenso em torno de 85 pontos na declaração oficial dos chefes do G20 em um mundo dividido por guerras e intensas disputas geopolíticas pode ser visto como uma vitória do multilateralismo, que é o princípio da cooperação entre países para promover interesses comuns. É um princípio oposto ao do unilateralismo, quando o país age por conta própria, ou do bilateralismo, quando há associação de apenas dois países.

O especialista em geopolítica Ronaldo Carmona, pesquisador do Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), destacou que o mundo hoje está absolutamente dividido entre dois blocos principais, um formado pelo G7 e Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que reúne as potências ocidentais e o Japão, e do outro lado os países que emergiram na economia mundial nas últimas décadas, em especial, China, Rússia e Índia, com o Brics sendo o principal fórum desse grupo.

“Observando esse contexto, desse problema estrutural de crise do multilateralismo, é preciso valorizar o fato de ter saído uma declaração final, sobretudo em função dessa radicalização que a gente vive agora no que diz respeito ao problema da guerra na Ucrânia”, comentou o especialista, lembrando que os Estados Unidos autorizaram no domingo (17) o uso de mísseis de longo alcance contra o território russo.

Carmona acrescentou que o G20 é o único espaço em que esses dois polos de poder no sistema internacional ainda conseguem sentar-se à mesma mesa.

“O multilateralismo está em crise já há bastante tempo e, portanto, qualquer arranjo multilateral tem a tendência de ser pouco efetivo. Por isso, o consenso em uma declaração final é uma vitória da presidência do Brasil no G20”, destacou o pesquisador.

Argentina

O professor de relações internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Roberto Goulart Menezes destacou que a declaração não foi reaberta para mudanças no texto como queria a Argentina, mostrando que o presidente Javier Milei preferiu se unir ao conjunto de países para não ficar isolado.

“Se o Milei mantivesse os vetos dele à declaração, ele não estaria se opondo apenas ao Brasil, ele estaria se opondo ao G20. Por quê? Porque na reunião de líderes, você tem o Biden, o Xi Jinping. A persuasão de Milei não partiu apenas do Brasil, mas de outros líderes, que colocaram pressão, dizendo, olha e aí? Você está aqui, nós estamos aqui colocando esses temas e não vamos fugir de nenhum deles”, afirmou, acrescentando que Milei ainda precisava do palco do G20 para se apresentar ao mundo. “Milei ainda não havia se apresentado ao mundo, e fez isso agora no Brasil.”

O professor acrescentou ainda que o Brasil pautar a questão social, o combate à pobreza e à fome no G20 foi uma importante vitória, mas que o resultado é mais um recado do conjunto dos países à necessidade do multilateralismo no mundo, princípio que sofrerá oposição do governo de Donald Trump.

“O que o Brasil conseguiu foi, diante da eleição do Trump e nós sabemos que o Trump não vai prestigiar o G20, mostrar que os países reforçaram a necessidade do multilateralismo, de seguir trabalhando para fazer uma ação coletiva em prol de temas como emergência climática”, completou Menezes.

Avanços

A declaração da cúpula do G20 não tem poder mandatório, ou seja, os países não têm obrigação de cumprir o que foi acordado, e o documento serve mais como uma posição política e diplomática do grupo.

Apesar disso, o jornalista, doutor em ciência política e professor de relações internacionais Bruno Lima Rocha Beaklini avaliou que o encontro teve resultados concretos, como a Aliança contra a Fome e Pobreza e o grupo do G20 cidades, com previsão de financiamento para infraestrutura de cidades sustentáveis.

“Onde tem instrumento financeiro localizado, com fundos e projetos, a coisa vai andar. Onde está no campo declaratório é mais uma disputa político-diplomática no sistema internacional. E o Brasil, sim, no arranjo final, foi o grande vitorioso”, analisou, acrescentando que a declaração irá constranger o novo governo de Donald Trump.

“Será um constrangimento para o futuro governo Trump essa agenda de emergência climática. O mais importante é constranger a superpotência que não está a dizer que não vai respeitar nada em relação ao tema”, ponderou.

Em seu primeiro mandato, Trump saiu do Acordo de Paris, que estabelece compromissos para os países reduzirem a emissão de gases do efeito estufa. Ele tem informado que irá abandonar novamente o Acordo de 2015.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Pimenta avalia que Argentina pode seguir mesmo caminho

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse.

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Foto: RS/via Fotos Publicas

Da Agência Brasil

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Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem adesão de 82 países

Aliança Global contra a Fome e a Pobreza tem adesão de 82 países

Uniões Europeia e Africana também aderiram à proposta

A Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, que será lançada na abertura da cúpula do G20, nesta segunda-feira (18), já teve adesão de 82 países. A proposta foi idealizada pelo Brasil com o objetivo de acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, prioridades centrais nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).

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