Meio ambiente

Indústria leiteira dá exemplo de tratamento e reaproveitamento de água

Indústria leiteira dá exemplo de tratamento e reaproveitamento de água

Cultura do brasileiro ainda é de desperdício. Somente em 2022, o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), detectou que o desperdício de água daria para atender a uma população de 124 mil pessoas

O ser humano instintivamente ativa o “estado de alerta” diante de um risco iminente, como atravessar uma rua movimentada ou ouvir soar um alarme de incêndio. Por outro lado, o risco do aquecimento global, por ser um acontecimento de longo prazo, não desperta o mesmo sentimento, embora possa ser uma situação igualmente grave.

Situação similar acontece com a água. O Brasil possui a maior reserva de água doce do mundo e esta situação confortável tem levado a sociedade a negligenciar seu uso. O Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) aponta que o Brasil desperdiçou, somente em 2022, cerca de 7,0 bilhões de metros cúbicos de água. De acordo com a Organização das Nações Unidas, o consumo médio de água por pessoa no Brasil é de 154 litros. Desse modo, a partir de cálculos, é possível determinar que a quantidade desperdiçada em 2022 seria suficiente para atender uma população de 124 mil pessoas durante um ano.

Nesse cenário, medidas para mitigar os impactos ambientais no setor industrial tornam-se cada vez mais necessárias, pois para alguns, o sentimento de urgência já despertou, e levou ao desenvolvimento de projetos que valem ser lembrados. Na cidade de Hidrolândia, em Goiás, uma indústria de laticínios traz um bom exemplo como a cooperação e as inovações em sustentabilidade podem fazer a diferença. Desde 2018, a Marajoara Laticínios desenvolve um projeto em parceria com produtores rurais locais, que garante produtividade para eles e uma gestão eficiente dos resíduos hídricos produzidos pela indústria.

Por meio de uma estação de tratamento de efluentes (ETE), instalada no parque fabril da empresa, a Marajoara não só consegue tratar de forma correta toda a água residual oriunda dos deus processos de produção, como ajuda os produtores de leite local a manterem a produtividade do pasto, mesmo em períodos de grande seca como o atual. E a água também é reutilizada antes de retornar ao solo.

Vale ressaltar que, de acordo com o Manual de Usos Consuntivos da Água no Brasil, publicado pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (Ana), o setor da indústria é o terceiro maior consumidor de água no Brasil, sendo que do total de água extraída por esse campo, 40,5% é destinada para a produção de alimentos, percentual que só tende a aumentar dado o avanço da indústria no país. Em 2024, o crescimento do setor bateu 8,4% segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços em relação ao ano anterior.

De acordo com Vinícius Junqueira, diretor geral Marajoara, isso é possível graças ao processo de flotação de ar dissolvido (FAD) que é usado pela ETE para tratar a água residual da indústria. “Nesse processo a água é purificada a um nível superior a 90%, bem acima do que exige a legislação ambiental. Dessa separação entre a água e as impurezas, é gerado uma biomassa orgânica que é rica em nutrientes que são importantíssimos para o solo. No passado, nós a direcionávamos para uma fazenda de compostagem, mas depois de constatarmos, por meio de estudos, que ele poderia adubar o solo, nós passamos a direcionar, por meio de caminhões pipa, a biomassa para pastos de produtores rurais que temos cadastrados aqui na empresa”, explica Vinícius.

Em paralelo, outra ação de sustentabilidade ambiental. Após a água passar pela nossa ETE e ser tratada, ela é direcionada, por meio de tubulação, para um pasto destinado a criação de gado de corte, distante um quilômetro do parque fabril. Por meio de um sistema de irrigação, composto por cerca de 600 aspersores, essa água mantém o pasto sempre verde, inclusive nas épocas de seca

Vinícius informa que, em média, serão jorradas no local 75 mil litros de água por hora, a cada 12 horas. No total, são um milhão de litros de água de reuso reaproveitados. Após contribuir para a qualidade da pastagem, a água é absorvida e retorna para o lençol freático, completando assim o ciclo da água.

As iniciativas foram avaliadas e validadas por meio de um estudo técnico feito pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos de Goiás. Em 2021, a iniciativa foi uma das premiadas nacionalmente pelo Crea de Meio Ambiente, sendo a grande ganhadora na categoria Elementos Naturais.

Foto: Divulgação

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Cinco pontos da Grande Natal estão impróprios para banho, diz Idema

Cinco pontos da Grande Natal estão impróprios para banho, diz Idema

Saiba quais são os trechos com água imprópria para banho e entenda como é feita a análise de balneabilidade

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) divulgou, nesta sexta-feira (21.mar.2025), o boletim de balneabilidade da Grande Natal, apontando cinco trechos considerados impróprios para banho no fim de semana de 22 e 23 de março. Os locais afetados são:

  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza), em Natal
  • Redinha (Rio Potengi), em Natal

Esses pontos permanecerão impróprios para banho até o próximo boletim, que será divulgado na sexta-feira (28.mar). O Idema monitora 33 pontos de banho na região, incluindo praias, rios, fozes e lagoas, distribuídos entre Natal, Parnamirim, Nísia Floresta e Extremoz.

Como é feita a análise de balneabilidade?

A avaliação da qualidade da água é realizada com base na quantidade de coliformes termotolerantes, também conhecidos como coliformes fecais, presentes nas amostras coletadas. O processo segue as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Quando a concentração desses microrganismos ultrapassa os limites permitidos, o local é classificado como impróprio para banho.

O estudo faz parte do Programa Azul, uma iniciativa em parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). O objetivo é garantir a segurança dos banhistas e promover a conscientização sobre a importância da preservação ambiental.

Impactos para banhistas e turistas

A classificação de trechos como impróprios para banho pode afetar tanto moradores locais quanto turistas que visitam a região. A recomendação é evitar o contato com a água nesses locais, especialmente para atividades como natação e mergulho, devido ao risco de contaminação por microrganismos prejudiciais à saúde.

Dicas para escolher locais seguros

Para quem planeja aproveitar as praias e rios da Grande Natal, é essencial consultar o boletim de balneabilidade do Idema antes de escolher o local. Além disso, é importante observar sinais de poluição, como mudanças na cor da água, presença de lixo ou odor desagradável. Optar por áreas com infraestrutura adequada e saneamento básico também contribui para uma experiência mais segura.

Sobre o Programa Azul

O Programa Azul é uma iniciativa que visa monitorar a qualidade das águas em todo o Rio Grande do Norte, garantindo a segurança dos banhistas e a preservação dos ecossistemas aquáticos. Além da análise de coliformes termotolerantes, o programa também promove ações de educação ambiental e conscientização sobre a importância da conservação dos recursos hídricos.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Dia Mundial da Água Solar Coca-Cola investe mais de R$ 70 milhões em gestão eficaz de recursos hídricos

Dia Mundial da Água: Solar Coca-Cola investe mais de R$ 70 milhões em gestão eficaz de recursos hídricos

Até 2027, a fabricante do Sistema Coca-Cola pretende reduzir o consumo hídrico para 1,50 litro de água captada por litro de bebida produzida e, desde 2015, reduziu em 29% o volume de água consumido por litro de bebida produzida

Na indústria de bebidas, onde a água é a principal matéria-prima, uma gestão adequada desse recurso é fundamental para assegurar a eficiência hídrica do processo e, sobretudo, preservar esse bem vital para a humanidade. Abraçando essa responsabilidade, a Solar Coca-Cola, fabricante do Sistema Coca-Cola no Brasil com atuação em 70% do território nacional (regiões Norte e Nordeste, Mato Grosso e parte de Tocantins e Goiás), adota uma gestão estratégica dos recursos hídricos, considerando a água como um de seus principais ativos. Somente no último ano, a empresa investiu mais de R$ 70 milhões em modernizações fabris para redução do consumo hídrico.

Ações que incluem a redução do uso de água em processos industriais, a recuperação de efluentes, iniciativas para conservação de bacias hidrográficas e a proteção de ecossistemas críticos têm se expandido nas unidades da empresa de Norte a Nordeste do país, bem como em parte da região Centro-Oeste. Nas unidades, o foco é na atualização das tecnologias para eficiência hídrica, incluindo processo de ultrafiltração, reaproveitamento de vapor, modernização de lavadoras e sistemas de captação de água da chuva.

Entre as principais ações da empresa, destaca-se a meta de reduzir o consumo hídrico para 1,50 litro de água captada por litro de bebida produzida até 2027. Estes esforços da empresa não são recentes. De acordo com o diretor de Supply Chain da Solar, Orlando Fiorenzano, a empresa investe continuamente na redução do consumo de água há décadas. “Desde 2015, a Solar reduziu em 29% o volume de água consumido por litro de bebida produzida. Estes resultados levaram nossa empresa a ser reconhecida como a primeira franquia da Coca-Cola na América Latina a receber a certificação Alliance Water Stewardship (AWS)”, destaca Fiorenzano.

Capilaridade de ações

Utilizando sua capilaridade ímpar no mercado, a Solar expande essas iniciativas por todo seu território em 70% do Brasil. No Nordeste, a empresa realizou a expansão da segunda etapa de modernização da Estação de Tratamento de Água de Maracanaú (CE), resultando em 6% de redução no consumo na unidade. No Rio Grande do Norte, a fabricante implementou a primeira etapa de um novo sistema de adicionamento de gás em Natal, onde consequentemente terá um envase em alta temperatura, resultando em melhoria na qualidade do processo de limpeza e set up das linhas de produção, assim como ganho de energia elétrica e água em condensadores.

No estado de Alagoas, foi implementado um novo piloto de Clean-In-Place (CIP), processo de limpeza automatizado, na fábrica de Maceió. O método, ainda em teste, visa reduzir o consumo de água em cerca de 15% frente ao processo utilizado anteriormente para a limpeza das linhas de produção. Também com relação ao CIP, a fabricante executou a primeira etapa deste novo sistema em Suape (PE) visando a redução da microbiologia e consequente redução de limpeza semanal, economizando aproximadamente 10% de água.

No Mato Grosso, estado de grande importância estratégica para a Solar, um sistema de tratamento de água adicional foi implantado em Várzea Grande, localização de uma das unidades fabris da engarrafadora. Como resultado, foi possível recuperar 5% a mais de água no processo industrial de floculação.

Projetos socioambientais

Para além dos muros das fábricas, a Solar aposta em impactar positivamente as comunidades nas quais está inserida. Para isso, mantém também iniciativas ambientais externas, como o projeto Mangue Vivo, em Alagoas, e o projeto de reflorestamento da Fazenda Raposa, no Ceará. Ambos com foco na recuperação de ecossistemas estratégicos, como manguezais e áreas de recarga hídrica.

Buscando promover acessibilidade à água, a empresa apoia ainda o Água + Acesso, projeto que leva infraestrutura hídrica para comunidades rurais, beneficiando famílias em regiões de escassez. O programa está sendo expandido, com intuito de beneficiar mais escolas e comunidades no Nordeste e na Amazônia. Outro empenho é o apoio ao projeto Águas para Educar, que leva acesso à água potável para escolas, e a expansão dos agregadores de resíduos plásticos, reforçando o compromisso ambiental da empresa. Todas essas iniciativas somam esforços para combater as mudanças climáticas e o estresse hídrico.

“A Solar Coca-Cola entende que as mudanças climáticas impactam a disponibilidade hídrica e, por isso, estamos empenhados em adotar estratégias para mitigar seus efeitos. Vale ressaltar, que trabalhamos alinhados ao ODS 13 – Ação contra a Mudança do Clima e ao Pacto Global da ONU, priorizando a redução do impacto ambiental das nossas operações”, finaliza o diretor de Supply Chain.

Sobre a Solar Coca-Cola – A Solar está entre uma das maiores fabricantes do mundo do Sistema Coca-Cola, e conta atualmente com 13 fábricas. Com cerca de 60 centros de distribuição e 58 distribuidores autorizados e atua em uma área que representa cerca de 70% do território brasileiro, operando nas regiões Norte, Nordeste e parte do Centro-Oeste. A companhia conta com mais de 19 mil colaboradores (as) e é responsável pela produção e distribuição para cerca de 380 mil pontos de venda, impactando positivamente mais de 80 milhões de brasileiros.

Foto: Divulgação

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Dia da Água: RN perde 49 3% da sua água potável na distribuição

Dia da Água: RN perde 49,3% da sua água potável na distribuição

Taxa de desperdício está 12 pontos percentuais acima do nível nacional; na contramão, shopping potiguar investe em soluções para economizar até 60% do volume utilizado

O Dia Mundial da Água, celebrado neste sábado (22), levanta reflexões sobre o uso consciente e a preservação desse recurso natural. Segundo análise do Instituto Trata Brasil, feita a partir dos dados públicos do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), o RN perdeu 49,3% de toda a água potável captada nos sistemas de distribuição em 2022, ano mais recente com as informações publicadas. O número compila o resultado de vazamentos, fraudes, erros de medição dos hidrômetros e outros problemas.

A taxa estadual está bastante acima da média nacional de 37,8% que diminuiu em relação ao registrado em 2021 (40,3%), mas ainda está longe dos 25% estabelecidos pelo Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) como um patamar aceitável, principalmente nas regiões Nordeste (46,9%) e Norte (46,7%), que apresentam os maiores índices de desperdício.

Para contribuir para a mudança deste cenário, empresas privadas se destacam por seu exemplo de governança corporativa com responsabilidade ambiental (ESG). Na capital potiguar, o Natal Shopping é uma delas.

Shopping potiguar atua para evitar desperdícios

Com diversas ações voltadas para a preservação dos recursos hídricos utilizados, até 60% do volume que sai das torneiras do empreendimento consegue ser economizado graças às estratégias tecnológicas adotadas, como o sistema de Osmose Reversa que, ao tratar a água do poço que abastece o shopping, reaproveita um volume que seria descartado, destinando essa água para os mictórios dos banheiros masculinos, sanitários e irrigação de jardins.

As torneiras do empreendimento também têm instalado um equipamento chamado de “arejador”: a peça redistribui o fluxo de saída d’água reduzindo sua vazão, o que diminui o fluxo, mas mantém a sensação de volume na lavagem das mãos.

Felipe Furtado, superintendente do Natal Shopping, enfatiza que práticas como essas, de uma governança focada no ambiental e social (ESG) são prioridades na estratégia do shopping e estão inseridas em todas as áreas de atuação do empreendimento.

“Nosso compromisso com a preservação ambiental e a sustentabilidade vai além das iniciativas isoladas. Estamos constantemente buscando formas de reduzir nosso impacto ambiental e promover o uso responsável dos recursos naturais, como a água, além de cuidarmos muito bem do descarte dos resíduos produzidos pelo shopping e pelos lojistas. Essas práticas não apenas refletem nossa responsabilidade como empresa, mas também contribuem para um futuro mais sustentável para todos”, afirma Felipe, destacando que empresas são parte ativa na construção de um mundo mais consciente e equilibrado.

Outras práticas sustentáveis

Além das iniciativas voltadas para a preservação da água, o Natal Shopping também se destaca por suas práticas sustentáveis em outras áreas. Um exemplo é o Hub de Reciclagem, localizado na praça de Alimentação, onde os clientes podem depositar resíduos de plástico, papel, metal, eletrônicos, cápsulas de café e óleo de cozinha. Essa iniciativa incentiva o público a se engajar em ações de reciclagem e contribui para a redução do impacto causado no meio ambiente.

Outro projeto relevante é o espaço Sustentabilidade Transforma, localizado na Praça de Alimentação. Em parceria com o Minhocário de Berg, o shopping faz a reciclagem de restos de comida deixados pelos clientes e esses resíduos são transformados em adubo orgânico, que é comercializado na loja sustentável.

Ações socioeducativas como o Naty nas Escolas, que leva educação ambiental para instituições de Ensino Infantil, também fazem parte das práticas que promovem a sustentabilidade. A iniciativa – com apresentação da peça e distribuição gratuita dos livros – apresenta atitudes simples, mas essenciais para o cuidado com a natureza, como a economia de água e o descarte correto do lixo, enquanto leva a mascote do shopping a explorar cenários icônicos da capital potiguar, como o Parque das Dunas e o Forte dos Reis Magos.

Para receber a programação do Naty nas Escolas, os gestores escolares devem entrar em contato com a equipe de marketing do Natal Shopping através do email [email protected].

Foto: Dvulgação

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Energia eólica impulsiona a transição energética no Nordeste

Energia eólica impulsiona a transição energética no Nordeste

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono

O Nordeste brasileiro tem se destacado nos últimos 20 anos pelo grande potencial na produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica. Com o objetivo de estimar a geração de eletricidade por turbinas eólicas e, consequentemente, a produção de hidrogênio verde via eletrólise da água, a pesquisa Estimativa da produção de hidrogênio verde por meio da análise da energia eólica usando variáveis atmosféricas. Estudo de caso: região nordeste do Brasil analisou dados atmosféricos de cinco cidades nordestinas: Fortaleza, Natal, São Luís, Recife e Aracaju. O estudo foi conduzido por Amanda Ferreira Sampaio, durante o doutorado em Ciências Climáticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC/UFRN).

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono. Utilizado especialmente na descarbonização da indústria, é responsável 52% das emissões do setor de metalurgia e cimento. O combustível é uma alternativa que pode auxiliar o Brasil a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A meta é um desafio global coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Convenção do Clima.

A pesquisadora Amanda Sampaio explica que o hidrogênio verde é produzido por eletrólise da água com energia renovável, um processo no qual a eletricidade é usada para separar os átomos de hidrogênio e oxigênio da água, não gera emissões de carbono e pode armazenar excedentes de eletricidade. Além de impulsionar o mercado interno, a alta demanda internacional, especialmente na Europa, reforça o potencial econômico do produto.

No entanto, apesar do bom cenário, a pesquisadora alerta que a produção no Brasil ainda enfrenta desafios regulatórios, tecnológicos e econômicos. Segundo Sampaio, a ausência de um marco regulatório claro pode dificultar investimentos, enquanto os altos custos da eletrólise e os desafios no transporte e armazenamento precisam ser superados. No aspecto econômico, o hidrogênio verde ainda é mais caro que outras fontes, exigindo incentivos e investimentos para se tornar competitivo.

Sobre a pesquisa

A análise utilizou dados coletados a partir de séries temporais mensais de duas centrais climatológicas localizadas em Fortaleza e São Luís, no período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020. Sampaio explica que foram analisadas variáveis como velocidade do vento, temperatura do ar, pressão atmosférica e umidade relativa. Essas informações foram determinantes para a eficiência na produção de energia eólica e, consequentemente, de hidrogênio verde.

COP30

O Nordeste brasileiro tem se destacado nos últimos 20 anos pelo grande potencial na produção de hidrogênio verde a partir da energia eólica. Com o objetivo de estimar a geração de eletricidade por turbinas eólicas e, consequentemente, a produção de hidrogênio verde via eletrólise da água, a pesquisa Estimativa da produção de hidrogênio verde por meio da análise da energia eólica usando variáveis atmosféricas. Estudo de caso: região nordeste do Brasil analisou dados atmosféricos de cinco cidades nordestinas: Fortaleza, Natal, São Luís, Recife e Aracaju. O estudo foi conduzido por Amanda Ferreira Sampaio, durante o doutorado em Ciências Climáticas pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências Climáticas (PPGCC/UFRN).

O hidrogênio de baixo carbono, também conhecido como hidrogênio verde, é produzido com fontes renováveis e tecnologias para minimizar ou até eliminar as emissões de carbono. Utilizado especialmente na descarbonização da indústria, é responsável 52% das emissões do setor de metalurgia e cimento. O combustível é uma alternativa que pode auxiliar o Brasil a atingir a neutralidade de carbono até 2050. A meta é um desafio global coordenado pela Organização das Nações Unidas (ONU) por meio da Convenção do Clima.

A pesquisadora Amanda Sampaio explica que o hidrogênio verde é produzido por eletrólise da água com energia renovável, um processo no qual a eletricidade é usada para separar os átomos de hidrogênio e oxigênio da água, não gera emissões de carbono e pode armazenar excedentes de eletricidade. Além de impulsionar o mercado interno, a alta demanda internacional, especialmente na Europa, reforça o potencial econômico do produto.

No entanto, apesar do bom cenário, a pesquisadora alerta que a produção no Brasil ainda enfrenta desafios regulatórios, tecnológicos e econômicos. Segundo Sampaio, a ausência de um marco regulatório claro pode dificultar investimentos, enquanto os altos custos da eletrólise e os desafios no transporte e armazenamento precisam ser superados. No aspecto econômico, o hidrogênio verde ainda é mais caro que outras fontes, exigindo incentivos e investimentos para se tornar competitivo.

Sobre a pesquisa

A análise utilizou dados coletados a partir de séries temporais mensais de duas centrais climatológicas localizadas em Fortaleza e São Luís, no período de 1961 a 1990 e de 1991 a 2020. Sampaio explica que foram analisadas variáveis como velocidade do vento, temperatura do ar, pressão atmosférica e umidade relativa. Essas informações foram determinantes para a eficiência na produção de energia eólica e, consequentemente, de hidrogênio verde.

Ainda segundo a pesquisadora, para avaliar a viabilidade energética da região, foram aplicados modelos estatísticos, como a Distribuição de Weibull, que permite calcular o potencial eólico com maior precisão. Os resultados indicaram que, entre as cinco capitais nordestinas avaliadas, Fortaleza apresentou a maior potência média gerada (5,98 MW/mês), enquanto a produção estimada de hidrogênio verde foi de 125,60 kg/mês na capital cearense e 84,63 kg/mês em São Luís.

Amanda Sampaio esclarece que Fortaleza e São Luís se destacaram devido à qualidade e disponibilidade dos dados climáticos. Técnicas de imputação de dados foram utilizadas para lidar com falhas na coleta, um desafio comum em estudos atmosféricos, de acordo com a pesquisadora.

A partir da análise, Sampaio identificou que o Nordeste é uma das principais regiões para a produção de hidrogênio verde no Brasil devido à abundância de fontes renováveis. De acordo com a pesquisa, a região lidera a geração de energia eólica no país, alcançando um fator de capacidade de 16.835 MW médios em 2023. Além disso, a infraestrutura portuária estratégica, com portos como Pecém (CE) e Suape (PE), favorece a exportação do combustível para mercados internacionais. Segundo estudo feito em 2024 pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), os investimentos anunciados para projetos na região já somam cerca de R$188,7 bilhões.

A pesquisadora destaca que a motivação para o estudo veio da crescente importância do hidrogênio verde e das aplicações em setores como transporte, indústria e produção de fertilizantes. “Com a transição energética em pauta, compreender como podemos utilizar o potencial natural do Nordeste para gerar um combustível limpo e sustentável é essencial para o desenvolvimento do país”, afirma. Sampaio acredita que o aumento dos investimentos governamentais e privados no setor reforça a necessidade de estudos que avaliem a viabilidade da produção desse combustível.

Hidrogênio verde e os ODS

A produção de hidrogênio verde no Brasil tem potencial para impulsionar a transição energética e a descarbonização industrial. Com a expansão da infraestrutura de produção e exportação, a redução dos custos da eletrólise e o interesse de mercados internacionais, o Brasil pode se tornar um dos principais produtores e exportadores globais do combustível. O avanço está alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, especialmente aos ODS 7 (Energia Limpa e Acessível) e 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima).

O ano de 2024 marca o início de duas medidas para diversificar a matriz energética brasileira: a aprovação do Marco Legal do Hidrogênio de Baixo Carbono (Lei nº 14.948/24) e a criação do Programa de Desenvolvimento do Hidrogênio de Baixa Emissão de Carbono (PHBC), com incentivos de até R$ 18,3 bilhões entre 2028 e 2032. Esses incentivos priorizam projetos de baixo carbono, ampliando o acesso à energia limpa e promovendo a segurança energética ao reduzir a dependência de fontes fósseis, contribuindo para o cumprimento do ODS 7.

Além disso, ao focar em projetos de baixo impacto ambiental, o PHBC auxilia na descarbonização de setores como a indústria e o transporte pesado, essenciais para a redução das emissões de gases de efeito estufa e para o cumprimento dos compromissos climáticos globais, fortalecendo o impacto no ODS 13. A transição para o hidrogênio verde permite ao Brasil atender às suas necessidades energéticas de forma sustentável, contribuindo para a mitigação das mudanças climáticas.

Sustentabilidade e hidrogênio verde

A pesquisa conduzida por Amanda Sampaio reforça o potencial do Nordeste brasileiro na produção desse combustível a partir da energia eólica. Os resultados destacam a importância da região na transição energética e no fortalecimento da economia nacional, ressaltando a necessidade de investimentos, regulamentação e avanços tecnológicos para viabilizar a produção em larga escala. “Com um planejamento adequado e investimentos contínuos, o Brasil pode se consolidar como referência mundial na produção de hidrogênio verde”, enfatiza.

A pesquisadora defende que para que o hidrogênio verde seja, de fato, uma solução sustentável, é essencial garantir que toda a sua cadeia produtiva utilize fontes renováveis, como energia eólica e solar, que apresentam menor impacto ambiental. A adoção de padrões de certificação também é fundamental para assegurar a origem da energia utilizada, garantindo que a produção seja realmente limpa.

Para Amanda Sampaio, investimentos em inovação tecnológica são necessários para aumentar a eficiência da eletrólise e desenvolver soluções de armazenamento e transporte que reduzam impactos ambientais. Ela acredita que a criação de um marco regulatório eficiente, aliado a sistemas de monitoramento ao longo da cadeia produtiva, contribuirá para que o hidrogênio verde cumpra seu papel na transição energética sem gerar novos desafios ambientais.

Temas discutidos na pesquisa como sustentabilidade, energia verde e descarbonização farão parte das discussões da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP 30). Coordenado pela ONU, o evento é o principal fórum internacional de debates climáticos e será realizado pela primeira vez no Brasil, na cidade de Belém, no Pará, entre os dias 10 a 21 de novembro de 2025.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN / Divulgação/EDP Brasil

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Artigo - Mudanças climáticas e seus desafios: salvar o planeta também depende de você

Artigo – Mudanças climáticas e seus desafios: salvar o planeta também depende de você

  • Por Valter Casarin, coordenador geral e científico da iniciativa NPV

Mais do que em qualquer outro momento da nossa história recente, dar a devida atenção às mudanças climáticas e a todas as suas consequências é uma obrigação de toda a nossa sociedade. A conscientização pública a respeito desse grave problema é fundamental e tem como objetivo aumentar o entusiasmo e o apoio a essa causa, ao mesmo tempo em que estimulamos à ação e mobilizamos o conhecimento e os recursos de nosso país.

Afinal, nem todas as partes interessadas estão cientes e informadas a respeito de sua vulnerabilidade e sobre as medidas que podem tomar para se adaptar proativamente às mudanças climáticas.

O desenvolvimento sustentável é uma agenda universal que visa construir um mundo mais justo (e melhor). Todos os países do mundo estão testemunhando os sérios impactos das mudanças climáticas, que provoca danos na diversidade biológica do nosso planeta e na vida das pessoas. Se não agirmos agora, os efeitos catastróficos das mudanças climáticas serão muito maiores do que a situação atual que estamos vivenciando.

Secas, inundações, elevação do nível do mar e ciclones. O aquecimento global está sendo sentido cada vez mais em nosso planeta. As consequências negativas, especialmente para o desenvolvimento, são bem conhecidas, principalmente na produção agrícola, a qual já está sofrendo perdas significativas que ameaçam a segurança alimentar. De fato, quando a temperatura aumenta 1 grau, a produção de cereais diminui em cerca de 5%; portanto, as mudanças climáticas terão um impacto negativo na disponibilidade de alimentos e dificultarão seu acesso, interrompendo os meios de subsistência de milhões de produtores rurais que ganham sua renda com a agricultura. O desenvolvimento sustentável e a luta contra a pobreza não podem, portanto, ser dissociados da luta contra o aquecimento global e da proteção do meio ambiente ou da biodiversidade.

O Acordo de Paris prevê limitar o aquecimento global a 1,5°C. Isso exige que as emissões globais caiam 45% em relação aos níveis de 2010 até 2030 e continuem caindo drasticamente para atingir emissões líquidas zero até 2050. O mundo está longe de atingir essa meta. Ao mesmo tempo, as emissões dos países em desenvolvimento aumentaram 43,2% entre 2000 e 2013. Esse aumento é amplamente atribuído ao aumento da industrialização e à elevação da produção econômica medida em termos de PIB.

É fácil pensar que nossas pequenas ações diárias não podem fazer uma grande diferença. No entanto, quando nós, como comunidade, agimos juntos, temos o poder de criar mudanças significativas. Optar por utilizar produtos ecologicamente responsáveis, consumir menos energia e favorecer modos de transporte ecológicos pode parecer insignificante, mas essas atividades, quando adotadas em larga escala, têm um grande impacto em nosso meio ambiente.

Devemos também proteger as florestas que são os pulmões do planeta. Elas armazenam um volume considerável de carbono e ajudam a mitigar os efeitos do aquecimento global, em especial pela produção de umidade essencial para os ecossistemas que abrigam.

Os fertilizantes participam como um dos principais atores dentro de todo esse contexto. Em um primeiro momento, como o produto que permite aumentar a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar em nosso planeta. Além disso, os fertilizantes permitem manter a produtividade nas terras já destinadas para a agricultura, não permitindo que florestas sejam derrubadas com o objetivo de explorar novas áreas. Além desses aspectos, os fertilizantes contribuem para cultivar mais de uma cultura em uma mesma área, diminuindo assim a concentração de CO2 na atmosfera, ou seja, redução de um dos principais gases de efeito estufa.

Neste contexto de emergência climática, todos nos vemos em um momento de ação, em que precisamos incentivar atitudes em prol do clima, conscientizando as pessoas ao nosso redor a apoiar políticas ecológicas e adotar um estilo de vida ecologicamente correto. Afinal, juntos, podemos garantir um futuro mais verde e saudável para as gerações futuras.

*Valter Casarin, coordenador geral e científico da Nutrientes Para a Vida é graduado em Agronomia pela Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias/UNESP, Jaboticabal, em 1986 e em Engenharia Florestal pela Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”/USP, Piracicaba, em 1994. Concluiu o mestrado em Solos e Nutrição de Plantas, em 1994, na Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Recebeu o título de Doutor em Ciência do Solo pela École Supérieure Agronomique de Montpellier, França, em 1999. Atualmente é professor do Programa SolloAgro, ESALQ/USP e Sócio-Diretor da Fertilità Consultoria Agronômica.

Sobre a NPV

A NPV – Nutrientes Para a Vida – nasceu com objetivo de melhorar a percepção da população urbana em relação às funções e os benefícios dos fertilizantes para a saúde humana. Braço da fundação norte-americana NFL – Nutrients For Life – no Brasil, a NPV trabalha baseada em informações científicas. A NPV tem sua sede no Brasil, é mantida pela ANDA (Associação Nacional para Difusão de Adubos) e operada pela Biomarketing. A iniciativa conta ainda com parceiros como: Esalq/USP, IAC, UFMT, UFLA e UFPR.

Este texto não representa necessariamente a opinião do POR DENTRO DO RN.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

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102 cidades do RN estão em risco de chuvas intensas

102 cidades do RN estão em risco de chuvas intensas

Inmet emite avisos de perigo potencial com previsão de ventos fortes e alagamentos; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu alertas de chuvas intensas para 102 cidades do Rio Grande do Norte. Os dois avisos valem até 10h desta sexta-feira (14.mar.2025).

Os alertas são da cor amarela (perigo potencial), o menor nível no grau de severidade do órgão, que ainda conta o nível da cor laranja (perigo) e da cor vemelha (grande perigo).

O primeiro aviso, para 15 municípios, teve início na manhã desta quinta. Já o segundo, para 99, teve início durante a tarde. Apenas três municípios que estavam no primeiro aviso não constam no segundo.

De acordo com o Inmet, as chuvas do nível amarelo podem atingir 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, além da possibilidade de ventos intensos entre 40 e 60 km/h.

Nesse caso, há baixo risco de corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e de descargas elétricas, segundo o Inmet.

O órgão recomenda, em caso de rajada de vento:

  • não se abrigar debaixo de árvores, pois há leve risco de queda e descargas elétricas
  • não estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • evitar usar aparelhos eletrônicos ligados à tomada

Para mais informações, a recomendação é acionar a Defesa Civil (telefone 199) ou o Corpo de Bombeiros (telefone 193).

Cidades atingidas no 1º alerta

  • Areia Branca
  • Caiçara do Norte
  • Galinhos
  • Grossos
  • Guamaré
  • Macau
  • Mossoró
  • Parazinho
  • Pedra Grande
  • Porto do Mangue
  • São Bento do Norte
  • São Miguel do Gostoso
  • Serra do Mel
  • Tibau
  • Touros

Cidades atingidas no 2º alerta

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Arez
  • Augusto Severo
  • Baía Formosa
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Bom Jesus
  • Brejinho
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Campo Redondo
  • Canguaretama
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Currais Novos
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Galinhos
  • Goianinha
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Januário Cicco
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • Jucurutu
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa de Velhos
  • Lagoa Nova
  • Lagoa Salgada
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Macaíba
  • Macau
  • Maxaranguape
  • Monte Alegre
  • Mossoró
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Paraú
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pedro Velho
  • Pendências
  • Poço Branco
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Ruy Barbosa
  • Santa Cruz
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • Santo Antônio
  • São Bento do Norte
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • São José do Campestre
  • São Miguel do Gostoso
  • São Paulo do Potengi
  • São Pedro
  • São Rafael
  • São Tomé
  • Senador Elói de Souza
  • Senador Georgino Avelino
  • Serra Caiada
  • Serra do Mel
  • Serrinha
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Taipu
  • Tangará
  • Tibau
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Triunfo Potiguar
  • Upanema
  • Várzea
  • Vera Cruz
  • Vila Flor

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Limpeza retira 50 m³ de rodolitos em Ponta Negra

Limpeza retira 50 m³ de rodolitos em Ponta Negra

Operação já peneirou 500.000 m² de areia e melhora qualidade do local para banhistas

A operação de limpeza mecanizada na Praia de Ponta Negra, em Natal, completou onze dias de execução nesta segunda-feira (10.mar.2025), alcançando resultados significativos. Durante esse período, aproximadamente 500.000 m² de areia foram peneirados, garantindo maior qualidade e conforto para os frequentadores da praia.

A ação utiliza equipamentos específicos para a remoção de rodolitos, fragmentos calcários que se acumulam na faixa de areia. Até o momento, cerca de 50 m³ desses materiais foram retirados, totalizando mais de 100 horas de operação. A iniciativa já reflete em uma melhoria visível na qualidade da areia, beneficiando tanto moradores quanto turistas que visitam o local.

Como funciona a operação de limpeza

A operação ocorre diariamente, das 18h às 5h, e abrange os 4,6 quilômetros de aterro hidráulico da praia. Após o horário de funcionamento das máquinas, equipes de garis realizam uma etapa adicional de limpeza manual para garantir que toda a área esteja livre de resíduos.

O equipamento utilizado remove uma lâmina de areia com profundidade entre 10 e 20 centímetros, que é transportada por uma esteira para um local com capacidade de armazenar até 750 litros. Nesse processo, materiais sólidos como rodolitos, tampinhas de garrafa e canudos são separados. Após a peneiração, a areia é devolvida à praia, garantindo que apenas os resíduos sejam removidos.

Impacto ambiental e destino dos resíduos

A operação segue rigorosos protocolos ambientais. Todo o material recolhido é destinado de forma adequada ao transbordo da Urbana, empresa responsável pela gestão de resíduos urbanos em Natal, e posteriormente encaminhado ao aterro sanitário. Essa medida assegura que a limpeza não cause danos ao ecossistema local.

A MB Construções e Serviços Ltda, vencedora da licitação, é a responsável pela execução do serviço. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e a Urbana acompanham de perto as atividades, fiscalizando o cumprimento das normas técnicas e ambientais.

Benefícios para a comunidade e turismo

A remoção dos rodolitos é essencial para melhorar a experiência dos banhistas, já que o acúmulo excessivo desses fragmentos pode dificultar o trânsito e o lazer na praia. Com a areia mais limpa e uniforme, Ponta Negra se torna ainda mais atrativa para visitantes, reforçando seu papel como um dos principais cartões-postais de Natal.

A operação de limpeza mecanizada é uma das ações contínuas realizadas para preservar a qualidade ambiental e a beleza natural da praia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável do turismo na região.

Foto: Acervo Semurb

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para o RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para o RN

Saiba quais municípios estão em alerta laranja e amarelo e as precauções recomendadas

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu três alertas meteorológicos para o Rio Grande do Norte, válidos até as 10h desta segunda-feira (10.mar.2025). Dois dos avisos são para chuvas intensas, enquanto o terceiro alerta para o acumulado de chuvas. As previsões incluem riscos de alagamentos, quedas de árvores e descargas elétricas, com recomendações específicas para a população.

Alerta Laranja: chuvas intensas com risco elevado

O alerta laranja, considerado de perigo, foi emitido para 72 cidades do estado. A previsão é de chuvas entre 30 e 60 milímetros por hora ou de 50 a 100 milímetros por dia, acompanhadas de ventos que podem atingir entre 60 e 100 km/h. Entre os riscos associados estão cortes de energia elétrica, alagamentos e quedas de galhos de árvores.

O Inmet recomenda que a população evite se abrigar debaixo de árvores, não estacione veículos próximos a torres de transmissão e desligue aparelhos elétricos em caso de rajadas de vento.

Entre as cidades em alerta laranja estão:

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Areia Branca
  • Arez
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bom Jesus
  • Brejinho
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Canguaretama
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Espírito Santo
  • Extremoz
  • Fernando Pedroza
  • Galinhos
  • Goianinha
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Jandaíra
  • Januário Cicco
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • Jundiá
  • Lagoa de Pedras
  • Lagoa de Velhos
  • Lagoa Salgada
  • Lajes
  • Macaíba
  • Macau
  • Maxaranguape
  • Monte Alegre
  • Mossoró
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Passagem
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Poço Branco
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • São Bento do Norte
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • São Miguel do Gostoso
  • São Paulo do Potengi
  • São Pedro
  • São Tomé
  • Senador Elói de Souza
  • Senador Georgino Avelino
  • Serra Caiada
  • Serra do Mel
  • Taipu
  • Tibau
  • Tibau do Sul
  • Touros
  • Várzea
  • Vera Cruz

Alerta Amarelo: Chuvas intensas com risco potencial

Já o alerta amarelo, de perigo potencial, foi emitido para 49 municípios. As chuvas previstas variam entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia, com ventos entre 40 e 60 km/h. Embora os riscos sejam menores, ainda há possibilidade de alagamentos e quedas de galhos.

Entre as cidades em alerta amarelo estão:

  • Assú
  • Angicos
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bodó
  • Campo Redondo
  • Canguaretama
  • Caraúbas
  • Cerro Corá
  • Currais Novos
  • Espírito Santo
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Goianinha
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Januário Cicco
  • Jucurutu
  • Lagoa d’Anta
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Montanhas
  • Mossoró
  • Nova Cruz
  • Paraú
  • Passagem
  • Pedro Velho
  • Santa Cruz
  • Santana do Matos
  • Santo Antônio
  • São José do Campestre
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra Caiada
  • Serra de São Bento
  • Serrinha
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Tangará
  • Triunfo Potiguar
  • Upanema
  • Várzea

Alerta Amarelo: acumulado de chuvas em sete cidades

O terceiro alerta, também amarelo, foi emitido para sete cidades, com previsão de chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros por dia. O acumulado de chuva pode causar alagamentos e pequenos deslizamentos em áreas de risco.

As cidades afetadas são:

  • Baía Formosa
  • Canguaretama
  • Goianinha
  • Montanhas
  • Pedro Velho
  • Tibau do Sul
  • Vila Flor

Recomendações gerais do Inmet

Em todos os casos, o Inmet reforça a importância de seguir as orientações de segurança, como evitar áreas de risco e contatar a Defesa Civil (199) ou o Corpo de Bombeiros (193) em situações de emergência.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Passeios turísticos são suspensos no litoral do RN

Passeios turísticos são suspensos no litoral do RN

Capitania dos Portos do RN proíbe navegação para parrachos em condições climáticas adversas

A Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte (CPRN), órgão vinculado à Marinha do Brasil, anunciou a suspensão dos passeios turísticos para os parrachos do litoral potiguar. A decisão foi comunicada às empresas de turismo na quarta-feira (5.mar.2025) e permanece em vigor por tempo indeterminado. A medida foi tomada em razão de um aviso de mau tempo, que deve comprometer as condições de navegação na região.

De acordo com a Marinha, a realização de passeios em embarcações é expressamente proibida durante a vigência de alertas meteorológicos. “Conforme as Normas e Procedimentos da Capitania dos Portos do Rio Grande do Norte, o transporte de passageiros para os Parrachos de Pirangi, Muriú, Rio do Fogo, Perobas, Maracajaú e outras piscinas naturais só pode ocorrer em condições climáticas favoráveis, considerando fatores como vento, altura das ondas, corrente e visibilidade”, informou a corporação em nota oficial.

A Capitania dos Portos também reforçou que os condutores das embarcações devem respeitar os limites de segurança estabelecidos, como a velocidade máxima do vento de 10 nós e a altura máxima das ondas de 1,25 metro. No entanto, as previsões meteorológicas para os próximos dias indicam ventos superiores a 16 nós e ondas acima de 1,5 metro, condições consideradas adversas para a navegação.

“Devido às condições meteorológicas previstas, as embarcações que realizam passeios para os Parrachos de Rio do Fogo/Perobas e Maracajaú devem seguir as normas da NPCP CPRN até que as condições climáticas se normalizem dentro dos limites estabelecidos”, destacou a Marinha.

O aviso de mau tempo, contendo informações detalhadas sobre a previsão de ventos e altura das ondas, foi enviado na terça-feira (4) às prefeituras das cidades litorâneas do Rio Grande do Norte. A medida tem como principal objetivo prevenir acidentes com turistas e passageiros, além de garantir a segurança da navegação e a preservação do meio ambiente.

A suspensão dos passeios turísticos afeta diretamente empresas e guias que dependem dessas atividades para sua renda. No entanto, a decisão foi tomada com base em critérios técnicos e de segurança, visando evitar riscos para os visitantes e para as embarcações.

A retomada dos passeios só ocorrerá quando as condições de navegabilidade estiverem dentro dos parâmetros de segurança estabelecidos pela Capitania dos Portos. Enquanto isso, turistas e operadoras de turismo devem ficar atentos aos boletins meteorológicos e às orientações das autoridades locais.

Foto: ASCOM/IDEMA/Ilustração

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Assaí reduz em 10% suas emissões de gases de efeito estufa em 2024

Assaí reduz em 10% suas emissões de gases de efeito estufa em 2024

Resultado reforça compromisso da Companhia com a redução do impacto ambiental e transição para uma economia de baixo carbono

O Assaí Atacadista reduziu em 10% suas emissões de gases de efeito estufa (GEE) dos escopos 1 e 2 em 2024 no comparativo do quatro trimestre do ano anterior sobre o mesmo período de 2023. O avanço reflete a evolução da estratégia da Companhia para tornar suas operações mais eficientes e sustentáveis, com foco na transição para uma economia de baixo carbono. Neste cenário, a empresa mantém a meta de reduzir em 38% as emissões brutas de CO₂ dos escopos 1 e 2 até 2030, tendo como base os dados de 2015 (quando tinha um parque de lojas com uma quantidade que era cerca de 1/3 em relação às 302 unidades atuais).

Redução das emissões diretas: transição para gases refrigerantes de menor impacto

No escopo 1, que abrange as emissões diretas da operação, 85% das emissões do Assaí estão relacionadas aos gases refrigerantes utilizados na refrigeração dos balcões e climatização das lojas. Para mitigar esse impacto, a Companhia investe continuamente na modernização de seus sistemas de refrigeração, substituindo equipamentos antigos por tecnologias que utilizam gases naturais com menor potencial de aquecimento global (GWP – Global Warming Potential). Atualmente, as lojas operam com sistemas refrigerantes mais eficientes, reduzindo significativamente as emissões de GEE e otimizando o consumo energético das unidades. Esse avanço se alinha às melhores práticas globais do setor e reforça o compromisso do Assaí com a mitigação das mudanças climáticas.

Eficiência energética e expansão do uso de fontes renováveis

No escopo 2, que se refere ao consumo de eletricidade adquirida, o Assaí vem ampliando o uso de energia limpa em suas operações. A migração para o Mercado Livre de Energia – iniciada em 2019 – prioriza fontes renováveis, como energia eólica, solar, de biomassa e pequenas centrais hidrelétricas.

Hoje, 97% das lojas já operam sob esse modelo, e a meta é atingir 100% ainda em 2025. Além disso, todas as novas lojas da rede são equipadas com tecnologias de ecoeficiência, como iluminação 100% LED e sistemas de economia de água e energia.

Sobre o Assaí Atacadista

O Assaí Atacadista é uma Corporation (empresa sem um único controlador), que opera no setor de atacarejo há 50 anos e a rede alimentar com a maior presença nos lares brasileiros (NielsenIQ Homescan). É ainda a melhor empresa de atacado e varejo do Brasil (Melhores e Maiores 2024 da Exame) e a marca mais lembrada do varejo físico e digital (Branding Brasil).

Fundado em São Paulo (SP), o Assaí atende comerciantes e consumidores(as) que buscam maior economia na compra a varejo ou a atacado, liderando a proposta de inovação no formato. Atualmente, tem mais de 300 lojas em todas as regiões do país (24 Estados + DF) e mais de 87 mil colaboradores(as), sendo reconhecida pela GPTW como a melhor empresa de varejo alimentar para se trabalhar (companhias com mais de 10 mil colaboradores).

As ações do Assaí são as únicas de uma empresa de atacarejo negociadas na B3 (ASAI3). Forte geradora de caixa, cresce ano após ano e, em 2024, registrou faturamento de R$ 80,6 bilhões.

Reconhecida pelo seu forte trabalho social, conta com o Instituto Assaí que, desde 2022, atua com ações de impacto social nas frentes de apoio ao empreendedorismo, incentivo ao esporte e segurança alimentar.

Foto: Divulgação

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RN declara emergência por incêndios florestais

RN declara emergência por incêndios florestais

Medida do MMA abrange todas as mesorregiões potiguares e prevê contratação de brigadistas

O Rio Grande do Norte teve o estado de emergência declarado em todas as suas quatro mesorregiões devido ao alto risco de incêndios florestais. A medida, publicada no Diário Oficial da União na última sexta-feira (28.fev.2025), foi assinada pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e terá validade do segundo semestre deste ano até o início de 2026.

As áreas afetadas incluem o Agreste Potiguar, a Central Potiguar, o Leste Potiguar e o Oeste Potiguar. Além do RN, outros estados do Nordeste também foram contemplados com a declaração de emergência, como Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí e Sergipe.

A portaria permite que o Ibama contrate brigadistas para atuar no combate aos incêndios. A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, destacou que a medida oferece segurança jurídica para que os gestores públicos adotem as ações necessárias.

Durante apresentação no Auditório da Sede do Prevfogo, na última quinta-feira (27), Marina Silva reforçou as estratégias para o combate a incêndios em 2025. O presidente do ICMBio, Mauro Pires, anunciou que a expectativa é aumentar o número de brigadistas contratados para 1.758, com capacitação em 68 cursos.

No total, o Governo Federal estima que 4.358 brigadistas federais, divididos em 231 brigadas (115 do ICMBio e 116 do Ibama), estejam aptos para atuar em 2025. Além disso, cerca de 250 servidores devem integrar o comando e o apoio logístico durante os incidentes.

Períodos de maior risco de incêndios no RN:

  • Agreste Potiguar: agosto de 2025 a janeiro de 2026
  • Central Potiguar: agosto de 2025 a fevereiro de 2026
  • Leste Potiguar: agosto de 2025 a março de 2026
  • Oeste Potiguar: julho de 2025 a fevereiro de 2026

A medida visa prevenir e mitigar os impactos dos incêndios florestais, que tendem a se intensificar durante os períodos de seca no Nordeste.

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília/Ilustração

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12 praias do RN estão impróprias para banho, aponta Boletim de Balneabilidade

12 praias do RN estão impróprias para banho, aponta Boletim de Balneabilidade

Confira a lista completa dos trechos do litoral potiguar onde o banho não é recomendado

O mais recente Boletim de Balneabilidade do Rio Grande do Norte, divulgado na sexta-feira (28.fev.2025), revelou que 12 trechos do litoral potiguar estão impróprios para banho. O relatório, emitido pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), tem como objetivo informar banhistas e turistas sobre a qualidade das águas nas praias do estado.

Pontos impróprios para banho no RN

Os locais identificados como impróprios para banho incluem:

  • Baía Formosa: Porto – Praça da Conceição
  • Sibaúma: Restaurante Sabores do Mar, em Tibau do Sul
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Pirangi do Sul, em Nísia Floresta
  • Pirambúzios, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi-Pium: Balneário Pium, em Parnamirim
  • Rio Pirangi: Ponte Nova, em Parnamirim
  • Areia Preta: Escadaria de Mãe Luiza, em Natal
  • Praia da Redinha: Rio Potengi, em Natal
  • Touros: Av. Bom Jesus, em Touros
  • Maracajaú: Mercado Público, em Maxaranguape
  • Maxaranguape: Barra – Rua 15 de Novembro

Como funciona o Programa de Balneabilidade

Durante o verão, o Programa de Balneabilidade amplia o número de áreas analisadas, chegando a 51 trechos monitorados. Essa expansão visa garantir maior segurança aos banhistas e turistas que visitam o estado. Ao longo do ano, são 33 pontos de coleta que passam por análises regulares.

A avaliação da qualidade da água é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados. Esses microrganismos indicam a presença de contaminação por esgoto ou outras fontes poluentes, o que pode representar riscos à saúde dos banhistas.

Frequência das análises

Os boletins de balneabilidade são divulgados semanalmente pelo Idema, oferecendo informações atualizadas sobre as condições das praias. Essa frequência é especialmente importante durante a alta temporada, quando o fluxo de turistas aumenta significativamente.

Impacto no turismo e na saúde pública

A identificação de trechos impróprios para banho é crucial para evitar problemas de saúde, como infecções de pele e doenças gastrointestinais. Além disso, a transparência nas informações ajuda a manter a confiança dos turistas, que são essenciais para a economia local.

Como acompanhar as atualizações

Para quem planeja visitar o litoral potiguar, é recomendável acompanhar os boletins semanais do Idema. Esses relatórios estão disponíveis no site oficial do instituto e em canais de comunicação oficiais do governo do estado.

Dicas para os banhistas

  • Evite banhar-se em trechos identificados como impróprios.
  • Respeite as sinalizações e orientações das autoridades locais.
  • Em caso de dúvidas, consulte os boletins atualizados do Idema.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Defesa Civil identifica problemas na drenagem de Ponta Negra

Defesa Civil identifica problemas na drenagem de Ponta Negra

Relatório aponta descumprimento de licenças e falhas na obra de engorda da praia; prefeitura afirma que dissipadores estarão operacionais em breve

A Defesa Civil Nacional identificou problemas na drenagem das águas pluviais na obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal, e recomendou a retenção de R$ 4 milhões do valor total destinado ao projeto. O relatório, elaborado após uma inspeção realizada nos dias 6 e 7 de fevereiro, apontou descumprimentos na Licença de Instalação e Operação, além de falhas na execução dos dissipadores de energia da rede de drenagem.

Durante a inspeção, foram registrados alagamentos no trecho da obra devido às chuvas intensas, que atingiram quase 100 milímetros em um único dia. Esse não foi o primeiro incidente do tipo, já que em janeiro também houve relatos de alagamentos e mau cheiro na região. A Defesa Civil sugeriu que o Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional retivesse parte dos recursos até que os serviços pendentes fossem concluídos.

A prefeitura de Natal, em nota, afirmou que a retenção do valor é uma medida preventiva e comum em obras financiadas com recursos públicos, especialmente em fase final de execução. O município destacou que os dissipadores estarão em funcionamento a partir desta sexta-feira (28.fev.2025), restando apenas o acabamento físico, que será finalizado em março.

Falhas na drenagem e descumprimento de licenças

O relatório da Defesa Civil destacou que a Licença de Instalação e Operação exige que o aterro hidráulico só seja iniciado após a conclusão dos dissipadores e demais estruturas de drenagem. No entanto, a inspeção revelou que alguns dissipadores não foram concluídos e outros nem sequer começaram a ser executados. Dos 16 dissipadores previstos, apenas 8 estão finalizados.

A Defesa Civil também apontou que a prefeitura não cumpriu o item 19 da Licença de Operação, que exige ajustes nos cronogramas para mitigar riscos de erosão em caso de chuvas excepcionais. O documento recomendou a não liberação dos R$ 4 milhões como forma de garantir a conclusão da obra de drenagem e a continuidade dos programas ambientais.

Acúmulo de água e suspeita de contaminação

Durante a vistoria, foi constatado o acúmulo de água nos desemboques da drenagem pluvial, com formação de lagoas rasas acima do aterro hidráulico. Em alguns pontos, foi observado odor desagradável e suspeita de contaminação por águas servidas. A Defesa Civil sugeriu a revisão do projeto de drenagem e a adoção de soluções alternativas para evitar o represamento de água.

A prefeitura informou que está executando a obra complementar de drenagem com outra fonte de recursos e que há um plano para desativar as saídas de águas pluviais para a faixa de praia. Além disso, o município está trabalhando em melhorias no sistema de drenagem e no monitoramento da qualidade da água.

Recomendações da Defesa Civil

Entre as recomendações, a Defesa Civil sugeriu a contratação de estudos complementares para cadastro e modelagem hidráulica do sistema de drenagem. O órgão também recomendou a articulação com a CAERN e a FUNPEC para sanear o problema de efluentes domésticos na rede de drenagem pluvial.

A prefeitura afirmou que está comprometida com a melhoria da obra e que todas as recomendações serão atendidas para garantir a eficácia do projeto. Apesar dos problemas identificados, o relatório destacou que o aterro hidráulico mostrou resistência às chuvas intensas e não houve erosão da berma durante as precipitações recentes.

Foto: Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal/Ilustração/Arquivo / Defesa Civil Nacional

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MPF cobra soluções para drenagem e despejo de esgoto em Ponta Negra

MPF cobra soluções para drenagem e despejo de esgoto em Ponta Negra

Desde a conclusão da obra, há constantes alagamentos na faixa de areia ampliada, além de deságue de esgoto em mais de 80 pontos da praia

O Ministério Público Federal (MPF) se reuniu com representantes da prefeitura de Natal para discutir os problemas nas obras de aterramento hidráulico da praia de Ponta Negra. Desde a conclusão da obra, em janeiro deste ano, a praia tem enfrentado constantes alagamentos na faixa de areia ampliada, além do despejo de esgoto em mais de 80 pontos.

Durante a reunião, o MPF destacou a preocupação com as obras de drenagem das águas pluviais, que deveriam ter sido concluídas antes do aterro para evitar os alagamentos. Os procuradores da República Ilia Freire e Victor Mariz cobraram explicações sobre os pontos de despejo de esgoto na praia, lembrando que a licença ambiental da obra exigia a execução da drenagem e medidas para minimizar o despejo de dejetos, condições que não foram cumpridas.

O MPF acompanha o processo erosivo na praia de Ponta Negra e no Morro do Careca, cartão-postal de Natal, desde 2014. “A preocupação principal é com o impacto ambiental, turístico e nas comunidades tradicionais”, explicou Ilia Freire.

Prefeitura reconhece falhas e promete soluções

Pela prefeitura de Natal, a secretária municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Seinfra), Shirley Lago, e o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, admitiram que a obra de drenagem deveria ter sido realizada antes do aterro. Eles atribuíram o atraso a problemas com a empresa contratada.

Shirley Lago informou que os 16 dissipadores da rede de drenagem, responsáveis por reduzir a força da água, devem estar em funcionamento até o final de fevereiro. Apenas a construção de lajes na parte superior dos dissipadores ficará pendente. Segundo a prefeitura, os alagamentos não têm prejudicado a obra, mantendo o volume de areia.

Quanto ao despejo de esgoto, Thiago Mesquita afirmou que o problema está relacionado a ligações clandestinas e ao extravasamento da rede da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). A prefeitura tem fiscalizado estabelecimentos privados e cobrado melhorias da Caern. Além disso, a Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec) foi contratada para fiscalizar a obra e enviará um relatório ao MPF.

Fiscalização e impactos sociais em debate

Os procuradores também questionaram a qualidade da areia utilizada no aterro, que precisou ser substituída durante a obra, e a falta de fiscalização adequada. Victor Mariz destacou a necessidade de informações precisas sobre os impactos sociais da obra, especialmente para os pescadores artesanais da região.

Próximos passos

O MPF aguarda o relatório da Funpec e oficiará as secretarias de Infraestrutura e Meio Ambiente de Natal para obter informações atualizadas sobre as obras. Uma nova reunião com o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está prevista para reforçar a necessidade de fiscalização. O MPF também questionará a Caern sobre as ligações clandestinas que resultam no despejo de esgoto na praia.

Prefeitura contrata empresa para limpeza mecanizada da Praia de Ponta Negra

A Prefeitura de Natal finalizou o processo de contratação de uma empresa especializada para realizar a limpeza mecanizada e o saneamento da faixa de areia da praia de Ponta Negra, localizada na zona sul da cidade. O contrato, assinado na terça-feira, 25, na sede da prefeitura, prevê um investimento mensal de R$ 67 mil, recursos provenientes do Fundo Municipal de Meio Ambiente (Funam). A empresa ganhadora do certame iniciará os serviços imediatamente.

A limpeza será realizada ao longo dos 4,6 km de extensão da praia, com atividades diárias no período noturno, preferencialmente entre 18h e 5h da manhã. O horário foi escolhido para evitar interferências nas atividades turísticas, comerciais e de lazer que ocorrem durante o dia. Todo o material recolhido será armazenado e destinado de acordo com as normas ambientais vigentes.

Objetivos da limpeza mecanizada

O processo, conduzido pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), tem como principal objetivo remover os rodolitos e outros fragmentos calcários acumulados na praia devido às obras de aterro hidráulico. Esses resíduos comprometem a segurança dos banhistas, a estética do local e a acessibilidade da praia. Além disso, a máquina saneadora recolherá resíduos como latinhas, sacos plásticos e canudos encontrados ao longo da faixa de areia.

A intervenção utilizará uma máquina saneadora de praia, que beneficiará os sedimentos depositados em até 20 cm de profundidade. O equipamento peneirará e aerará a areia, melhorando sua qualidade para os usuários e trabalhadores do local.

Impactos positivos para a praia

Com a ação, a Prefeitura de Natal espera restabelecer condições seguras e confortáveis para banhistas, turistas e trabalhadores, preservando a atratividade de Ponta Negra, um dos principais cartões-postais da cidade. A operação também contribui para a recuperação ambiental da área, garantindo o cumprimento das normas de sustentabilidade e proteção ao patrimônio natural.

O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, destacou que a iniciativa visa não apenas remover os fragmentos de calcário, mas também proporcionar mais conforto e segurança aos frequentadores da praia. “Nosso objetivo é trabalhar para que a praia esteja a cada dia mais agradável e sustentável para todos”, afirmou.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal / Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal / Demis Roussos/Prefeitura de Natal

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Programa Despoluir: FETRONOR reforça compromisso com o meio ambiente

Programa Despoluir: FETRONOR reforça compromisso com o meio ambiente

O Despoluir promove a inspeção ambiental de frotas de ônibus, garantindo que os veículos operem dentro dos padrões de emissão estabelecidos

A Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste – FETRONOR reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental por meio do programa Despoluir. Lançado pela CNT (Confederação Nacional do Transporte) e operado pela FETRONOR nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco, o programa tem sido um pilar essencial na redução das emissões de poluentes no transporte coletivo, contribuindo para a melhoria da qualidade do ar nas cidades nordestinas.

O Despoluir promove a inspeção ambiental de frotas de ônibus, garantindo que os veículos operem dentro dos padrões de emissão estabelecidos. Desde sua implementação, o programa já realizou milhares de aferições, comprovando que os ônibus participantes emitem significativamente menos poluentes do que veículos particulares de passeio. Essa constatação reforça o papel do transporte coletivo na redução do impacto ambiental nas áreas urbanas.

“O transporte coletivo é muitas vezes injustamente apontado como um dos grandes poluidores, mas os dados do programa Despoluir mostram o contrário. Nossos ônibus passam por rigorosos testes de emissão e, com a renovação da frota, estamos cada vez mais alinhados com práticas de sustentabilidade,” explica Eudo Laranjeiras, presidente da FETRONOR.

Entre as principais conquistas do programa, destacam-se:

  • Aferição periódica de veículos: Monitoramento constante da frota para garantir baixos índices de emissão;
  • Capacitação de profissionais: Treinamentos voltados para motoristas e mecânicos sobre práticas de condução econômica e sustentável;
  • Renovação da frota: Incentivo à aquisição de veículos com tecnologia Euro 6, menos poluentes.

A FETRONOR destaca que, além de preservar o meio ambiente, o Despoluir proporciona benefícios econômicos, como a redução do consumo de combustível e a ampliação da vida útil dos veículos. Tais fatores contribuem diretamente para a viabilidade do transporte coletivo e ajudam a manter tarifas acessíveis à população.

“Nosso objetivo é mostrar que o transporte coletivo é parte da solução para os desafios ambientais urbanos. Ao oferecer um serviço eficiente, seguro e sustentável, incentivamos a população a deixar o carro em casa e optar pelo ônibus, contribuindo diretamente para a mobilidade urbana e para um futuro mais limpo,” conclui Eudo.

A expectativa é que, em 2025, o programa Despoluir amplie sua atuação, alcançando ainda mais empresas e consolidando o transporte público como um aliado no combate às mudanças climáticas e na promoção de cidades mais saudáveis e organizadas.

Foto: João Vital/Fetronor/Divulgação

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Boletim aponta 40 praias próprias e 11 impróprias para banho no RN

Boletim aponta 40 praias próprias e 11 impróprias para banho no RN

Programa de Balneabilidade amplia monitoramento no litoral potiguar; confira os 11 trechos impróprios

O Boletim de Balneabilidade das praias do Rio Grande do Norte, edição nº 08 de 2025, divulgado nesta sexta-feira (21.fev.2025), revela que 40 trechos estão próprios para banho, com condições adequadas para recreação. No entanto, 11 pontos foram classificados como impróprios para os banhistas. Entre os locais identificados como inadequados estão:

  • Sibaúma (Restaurante Sabores do Mar), em Tibau do Sul;
  • Pirambúzios, Foz do Rio Pirangi e Pirangi do Sul (Igreja), em Nísia Floresta;
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium) e Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza) e Redinha (Rio Potengi), em Natal;
  • Touros (Av. Bom Jesus), em Touros;
  • Maracajaú (Mercado Público) e Barra (R. Quinze de Novembro), em Maxaranguape.

O Programa de Balneabilidade amplia o número de áreas analisadas durante o verão, visando oferecer mais segurança aos banhistas e turistas que visitam o litoral potiguar. Enquanto, ao longo do ano, são monitorados 33 pontos de coleta, no período de veraneio, esse número sobe para 51 amostras de água, distribuídas ao longo de toda a faixa costeira do estado, que se estende de Baía Formosa a Tibau.

A análise dos dados é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas. A classificação segue as normas estabelecidas pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), que define os parâmetros para a balneabilidade das praias.

O estudo é resultado de uma parceria entre o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), integrando o Programa Água Azul.

As informações atualizadas dos Boletins de Balneabilidade são divulgadas semanalmente no site oficial do Idema (idema.rn.gov.br) e no aplicativo nacional Praia Limpa, que oferece dados sobre a qualidade das águas em todo o país.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Inmet emite novo alerta de chuvas intensas para 95 cidades do RN

Inmet emite novo alerta de chuvas intensas para 95 cidades do RN

Órgão emite aviso amarelo e laranja para chuvas fortes e ventos de até 60 km/h; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para 95 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso é válido até 11h desta sexta-feira (21.fev.2025) e abrange municípios como Baraúna, Mossoró e Tibau, que estão sob alerta laranja, o segundo nível de severidade. Nessas localidades, as precipitações podem variar entre 30 e 60 milímetros por hora ou atingir até 100 milímetros ao longo do dia.

O alerta amarelo, que indica perigo potencial, foi emitido para as demais cidades. Nesse nível, as chuvas podem variar entre 20 e 30 milímetros por hora ou chegar a 50 milímetros diários. Além disso, há previsão de ventos intensos, com velocidades entre 40 e 60 km por hora, o que aumenta os riscos de quedas de galhos, alagamentos e descargas elétricas.

Riscos associados às chuvas e ventos fortes

De acordo com o Inmet, o alerta amarelo traz um baixo risco de corte de energia elétrica, queda de árvores e alagamentos. Já no alerta laranja, os perigos são mais significativos, exigindo maior atenção da população. O órgão reforça a importância de evitar áreas com árvores durante ventanias, pois há risco de quedas e descargas elétricas. Além disso, recomenda-se não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda, que podem ser derrubadas pelos ventos fortes.

Outra orientação é evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as tempestades, reduzindo o risco de danos por descargas elétricas. Em caso de emergência, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, e o Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Medidas de prevenção e segurança

O Inmet destaca a importância de seguir as recomendações de segurança para minimizar os impactos das chuvas e ventos fortes. Entre as principais medidas estão:

  • Evitar áreas abertas durante tempestades;
  • Não se abrigar debaixo de árvores ou estruturas instáveis;
  • Manter-se informado sobre as atualizações meteorológicas;
  • Ter um plano de emergência em caso de alagamentos ou quedas de energia.

Impactos nas cidades afetadas

As chuvas intensas podem causar transtornos em diversas áreas urbanas, especialmente em regiões com infraestrutura mais vulnerável. Alagamentos são comuns em vias públicas e áreas baixas, enquanto os ventos fortes podem danificar telhados, placas de sinalização e redes elétricas. A população deve ficar atenta às orientações das autoridades locais e evitar deslocamentos desnecessários durante o período de alerta.

Como acompanhar as atualizações meteorológicas

Para se manter informado sobre as condições climáticas, é possível acompanhar as atualizações do Inmet por meio do site oficial ou aplicativos de previsão do tempo. Essas ferramentas fornecem informações em tempo real sobre alertas, níveis de precipitação e ventos, ajudando a população a se preparar adequadamente.

Cidades incluídas no alerta

  • Açu
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Maxaranguape
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraú
  • Parazinho
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Poço Branco
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • São Bento do Norte
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • São Miguel do Gostoso
  • São Rafael
  • São Tomé
  • Serra do Mel
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Taipu
  • Tenente Ananias
  • Tibau
  • Touros
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta de chuvas intensas em Natal e mais 103 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas em Natal e mais 103 cidades do RN

Órgão emite aviso amarelo para chuvas de até 50 mm e ventos de 60 km/h; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para Natal e outras 103 cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, válido até às 11h desta quinta-feira (20.fev.2025), é classificado como amarelo, indicando perigo potencial, o nível mais baixo entre os três graus de severidade do órgão. Os outros dois níveis são laranja (perigo) e vermelho (grande perigo).

De acordo com o Inmet, no nível amarelo, são esperadas chuvas entre 20 e 30 milímetros por hora ou até 50 milímetros ao longo do dia. Além disso, há previsão de ventos intensos, com velocidades entre 40 e 60 km por hora.

Riscos associados às chuvas intensas

O órgão alerta que, mesmo sendo um aviso de menor gravidade, há riscos como cortes de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas. Para minimizar os impactos, o Inmet recomenda medidas de precaução, especialmente em áreas urbanas.

Recomendações do Inmet para ventos fortes

Em caso de rajadas de vento, o Inmet orienta:

  • Não se abrigar debaixo de árvores, devido ao risco de quedas e descargas elétricas;
  • Evitar estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda;
  • Não utilizar aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante tempestades.

Como agir em situações de emergência

Em casos de necessidade ou para obter informações adicionais, a população deve entrar em contato com a Defesa Civil, pelo telefone 199, ou com o Corpo de Bombeiros, no número 193. Esses serviços estão disponíveis para auxiliar em situações de risco causadas pelas chuvas intensas.

Impactos nas cidades do RN

O alerta abrange 104 municípios do estado, incluindo a capital Natal. As chuvas podem causar transtornos no trânsito, alagamentos em áreas baixas e interrupções no fornecimento de energia elétrica. A população deve ficar atenta às atualizações meteorológicas e seguir as orientações das autoridades.

Previsão do tempo para os próximos dias

O Inmet continuará monitorando as condições climáticas e pode emitir novos alertas conforme a evolução do tempo. É fundamental que os moradores das áreas afetadas se mantenham informados e adotem medidas preventivas para garantir a segurança durante o período de chuvas intensas.

Cidades atingidas pelas chuvas

  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bento Fernandes
  • Bodó
  • Caiçara do Norte
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caraúbas
  • Carnaubais
  • Ceará-Mirim
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Extremoz
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Guamaré
  • Ielmo Marinho
  • Ipanguaçu
  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Angicos
  • João Câmara
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macaíba
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Maxaranguape
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Natal
  • Olho d’Água do Borges
  • Paraná
  • Paraú
  • Parazinho
  • Parnamirim
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedra Grande
  • Pedra Preta
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Poço Branco
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Pureza
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Riachuelo
  • Rio do Fogo
  • Rodolfo Fernandes
  • Ruy Barbosa
  • Santa Maria
  • Santana do Matos
  • São Bento do Norte
  • São Francisco do Oeste
  • São Gonçalo do Amarante
  • São Miguel
  • São Miguel do Gostoso
  • São Paulo do Potengi
  • São Pedro
  • São Rafael
  • São Tomé
  • Serra do Mel
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Taipu
  • Tenente Ananias
  • Tibau
  • Touros
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Reservatórios do RN atingem 60,42% da capacidade hídrica em fevereiro de 2025

Reservatórios do RN atingem 60,42% da capacidade hídrica em fevereiro de 2025

Barragem Armando Ribeiro Gonçalves lidera com 65,31% do volume; confira os dados completos

O Governo do Rio Grande do Norte, por meio do Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), divulgou nesta terça-feira (18.fev.2025) o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do estado. Os dados mostram que as reservas hídricas superficiais totais somam 2.747.581.132 m³, o que representa 60,42% da capacidade total de 4.547.674.975 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de 2,104 bilhões de metros cúbicos, correspondendo a 49,09% da capacidade.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, o maior reservatório do estado, acumula 1.549.813.704 m³, equivalente a 65,31% de sua capacidade total de 2.373.066.000 m³. No mesmo período de 2024, o volume era de 1,231 bilhão de m³, ou 51,91% da capacidade.

O segundo maior reservatório, Santa Cruz do Apodi, registra 417.297.000 m³, correspondendo a 69,58% de sua capacidade total de 599.712.000 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de 343.989.945 m³, ou 57,36% da capacidade.

A barragem Umari, localizada em Upanema, acumula 224.015.777 m³, o que representa 76,50% de sua capacidade total de 292.813.650 m³. No mesmo período de 2023, o volume era de 218.938.347 m³, ou 74,77% da capacidade.

Já a barragem Marechal Dutra, conhecida como Gargalheiras, acumula 32.981.031 m³, correspondendo a 74,25% de sua capacidade total de 44.421.480 m³. Em fevereiro de 2024, o volume era de apenas 613.282 m³, ou 1,37% da capacidade.

O açude público de Cruzeta registra 20.750.542 m³, o que representa 88,13% de sua capacidade total de 23.545.745 m³. Em fevereiro de 2023, o volume era de 4.412.947 m³, ou 18,73% da capacidade.

O açude Dinamarca, localizado em Serra Negra do Norte, permanece com 100% de sua capacidade total, de 2.724.425 m³. Já o açude Dourado, em Currais Novos, acumula 4.939.317 m³, correspondendo a 47,85% de sua capacidade total de 10.321.600 m³. No mesmo período de 2024, o volume era de 332.553 m³, ou 3,20% da capacidade.

Outros reservatórios com volumes acima de 70% da capacidade incluem: Poço Branco (79,34%), Pinga, em Cerro Corá (78,02%), Campo Grande, em São Paulo do Potengi (76,68%), Trairi, em Tangará (75,83%), e Mendubim, em Assú (70,67%).

Por outro lado, alguns reservatórios enfrentam volumes críticos, com menos de 10% da capacidade: Passagem das Traíras, em São José do Seridó (0,08%); Itans, em Caicó (0,70%); Mundo Novo, também em Caicó (1,45%); Jesus Maria José, em Tenente Ananias (3,45%); Esguicho, em Ouro Branco (4,18%); Brejo, em Olho D’Água do Borges (5,04%); Sabugi, em São João do Sabugi (7,30%); Carnaúba, também em São João do Sabugi (7,50%); Tourão, em Patu (7,98%); e Lulu Pinto, em Luís Gomes (9,66%).

Foto: Edinael Castro/Igarn

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Pesquisadores da UFRN patenteiam tijolos feitos com solo contaminado por petróleo

Pesquisadores da UFRN patenteiam tijolos feitos com solo contaminado por petróleo

Tecnologia sustentável transforma resíduos em matéria-prima para a indústria cerâmica

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveram um processo inovador para a produção de tijolos cerâmicos utilizando solo contaminado com resíduos de petróleo. A patente, que também pode ser aplicada na fabricação de telhas, blocos e pisos, promete revolucionar o setor cerâmico ao transformar um passivo ambiental em matéria-prima de alta qualidade.

O método, desenvolvido em parceria com a Petrobras e o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN), não exige modificações significativas nos processos de fabricação já existentes, o que facilita sua adoção pela indústria. Segundo o professor Carlos Alberto Paskocimas, do Programa de Pós-Graduação em Ciência e Engenharia de Materiais (PPGCEM), a tecnologia melhora os atributos técnicos dos produtos cerâmicos, além de reduzir o consumo de argila, um recurso natural não renovável.

O solo contaminado com resíduos de petróleo é proveniente da perfuração e extração de petróleo em terra. Após a contaminação, o material passa por um processo de calcinação, onde é aquecido em fornos rotativos para neutralizar a matéria orgânica contaminante. O resultado é um resíduo inerte, chamado de solo calcinado, que pode ser utilizado na produção de tijolos e blocos cerâmicos.

A patente, intitulada “Processo de produção de tijolos cerâmicos e de blocos cerâmicos à base de solo contaminado com resíduo de petróleo e respectivas formulações”, foi desenvolvida por uma equipe multidisciplinar, incluindo Fred Amorim Salvino, Márcio Luiz Varela Nogueira de Moraes, Alex Micael Dantas de Sousa, Márcia Jordana Campos dos Santos, Renata Maria Sena Brasil Leal, Fabiana Villela da Motta e Mauricio Roberto Bomio Delmonte.

Além dos benefícios ambientais, a tecnologia também reduz custos para as empresas do setor petrolífero, que atualmente precisam armazenar e monitorar os resíduos contaminados. “Esse solo calcinado também é uma fonte de custo, visto que consome energia e recursos empresariais para ser produzido e ainda permanece como um passivo ambiental que demanda monitoramento permanente”, explica Paskocimas.

A inovação é mais um exemplo do potencial de geração de conhecimento tecnológico pelas instituições acadêmicas brasileiras. Com quase quarenta patentes depositadas, Paskocimas destaca a importância dessas conquistas para atrair parcerias com o setor industrial. “As patentes são produtos tecnológicos que comprovam e permitem comparar as capacidades de geração de conhecimentos tecnológicos pelas e entre as instituições acadêmicas”, afirma.

A tecnologia desenvolvida pela UFRN não apenas resolve um problema ambiental, mas também abre novas oportunidades para a indústria cerâmica, que pode reduzir sua dependência de recursos naturais não renováveis. Além disso, a utilização de resíduos como matéria-prima contribui para a economia circular, um conceito cada vez mais valorizado no cenário global.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

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Prefeitura de Natal retoma contratação emergencial para limpeza de Ponta Negra

Prefeitura de Natal retoma contratação emergencial para limpeza de Ponta Negra

Empresas têm até quarta-feira (19) para registrar propostas; valor de referência foi ajustado para R$ 109 mil

A Prefeitura de Natal retomou o processo de contratação emergencial para o serviço de limpeza mecanizada da areia da engorda da Praia de Ponta Negra. O procedimento havia sido suspenso na última quarta-feira (12.fev.2025) após uma impugnação apresentada por uma das empresas interessadas. A Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) analisou o pedido e decidiu reabrir os prazos da concorrência. As empresas agora têm até às 18h da próxima quarta-feira (19.fev) para registrar interesse.

Inicialmente, o valor de referência para a contratação estava estimado em R$ 72.982,35, mas foi atualizado para R$ 109.961,09. A alteração ocorreu no último dia de cadastramento de propostas, o que levou a empresa MB Limpeza Urbana a alegar que a mudança exigiria a republicação da convocação e a reabertura do prazo para apresentação de propostas. Após análise, a prefeitura acatou o pedido e republicou a convocação no Diário Oficial desta segunda-feira (17.fev).

Dispensa de licitação e critérios de contratação

A seleção para a contratação emergencial está sendo realizada por meio de dispensa de licitação, utilizando o critério de julgamento pelo menor preço global. A medida é baseada em um decreto emergencial publicado pelo município em setembro de 2024, que justificou a retomada da obra de engorda de Ponta Negra sem a necessidade de uma nova licença ambiental. O decreto autoriza medidas emergenciais para combater os efeitos do avanço do mar na região e tem validade de 90 dias, prorrogada em dezembro.

De acordo com o decreto, estão dispensadas de licitação as contratações de bens e serviços necessários para reduzir os riscos de desastres e reabilitar cenários afetados. O contrato de prestação de serviço de limpeza mecanizada da areia deverá valer até setembro de 2025.

Licitação definitiva em paralelo

Thiago Mesquita, titular da Semurb, confirmou que o município também lançará uma licitação definitiva para a prestação do serviço de limpeza da areia. O processo, que é mais longo, será conduzido pela Secretaria Municipal de Administração. Mesquita destacou que a manutenção da praia é uma demanda contínua, assim como ocorre em outros aterros hidráulicos do Brasil.

A obra de engorda de Ponta Negra utiliza areia de uma jazida localizada a 10 km da costa. A medida emergencial foi adotada para conter os efeitos do avanço do mar, que tem causado erosão e outros problemas na região.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal

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11 pontos do litoral do RN estão impróprios para banho, aponta Idema

11 pontos do litoral do RN estão impróprios para banho, aponta Idema

Praias como Ponta Negra e Pirangi têm trechos contaminados; veja lista completa e entenda os critérios de balneabilidade

O litoral do Rio Grande do Norte registra pelo menos 11 pontos impróprios para banho neste fim de semana, conforme o boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do estado (Idema). O estudo, realizado semanalmente, avalia a qualidade da água em praias e rios, identificando locais com níveis de contaminação acima do permitido.

Entre os trechos considerados inadequados para os banhistas estão:

  • Praia de Sibaúma, em Tibau do Sul, próximo ao Restaurante Sabores do Mar
  • Pirambúzios, em Nísia Floresta, próximo ao Corais de Búzios
  • Pirangi do Sul, em Nísia Floresta, perto da igreja
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta
  • Rio Pirangi, na Ponte Nova, em Parnamirim
  • Rio Pirangi-Pium, no Balneário Pium, em Parnamirim
  • Ponta Negra, em Natal, próximo ao Morro do Careca
  • Ponta Negra, em Natal, perto da Rua M. S. Medeiros
  • Areia Preta, em Natal, perto da Escadaria de Mãe Luíza
  • Maracajaú, em Maxaranguape, perto do Mercado Público
  • Praia de Touros, em Touros, próximo à Av. Bom Jesus

A maioria desses locais foi classificada como imprópria devido à presença de coliformes termotolerantes acima do limite estabelecido pelo Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama). No caso de Ponta Negra, em Natal, os dois pontos listados foram considerados inadequados devido à observação de efluentes não tratados sendo lançados na praia.

Como funciona a classificação de balneabilidade

O Idema utiliza critérios específicos para determinar se uma praia ou rio está próprio ou impróprio para banho. Os pesquisadores analisam os resultados de cinco semanas consecutivas. Se dois ou mais desses resultados apresentarem mais de mil coliformes fecais por 100 ml de água, o local é classificado como impróprio. Além disso, se na análise mais recente for detectada a presença de mais de 2.500 coliformes fecais por 100 ml, o trecho é automaticamente considerado inadequado, independentemente dos resultados anteriores.

Impacto na aaúde e no turismo

A contaminação da água por coliformes fecais pode representar riscos à saúde dos banhistas, como infecções gastrointestinais, dermatites e outras doenças. Além disso, a classificação de praias como impróprias pode afetar o turismo, setor crucial para a economia do Rio Grande do Norte.

Recomendações para os banhistas

O Idema orienta os banhistas a verificar o boletim de balneabilidade antes de escolher um local para banho. Além disso, é importante evitar o contato com a água em áreas próximas a saídas de esgoto ou rios, mesmo que não estejam listadas como impróprias.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Agência aponta que Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo

Agência aponta que Brasil é estratégico para eficiência energética do mundo

Diretor da Irena discute com Silveira preparativos para a COP30

O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável (Irena, sigla em inglês), Francesco La Camera, disse nesta quinta-feira (13), que o Brasil, por ocupar com sua matriz elétrica majoritariamente renovável uma posição de liderança global, especialmente no que diz respeito à energia hídrica, é estratégico para que o planeta alcance o objetivo de dobrar a eficiência energética e triplicar a capacidade de fontes renováveis como solar, eólica e hídrica.

“No ano passado, o Brasil demonstrou a capacidade de impulsionar o setor com um acréscimo de mais de nove gigawatts de energias renováveis em sua matriz”, ressaltou após se reunir com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar de uma agenda comum nos preparativos para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro, em Belém.

La Camera está em Brasília para uma série de reuniões com o governo federal e outros atores do setor energético para tratar de estratégias de cooperação para a transição energética global.

Por manifestar essa capacidade de liderança, a agência tem incluído o Brasil nos trabalhos de elaboração do relatório sobre as perspectivas de transição para as energias renováveis na América Latina, que deverá ser publicado ainda este ano. O governo federal também tem cooperado na elaboração de estratégias para atrair recursos internacionais para o setor.

“Penso que concordamos em realizar um fórum de investimento no primeiro trimestre do próximo ano, como seguimento da COP 30”, adiantou La Camera sobre a conversa com Silveira.

A cooperação ocorre antes mesmo de o Brasil se tornar membro da agência, já que o processo interrompido no governo anterior foi retomado oficialmente em janeiro deste ano, durante a 15ª Assembleia Geral da Agência Internacional de Energias Renováveis, em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes.

O ministro Alexandre Silveira foi convidado a participar de um dos painéis da assembleia geral para apresentar políticas públicas que favoreceram o crescimento das renováveis no Brasil, como o Luz para Todos e o programa Energias da Amazônia, além de novas iniciativas como o Combustível do Futuro.

Na ocasião, Silveira formalizou o convite à agência internacional para secretariar a Coalizão Global para Planejamento da Transição e Segurança Energética, que será liderada pelo Brasil e deverá ser lançada ainda este ano.

“Foi um momento muito importante. Primeiro para o Brasil, que assumiu a posição relevante de liderança política no planejamento de longo prazo da transição energética, com o G20 [grupo das maiores economias globais]. O governo brasileiro elevou um momento técnico em um momento político e nós ficamos muito felizes em aproveitar para trabalhar sob a liderança do Brasil nesta coalizão global”, disse Silveira ao formalizar o convite à Agência Internacional de Energias Renováveis.

O dirigente da agência internacional informou que permanecerá no Brasil até o final da semana para definir mais detalhes sobre a agenda comum com o Brasil para a COP30, na qual haverá um foco para o desenvolvimento do enorme potencial do país para incrementar a produção energética por biomassa.

“Nós vamos considerar a COP30 um sucesso, quando ela produzir um reflexo nas ambições climáticas dos países”, afirmou.

Foto: Damir K / Freddie Ramm / Pexels

Da Agência Brasil

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Contratação de limpeza mecanizada em Ponta Negra é suspensa

Contratação de limpeza mecanizada em Ponta Negra é suspensa

Processo foi interrompido para análise de impugnação; prefeitura garante que serviço será mantido

A Prefeitura de Natal suspendeu temporariamente o processo de contratação emergencial do serviço de limpeza mecanizada da areia da praia de Ponta Negra. A decisão foi tomada após uma das empresas interessadas, a MB Limpeza Urbana, apresentar uma impugnação solicitando a reabertura do prazo para envio de propostas. O município afirmou que a suspensão visa analisar o pedido e evitar atrasos futuros no processo.

A fase de apresentação das propostas havia sido encerrada na última terça-feira (11.fev.2025), e a abertura estava prevista para quarta-feira (12.fev). No entanto, a MB Limpeza Urbana alegou que houve uma alteração no valor de referência da contratação no último dia do prazo, o que justificaria a necessidade de republicação do edital. Inicialmente, o valor estimado era de R$ 72.982,35, mas foi atualizado para R$ 109.961,09.

De acordo com o secretário de Meio Ambiente e Urbanismo, Thiago Mesquita, a suspensão é uma medida preventiva para evitar complicações jurídicas. “É melhor suspender quando há plausibilidade do que perder mais tempo com recursos e desdobramentos”, explicou. Mesmo com a interrupção, o secretário garantiu que o processo de contratação por dispensa de licitação permanece válido.

Paralelamente, o município planeja lançar uma licitação definitiva para a prestação do serviço, que será conduzida pela Secretaria Municipal de Administração. “Essa manutenção será necessária diariamente, como ocorre em outros aterros hidráulicos do país”, destacou Mesquita.

Riscos dos rodolitos em Ponta Negra

A prefeitura de Natal reconheceu que os rodolitos e outros materiais calcários presentes na areia da praia de Ponta Negra representam riscos à segurança dos banhistas e trabalhadores. Esses fragmentos, resultantes do aterro hidráulico realizado na área, podem causar cortes e ferimentos, além de comprometer a acessibilidade e o aspecto paisagístico da praia.

Segundo o termo de referência publicado pelo município, a limpeza manual realizada até então foi considerada ineficiente. Como solução, a prefeitura pretende contratar um serviço mecanizado, que será executado durante o período noturno, das 18h às 5h, para não interferir nas atividades diárias da praia.

O serviço será realizado com uma máquina saneadora, que coleta e filtra a areia, separando resíduos como rodolitos e outros materiais calcários. A previsão é que o trabalho comece imediatamente após a contratação e se estenda até setembro deste ano.

O que são rodolitos?

Rodolitos são estruturas formadas por algas calcárias mortas, que, quando vivas, apresentam uma coloração rosa e possuem a capacidade de incorporar carbonato de cálcio, tornando-se rígidas. Com o movimento das marés, essas algas rolam pelo fundo do mar, mas, quando soterradas, morrem e adquirem uma tonalidade branca, formando depósitos no leito marinho.

Dispensa de licitação

A contratação do serviço de limpeza mecanizada será feita por dispensa de licitação, com base em um decreto emergencial publicado em setembro de 2024. O decreto autoriza medidas emergenciais para combater os efeitos do avanço do mar em Ponta Negra e tem validade de 90 dias, prorrogável.

De acordo com o documento, a dispensa de licitação é justificada pela necessidade de agilidade na execução de serviços relacionados à redução de riscos de desastres.

Foto: Fernanda Zauli/g1

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Alerta de chuvas intensas no RN Inmet emite aviso para todo o estado

Alerta de chuvas intensas no RN: Inmet emite aviso para todo o estado

Previsão indica precipitação de até 50 mm e ventos de até 60 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para todo o estado do Rio Grande do Norte. O aviso, classificado como de “Perigo Potencial”, tem validade entre as 10h desta terça-feira (4.fev.2025) e as 10h de quarta-feira (5.fev), indicando chuvas entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm ao longo do dia, além de ventos fortes, com velocidade entre 40 e 60 km/h.

O alerta abrange todas as regiões do estado, incluindo Leste Potiguar, Agreste Potiguar, Oeste Potiguar e Central Potiguar. O aviso também se estende a estados vizinhos, como Ceará, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Piauí e Maranhão. Inicialmente, o alerta contemplava apenas Natal e outras 18 cidades, mas foi ampliado para todo o território potiguar.

Riscos associados e recomendações de segurança

Apesar de o risco ser considerado baixo, o Inmet alerta para possíveis impactos, como quedas de galhos de árvores, alagamentos pontuais, descargas elétricas e interrupções no fornecimento de energia.

Diante da previsão de chuvas e ventos intensos, o órgão recomenda que a população evite se abrigar debaixo de árvores durante rajadas de vento, pois há risco de quedas de galhos e descargas elétricas. Além disso, não é aconselhável estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda, que podem ser derrubadas pela força do vento.

Outra medida preventiva é evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante as chuvas, prevenindo acidentes elétricos. A população também deve acompanhar as atualizações da Defesa Civil e do Corpo de Bombeiros, que podem emitir novos alertas caso a situação se agrave.

Entenda os níveis de alerta do Inmet

O Instituto Nacional de Meteorologia classifica seus avisos meteorológicos em três níveis de severidade:

Perigo Potencial (amarelo): risco moderado associado ao fenômeno, sem previsão de impactos severos.
Perigo (laranja): condições meteorológicas mais intensas, com maior potencial de danos e transtornos.
Grande Perigo (vermelho): situação de risco extremo, com possíveis danos significativos e ameaças diretas à segurança da população.

O alerta vigente para o Rio Grande do Norte é de Perigo Potencial, o que significa que, embora os impactos não sejam considerados severos, medidas de precaução devem ser adotadas.

Acompanhamento e novas atualizações

A população pode acompanhar atualizações sobre o alerta por meio do site oficial do Inmet (
www.inmet.gov.br) e dos canais da Defesa Civil. Em caso de emergência, a recomendação é acionar os bombeiros pelo telefone 193 ou a Defesa Civil pelo 199.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para Natal e mais 18 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para Natal e mais 18 cidades do RN

Há previsão de ventos fortes e alagamentos; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para a região costeira do Rio Grande do Norte, incluindo Natal e outras 18 cidades. O aviso, que começa a valer hoje (3.fev.2025) e segue até às 10h desta terça-feira (4.fev), prevê precipitações de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas de ventos fortes, que podem atingir velocidades entre 40 e 60 km/h.

O alerta amarelo, que indica “Perigo Potencial”, é o menos severo da escala do Inmet, mas ainda exige atenção. Entre os riscos associados estão a possibilidade de quedas de galhos de árvores, alagamentos, descargas elétricas e cortes de energia. O instituto reforça a importância de evitar áreas com árvores durante ventanias, não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda e desconectar aparelhos eletrônicos das tomadas.

Cidades afetadas pelo alerta

O aviso abrange as seguintes cidades:

  • Arês
  • Baía Formosa
  • Canguaretama
  • Ceará-Mirim
  • Extremoz
  • Goianinha
  • Macaíba
  • Maxaranguape
  • Montanhas
  • Natal
  • Nísia Floresta
  • Parnamirim
  • Pedro Velho
  • Rio do Fogo
  • São Gonçalo do Amarante
  • São José de Mipibu
  • Senador Georgino Avelino
  • Tibau do Sul
  • Vila Flor

Recomendações de segurança

O Inmet orienta a população a tomar medidas preventivas para evitar acidentes. Entre as principais recomendações estão:

Evitar se abrigar debaixo de árvores durante rajadas de vento;
Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda;
Desconectar aparelhos eletrônicos das tomadas para evitar danos por descargas elétricas.
Em caso de emergências, a Defesa Civil pode ser acionada pelo telefone 199, e o Corpo de Bombeiros, pelo 193.

Impactos das chuvas intensas

As chuvas intensas podem causar transtornos como alagamentos em vias públicas, interrupção no fornecimento de energia elétrica e danos à infraestrutura urbana. Além disso, os ventos fortes aumentam o risco de quedas de árvores e galhos, que podem atingir veículos, casas e pedestres.

A população deve ficar atenta às atualizações do Inmet e seguir as orientações das autoridades locais para garantir a segurança durante o período de chuvas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Idema aponta que sete trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Idema aponta que sete trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Boletim de balneabilidade aponta pontos impróprios em praias como Pipa e Ponta Negra

Sete trechos do litoral do Rio Grande do Norte foram considerados impróprios para banho neste fim de semana, 1º e 2 de fevereiro, de acordo com o último boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema).

O relatório, publicado na sexta-feira (31.jan.2025), indica que os locais permanecerão inadequados para banhistas até a próxima quinta-feira (6.fev), quando um novo boletim será emitido.

Os pontos identificados como impróprios incluem:

  • Sibaúma (trecho do Restaurante Sabores do Mar), em Tibau do Sul;
  • Pipa, em Tibau do Sul;
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim;
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim;
  • Ponta Negra (trecho da Rua Cláudio Gomes Teixeira – Escadaria), em Natal;
  • Touros (Av. Bom Jesus), em Touros;
  • Maracajaú (Mercado Público), em Maxaranguape.

Ampliação do monitoramento no verão

Durante o verão, o Idema aumentou o número de praias monitoradas, passando de 33 para 51. Das 51 praias analisadas, 44 foram consideradas próprias para banho no fim de semana. O estudo abrange praias de 14 municípios do estado, incluindo Baía Formosa, Canguaretama, Tibau do Sul, Nísia Floresta, Parnamirim, Natal, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Macau, Areia Branca, Grossos e Tibau.

Critérios de avaliação da balneabilidade

A classificação das praias como próprias ou impróprias para banho é baseada na análise da quantidade de coliformes termotolerantes, também conhecidos como coliformes fecais, presentes na água. O método segue as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Quando a concentração desses microrganismos excede os limites permitidos, o local é considerado impróprio para atividades de lazer, como natação e mergulho.

Programa Azul: parceria para monitoramento

O boletim de balneabilidade faz parte do Programa Azul, uma iniciativa do Idema em parceria com o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN). O programa tem como objetivo monitorar a qualidade das águas costeiras e orientar a população sobre os locais seguros para banho.

Impacto no turismo e na população local

A divulgação do boletim é essencial para garantir a segurança dos banhistas e evitar problemas de saúde, como infecções e doenças transmitidas pela água contaminada. Além disso, a informação é crucial para o setor turístico, que depende da qualidade das praias para atrair visitantes.

Como acessar o boletim de balneabilidade

O boletim completo com a lista de praias próprias e impróprias para banho está disponível no site oficial do Idema. A população pode consultar o relatório semanal para se informar sobre as condições das praias antes de planejar passeios e atividades à beira-mar.

Foto: Danny Nunes/Idema/Ilustração

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Urbanização de Ponta Negra avança após engorda

Urbanização de Ponta Negra avança após engorda

Seinfra inicia planejamento para melhorias no calçadão e finalização de drenagem até março

O aterro hidráulico realizado na praia de Ponta Negra foi finalizado no último sábado (25.jan.2025). Popularmente conhecido como “engorda”, o projeto trouxe avanços significativos para a orla natalense, com impactos no turismo, preservação ambiental e geração de emprego.

Segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), a próxima etapa do processo será a urbanização do calçadão, que terá início após o período de acomodação da areia, estimado em pelo menos quatro meses.

Benefícios do aterro hidráulico

A obra de reestruturação da praia tem como objetivo principal garantir:

  • Preservação do Morro do Careca, cartão-postal de Natal.
  • Melhorias nas condições de trabalho para comerciantes locais.
  • Reforço do turismo, impulsionando a economia local.
  • Geração de novos empregos e aumento de renda para a população.

A secretária municipal de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, ressaltou que a urbanização do calçadão será essencial para complementar os ganhos obtidos com o projeto.

Conclusão da drenagem e eliminação de irregularidades

O sistema de drenagem da área, fundamental para o escoamento das águas das chuvas, está em fase final de execução. A Seinfra informou que os últimos cinco dissipadores serão concluídos até março de 2025.

Além disso, o projeto de drenagem incluirá a identificação e eliminação de possíveis ligações clandestinas de esgoto, contribuindo para a melhoria da qualidade ambiental na região.

Características da areia utilizada no aterro

A areia retirada da jazida marítima para a realização do aterro apresenta coloração mais escura devido à ausência de exposição solar e à presença de resíduos marinhos. No entanto, com o passar do tempo e a constante exposição ao sol, a areia se tornará mais clara, adquirindo características semelhantes à areia natural da praia.

Próximos passos na urbanização da orla

Após a acomodação da areia, o foco será a reestruturação do calçadão da praia. O projeto de urbanização pretende oferecer:

  • Melhoria da acessibilidade para pedestres.
  • Criação de espaços adequados para atividades comerciais e turísticas.
  • Integração paisagística para valorizar ainda mais a orla.
  • Com essas ações, a expectativa é de que Ponta Negra se torne um polo turístico ainda mais atrativo para moradores e visitantes.

Foto: Emanuel Amaral/Prefeitura de Natal

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Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Saída dos EUA do Acordo de Paris deve ser efetivada somente em 2026

Entenda o que é o tratado internacional sobre mudanças climáticas

Assim que tomou posse, na última segunda-feira (20), o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou um decreto retirando o país do Acordo de Paris sobre mudanças climáticas. Imediatamente, o porta-voz do secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Stephane Dujarric, divulgou uma declaração reconhecendo a relevância do país na liderança de questões ambientais e destacando a importância da continuidade dessa condução por estados e empresas norte-americanas.

Oficialmente, a decisão de Trump ainda não chegou às mãos do depositário do tratado internacional, secretário-geral da ONU, António Guterres, conforme prevê o artigo 28 do próprio Acordo de Paris. “A qualquer momento após três anos da data em que este Acordo entrou em vigor para uma Parte, essa Parte pode se retirar deste Acordo mediante notificação por escrito ao Depositário”, diz o documento.

No caso dos Estados Unidos, os três anos começaram a contar em 4 de novembro de 2016, como para a maioria dos países signatários que aderiram ao tratado ainda em 12 de dezembro de 2015, quando o instrumento foi adotado oficialmente durante a COP21, em Paris. Por essa razão, apesar de Trump anunciar a primeira saída do país, em 2017, o pedido oficial só foi enviado em novembro de 2019, para que tivesse validade.

Da mesma forma, o artigo 28 do Acordo de Paris, também determina que “qualquer retirada entrará em vigor no prazo de um ano a partir da data do recebimento pelo Depositário da notificação de retirada, ou em data posterior conforme especificado na notificação de retirada”. Assim, a decisão só foi efetivada dois meses antes de Trump deixar a Casa Branca em seu primeiro mandato, quase não restando tempo para que o impacto fosse significativo antes do presidente, então eleito, Joe Biden revogar a medida.

Embora tenha manifestado uma série de medidas antiambientalistas antes mesmo de ser reeleito, Trump, como no mandato anterior, anunciou a saída apenas do Acordo de Paris e não da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC, na sigla em inglês), que teria como consequência a saída dos dois tratados.

Para a gerente sênior de ação climática da WRI Brasil, Míriam Garcia, quando a saída dos Estados Unidos for efetivada, o país permanecerá mantendo compromissos globais para enfrentamento da mudança do clima. “Nas diferentes trilhas de negociação, você tem algumas trilhas que são referentes ao Acordo de Paris e a operacionalização do Acordo de Paris, e você tem algumas trilhas que são dadas à questão de orçamento da própria convenção ou de estrutura da convenção. Então, em todas essas esferas, os Estados Unidos ainda continuam”, avalia.

Desta vez, caso o documento seja recebido pela ONU ainda em 2025, o prazo de um ano começará a contar e a decisão terá efeito já no segundo ano de mandato de Trump, em 2026. Na avaliação do especialista em política internacional do Instituto ClimaInfo, Bruno Toledo, além dessa nova saída dos EUA do tratado ter maior duração, a medida também ocorre hoje em outro contexto. “Lá em 2017, era a recém-aprovação do Acordo de Paris, apenas dois anos depois de 2015. Então, de uma certa maneira, digamos que o humor público era muito mais otimista por conta daquele sucesso”, destaca.

Ameaça

Passados dez anos, Toledo considera que houve um desgaste no engajamento das partes do tratado, por não alcançarem consenso para implementação de medidas que garantam a diminuição das emissões dos gases do efeito estufa, e consequente contenção do aumento da temperatura do planeta. “Em 2017, você ainda tinha um otimismo por conta da experiência de Paris e hoje é muito mais frustração. Então, esse é um risco que a gente não tinha lá atrás. O quanto que essa frustração pode contaminar não apenas países, mas também observadores.”, diz.

Por outro lado, Bruno destaca que tratados multilaterais como o Acordo de Paris ainda são a principal forma de avançar na construção de políticas de enfrentamento às urgências globais, como a mudança do clima. “É o único tratado internacional que nós temos, nos quais praticamente todos os governos do mundo se comprometem com metas de redução de emissões de gás de efeito estufa”, ressalta.

Miriam diz que é preciso lembrar que o Acordo de Paris é resultado de um longo processo de construção de consenso para uma arquitetura intergovernamental que viabilize ações que façam frente aos desafios impostos pela mudança do clima. “É através desse olhar de fortalecimento do multilateralismo e das diferentes ferramentas que existem sob o guarda-chuva do Acordo de Paris que nós vamos conseguir atingir as metas de mitigação e de adaptação.”

Para a especialista, essas metas são dinâmicas e acompanham a volatilidade da geopolítica, mas não devem servir de questionamento de mecanismos multilaterais como o Acordo de Paris. “Precisamos olhar o acordo como um instrumento que garante a participação de todos os países, porque cada país ali tem um voto dos signatários do Acordo de Paris. E buscar nesse espaço multilateral as reformas necessárias para que ele possa continuar respondendo aos desafios que só vão aumentando.”

Acordo de Paris

O Acordo de Paris é uma das ferramentas da UNFCCC, que foi o primeiro tratado multilateral sobre o tema assinado pelos países na Eco92, no Rio de Janeiro. “O Acordo de Paris é como se fosse um sub acordo, porque ele está dentro de um guarda-chuva maior, que é o da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças do Clima”, explica Bruno Toledo.

O especialista recorda que, após a criação desse primeiro tratado, em 1997, houve a criação do Protocolo de Kyoto, que foi a primeira ferramenta desenhada para reduzir as emissões globais.

“No Protocolo de Kyoto, apenas os países desenvolvidos, aqueles industrializados, que tinham compromissos de redução de emissões de gases de efeito estufa, mas infelizmente, por conta de questões políticas, logo em seguida os Estados Unidos, que era parte do protocolo, sai, durante o governo do George W. Bush em 2001, e nisso o tratado acaba perdendo bastante força.”

O protocolo também não alcançava grandes emissores, classificados como países ainda em desenvolvimento. “A China nos anos 90 não estava entre os grandes emissores de gases de efeito estufa, mas toda aquela explosão de crescimento econômico que eles tiveram entre o final dos anos 90 e a segunda metade dos anos 2000 colocaram os chineses como um dos principais emissores do planeta”, recorda.

Metas

Divergências e tensões políticas entre a China e os Estados Unidos, em 2009, no contexto da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP15) em Copenhague (Dinamarca), travaram um novo acordo. E somente em 2015, as negociações resultaram no Acordo de Paris.

O tratado reúne em 29 artigos os objetivos, regras e metodologias para alcançar as metas de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2°C em relação aos níveis pré-industriais, aumentar a capacidade de adaptação aos impactos negativos da mudança do clima e tornar os fluxos financeiros compatíveis com uma trajetória rumo a um desenvolvimento de baixa emissão de gases de efeito estufa e resiliente à mudança do clima.

Também prevê avaliações periódicas, como no artigo 14, que estabelece a elaboração de um Balanço Global para “avaliar o progresso coletivo em direção ao objetivo do Acordo e suas metas de longo prazo”. O primeiro documento foi entregue em Dubai, durante a COP28, em 2023.

Entre as avaliações, estão as estimativas para os esforços globais de mitigação das emissões, o avanço da capacidade de adaptação e os meios de implementação, como financiamento, por exemplo.

Diante dos primeiros resultados, os países partes do Acordo de Paris, terão até fevereiro de 2025 para a entrega da terceira geração da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC na sigla em inglês), que define as ambições para a redução de emissões de gases do efeito estufa. O Brasil se antecipou ao prazo, e assumiu o compromisso de diminuir o problema em seu território de 59% até 67%, em 2035.

Para a gerente da WRI Brasil, um bom termômetro para avaliar o engajamento dos países será as ambições apresentadas até a COP30, no Brasil, em novembro.

“Há uma expectativa de que uma boa parte dessas NDCs venham até setembro. E é mais importante ter boas NDCs do que ambições que não estejam tão boas no prazo. Então, é trabalhar para que a gente possa ver retratado nos compromissos que os países colocam para a comunidade internacional uma maior escala das ações de mitigação, um maior reconhecimento sobre a importância de adaptação e o papel do financiamento que cada um desses países colocará”, conclui.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração

Da Agência Brasil

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400 pessoas ficam desalojadas em Carapicuíba (SP) após chuvas

400 pessoas ficam desalojadas em Carapicuíba (SP) após chuvas

Quatro bairros foram inundados por temporal

Cerca de 400 pessoas ficaram desalojadas no município de Carapicuíba, na Grande São Paulo, e foram encaminhadas para casas de parentes por causa da forte chuva que atingiu a região na tarde dessa sexta-feira (24). Houve transbordamento de um córrego, o que alagou vias e residências.

De acordo com a Defesa Civil do estado, ao menos quatro bairros foram afetados pelas inundações. O órgão informou que segue de plantão monitorando as condições meteorológicas e orientando os municípios sobre as vistorias às áreas de risco.

Defesa Civil

Na manhã de hoje (25), a Defesa Civil encaminhou 50 cestas básicas, 200 itens de limpeza e 50 kits de higiene pessoal, além de 400 itens de dormitório, como colchões, cobertores, travesseiros e roupas de cama.

Equipes da Defesa Civil municipal seguem em campo auxiliando famílias afetadas e limpando ruas e avenidas atingidas.

A previsão para este sábado no estado de São Paulo é de calor intenso e condições para novos temporais no período da tarde, com possibilidade de raios, rajadas de vento e queda de granizo.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/Ilustração

Da Agência Brasil

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Açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, é o primeiro reservatório do RN a sangrar em 2025

Açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, é o primeiro reservatório do RN a sangrar em 2025

Relatório do Igarn aponta situação dos principais reservatórios do RN

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou, nesta sexta-feira (24.jan.2025), o Relatório dos Volumes dos Principais Reservatórios do RN. O documento apresenta a situação atual dos reservatórios que abastecem os municípios potiguares, destacando o açude Dinamarca, em Serra Negra do Norte, como o primeiro manancial a atingir 100% de sua capacidade em 2025.

https://twitter.com/pordentrodorn/status/1883097911111860466

O açude Dinamarca, que possui capacidade de 2.724.425 m³, começou a verter suas águas às 15h do dia 23 de janeiro. No ano passado, o mesmo reservatório atingiu sua capacidade máxima em 4 de março.

Situação dos principais reservatórios

O relatório apresenta dados detalhados sobre os maiores reservatórios do estado. Confira a situação atual e comparativos com 2024:

  1. Barragem Armando Ribeiro Gonçalves

Capacidade total: 2.373.066.000 m³
Volume atual: 1.576.283.957 m³ (66,42%)
Volume em janeiro de 2024: 1.261.837.873 m³ (53,17%)

  1. Barragem Santa Cruz do Apodi

Capacidade total: 599.712.000 m³
Volume atual: 423.552.600 m³ (70,63%)
Volume em janeiro de 2024: 349.470.875 m³ (58,27%)

  1. Barragem Umari (Upanema)

Capacidade total: 292.813.650 m³
Volume atual: 225.496.694 m³ (77,01%)
Volume em janeiro de 2024: 223.804.217 m³ (76,43%)

  1. Açude Marechal Dutra (Gargalheiras)

Capacidade total: 44.421.480 m³
Volume atual: 32.479.591 m³ (73,12%)
Volume em janeiro de 2024: 710.706 m³ (1,60%)

  1. Açude Dourado (Currais Novos)

Capacidade total: 10.321.600 m³
Volume atual: 5.018.380 m³ (48,62%)
Volume em janeiro de 2024: 185.059 m³ (1,84%)

Reservas hídricas totais

Atualmente, as reservas hídricas superficiais do RN somam 2.787.852.875 m³, correspondendo a 61,28% da capacidade máxima de 4.549.292.624 m³. No mesmo período de 2024, o índice era de 50,23%.

Reservatórios em situação crítica

Apesar das chuvas registradas nas primeiras semanas de 2025, alguns reservatórios permanecem com volumes críticos. Entre eles, destaca-se o açude Itans, em Caicó, com apenas 441.064 m³, o que representa 0,58% de sua capacidade total de 75.876.405 m³.

Outros reservatórios com volumes abaixo de 10% incluem:

  • Sabugi (São João do Sabugi): 7,52%
  • Esguicho (Ouro Branco): 4,30%
  • Carnaúba (São João do Sabugi): 8,40%
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias): 3,88%
  • Tourão (Patu): 8,48%
  • Brejo (Olho D’Água do Borges): 5,52%
  • Mundo Novo (Caicó): 0,49%

Impactos e monitoramento

O Igarn reforça que o monitoramento contínuo dos reservatórios é essencial para planejar o uso racional da água, especialmente nas regiões com volumes críticos. As informações do relatório orientam ações de gestão e distribuição para atender às necessidades da população e das atividades econômicas no estado.

O acompanhamento periódico pode ser consultado no site oficial do Igarn, onde os dados são atualizados regularmente.

Foto: Divulgação/IGARN

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Município de Nísia Floresta recebe doação de 250 kits escolares durante evento dos escoteiros

Município de Nísia Floresta recebe doação de 250 kits escolares durante evento dos escoteiros

Promovido pelos Escoteiros do Brasil, através da Região Escoteira do Rio Grande do Norte, o Acampa Nordeste teve início na quinta-feira (23) e segue até domingo (26)

Nesta sexta-feira (24), o Município de Nísia Floresta, através da Secretaria Municipal do Trabalho e Assistência Social (SEMTAS), foi contemplado com a doação de 250 kits escolares. A iniciativa faz parte de uma ação social promovida pelos Escoteiros do Brasil, realizada durante o primeiro dia do “Acampa Nordeste” – evento que está reunindo mais de mil escoteiros e acontece no Mardunas Hotel & Eventos, na cidade.

A entrega dos materiais foi coordenada pelo Ramo Pioneiro, segmento dos Escoteiros do Brasil voltado para jovens de 18 a 21 anos. Willian Pontes, coordenador do Ramo Pioneiro, destacou o compromisso do grupo em promover impacto social nos municípios onde realizam suas atividades.

“Dentro do nosso programa, temos a necessidade de realizar uma ação social. Sempre buscamos algo que possa impactar positivamente o município após o acampamento. A proposta do Ramo Pioneiro é oferecer um espaço seguro e acolhedor. Neste contexto, pensamos: por que não agregar e trabalhar a educação? A educação é a porta principal para tudo. Escolhemos a assistência social como parceira para garantir que esses kits cheguem a quem realmente precisa, somando também às ações da Secretaria de Educação. Queremos incentivar as crianças e adolescentes no início do ano letivo, garantindo que tenham uma experiência educacional de maior qualidade”, explicou.

Sobre o Acampa Nordeste

Promovido pelos Escoteiros do Brasil, através da Região Escoteira do Rio Grande do Norte, o Acampa Nordeste teve início na quinta-feira (23) e segue até domingo (26). Realizado no Mardunas Hotel & Eventos, o evento tem como tema “Viajando pelo Nordeste” e reúne mais de mil jovens com idades entre 6 e 21 anos, além de mais de 300 adultos voluntários.

O encontro celebra a união e troca de experiências entre jovens de diversos estados da região, promovendo atividades educativas, culturais e sociais. Para o Município de Nísia Floresta, a realização do evento e as doações reforçam a importância de parcerias voltadas à promoção de melhorias na comunidade local.

Foto: Divulgação

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Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Brasil registra em 2024 aumento de 79% de áreas queimadas

Superfície atingida é maior que o território da Itália, diz MapBiomas

O Brasil registrou aumento de 79% nas áreas queimadas de seu território, entre janeiro e dezembro de 2024, na comparação com o mesmo período do ano anterior. De acordo com dados do Monitor do Fogo do MapBiomas, divulgados nesta quarta-feira (22), 30,8 milhões de hectares foram afetados pelo fogo nesse período.

A extensão da área queimada é superior à do território da Itália e a maior registrada desde 2019. O aumento representa crescimento de 13,6 milhões de hectares do que o fogo alcançou em 2023. A maior parte do território brasileiro consumido pelo fogo, 73%, foi de vegetação nativa, principalmente formações florestais.

Segundo os pesquisadores, o aumento das áreas queimadas está relacionado a um longo período seco enfrentado pelo país em decorrência do fenômeno El Niño – aquecimento anormal das águas superficiais e sub-superficiais do Oceano Pacífico –, que ocorreu entre 2023 e 2024. “’Os impactos dessa devastação expõem a urgência de ações coordenadas e engajamento em todos os níveis para conter uma crise ambiental exacerbada por condições climáticas extremas, mas desencadeada pela ação humana como foi a do ano passado”, explicou a coordenadora do MapBiomas Fogo, Ane Alencar.

O estado mais atingido pelo fogo no ano passado foi o Pará, seguido de Mato Grosso e do Tocantins, com 7,3 milhões, 6,8 milhões e 2,7 milhões de hectares de área queimada, respectivamente. Somente em dezembro, o país teve área equivalente a território um pouco menor que o Líbano consumida pelo fogo. O período concentrou 3,6% de toda a área queimada no país, com 1,1 milhão de hectares.

Biomas

Somente na Amazônia, queimaram-se 17,9 milhões de hectares, o que corresponde a mais da metade, 58%, da área afetada no país. No bioma, cerca de 6,8 milhões de hectares atingidos eram de formação florestal, superando a queima de pastagens, que ficou em torno de 5,8 milhões de hectares. “A mudança no padrão de queimadas é alarmante, pois as áreas de floresta atingidas pelo fogo tornam-se mais suscetíveis a novos incêndios. Vale destacar que o fogo na Amazônia não é um fenômeno natural, nem faz parte de sua dinâmica ecológica, sendo um elemento introduzido por ações humanas”, destaca o pesquisador do MapBiomas Fogo Felipe Martenexen,

Em dezembro, o bioma Amazônia respondeu por 88% do que se queimou no país, sendo 37,5% de área florestal. Foram 964 mil hectares de Amazônia, das quais 361 mil hectares eram de floresta.

No Cerrado, queimaram-se 9,7 milhões de hectares, dos quais 85% de vegetação nativa, principalmente formações savânicas. Comparado a 2023, houve aumento de 91% da área queimada, sendo a maior atingida desde 2019. “Historicamente, o Cerrado é um bioma que evoluiu com a presença do fogo, mas o fogo de forma natural, que ocorreria, por exemplo, ocasionado por raios, durante a transição entre a estação seca e a chuvosa. O que se observa é que tem aumentado muito a área queimada, principalmente na época da seca, impulsionada principalmente, por atividades humanas e pelas mudanças climáticas”, afirma Vera Arruda, pesquisadora do Mapbiomas.

No ano passado, o Pantanal teve 1,9 milhão de hectares atingidos pelo fogo; a Mata Atlântica, 1 milhão hectares; o Pampa, 3,4 mil hectares; e a Caatinga, 330 mil hectares.

De acordo com o pesquisador do Mapbiomas Eduardo Vélez, desde o início da série histórica, em 2019, esta foi a menor área queimada no Pampa. “Esse padrão está associado aos fortes efeitos do fenômeno El Niño, que, no sul do Brasil, se manifesta de modo inverso Houve grandes acumulados de chuva no primeiro semestre de 2024, quando notavelmente ocorreram as enchentes de maio de 2024”, lembrou Vélez.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil / Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para todo o RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para todo o RN

Chuvas com ventos de até 60 km/h e risco de incidentes mobilizam atenção no estado

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas para todas as cidades do Rio Grande do Norte. O aviso, válido até as 10h desta quarta-feira (22.jan.2025), é classificado com nível amarelo, que indica perigo potencial.

Previsão e riscos

Segundo o Inmet, o alerta amarelo prevê:

  • Chuvas entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia;
  • Ventos intensos entre 40 e 60 km/h;
  • Baixo risco de cortes de energia elétrica, quedas de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Recomendações de segurança

Diante da previsão de ventos fortes, o Inmet orienta a população a:

  • Evitar abrigo debaixo de árvores, para minimizar riscos de queda e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Evitar o uso de aparelhos eletrônicos ligados à tomada.

Em casos de emergência, é recomendado acionar:

  • Defesa Civil: 199
  • Corpo de Bombeiros: 193

Histórico recente

Esse é o terceiro alerta emitido pelo órgão nos últimos dias, mas é o primeiro a atingir todas as cidades do estado, incluindo a região litorânea.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Lula escolhe André Corrêa do Lago para presidência da COP30

Lula escolhe André Corrêa do Lago para presidência da COP30

Ana Toni será diretora executiva do evento que ocorrerá em Belém

O embaixador André Aranha Corrêa do Lago será o presidente da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), prevista para ocorrer em novembro, em Belém (PA).

Ele é o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores e terá a missão de conduzir as negociações para o acordo global sobre o tema.

A secretária nacional de Mudança do Clima do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), Ana Toni, será a diretora executiva da COP30.

O anúncio foi feito pelas ministras do Meio Ambiente, Marina Silva, e das Relações Exteriores substituta, Maria Laura da Rocha, após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto.

“Essas duas posições são fundamentais e estratégicas na parte de conteúdo, negociação e liderança de todo o processo da COP”, disse Marina. Já as questões de logística e infraestrutura estão a cargo da Casa Civil da Presidência da República.

Corrêa do Lago tem experiência em temas de meio ambiente, desenvolvimento sustentável e mudança do clima e foi o negociador-chefe do Brasil em fóruns internacionais sobre o tema entre 2011 e 2013 e em 2023 e 2024.

Ana Toni tem longa trajetória direcionada ao fomento de projetos e políticas públicas voltadas à justiça social, meio ambiente e mudança do clima.

Os dois integraram ativamente a delegação oficial brasileira da COP29, realizada em novembro de 2024, em Baku, no Azerbaijão.

Em entrevista à imprensa, o embaixador agradeceu a confiança do presidente Lula e disse que o Brasil pode ter um “papel incrível” na COP deste ano, que, segundo ele, será construída com diversos atores – governo, sociedade civil e empresariado.

Corrêa do Lago garantiu que a participação das populações da Amazônia, onde ocorrerá a conferência, é “absolutamente essencial”:

“A COP tem várias dimensões, ela vai ter uma imensa dimensão para o próprio Brasil, como a RIO-92 [Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, no Rio de Janeiro, em 1992] teve um impacto muito grande sobre a maneira como o brasileiro percebeu a mudança do clima, percebeu o meio ambiente, percebeu a biodiversidade. Então tem uma dimensão nacional extremamente importante.”

“Durante esse período preparatório nós vamos ter muito diálogo com a sociedade civil porque é essencial que eles estejam envolvidos no processo. Porque, como na RIO-92 são as populações que tem que acreditar nessa agenda [de combate à mudanças do clima] e que tem que contribuir para que essa agenda dê certo”, acrescentou o embaixador.

Embora a presidência formal da COP permaneça sob a responsabilidade do Azerbaijão até a abertura oficial do evento em novembro, caberá desde já ao Brasil, como presidência designada, liderar os esforços para o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre países e demais partes interessadas.

Estados Unidos

Corrêa do Lago foi questionado sobre o esvaziamento da COP30 com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, tratado internacional adotado em 2015 sobre mitigação, adaptação e financiamento do combate às mudanças climáticas.

Ele esclareceu que o país norte-americano deixou o acordo mas continua signatário da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima.

“Há vários canais que permanecem abertos, mas não há a menor dúvida de que é um anúncio político de muito impacto”, disse sobre a decisão do novo presidente do Estados Unidos, Donald Trump.

“Os Estados Unidos é um ator essencial, porque não só é a maior economia, mas é também um dos maiores emissores [de gases de efeito estufa], um dos países que têm trazido respostas à mudança do clima, com tecnologia. Os Estados Unidos têm empresas extraordinárias e também têm vários estados americanos, cidades americanas que estão muito envolvidos nesse debate”, explicou.

“Estamos todos ainda analisando as decisões do presidente Trump, mas não há a menor dúvida de que terá um impacto significativo na preparação da COP e na maneira como nós vamos ter que lidar com o fato de um país tão importante estar se desligando desse processo”, complementou.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite novo alerta de chuvas fortes no RN

Inmet emite novo alerta de chuvas fortes no RN

102 cidades podem registrar chuvas intensas e ventos de até 60 km/h

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) divulgou um alerta de chuvas intensas para 102 municípios do Rio Grande do Norte. O aviso é válido até às 10h desta terça-feira (21.jan.2025) e abrange principalmente as regiões Oeste e Central do estado.

Detalhes do alerta

De acordo com o Inmet, a previsão inclui:

  • Volume de chuvas: Entre 20 e 30 mm por hora, podendo atingir até 50 mm por dia.
  • Ventos: Intensidade entre 40 e 60 km/h.

Riscos:

  • Corte de energia elétrica;
  • Queda de galhos de árvores;
  • Alagamentos;
  • Descargas elétricas.

Recomendações do Inmet

Para garantir a segurança durante o período de chuvas intensas, o Inmet orienta:

  • Evitar se abrigar sob árvores: Há risco de queda de galhos e descargas elétricas.
  • Estacionar com cuidado: Não estacione veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Atenção ao uso de eletrônicos: Evite usar aparelhos ligados à tomada durante tempestades.

Acompanhamento e Emergências

O Instituto recomenda que a população acompanhe as atualizações meteorológicas pelos canais oficiais e entre em contato com a Defesa Civil em casos de emergência.

Cidades atingidas

As cidades sob alerta incluem municípios de grande e pequeno porte nas regiões Oeste e Central.

  • Acari
  • Assu
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Barcelona
  • Bodó
  • Caiçara do Rio do Vento
  • Caicó
  • Campo Redondo
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Cerro Corá
  • Coronel Ezequiel
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
  • Ipanguaçu
  • Ipueira
  • Itajá
  • Itaú
  • Jaçanã
  • Janduís
  • Japi
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lajes Pintadas
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santa Cruz
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Bento do Trairí
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Sítio Novo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Tibau
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Chuva diminui em Santa Catarina, mas chegada de frente fria preocupa

Chuva diminui em Santa Catarina, mas chegada de frente fria preocupa

Instabilidade volta a ganhar força neste domingo

Os impactos das fortes chuvas no litoral catarinense foram amenizados pela situação climática deste sábado (18), que é de sol em boa parte do território, segundo a Secretaria de Estado de Comunicação.

Apesar disso, há indicação de mais chuva no estado, no fim de semana. “A instabilidade volta a ganhar força, com pancadas de chuva, temporais isolados, raios, rajadas de vento e eventual granizo, especialmente nas regiões do litoral e áreas adjacentes.”

A chegada de uma frente fria é esperada para amanhã (19) e segunda-feira (20), acompanhada de temporais intensos. “O risco de danos estruturais por alagamentos, enxurradas, entre outros, é elevado”, informa nota publicada pelo governo.

Desabrigados

De acordo com a Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil há cerca de 320 desabrigados, 995 desalojados. A pasta permanece com o monitoramento do clima e com assistência à população atingida.

“Até o momento, 13 municípios decretaram situação de emergência, devido aos alagamentos, deslizamentos e danos à infraestrutura. De acordo com a previsão da Defesa Civil, novos temporais devem atingir o Litoral no fim de semana”, diz a nota.

Municípios atingidos

As cidades que decretaram emergência são Camboriú, Tijucas, Biguaçu, Florianópolis, Porto Belo, Ilhota, Balneário Camboriú, São José, Palhoça, Governador Celso Ramos, Itapema, São Pedro de Alcântara e Gaspar. Segundo a secretaria, Biguaçu registrou um dos maiores volumes de precipitação, com 434,8 mm de chuva em 48 horas, seguido por Florianópolis (375,6 mm) e São José (357,1 mm)”, completou.

Moradores e comerciantes dos municípios atendidos estão recebendo ajuda humanitária por equipes da Defesa Civil. “Até o momento, Biguaçu, Camboriú, Itapema, Porto Belo, Tijucas e Balneário Camboriú já receberam apoio emergencial. Entre os itens distribuídos estão água potável, cestas básicas, kits de limpeza e higiene pessoal e colchões. Além disso, abrigos foram disponibilizados para a população desalojada.

Bombeiros

Ainda que a situação deste sábado tenha amenizado os impactos, o Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBMSC) reforçou o alerta da Defesa Civil sobre os riscos de deslizamentos na Grande Florianópolis e no litoral norte. O motivo é a saturação do solo, combinada com a previsão de novas chuvas nos próximos dias, o que eleva significativamente o risco de deslizamentos. Como o solo permanece encharcado e sem tempo suficiente para absorver e escoar a água, a corporação orienta a população de áreas de risco a permanecer em alerta.

A recomendação aos que vivem em encostas ou áreas já afetadas pelas chuvas é ficar atenta aos sinais de perigo, como trincas no solo ou movimentação de terra. Se houver qualquer indício de risco, é fundamental buscar imediatamente um local seguro.

Saúde

A Secretaria de Estado da Saúde (SES) chamou atenção para os perigos de contato com a água contaminada em áreas que sofreram alagamentos, para evitar doenças.

Conforme o superintendente de vigilância em saúde da SES, Fábio Gaudenzi, períodos de chuvas intensas com alagamentos são associados ao aumento nos casos de leptospirose e doenças diarreicas, sendo necessário tomar medidas preventivas.

Os sintomas iniciais da leptospirose, doença grave causada pela bactéria presente na urina de animais contaminados – como ratos, por exemplo – são febre alta, dor de cabeça, mal-estar e dores intensas no corpo, especialmente nas panturrilhas. “Em casos mais graves, podem ocorrer icterícia, dificuldade respiratória e sangramentos, que podem levar a óbito”, Os sintomas podem aparecer até 40 dias após o contato com a água, lama ou esgoto.

“Neste período, as pessoas devem se automonitorar, desencadeando qualquer sintoma como febre, dor no corpo, cansaço, procure um serviço de saúde e avise que teve contato com essa água porque você pode desenvolver a leptospirose”, completou Fábio.

A pasta recomendou ainda que em caso de mordedura, a pessoa deve entrar em contato com o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (Ciatox), pelo telefone 0800 643 5252. O serviço funciona 24h.

Foto: Eduardo Valente/GOVSC / Leo Munhoz/ SecomGOVSC / Luan Westphal/CBMSC

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Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

Chuvas intensas colocam maior parte do país em alerta

Previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet)

Grande parte do país está em alerta de potencial perigo para chuvas intensas neste domingo (19), segundo previsão do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Uma faixa que se estende do norte do Amapá ao sudoeste do Rio Grande do Sul, passando por 21 estados e pelo Distrito Federal, tem previsão de altos volumes de chuvas e ventos intensos.

A formação de sistema de baixa pressão na Região Sul do país tem intensificado as chuvas nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, onde o alerta é de perigo. No noroeste, sudoeste e em parte do centro do Rio Grande do Sul, há risco de vendaval, com ventos variando entre 60 e 100 quilômetros por hora (km/h) até as 18 horas deste domingo.

A formação de uma ampla área de baixa pressão deve originar um ciclone que se intensificará, cruzará o estado e se deslocará para o oceano entre a noite de domingo e a segunda-feira (20).

Estão previstas pancadas de chuva forte com trovoadas e volumes superiores a 50 milímetros em 24 horas. Também podem ocorrer queda de granizo e rajadas de vento acima de 80 km/h entre o Rio Grande do Sul e Santa Catarina.

Essa instabilidade se deslocará para o norte de Santa Catarina e o Paraná, na tarde da segunda-feira, atingindo também parte do litoral gaúcho, até perder força durante a noite. Em Porto Alegre a temperatura máxima será de 33 graus Celsius (ºC), e a mínima, de 23ºC.

Em Brasília, a previsão também é de céu com muitas nuvens e pancadas de chuva isoladas. A máxima será de 28ºC, e a mínima, de 18º. Em Salvador, a previsão é de muitas nuvens com chuva isolada e temperatura que varia de 23ºC a 29º.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Inmet emite alerta de chuvas intensas para 96 cidades do RN

Inmet emite alerta de chuvas intensas para 96 cidades do RN

Órgão prevê ventos fortes e chuva de até 50 mm/dia até segunda-feira (20)

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um aviso de chuvas intensas válido até as 10h da próxima segunda-feira (20.jan.2025). O alerta atinge 96 municípios do Rio Grande do Norte e é classificado com a cor amarela, indicando perigo potencial.

Regiões afetadas no estado

As chuvas abrangem as seguintes regiões do Rio Grande do Norte:

  • Oeste;
  • Alto Oeste;
  • Central;
  • Costa Branca;
  • Vale do Açu;
  • Seridó.

Previsão e riscos

O alerta prevê precipitações entre 20 e 30 mm/h ou até 50 mm/dia, acompanhadas por ventos de 40 a 60 km/h. Segundo o Inmet, o risco de eventos graves, como corte de energia elétrica, queda de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas, é considerado baixo.

Recomendações do Inmet

Para minimizar riscos durante o período de chuvas, o Inmet orienta:

  • Evitar abrigo sob árvores, pois há risco de queda e descargas elétricas.
  • Não estacionar veículos próximos a torres de transmissão ou placas de propaganda.
  • Evitar o uso de aparelhos eletrônicos conectados à tomada durante tempestades.

Telefones de emergência

Em situações de emergência, a população deve acionar os seguintes serviços:

  • Defesa Civil: 199
  • Corpo de Bombeiros: 193

O alerta reforça a necessidade de atenção dos moradores das áreas afetadas para garantir segurança durante o período chuvoso.

Saiba as cidades em alerta:

  • Veja cidades atingidas por chuvas
  • Acari
  • Assú
  • Afonso Bezerra
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Alto do Rodrigues
  • Angicos
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Areia Branca
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Bodó
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Carnaúba dos Dantas
  • Carnaubais
  • Cerro Corá
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Equador
  • Felipe Guerra
  • Fernando Pedroza
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Galinhos
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Grossos
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  • Ipanguaçu
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  • Itajá
  • Itaú
  • Jandaíra
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lagoa Nova
  • Lajes
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Macau
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Parelhas
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pedro Avelino
  • Pendências
  • Pilões
  • Portalegre
  • Porto do Mangue
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Tomé
  • São Vicente
  • Serra do Mel
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Tibau
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Nilson Carvalho/Agência Brasília / Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Boletim do Idema aponta que praias do RN estão próprias para banho

Boletim do Idema aponta que praias do RN estão próprias para banho

Dois trechos de rio em Parnamirim são classificados como impróprios

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema-RN) divulgou, nesta sexta-feira (17.jan.2025), o boletim de balneabilidade das praias do estado. Segundo a análise, todas as praias avaliadas estão próprias para banho neste fim de semana. No entanto, dois trechos de rios em Parnamirim foram considerados impróprios para atividades recreativas.

Detalhes do boletim de balneabilidade

  • Praias analisadas: 51
  • Resultado: Todas próprias para banho
  • Trechos impróprios:
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), ambos em Parnamirim

Aumento no número de praias avaliadas

Durante o verão, o programa de balneabilidade ampliou o número de praias analisadas, passando de 33 para 51. A cobertura abrange toda a faixa litorânea do Rio Grande do Norte, desde Baía Formosa, no extremo sul, até Tibau, no extremo norte.

Critérios de avaliação

A análise das águas é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes, seguindo as normas estabelecidas pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Essa metodologia garante uma avaliação precisa da qualidade das águas.

Prazo de validade do boletim

O boletim divulgado pelo Idema-RN é válido até a próxima quinta-feira (23), quando novas amostras serão coletadas e analisadas para a emissão de uma nova atualização.

Parcerias no Programa Água Azul

O projeto de balneabilidade integra o Programa Água Azul, desenvolvido em parceria com:

  • Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN)
  • Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern)
  • Essas instituições colaboram com o Idema para garantir o monitoramento contínuo da qualidade das águas no estado.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Chuvas deixam 781 desabrigados em Santa Catarina

Chuvas deixam 781 desabrigados em Santa Catarina

Bombeiros confirmam uma morte em Governador Celso Ramos

As fortes chuvas que desde esta quinta-feira (16) atingem várias regiões de Santa Cataria já deixaram ao menos 781 pessoas desabrigadas em todo o estado. Segundo a secretaria estadual da Proteção e Defesa Civil, ao menos nove cidades catarinenses decretaram situação de emergência nas últimas horas: Balneário Camboriú, Biguaçu, Camboriú, Florianópolis, Governador Celso Ramos, Ilhota, Palhoça, Porto Belo, São José e Tijucas.

Entre a 0h de ontem e às 10h30 de desta sexta-feira (17), só o Corpo de Bombeiros atendeu a 366 ocorrências em 27 municípios, auxiliando a 2.007 pessoas – a maioria delas estava isolada em locais alagados. “A corporação ainda continua no salvamento e resgate de pessoas e animais nas regiões da Grande Florianópolis e do litoral norte catarinense, onde também já iniciou o apoio na limpeza das cidades com os caminhões-tanques”, afirmou o subcomandante-geral do Corpo de Bombeiros, Jefferson de Souza, explicando que a corporação disponibilizou ao menos dez caminhões-tanque.

Em Governador Celso Ramos, na Grande Florianópolis, um experiente pescador, de 72 anos, morreu afogado após ser levado pela correnteza enquanto verificava sua embarcação. Seu corpo foi encontrado esta manhã. Para resgatar cerca de 700 trabalhadores ilhados, os bombeiros tiveram que usar a mangueira de uma viatura estendida como uma espécie de “linha de vida” entre o pátio de uma empresa e um local seguro. A cidade também foi palco de uma cena que viralizou nas redes sociais: parte de um quartel do Corpo de Bombeiros veio abaixo ao ser atingido pelas águas da chuva.

A exemplo de outras cidades, o decreto de emergência possibilitará à prefeitura de Governador Celso Ramos receber, mais rapidamente, recursos financeiros e materiais dos governos estadual e federal. O decreto também prevê a mobilização do Sistema Nacional de Defesa Civil no âmbito local e a implementação de um Plano Emergencial de Resposta aos Desastres que, entre outras coisas, prevê a convocação de voluntários para auxiliar nas operações de resposta, a realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade e outras medidas para garantir assistência à população afetada.

Até esta manhã, o maior volume de chuvas tinha sido registrado em Biguaçú, também na Grande Florianópolis. Os 391 milimetros de precipitação pluviométrica registrados em apenas 24 horas são mais que o volume aguardado para todo o mês de janeiro. Além de causar deslizamentos, quedas de muros, alagamentos em vários pontos da cidade e outros prejuízos, a força da água abriu uma cratera no quilômetro 181 da BR-101.

Em Florianópolis, ao menos duas pessoas ficaram feridas sem maior gravidade ao serem atingidas pela queda de um muro no Bairro Costeira. Bombeiros resgataram uma mulher e seu filho, presos no interior de um veículo ilhado pela água que subiu rapidamente, tomando a via.

Balneário Camboriú está em alerta máximo para deslizamentos. Equipes da Defesa Civil monitoram as áreas afetadas, principalmente os 42 pontos de risco já mapeados. Agentes de trânsito, guardas municipais e a Defesa Civil atenderam a mais de 170 ocorrências, incluindo quedas de árvores e de fiação elétrica, resgate de pessoas, inundações, alagamentos e acidentes de trânsito. Desde esta madrugada, servidores da Secretaria de Obras e moradores tentam retirar o grande volume de lama que se acumulou nas ruas de diferentes bairros.

Vídeos compartilhados na internet mostram a beira-mar de Balneário Camboriú alagada, com carros parcialmente submersos e edifícios de luxo ilhados. Unidades de saúde e estabelecimentos de ensino foram afetados e há tanto o que fazer que municípios próximos enviaram máquinas, equipamentos, mão de obra e donativos para ajudar a população.

Sol

Segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia (Ciram), as condições climáticas para continuidade das chuvas persistem até pelo menos esta tarde, alternando pancadas de chuvas fortes com períodos de melhoria. A previsão, contudo, é que as chuvas comecem a diminuir a partir desta noite e que o fim de semana seja de sol e calor em quase todo o estado, com pancadas de chuva típicas de verão.

Para ajudar a reduzir a circulação de pessoas e o trânsito de veículos, o governo estadual publicou, ontem, um decreto autorizando servidores públicos das cidades afetadas a trabalharem remotamente nesta sexta-feira. A medida, segundo o governador Jorginho Mello também visa garantir a segurança das pessoas.

Foto: Roberto Zacarias/SecomGOVSC / Luan Westphal/CBMSC

Da Agência Brasil

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RN foi alvo de quase 100 mil raios em 2024

RN foi alvo de quase 100 mil raios em 2024

Regiões Oeste e Seridó lideram o ranking de descargas elétricas, afetando energia para 295 mil clientes

Entre janeiro e dezembro de 2024, o Rio Grande do Norte foi atingido por 98.338 raios, de acordo com dados da Neoenergia Cosern em parceria com a Plataforma Climatempo. O fenômeno natural foi mais intenso nas regiões Oeste e Seridó, com destaque para os municípios de Mossoró, Apodi e Upanema, que lideraram o ranking.

Os efeitos das descargas elétricas foram sentidos por 295 mil clientes, que enfrentaram interrupções no fornecimento de energia. Segundo o gerente de Desempenho da Operação da Neoenergia Cosern, Igor Mateus de Araújo, a empresa tem adotado medidas preventivas para minimizar os danos, como a instalação de 126 para-raios na rede elétrica ao longo do ano.

“O estado tem um histórico de grande incidência de raios e precisamos estar preparados para lidar com os efeitos desses fenômenos naturais na rede elétrica”, afirma Araújo.

Ranking dos municípios com maior incidência de raios

  • Mossoró: 6.212 raios
  • Apodi: 5.251 raios
  • Upanema: 4.056 raios

Além de afetar o fornecimento de energia, os raios danificaram mais de 250 equipamentos do sistema elétrico, incluindo postes, transformadores e cabos.

Impactos e prevenção

As descargas elétricas resultaram em 3.385 interrupções no fornecimento de energia ao longo do ano. A Neoenergia Cosern reforça a importância de seguir medidas de segurança durante tempestades com raios para evitar acidentes graves.

Dicas de segurança em dias de tempestade

  • Busque abrigo ao perceber nuvens carregadas ou ouvir trovões.
  • Evite áreas descampadas, árvores ou cercas de arame.
  • Não use equipamentos elétricos ligados à rede.
  • Não tome banho utilizando chuveiro elétrico.
  • Desconecte celulares do carregador antes de usar.
  • Não entre em rios, piscinas ou praias durante a tempestade.

Canais de atendimento da Neoenergia Cosern

A Neoenergia Cosern disponibiliza canais para atendimento em situações de emergência:

  • Telefone: 116
  • WhatsApp: (84) 3215-6001
  • Aplicativo: Disponível na App Store e Google Play

Foto: Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) / Nilson Carvalho/Agência Brasília

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Sociedade civil celebra vetos na lei das eólicas offshore, mas ainda teme impactos e lobby dos fósseis

Sociedade civil celebra vetos na lei das eólicas offshore, mas ainda teme impactos e lobby dos fósseis

A Lei Nº 15.097, aprovada este mês, é marco regulatório para implantação de turbinas eólicas em alto-mar

Os vetos presidenciais aos chamados jabutis (trechos incluídos em um projeto de lei mesmo sem ter relação com o tema) estão sendo comemorados pelo Plano Nordeste Potência e outras entidades que, nos últimos meses, acompanharam no Congresso Nacional a tramitação da Lei Nº 15.097/2025. Marco regulatório para implantação de usinas de energia renovável em alto-mar, a lei foi aprovada em 10 de janeiro. Mesmo celebrando a vitória contra o lobby dos combustíveis fósseis, a sociedade civil se mostra apreensiva com os impactos socioambientais das eólicas offshore.

Bióloga e mestranda em Ciências Marinhas Tropicais da Universidade Federal do Ceará, Alanna Carneiro destaca os riscos à biodiversidade marinha e à pesca artesanal. “Estamos diante da privatização de territórios pesqueiros. Os pescadores não poderão mais acessar suas áreas de pesca por causa da distância obrigatória dos aerogeradores”, alerta a integrante do Eco Maretório, instituição que atua no litoral do Ceará, Estado com 26 empreendimentos de eólica offshore aguardando o licenciamento, de acordo com o Ibama.

Alanna defende a necessidade de demarcação de territórios pesqueiros, além da proteção e do investimento em políticas públicas que salvaguardem a categoria, como formas de evitar os impactos sociais das usinas offshore. “Antes de garantir estatística pesqueira e demarcação dessas áreas no mar, o governo priorizou lotear os espaços marinhos para o capital estrangeiro”, observa.

“Tem ainda o impacto acústico submerso, que pode afetar mamíferos marinhos e peixes, entre outros seres vivos, como tartarugas marinhas. Elas dependem do campo eletromagnético para seu deslocamento para áreas de reprodução e alimentação”, afirma Alanna. Segundo a bióloga, aves migratórias podem sofrer com a colisão nas hélices.

João Paulo Diogo, do Coletivo Assessoria Cirandas, no Rio Grande do Norte, Estado com 14 empreendimentos de eólica offshore aguardando o licenciamento do Ibama, considera significativos os riscos das turbinas eólicas e painéis fotovoltaicos offshore às pessoas e ao meio ambiente. O assistente social e especialista em Direitos dos Povos e Comunidades Tradicionais chama a atenção para a delimitação dos prismas, termo dado na nova lei aos locais onde será permitida a instalação dos aerogeradores.

“Os prismas restringem o acesso a áreas tradicionais de pesca, impactando diretamente a subsistência de comunidades pesqueiras”, alerta o ambientalista. Para ele, a instalação de turbinas, painéis e cabos subaquáticos alterará habitats e rotas de espécies marinhas, reduzindo a disponibilidade de recursos pesqueiros.

Além disso, afirma João Paulo, as usinas representam riscos à transferência de saberes e conhecimentos tradicionais, promovendo mudanças no ecossistema e causando, consequentemente, mudanças culturais. “Na etapa de construção, esses impactos podem ser ainda mais acentuados”, adverte.

Por outro lado, o marco legal traz dispositivos de interesse de comunidades tradicionais, como a exigência de consulta livre, prévia e informada para grupos afetados (Art. 4º, inciso X) e a garantia da integração de políticas públicas para evitar conflitos de uso de áreas marítimas (Art. 6º). No entanto, diz João Paulo, apesar de prevista na lei, a consulta prévia pode ser realizada de forma superficial ou não vinculante, deixando comunidades vulneráveis a decisões que ignoram seus direitos e saberes.

A consulta livre, prévia e informada é estabelecida por convenção da Organização Mundial do Trabalho (OIT) ratificada pelo Brasil em 2002. Com o mesmo status de lei, a Convenção Nº 169 da OIT foi promulgada em 1989 pelo organismo das Nações Unidas voltado aos trabalhadores e assegura aos povos e comunidades tradicionais o direito de serem consultados previamente sobre empreendimentos que possam alterar seu modo de vida ou território. Também determina que essa consulta seja continuada.

Vetos

Ao todo, a nova lei teve 17 vetos, mas dois deles – dos artigos 22 e 23 – estão entre os mais relevantes, pois tratavam de incentivos a combustíveis fósseis. Na justificativa dos vetos, a Presidência da República explicou o motivo da remoção dos jabutis incluídos pelos congressistas: “(…) Por fim, a possível ampliação da contratação de fontes fósseis não é compatível com os compromissos internacionais assumidos pelo País ou com as políticas públicas voltadas à transição energética, à mitigação das mudanças climáticas e à descarbonização da matriz energética brasileira”

“A posição do Presidente Lula em aprovar o PL 576/2021, vetando os jabutis, é um claro aceno institucional do Governo Brasileiro de que estará empregando esforços para cumprir os compromissos firmados na COP 28”, opina João Paulo, do Coletivo Cirandas.

Cecília Oliveira, co-coordenadora do Plano Nordeste Potência, iniciativa voltada à transição energética sustentável e justa, avalia os vetos como uma demonstração de que o Governo Federal está alinhado a sua agenda de sustentabilidade e principalmente nos reflexos da realização, no Brasil, da 30ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas.

A COP 30, que debaterá e estabelecerá metas de redução de emissão de gases do efeito estufa, ocorrerá em Belém (PA), em novembro. “Além disso, os vetos também demonstram um alinhamento com a agenda de transformação ecológica do Ministério da Fazenda, o que é muito importante para que a transição energética ocorra de forma que os empreendimentos do setor de renováveis cada vez mais contemplem a redução dos danos ambientais e sociais”, diz Cecília.

No Brasil, 103 projetos de usinas offshore estão em processo de licenciamento no Ibama, 30 no Rio Grande do Sul, 26 no Ceará, 16 no Rio de Janeiro, 14 no Rio Grande do Norte, 7 no Piauí, 6 no Espírito Santo, 3 no Maranhão e 1 em Santa Catarina.

Foto: Divulgação

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MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

MPF solicita vistoria urgente na obra da engorda da praia de Ponta Negra

Ministério Público requer vistoria do Idema e questiona responsabilidade do Ibama na fiscalização ambiental

O Ministério Público Federal (MPF) requisitou ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) uma vistoria in loco para avaliar alagamentos e outras questões relacionadas à obra de drenagem e aterro hidráulico (engorda) da Praia de Ponta Negra, em Natal.

A solicitação, feita por meio de ofício expedido nesta quarta-feira (15.jan.2025), dá ao Idema o prazo de dez dias para apresentar uma resposta. O pedido ocorre após relatos de alagamento em trechos da obra devido a fortes chuvas na região.

Laudo técnico indica problemas na obra

Em outubro de 2024, a Secretaria de Perícia, Pesquisa e Análise (Sppea) do MPF elaborou um laudo técnico apontando problemas na obra. Segundo o documento, a drenagem de águas pluviais, essencial para o aterro hidráulico, apresenta falhas que precisam ser corrigidas.

Entre as questões levantadas está a ausência de adequações na drenagem do trecho entre o Morro do Careca e o dissipador de energia mais próximo, área de notável relevância devido à erosão costeira e ao status de cartão-postal da região.

O laudo também revelou divergências nas dimensões dos dissipadores existentes, que precisam ser ajustadas para garantir a eficácia do projeto.

Falta de fiscalização

De acordo com o MPF, a fiscalização da obra deveria ser responsabilidade do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), uma vez que a área pertence à União. Entretanto, por meio de um acordo de cooperação técnica firmado em 2023, o Ibama transferiu ao Idema a competência de fiscalizar e licenciar a dragagem.

A insuficiência de recursos técnicos do Idema e decisões judiciais de órgãos considerados não competentes comprometeram o acompanhamento das obras. Atualmente, a engorda é realizada com areia proveniente de uma jazida que não recebeu o devido licenciamento ambiental.

Ação civil pública

Em outubro de 2024, o MPF ajuizou uma ação civil pública solicitando que a fiscalização volte a ser conduzida pelo Ibama. No entanto, até o momento, o pedido de liminar não foi analisado pela Justiça Federal.

Enquanto isso, o Idema declarou que o trecho de retirada de sedimentos utilizado atualmente não integra a área prevista no acordo de cooperação. Com essa indefinição, as obras seguem, ampliando os possíveis danos à fauna e à flora marinha.

Prazos e próximos passos

O MPF destacou que a vistoria solicitada ao Idema é fundamental para um acompanhamento imediato da obra. O órgão aguarda a resposta dentro do prazo estipulado e segue monitorando a situação até que a Justiça defina a quem cabe a responsabilidade de fiscalização.

Foto: Emanuel Amaral/Abraão Júnior/Prefeitura de Natal / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Inmet emite alertas de chuvas fortes para 60 cidades do RN

Inmet emite alertas de chuvas fortes para 60 cidades do RN

Previsão de chuvas intensas inclui risco de ventos fortes e alagamentos no Oeste Potiguar

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas para mais de 60 cidades do Rio Grande do Norte nesta quarta-feira (15.jan.2025). A região Oeste tem sido a mais atingida pelas precipitações nos últimos dias.

Entre as 7h de terça-feira (14.jan) e as 7h desta quarta (15), a Empresa de Pesquisas Agropecuárias do RN (Emparn) registrou chuvas de até 108 mm em Coronel João Pessoa e 81,6 mm em Luís Gomes. Nesta última cidade, um raio causou danos a uma residência na noite de terça-feira.

Detalhes do alerta laranja

O Inmet emitiu um alerta laranja de perigo, válido para 14 cidades do Alto Oeste. A previsão indica volumes de chuva entre 30 e 60 mm/hora ou até 100 mm/dia, além de ventos que podem atingir de 60 a 100 km/h.

Riscos associados incluem:

  • Corte de energia elétrica;
  • Queda de galhos de árvores;
  • Alagamentos;
  • Descargas elétricas.

Recomendações à população:

  • Evitar abrigar-se sob árvores;
  • Não estacionar veículos próximos a torres e placas de propaganda;
  • Desligar aparelhos elétricos e o quadro geral de energia em caso de rajadas de vento.

Cidades sob alerta laranja

  1. Água Nova
  2. Coronel João Pessoa
  3. Doutor Severiano
  4. Encanto
  5. José da Penha
  6. Luís Gomes
  7. Major Sales
  8. Paraná
  9. Pau dos Ferros
  10. Rafael Fernandes
  11. Riacho de Santana
  12. São Francisco do Oeste
  13. São Miguel
  14. Venha-Ver

Alerta amarelo para outras cidades

Um alerta amarelo de perigo potencial abrange ainda mais municípios e é válido até as 10h de quinta-feira (16). Este alerta prevê precipitações mais moderadas, entre 20 e 30 mm/hora ou até 50 mm/dia, com ventos de até 60 km/h.

Embora o risco seja menor, ainda há possibilidade de corte de energia elétrica, quedas de galhos e alagamentos.

Cidades sob alerta amarelo

  1. Assu
  2. Água Nova
  3. Alexandria
  4. Almino Afonso
  5. Antônio Martins
  6. Apodi
  7. Areia Branca
  8. Augusto Severo
  9. Baraúna
  10. Caicó
  11. Caraúbas
  12. Carnaubais
  13. Coronel João Pessoa
  14. Doutor Severiano
  15. Encanto
  16. Felipe Guerra
  17. Francisco Dantas
  18. Frutuoso Gomes
  19. Governador Dix-Sept Rosado
  20. Grossos
  21. Itaú
  22. Janduís
  23. Jardim de Piranhas
  24. João Dias
  25. José da Penha
  26. Jucurutu
  27. Lucrécia
  28. Luís Gomes
  29. Major Sales
  30. Marcelino Vieira
  31. Martins
  32. Messias Targino
  33. Mossoró
  34. Olho d’Água do Borges
  35. Paraná
  36. Paraú
  37. Patu
  38. Pau dos Ferros
  39. Pilões
  40. Portalegre
  41. Porto do Mangue
  42. Rafael Fernandes
  43. Rafael Godeiro
  44. Riacho da Cruz
  45. Riacho de Santana
  46. Rodolfo Fernandes
  47. São Fernando
  48. São Francisco do Oeste
  49. São João do Sabugi
  50. São Miguel
  51. Serra do Mel
  52. Serra Negra do Norte
  53. Serrinha dos Pintos
  54. Severiano Melo
  55. Taboleiro Grande
  56. Tenente Ananias
  57. Tibau
  58. Timbaúba dos Batistas
  59. Triunfo Potiguar
  60. Umarizal
  61. Upanema
  62. Venha-Ver
  63. Viçosa

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília / Nilson Carvalho/Agência Brasília

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Inmet emite novo alerta de chuvas intensas no RN válido até a manhã de terça (14)

Inmet emite novo alerta de chuvas intensas no RN válido até a manhã de terça (14)

Estado pode registrar até 100 mm de chuva em algumas regiões; saiba como se proteger

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu dois alertas de chuvas intensas nesta segunda-feira (13.jan.2025) para todas as regiões do Rio Grande do Norte. A previsão inclui precipitações de até 50 milímetros (mm) por dia, com possibilidade de alcançar até 100 mm na região do Alto Oeste.

O aviso amarelo, que sinaliza perigo potencial, está em vigor das 10h de segunda (13.jan) até às 10h de terça (14.jan). As chuvas podem variar entre 20 e 30 mm por hora ou até 50 mm por dia, acompanhadas de ventos intensos de 40 a 60 km/h.

Orientações em caso de rajadas de vento

O Inmet orienta que, em situações de rajadas de vento, a população:

  • Evite abrigar-se debaixo de árvores, devido ao risco de queda e descargas elétricas.
  • Evite estacionar veículos próximos a torres de transmissão e placas de propaganda.
  • Não utilize aparelhos eletrônicos conectados à tomada.

Alerta laranja para o Alto Oeste

Além do aviso amarelo, foi emitido um alerta laranja para 16 municípios do Alto Oeste potiguar, válido das 12h de segunda (13) até às 10h de terça (14). Esse alerta indica perigo iminente, com chuvas variando entre 30 e 60 mm por hora ou 50 a 100 mm por dia.

A previsão inclui ventos de 60 a 100 km/h, que podem causar cortes de energia elétrica, quedas de galhos de árvores, alagamentos e descargas elétricas.

Municípios sob alerta laranja

  • Água Nova
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • José da Penha
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Paraná
  • Pau dos Ferros
  • Rafael Fernandes
  • Riacho de Santana
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Tenente Ananias
  • Venha-Ver

Cuidados adicionais para o alerta laranja:

  • Desligar aparelhos elétricos e, se possível, o quadro geral de energia.
  • Não caminhar em áreas descampadas.
  • Evitar contato com estruturas metálicas, como cercas de arame.
  • Palavra-chave foco: “alerta de chuvas no RN”

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Alagamentos impactam obras da engorda na Praia de Ponta Negra

Alagamentos impactam obras da engorda na Praia de Ponta Negra

Prefeitura detalha causas e ações para solucionar o problema

As chuvas intensas da madrugada de segunda-feira (13.jan.2025) resultaram em alagamentos no trecho da Praia de Ponta Negra, na zona Sul de Natal, onde estão em andamento as obras de engorda da praia. O sistema de drenagem da área, especialmente no calçadão, não suportou o grande volume de água, gerando poças de lama, sujeira e mau cheiro, que afetaram comerciantes e turistas.

Problemas hidráulicos em banheiros públicos também contribuíram para os transtornos, com relatos de vazamentos no local. Vídeos feitos por moradores mostraram alagamentos próximos ao quiosque 18, evidenciando o impacto na região.

Causas do alagamento segundo a Prefeitura

Durante uma entrevista realizada na Prefeitura de Natal, o titular da Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), Thiago Mesquita, explicou que o alagamento foi provocado pela interligação inadequada entre dois pontos do sistema de drenagem: os pontos 8 e 9.

O ponto 9, que recebe a maior carga hidráulica da Avenida Roberto Freire, estava conectado ao ponto 8, que possui menor capacidade de vazão. Essa conexão resultou no extravasamento da água das chuvas.

Thiago Mesquita enfatizou que a água acumulada no local é predominantemente de origem pluvial, sem indícios de contaminação significativa por esgoto. “Houve um extravasamento no sistema de esgotamento de Ponta Negra, diluído pela água da chuva, mas a maior parte é água das chuvas”, esclareceu.

Ações para resolver o problema

A Prefeitura de Natal autorizou a empresa responsável pelas obras a trabalhar em regime de 24 horas a partir de terça-feira (14.jan) para corrigir a drenagem no local. Segundo Mesquita, a solução completa pode levar alguns dias ou semanas, mas evitará novos alagamentos na região.

Além disso, uma drenagem mecanizada está sendo realizada para remover a água acumulada, e grande parte já foi absorvida pelo sistema existente. “Foi uma intercorrência pontual e de fácil resolução”, afirmou o secretário.

A titular da Secretaria de Infraestrutura, Shirley Cavalcanti, reforçou que as obras de drenagem e de engorda estão sendo executadas de forma simultânea e devem ser concluídas até 31 de janeiro.

Impactos e cronograma das obras

Apesar do incidente, a Prefeitura garantiu que o cronograma da engorda da Praia de Ponta Negra permanece inalterado, com conclusão prevista para o final de janeiro. As obras têm como objetivo ampliar a faixa de areia e melhorar a infraestrutura do local, que é um dos principais pontos turísticos de Natal.

Comerciantes e turistas esperam que as intervenções garantam melhorias definitivas para a região, que é de grande importância para o turismo e a economia local.

Foto: Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi

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Chuva intensa em Natal causa transtornos em hospitais e serviços públicos

Chuva intensa em Natal causa transtornos em hospitais e serviços públicos

Acumulados pluviométricos destacam Parnamirim; desabamento e alagamentos impactam infraestrutura hospitalar e expediente na Semurb

As fortes chuvas que atingiram a Região Metropolitana de Natal nesta segunda-feira (13.jan.2025) trouxeram transtornos em diversos setores. Segundo o boletim pluviométrico da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn), divulgado às 9h15, o maior acumulado foi registrado em Parnamirim, com 47 mm. Outras cidades também enfrentaram volumes significativos, como Natal (37,6 mm), Ceará-Mirim (22,6 mm), São Gonçalo do Amarante (12,7 mm) e Macaíba (4,4 mm).

No interior do estado, o município de São João do Sabugi liderou os registros, com 46,6 mm de precipitação. Em meio ao cenário, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu um alerta de chuvas intensas válido até as 10h desta segunda-feira.

Impactos nos hospitais João Machado e Walfredo Gurgel

O Hospital João Machado, em Natal, sofreu com o desabamento parcial do teto de uma das salas durante a madrugada. O incidente foi causado pelo acúmulo de água no forro de PVC, mas não houve feridos. O setor de nutrição, que atualmente opera em um espaço provisório devido a obras, teve suas atividades impactadas.

Já no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, foram registrados alagamentos em algumas salas, incluindo áreas próximas à UTI. Em nota, a Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap-RN) informou que não houve prejuízo para os pacientes e que equipes de manutenção foram acionadas para solucionar os problemas.

Expediente suspenso na Semurb devido às chuvas

As infiltrações provocadas pela chuva intensa também afetaram o prédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb). Por motivos de segurança, o secretário Thiago Mesquita determinou a suspensão do expediente nesta segunda-feira para realização de reparos.

Em comunicado, a Semurb destacou a prioridade em garantir a integridade de colaboradores e do público, reforçando o compromisso em retomar as atividades no menor prazo possível.

Situação requer atenção contínua

Com os efeitos das chuvas intensas espalhados pela região, desde alagamentos em estruturas públicas até a interrupção de serviços essenciais, o período exige atenção redobrada das autoridades e da população. Novos boletins meteorológicos deverão orientar os próximos passos para mitigar os impactos e prevenir novos transtornos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Presidente sanciona lei sobre exploração de energia elétrica no mar

Presidente sanciona lei sobre exploração de energia elétrica no mar

Lula vetou incentivo a termelétricas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o projeto de Lei nº 576, de 2021, que trata do aproveitamento da geração de energia elétrica no mar, a chamada offshore. A lei estabelece diretrizes para o aproveitamento para a geração de energia em áreas sob domínio da União, como o mar territorial, a zona econômica exclusiva e a plataforma continental.

Entre outros pontos, o texto determina que a exploração offshore de energia se dará por meio de contratos de autorização ou concessão.

Caberá ao Poder Executivo definir os locais para receber as atividades de geração de energia offshore, chamados de prismas. Segundo o texto, a cessão pode ocorrer por meio da oferta permanente ou da oferta planejada.

No primeiro caso, o poder público delimita áreas para exploração a partir da solicitação dos interessados, na modalidade de autorização. Já na oferta planejada, o poder público define as áreas de exploração conforme o planejamento do órgão competente. Elas são colocadas em oferta por meio de licitação, na modalidade de concessão.

As receitas geradas, provenientes de bônus de assinatura, taxas de ocupação e participação proporcional sobre a energia produzida, serão distribuídas entre União, estados e municípios, com investimentos, prioritariamente, destinados à pesquisa, inovação tecnológica e desenvolvimento sustentável.

A lei diz ainda que a geração desse tipo de energia no mar deverá ter como princípios, o desenvolvimento de novas tecnologias para viabilizar a redução de emissões de carbono durante a produção de energia, como na extração de hidrogênio; desenvolvimento local e regional, preferencialmente com investimento em infraestrutura e na indústria nacional, com ações que reduzam a desigualdade e promovam a inclusão social e a diversidade.

O texto determina a necessidade de consulta livre, prévia e informada aos povos e comunidades afetados pelo empreendimento offshore e estabelece exigências para o descomissionamento de empreendimentos e a restauração das áreas exploradas.

Veto

O presidente vetou trecho do projeto que determinava a contratação de incentivos para a produção de energia gerada a partir do gás natural e do carvão mineral e a prorrogação dos contratos das usinas térmicas a carvão e de PCHs (Pequenas Centrais Hidrelétricas). O chamado jabuti foi incluído no projeto durante a tramitação na Câmara dos Deputados.

Foto: Damir K./Pexels / Alisha Bai/Pexels

Da Agência Brasil

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Praias do RN estão próprias para banho neste fim de semana

Praias do RN estão próprias para banho neste fim de semana

Relatório do Idema aponta boa balneabilidade em 51 praias e alerta para trechos impróprios em rios de Parnamirim

O boletim de balneabilidade divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN (Idema) confirma que as praias do litoral potiguar estão próprias para banho neste fim de semana. Os dados foram divulgados neste sábado (11.jan.2025)

Áreas impróprias para banho

O relatório destaca que dois trechos de rios em Parnamirim estão impróprios para banho:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Rio Pirangi (Ponte Nova)


Expansão do monitoramento no verão

Durante o verão, o programa de balneabilidade ampliou o número de praias monitoradas de 33 para 51. A análise abrange toda a faixa costeira do estado, de Baía Formosa a Tibau.

Validade do relatório

O boletim atual é válido até a próxima quinta-feira (16), quando novas amostras serão coletadas.

Critérios de análise

O Idema realiza os testes com base na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, seguindo normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Parcerias no projeto

O estudo conta com a colaboração do Instituto Federal do RN (IFRN) e da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern), como parte do Programa Água Azul.

Foto: Caroline Macedo/Governo do RN / Danny Nunes/IDEMA

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Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Incêndios em Los Angeles causam 10 mortes e deixam 180 mil pessoas desabrigadas

Fogo destrói mais de 117 km², 10 mil edificações e causa prejuízo estimado em US$ 150 bilhões

Desde a terça-feira (7.jan.2025), a cidade de Los Angeles, no sudoeste dos Estados Unidos, enfrenta incêndios florestais de grandes proporções que já resultaram em dez mortes confirmadas, segundo comunicado do Departamento de Medicina Legal do condado.

As autoridades destacaram que a identificação das vítimas pode levar semanas devido às condições críticas nos locais afetados. Métodos tradicionais, como identificação visual e impressões digitais, são inviáveis para alguns casos, pois os corpos estão carbonizados.

Impactos nos bairros de Los Angeles

A chefe dos bombeiros de Los Angeles, Kristin Crowley, afirmou que dois óbitos foram causados pelo incêndio de Pacific Palisades, considerado o mais destrutivo da história local. Esse incêndio já devastou mais de 70 km², além de destruir cerca de 5.300 residências e edificações.

Além disso, o incêndio de Eaton provocou cinco mortes, enquanto outros três incêndios seguem ativos na região, atingindo principalmente áreas como a costa do Pacífico e Santa Monica.

Novo incêndio agrava a situação

Na tarde de quinta-feira (9.jan), um novo incêndio foi registrado ao norte de Los Angeles, obrigando a evacuação de milhares de residências. Alimentado pelos fortes ventos de Santa Ana, o fogo, batizado de Kenneth, já ameaça comunidades e infraestrutura local. Segundo o Serviço de Bombeiros, a área atingida até o momento soma 20 hectares e permanece fora de controle.

Equipes dos condados de Los Angeles e Ventura foram mobilizadas para combater o avanço das chamas.

Balanço total dos estragos

Até o momento, os incêndios florestais já destruíram:

  • Mais de 117 km² de área;
  • Aproximadamente 10 mil edificações, incluindo residências e outros imóveis;

Pelo menos 180 mil pessoas estão sob ordens obrigatórias de evacuação.

Além das perdas humanas, os prejuízos econômicos são significativos. A AccuWeather elevou a estimativa para US$ 150 bilhões, considerando danos materiais e perdas econômicas indiretas.

Foto: Cal Fire/via Fotos Publicas / RS/ Fotos Públicas

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Chuvas intensas deixam mais de 400 desabrigados em SP e MG

Chuvas intensas deixam mais de 400 desabrigados em SP e MG

Peruíbe e Dom Silvério enfrentam inundações graves com danos a moradias e infraestrutura

As chuvas intensas em Peruíbe, região metropolitana da Baixada Santista, atingiram 283 mm em apenas 48 horas, provocando alagamentos em ruas e casas. Até a tarde desta quinta-feira (9.jan.2025), a Defesa Civil do Estado de São Paulo contabilizou 300 desabrigados e cerca de mil pessoas afetadas pela inundação.

Escolas municipais, como Delcelia Joselita Machado Bezerra, Maria Amélia e Fernando Nepomuceno Filho, foram transformadas em abrigos emergenciais para acolher as vítimas. No bairro Caraguava, 17 moradores ficaram isolados, mas foram resgatados pelo Corpo de Bombeiros. Outras localidades, como Vila Erminda, Araminguava e Jardim das Flores, também sofreram alagamentos severos.

A Defesa Civil estadual enviou 100 cestas básicas, 150 kits de higiene e colchões para atender a população. Além disso, alertas via SMS e Cell Broadcast foram emitidos para orientar os moradores a evacuarem áreas de risco. A previsão é de que as chuvas continuem, mas em menor volume nos próximos dias.

Enchente histórica atinge Dom Silvério (MG)

No município de Dom Silvério, Zona da Mata de Minas Gerais, as chuvas entre os dias 7 e 8 de janeiro registraram 150 mm em apenas 20 minutos. O volume foi suficiente para transbordar um córrego local, resultando em 105 desalojados e 15 desabrigados. O prefeito José Bráulio Aleixo classificou o evento como a pior enchente dos últimos quatro anos.

Os danos incluem a destruição de nove pontes, deslizamentos de terra e interrupção nos serviços de água e energia em alguns bairros. Mais de 200 imóveis foram afetados, com perdas significativas para moradores, como móveis e eletrodomésticos.

A prefeitura mobilizou 200 trabalhadores em uma força-tarefa para limpeza e desobstrução das vias, utilizando caminhões-pipa e máquinas pesadas. Diante do impacto, foi decretada situação de emergência para acelerar o acesso a recursos estaduais e federais.

Impactos das chuvas em Minas Gerais

Desde o início da estação chuvosa, em setembro de 2024, Minas Gerais enfrenta uma série de eventos climáticos extremos. Em todo o estado, 46 municípios já decretaram situação de emergência ou calamidade pública. O período resultou em 12 mortes, 1.385 desalojados e 198 desabrigados.

Os óbitos ocorreram em cidades como Ipanema, Raul Soares e Uberlândia, enquanto prejuízos materiais e dificuldades logísticas persistem em diversas regiões.

Ações emergenciais e perspectivas

Tanto em São Paulo quanto em Minas Gerais, a prioridade tem sido oferecer abrigo e assistência às famílias afetadas. A Defesa Civil atua no envio de suprimentos e no monitoramento das condições climáticas para evitar novos desastres. A recuperação das áreas atingidas, no entanto, ainda depende de levantamentos precisos e recursos financeiros.

Foto: Defesa Civil de SP/Divulgação / Frame Prefeitura de Dom Silvério

Com informações da Agência Brasil

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Ibama confirma vazamento de produto químico no Rio Tocantins

Ibama confirma vazamento de produto químico no Rio Tocantins

Vazamento de ácido sulfúrico ocorreu após desabamento de ponte

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) confirmou nesta segunda-feira (6) a existência de fissuras no tanque de um dos caminhões que afundou no Rio Tocantins após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que liga o Tocantins ao Maranhão. O veículo da empresa Pira-Quimica continha 23 mil litros de ácido sulfúrico.

A informação preliminar foi constatada por mergulhadores que identificaram, na última sexta-feira (3), a presença de duas fissuras no tanque, após a suspeita de um possível vazamento levantada pela equipe da Marinha do Brasil que atua na operação de busca e resgate das vítimas. De acordo com o Ibama, foi solicitado relatório oficial das informações obtidas no local pela equipe da Pira-Química, que deverá ser concluído até esta quinta-feira (9).

O órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente informou ainda que as análises da qualidade da água do Rio Tocantins não demonstram alterações consideráveis. “Até o momento, os parâmetros avaliados estão dentro da normalidade para água doce. Desde a queda da ponte, não foi constatado impacto à fauna local.”, destacou, por meio de nota.

O acompanhamento da qualidade da água é realizado diariamente pela Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico com a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão. As ações de resposta à emergência ambiental também são acompanhadas por servidores do Centro Nacional de Emergências Ambientais e Climáticas e das superintendências do Ibama no Maranhão e Tocantins.

Outras cargas

Além do caminhão da Pira-Quimica, o desabamento da ponte também levou mais dois caminhões carregados de produtos perigosos às águas do Rio Tocantins. Um deles, da empresa Videira, transportava 40 mil litros de ácido sulfúrico. A análise visual de mergulhadores constatou que o tanque permanece intacto.

O terceiro veículo, da empresa Suminoto, transportava bombonas carregadas com agrotóxico. O trabalho de sondagem da carga no fundo do rio deverá ser realizado por mergulhadores contratados pela empresa ainda hoje.

Segundo o Ibama, as empresas e o Departamento Nacional de Infraestrutura e Transporte (DNIT) foram notificadas a apresentar Planos de Atendimento à Emergência (PAEs) com análise de riscos para retirada dos caminhões e produtos depositados no fundo do rio.

Entenda

A Ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava os estados do Maranhão e Tocantins pela BR-226, desabou no fim da tarde do dia 22 de dezembro de 2024. A operação de busca e resgate teve início ainda no mesmo dia, com o reforço de várias frentes como Corpo de Bombeiros, empresas privadas e o emprego de embarcações, helicóptero e viaturas na região.

Atualmente, o trânsito de veículos entre os municípios de Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA), que eram ligados pela ponte na BR-226, está sendo feito por rotas alternativas com duas opções para veículos leves e três para veículos pesados.

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) estabelecerá também um fluxo de balsas no local para a travessia de carros de passeio, ambulâncias e caminhonetes, sem custo para os usuários. O serviço está previsto para começar a operar após o fim da operação de busca e resgate das vítimas, com a localização das três vítimas que ainda permanecem desaparecidas.

Foto: CBMDF/via Fotos Publicas

Da Agência Brasil

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Três pontos do litoral do RN estão impróprios para banho

Três pontos do litoral do RN estão impróprios para banho

Boletim do Idema indica que trechos dos rios Pirangi e Pium apresentam risco

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) divulgou, nesta sexta-feira (3.jan.2025), um boletim que aponta três pontos impróprios para banho no litoral potiguar. Os locais identificados estão localizados nos rios Pirangi e Pium, na região da Grande Natal.

Pontos impróprios para banho

Os locais afetados são:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim
  • Rio Pirangi (Ponte Nova), em Parnamirim
  • Foz do Rio Pirangi, em Nísia Floresta

Apesar desses registros, outros 48 trechos analisados nas praias de Natal e região metropolitana foram considerados próprios para banho.

Análise de qualidade da água

Durante o verão, o programa de balneabilidade expande o monitoramento das áreas de lazer. Normalmente, 33 pontos de coleta são analisados ao longo do ano, mas, no período de alta temporada, esse número sobe para 51. Os pontos cobrem a faixa litorânea do Rio Grande do Norte, desde Baía Formosa até Tibau.

A análise segue a Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), que estabelece os parâmetros de coliformes fecais na água. O objetivo é garantir a segurança dos banhistas e prevenir riscos à saúde.

Parcerias e monitoramento contínuo

O estudo faz parte do Programa Água Azul, uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern). A continuidade do monitoramento é essencial para informar a população e assegurar que as águas estejam em condições ideais para uso recreativo.

Foto: Caroline Macedo/Idema / Danny Nunes/Idema

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Ano de 2024 foi o mais quente no Brasil desde 1961, aponta Inmet

Ano de 2024 foi o mais quente no Brasil desde 1961, aponta Inmet

Temperatura esteve 0,79ºC acima da média das duas últimas décadas

O Instituto Nacional de Meteorologia do Brasil (Inmet), órgão vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária, apontou o ano de 2024 como o mais quente no Brasil em levantamento que considerou desde o ano de 1961. Além disso, verificou-se tendência de elevação das temperaturas médias anuais ao longo do período analisado.

O levantamento foi divulgado nesta sexta-feira (3). Ele revela que os registros atingiram o ápice no ano passado. A temperatura média anual chegou a 25,02°C. Os dados de 2024 representam uma elevação de 0,79°C na comparação com a média histórica das últimas duas décadas completas, isto é, de 1991 a 2020. Nesse intervalo, usado pelo Inmet como referência na análise, a temperatura média ficou em 24,23°C.

O Inmet aponta que os registros de 2024 superam os do ano anterior, que era até então o mais quente do período que se inicia em 1961. A média anual de 2023 foi de 24,92°C, ou seja, 0,69°C acima da média histórica das últimas duas décadas completas.

De acordo com o Inmet, quando observados os desvios que as temperaturas médias de cada ano desde 1961 apresentam em relação à média histórica entre 1991 e 2020, verifica-se que a tendência de aumento é estatisticamente significativa. “Pode estar associada à mudança no clima em decorrência da elevação da temperatura global e mudanças ambientais locais”, aponta o órgão.

O Inmet destaca ainda que é preciso considerar os efeitos do último fenômeno El Niño. Com intensidade que variou de forte a muito forte, ele teve influência nas temperaturas de 2023 e dos primeiros meses de 2024.

O El Niño é um fenômeno natural caracterizado pelo enfraquecimento dos ventos alísios (que sopram de leste para oeste) e pelo aquecimento anormal das águas superficiais da porção leste da região equatorial do Oceano Pacífico. Essas mudanças na interação entre a superfície oceânica e a baixa atmosfera ocorrem em intervalos de tempo que variam entre três e sete anos.

Sua intensidade também é variável, mas sempre que ocorre há consequências para o tempo e o clima em diferentes partes do planeta. Isso porque a dinâmica das massas de ar no Oceano Pacífico adota novos padrões de transporte de umidade, afetando a temperatura e a distribuição das chuvas.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Margem equatorial Petrobras terá duas bases para tratar fauna marinha

Margem equatorial: Petrobras terá duas bases para tratar fauna marinha

Centro no Oiapoque-AP deve ser finalizado no 1º trimestre de 2025

A Petrobras espera concluir no primeiro trimestre de 2025 o segundo Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna (CRD) relacionado à margem equatorial. A unidade ficará no Oiapoque, no Amapá, extremo norte do país.

Hoje já existe um no Pará. A construção das duas bases de acolhimento é uma das condições para a empresa obter a licença de exploração na região, considerada o novo pré-sal.

O primeiro CRD fica em Belém e está pronto para receber a fauna marinha em caso de vazamentos durante a fase de perfuração de poços na nova fronteira exploratória, tida como grande potencial petrolífero.

“A gente está falando do plano de proteção à fauna que faz parte do plano de emergência dessa atividade, que é a perfuração de poços”, explica a gerente geral de Segurança, Meio Ambiente e Saúde da Petrobras, Daniele Lomba.

Ela acrescenta que o CRD é uma última ação para o caso de barreiras preventivas e de monitoração não serem suficientes para evitar acidentes e impactos ao meio ambiente.

“Se tudo falhou, aí a gente tem esse plano de emergência”, completa ela, afirmando que a Petrobras não tem histórico de vazamento durante perfuração de poços.

Margem equatorial

A margem equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos. Descobertas recentes de petróleo e gás no litoral da Colômbia, Guiana, Guiana Francesa e do Suriname mostraram o potencial petrolífero da região, localizada próxima à linha do Equador.

No Brasil, se estende a partir do Rio Grande do Norte e segue até o Amapá. A Petrobras tem 16 poços na nova fronteira exploratória, no entanto, só tem autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – para perfurar dois deles, na costa do Rio Grande do Norte.

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis danos ambientais. O Ibama negou a licença para áreas como a da Bacia da Foz do Amazonas, identificada como FZA-M-59. O bloco se encontra a 175 quilômetros (km) da costa, em uma profundidade de 2.880 km. Apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 km da foz do rio propriamente dita.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da margem equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo no horizonte de dez anos.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Fauna marinha

A Agência Brasil visitou a instalação de Belém, que ficou pronta em fevereiro de 2023 e conta com seis profissionais entre veterinários, biólogos e tratadores, de prontidão para o caso da chegada de algum animal atingido por vazamento de óleo. O imóvel fica em uma área de 3 mil metros quadrados em Icoaraci, distrito de Belém.

A bióloga Elisa Vieira aponta o CRD como um dos mais modernos centros de atendimento a animais do país.

“A estrutura prevê já todas as etapas de atendimento ao animal, recepção, triagem, estabilização, etapa de lavagem, de secagem. Tem todos os recintos para aves, tartarugas e mamíferos marinhos [peixe-boi e cetáceo, por exemplo]”, descreve a analista ambiental da Petrobras.

“Inclui também uma estrutura de corredor de voo que auxilia as aves antes de elas poderem ser soltas na natureza”, complementa.

Dentro da unidade estão armazenados alguns dos equipamentos que serão instalados na base do Oiapoque, que será semelhante à paraense.

Em áreas como o ambulatório, quarentena e estabilização, os animais podem receber atendimento individualizado, como regulação de luminosidade e temperatura. Além de procedimentos simples como pesagem, a base tem estrutura para procedimentos como exame de sangue, anestesias e medição de parâmetros cardíacos e respiratórios.

A veterinária Stephane Franco comenta que, diferentemente do que possa imaginar o senso comum, na chegada de animais vítimas de derramamento de óleo, a prioridade não é a retirada do óleo, e sim a estabilização do animal.

“Quando o animal chega no centro de reabilitação oleado, vai precisar primeiro passar por uma avaliação clínica. Ele pode estar muito magro porque não conseguiu se alimentar direito por conta do óleo, com uma temperatura muito baixa”, diz.

“Se a gente levar para ser lavado, a chance desse animal vir a óbito é muito grande, porque ele não está estável, não vai ter energia para sobreviver ao processo de lavagem, que é muito exaustivo, estressante para os animais. Quando estiver com todos os parâmetros regulares, aí sim vai para o processo de lavagem, secagem e enxágue”, orienta.

A lavagem é feita em tanques com detergente neutro. O enxágue é com água corrente, que pode ter a temperatura regulada. Lâmpadas aquecidas ajudam na secagem. Quando prontos para o processo de recuperação, os animais ocupam áreas externas, como viveiros e piscinas.

O CRD conta com um processo de tratamento da água utilizada, fazendo com que óleo e produtos químicos sejam separados e não poluam o ambiente.

Tempo de resposta

A construção do centro de acolhimento animal de Belém custou cerca de R$ 4,5 milhões, segundo a bióloga Elisa Vieira, sendo R$ 900 mil em equipamentos. Além das instalações, o plano de proteção à fauna da Petrobras conta com duas embarcações, um helicóptero e um carro, que ficam de prontidão para transportar animais do local de um possível vazamento ao centro de despetrolização.

A Petrobras calcula que, no caso de uma ocorrência no local de perfuração dos poços, um animal impactado poderia chegar à base de Belém em um período de 22 horas a 31 horas, a depender do tipo de embarcação e condições de mar. Esse tempo de resposta foi um dos pontos sinalizados pelo Ibama. Em resposta, a Petrobras decidiu para construção do CRD do Oiapoque, que fica a 12 horas do local de perfuração do bloco FZA-M-59.

O CRD de Belém possui licença ambiental estadual expedida pela Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará. Durante o processo de avaliação de autorização para exploração na margem equatorial, o Ibama realizou vistorias na instalação.

“A estrutura atendeu as necessidades e especificações estabelecidas no Manual de Boas Práticas para o atendimento do Projeto de Monitoramento de Impactos de Embarcações sobre a Avifauna (PMAVE) e do Plano de Proteção à Fauna (PPAF) da Petrobras para a atividade de perfuração de FZA-M59”, registra o parecer técnico.

Capacidade

O Centro de Reabilitação e Despetrolização de Fauna de Belém é preparado para atender 25 animais, mas com capacidade de expansão. Como ele foi projetado para acolher animais vítimas de vazamento de petróleo, a Petrobras espera que não haja acidentes, e o centro fique sem animais atingidos por óleo.

Mas para que a base não fique vazia, a estatal pretende utilizar a base como acolhimento para a fauna marinha com outros tipos de necessidade que não sejam referentes à exploração e produção nos poços na margem equatorial.

“Na fase de produção, a gente tem um projeto chamado de monitoramento de praia. A gente dá atendimento para qualquer fauna machucada encontrada nas praias”, explica a gerente Daniele Lomba.

A bióloga Elisa Vieira acrescenta que, mesmo sem estar recebendo animais, o CRD qualifica profissionais para atendimento à “fauna oleada”, formando um banco de profissionais que já conta com 50 pessoas e deve formar mais 100. “Já é um legado”, considera.

Perfuração

A busca pela licença de exploração de petróleo no bloco FZA-M-59 da margem equatorial se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

Em maio de 2023, o Ibama negou a autorização. Os principais argumentos listados pelo órgão ambiental para a rejeição do pedido foram a necessidade de realização de estudos de caráter estratégico (Avaliação Ambiental de Área Sedimentar) na Bacia da Foz do Amazonas; eventuais impactos sobre comunidades indígenas devido ao sobrevoo de aeronaves no Oiapoque; e o tempo de resposta e atendimento a fauna atingida por óleo, em caso de vazamento.

A Advocacia-Geral da União contestou os dois primeiros pontos. “A gente colocou mais uma unidade no Oiapoque, reduzindo bastante o tempo de deslocamento”, diz a gerente Daniele Lomba sobre a terceira sinalização.

Ainda em maio de 2023, a Petrobras pediu reconsideração. Em outubro de 2024, o presidente do Ibama pediu uma série de esclarecimentos adicionais à estatal, que os respondeu em novembro. Não há prazo para a resposta do instituto, mas a Petrobras acredita que haverá uma decisão no primeiro trimestre de 2025.

Questionado pela Agência Brasil se a construção da base no Amapá é suficiente para a Petrobras obter o licenciamento ambiental, o Ibama informou que “tal posicionamento só é possível após a conclusão das análises em curso”.

Prejuízos

Daniele Lomba avalia que a demora em obter licença para explorar a Bacia da Foz do Amazonas causa prejuízos para o país e para a Petrobras.

“Tem um custo para o país de não conhecer o potencial de reservas. É objetivo do país preservar o meio ambiente, mas é o objetivo também, e está na Constituição, conhecer seu potencial energético, explorar seus recursos em prol do desenvolvimento da sociedade”.

Ela acrescenta que sem a descoberta de poços, o país ficará suscetível a ter que importar petróleo.

Em relação à empresa, a gerente calcula que está em torno de R$ 1 bilhão de prejuízo. “Tem todos os contratos, todo investimento que a gente fez”.

Fotos: Fernando Frazão/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Volume de água nos reservatórios do RN atinge melhor nível desde 2011

Volume de água nos reservatórios do RN atinge melhor nível desde 2011

Reservatórios do RN alcançam 62,82% da capacidade total em 2024

O volume de água acumulado nos reservatórios do Rio Grande do Norte ao final de 2024 é o maior registrado nos últimos 13 anos. Segundo o Instituto de Gestão das Águas do RN (Igarn), o estado alcançou 2,85 bilhões de metros cúbicos de água, representando 62,82% da capacidade total.

Crescimento significativo nos últimos anos

Em comparação com 2023, houve um aumento expressivo. No mesmo período do ano passado, os reservatórios acumulavam 2,25 bilhões de metros cúbicos, ou 52,03% da capacidade total. O avanço é resultado de chuvas regulares e medidas de gestão hídrica.

Destaque para principais barragens do estado

  • Barragem Armando Ribeiro Gonçalves: Com 1,61 bilhão de metros cúbicos, o reservatório está com 67,97% da capacidade, superando em 13,5% o volume registrado em 2023.
  • Barragem Santa Cruz do Apodi: Acumula 429,2 mil metros cúbicos (71,58%), com crescimento de 12,46% em relação ao ano anterior.
  • Barragem Umari (Upanema): Registra 228,6 mil metros cúbicos (78,09% da capacidade).
  • Barragem Marechal Dutra (Gargalheiras): Alcançou 33,19 milhões de metros cúbicos, garantindo abastecimento para Acari e Currais Novos por dois anos.

Reservatórios em estado crítico

Apesar do cenário positivo, oito reservatórios operam com menos de 10% da capacidade:

  • Barragem Sabugi (São João do Sabugi)
  • Esguicho (Ouro Branco)
  • Carnaúba (São João do Sabugi)
  • Jesus Maria José (Tenente Ananias)
  • Tourão (Patu)
  • Brejo (Olho d’Água do Borges)
  • Mundo Novo (Caicó)
  • Itans (Caicó) – Com menos de 1% da capacidade.

Reforço hídico em 2025

Em 2025, o estado receberá dois reforços importantes para a segurança hídrica:

  • Barragem Oiticica (Jucurutu)
  • Barragem Passagem das Traíras (São José do Seridó)

Com a entrega dessas obras, o Rio Grande do Norte ultrapassará a marca de 5 bilhões de metros cúbicos em capacidade de armazenamento. O investimento contribuirá para o abastecimento das adutoras do Seridó por mais 50 anos.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Litoral da Grande Natal tem cinco trechos impróprios para banho

Litoral da Grande Natal tem cinco trechos impróprios para banho

Análise de balneabilidade do Idema aponta águas contaminadas em áreas do litoral potiguar

O boletim semanal de balneabilidade do Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), divulgado na última sexta-feira (27.dez.2024), revelou que cinco trechos do litoral da Grande Natal estão impróprios para banho nesta última semana do ano. A avaliação é baseada na quantidade de coliformes termotolerantes encontrados nas águas, conforme as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Trechos com balneabilidade imprópria

O relatório aponta os seguintes locais como impróprios para o banho:

  • Nísia Floresta/Foz do Rio Pirangi
  • Parnamirim/Rio Pirangi (Ponte Nova)
  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium)
  • Natal/Ponta Negra (Morro do Careca)
  • Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza)

Esses trechos foram analisados pelo Idema com base em amostras de água que detectaram a presença de coliformes termotolerantes, substâncias que indicam a presença de contaminação fecal nas águas.

Reavaliação e novas publicações do boletim

O boletim tem validade de uma semana. Isso significa que, após este período, o Idema realizará uma nova avaliação nos trechos e publicará um novo boletim de balneabilidade. A reavaliação garantirá que a população e os turistas tenham informações atualizadas sobre as condições de segurança para o banho no litoral da região.

Análise de balneabilidade em 51 trechos

Ao todo, 51 trechos de banho das praias da Grande Natal estão sendo monitorados semanalmente. O Idema realiza uma análise rigorosa da qualidade da água em locais das cidades de Baía Formosa, Tibau do Sul, Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, Extremoz, Ceará-Mirim, Maxaranguape, Touros, Areia Branca, Grossos e Tibau.

A balneabilidade das águas é fundamental para garantir a saúde pública, especialmente para aqueles que frequentam as praias da região durante as férias e feriados.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Prefeitura sanciona leis da regulação do uso e ocupação em AEITPs e do novo código de obras de Natal

Prefeitura sanciona leis da regulação do uso e ocupação em AEITPs e do novo código de obras de Natal

Novas legislações visam equilibrar crescimento urbano, preservação ambiental e desenvolvimento turístico na capital potiguar

A Prefeitura de Natal sancionou duas leis que reformulam as normas de ocupação do solo e construção na cidade. De acordo com a gestão municipal, as medidas visam harmonizar o crescimento urbano com a preservação ambiental e o desenvolvimento turístico, garantindo um planejamento mais eficiente e sustentável.

Lei de uso do solo em áreas turísticas e paisagísticas

A Lei Nº 7.801, sancionada pelo prefeito Álvaro Dias, estabelece normas para as Áreas Especiais de Interesse Turístico e Paisagístico (AEITPs). Essa legislação unifica as regras anteriormente aplicadas às Zonas Especiais de Interesse Turístico (ZETs), criando um arcabouço mais claro e atrativo para investidores e moradores.

O que são as AEITPs?

As AEITPs são espaços que combinam potencial turístico com preservação ambiental e urbanização planejada. O objetivo é fomentar o turismo de forma equilibrada, respeitando a paisagem e garantindo o uso sustentável do solo.

Principais AEITPs definidas na lei:

  • AEITP-1: Rotatória de Ponta Negra/Via Costeira até o Morro do Careca.
  • AEITP-2: Areia Preta até o Centro de Convenções.
  • AEITP-3: Santos Reis, Rocas, Praia do Meio e Areia Preta.
  • AEITP-4: Bairro da Redinha.
  • AEITP-5: Guarapes e Felipe Camarão (próximo ao Rio Potengi).

A legislação permite o uso misto e habitação multifamiliar nessas áreas, desde que respeitadas as normas ambientais e urbanísticas. Empreendimentos devem apresentar projetos técnicos, especialmente em áreas de costa, exigindo aprovação pela Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb).

Benefícios da lei

Facilidade para investidores: Regras unificadas proporcionam maior previsibilidade.
Urbanização equilibrada: Promove o crescimento ordenado e a proteção paisagística.
Desenvolvimento sustentável: Harmoniza crescimento urbano e preservação ambiental.

Novo código de obras de Natal

Outra iniciativa foi a sanção do novo Código Municipal de Obras (Lei Complementar Nº 258). Segundo a prefeitura, o código foi atualizado para alinhar-se às diretrizes do Plano Diretor de Natal, trazendo normas modernas para construções e licenciamento urbanístico e ambiental.

Principais mudanças e objetivos

O novo Código de Obras deve ser revisado a cada quatro anos, garantindo que a legislação se mantenha atualizada com as demandas do crescimento urbano e avanços tecnológicos. Entre os principais objetivos, destacam-se:

  • Simplificação de processos: Agiliza o licenciamento de obras e serviços.
  • Valorização da acessibilidade: Promove construções inclusivas, respeitando o conceito de uso universal.
  • Sustentabilidade: Estimula o uso de fontes de energia renovável.
  • Segurança e conforto: Assegura padrões de qualidade nas construções, garantindo segurança, higiene e bem-estar.

Impacto na cidade

Ainda de acordo com a prefeitura, o código também reforça a proteção ambiental e a preservação histórica, compatibilizando o crescimento econômico com a preservação do patrimônio. Há ainda um incentivo à incorporação de soluções energéticas renováveis e adaptação às mudanças climáticas.

Como essas mudanças afetam Natal

A prefeitura considera que a unificação das normas de ocupação do solo e a atualização do Código de Obras fortalecem o planejamento urbano da cidade. O prefeito Álvaro Dias destacou que essas leis colocam Natal em um novo patamar de desenvolvimento, atraindo investimentos e garantindo o crescimento ordenado.

Segundo a gestão municipal, as medidas não apenas impulsionam o turismo e a economia, mas também asseguram a preservação do meio ambiente e a inclusão social, tornando Natal uma cidade mais moderna e preparada para os desafios futuros.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Divulgação/Prefeitura de Natal

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Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

Verão começa hoje e previsão é de menos chuvas na maior parte do país

Previsões indicam chuvas abaixo da média em grande parte dos estados

O verão começou neste sábado (21), às 6h20 (horário de Brasília), em todo o Hemisfério Sul do planeta com mudanças rápidas nas condições do tempo, caracterizadas por chuvas intensas e ventos fortes. A posição da Terra mais perto do Sol também torna os dias mais longos que a noite e traz temperaturas elevadas em todo o país.

Segundo o Prognóstico Climático de Verão, divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), nesta estação o fenômeno La Niña, que costuma causar fortes chuvas no Norte e Nordeste do Brasil e secas no Sul, terá duração mais curta. A probabilidade dessas condições prevalecerem é de 60% entre janeiro e março e cai progressivamente para 40% entre fevereiro a abril de 2025.

“De maneira geral, as previsões climáticas indicam o predomínio de chuvas abaixo da média climatológica em grande parte do país”, explica a meteorologista do Inmet, Maytê Coutinho.

A região Norte é exceção porque haverá predomínio de chuvas acima da média. No Nordeste, o total de chuvas entre janeiro e março deverá ser menor e nas regiões Centro-Oeste e Sudeste elas devem ficar entre o normal e abaixo da média.

Chuvas mais volumosas

“Mesmo com a previsão de que o total de chuvas em janeiro, fevereiro e março fique abaixo da média em quase toda a região, no noroeste da Região Nordeste podem ocorrer chuvas mais volumosas em alguns períodos durante o verão, podendo atingir a média em algumas localidades”, pondera Maytê.

Na região Sul, onde os volumes já são menores nesta época do ano, as chuvas devem permanecer na faixa normal ou abaixo do normal. No Rio Grande do Sul, principalmente, a previsão é de chuvas no extremo sul do estado inferiores a 400 milímetros.

Para a meteorologista, a regularidade das chuvas nas Regiões Norte e Nordeste pode ser ainda mais comprometida se permanecerem as atuais condições oceânicas.

“As águas mais quentes no Atlântico Tropical Norte e mais frias no Atlântico Tropical Sul formam condições para a manutenção da Zona de Convergência Intertropical atuando ao norte da sua posição média climatológica”, acentua.

Segundo o relatório Inmet, tais condições podem impactar atividades econômicas como a agropecuária, a geração de energia por meio de hidrelétricas e a reposição hídrica para manutenção dos reservatórios de abastecimento de água em níveis satisfatórios.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Tempestade deixa 660 mil casas sem luz na região metropolitana de SP

Tempestade deixa 660 mil casas sem luz na região metropolitana de SP

Bombeiros registraram 97 árvores caídas

A série de chuvas que atingiu a região metropolitana de São Paulo na tarde desta sexta-feira (20) deixou 660 mil clientes da concessionária Enel sem luz. A empresa havia comunicado plantão especial ontem, quando a Defesa Civil estadual emitiu alerta para mau tempo em todo o estado para essa sexta e sábado.

A cidade de Pirapora do Bom Jesus tem cerca de 35% das residências sem luz por volta das 18h. Mauá e Itapecerica da Serra tiveram cerca de 27% atingidos, enquanto Osasco tem 20%, ou cerca de 70 mil domicílios, sem abastecimento.

A capital teve 425 mil clientes, de um total de 5 milhões e meio, atingidos, além de registro de trânsito recorde, com mais de 600 km de engarrafamentos.

A Enel informou que as pancadas de chuvas acompanhadas por ventos que atingiram a área de concessão impactaram o fornecimento de energia para alguns clientes das regiões Leste e Norte, principalmente. “Acionamos antecipadamente o plano de operação, com mobilização adicional das equipes em campo que seguem trabalhando para restabelecer a energia o mais brevemente possível para os clientes que tiveram o serviço afetado”, disse a empresa.

As fortes chuvas ocasionaram diversos registros de alagamento, dos quais 9 pontos permaneciam intransitáveis no começo da noite. Oito rios, nas zonas norte e leste da capital, têm registro de extravasamento, enquanto outros três estão em estado de alerta.

Na estação meteorológica de Santana, na zona norte da cidade, houve registro de ventos de mais de 80km/h. A Defesa Civil também chamou atenção para o impacto nas regiões de São Carlos e Campinas, sem detalhar as ocorrências. Não houve registro de desaparecidos ou mortos até o momento.

O corpo de bombeiros estadual registrou 97 chamados para quedas de árvores na região metropolitana.

O Aeroporto de Congonhas informou que três voos foram desviados para outros aeroportos por conta do mau tempo, mas que continua operando normalmente.

Litoral paulista

O litoral norte também foi afetado pelas chuvas. Segundo a Defesa Civil estadual, a frente fria deve causar mais impactos hoje. “Para as próximas horas, a frente fria continuará se deslocando pelo Estado de São Paulo e provocando pancadas de chuva forte, seguidas por raios e vento na região de São Sebastião-SP”.

As chuvas devem ter acumulados de 65mm nas próximas 24h e com rajadas que ficarão em aproximadamente 75km/h.

De acordo com os dados da estação meteorológicas do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) em São Sebastião entre 12h e 14h foram observadas rajadas de vento de 20 km/h e chuva acumulada de 18,5 mm.

A prefeitura informou que os alagamentos levaram ao fechamento de unidades de saúde nos bairros Pontal da Cruz, Boiçucanga 1 e 2, Cambury 1 e 2, Barra do Sahy e Juquehy 1 e 2. “A cidade recebeu investimentos de reconstrução após chuvas históricas em janeiro de 2023, quando 65 pessoas morreram no litoral norte após fortes tempestades”, informa a prefeitura.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Área queimada no Brasil até novembro quase dobra em relação a 2023

Área queimada no Brasil até novembro quase dobra em relação a 2023

Dados foram elaborados pelo MapBiomas

A área queimada no Brasil de janeiro a novembro de 2024 quase dobrou em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados divulgados hoje (15) são do Monitor do Fogo, elaborado pelo MapBiomas, rede colaborativa de universidades, ONGs e empresas de tecnologia, focada em monitorar as transformações na cobertura e no uso da terra no Brasil.

Segundo o levantamento, ao todo, foram queimados no período 29,7 milhões de hectares, um aumento de 90% em relação ao mesmo período de 2023 e a maior extensão dos últimos seis anos. A diferença em relação ao ano passado é 14 milhões de hectares a mais, uma área equivalente ao estado do Amapá.

Para a coordenadora do Monitor do Fogo do MapBiomas Ane Alencar, o aumento desproporcional da área queimada em 2024, principalmente a área de floresta, acende um alerta sobre a necessidade de controlar o uso do fogo, além de reduzir o desmatamento.

“Precisamos reduzir e controlar o uso do fogo, principalmente em anos onde as condições climáticas são extremas e podem fazer o que seria uma pequena queimada virar um grande incêndio”, explicou Ane.

Os dados mostram que 57% da área queimada entre janeiro e novembro no Brasil fica na Amazônia. Na região, 16,9 milhões de hectares foram afetados pelo fogo, com 7,6 milhões de hectares de florestas, incluindo florestas alagáveis. A área ficou à frente da extensão das áreas de pastagem queimadas na Amazônia, que totalizaram 5,59 milhões de hectares.

O Cerrado foi o segundo segmento mais afetado pelas queimadas. No total foram 9,6 milhões de hectares consumidos pelo fogo. Desse montante, 85%, cerca de 8,2 milhões de hectares, em áreas de vegetação nativa. De acordo com os dados, esse número representa um aumento de 47% em relação à média dos últimos 5 anos.

O Monitor do Fogo mostra que também houve aumento também no Pantanal, onde a área queimada de janeiro a novembro foi 1,9 milhão de hectares e representou um crescimento de 68% em relação à média dos últimos 5 anos.

“A área queimada nos demais biomas entre janeiro e novembro deste ano foi: 1 milhão hectares na Mata Atlântica, sendo que 71% da área afetada estava em áreas agropecuárias; 3,3 mil hectares no Pampa; e 297 mil hectares na Caatinga – uma diminuição de 49% em relação ao mesmo período de 2023, com 82% das queimadas concentradas em formações savânicas”, informou o MapBiomas.

Estados

O Pará foi o estado que mais queimou nos 11 primeiros meses deste ano, com 6,97 milhões de hectares. Esse total equivale a 23% de toda a área queimada no Brasil e a 41% do que foi queimado na Amazônia entre janeiro e novembro. Na sequência vem Mato Grosso, com 6,8 milhões de hectares. Em terceiro lugar está o Tocantins, onde 2,7 milhões de hectares foram atingidos por queimadas. Juntos, esses três estados totalizaram 56% da área queimada no período no país.

Entre os municípios São Félix do Xingu (PA) e Corumbá (MS) foram registradas as maiores áreas queimadas entre janeiro e novembro de 2024, com 1,47 milhão de hectares e 837 mil hectares, respectivamente.

“Em todo o país, o fogo atingiu prioritariamente áreas de vegetação nativa, que representam 73% do total. Um quarto (25%) da área queimada no Brasil foi em florestas. Entre as áreas de uso agropecuário, as pastagens se destacaram, com 6,4 milhões de hectares entre janeiro e novembro de 2024, representando 21% do total nacional”, disse o MapBiomas.

Os dados sobre queimadas registrados no mês de novembro, apontam que 2,2 milhões de hectares foram queimados no mês passado, uma área equivalente ao estado de Sergipe. O volume corresponde a 7,4% de toda a área queimada no Brasil de janeiro a novembro de 2024.

A maior concentração foi na Amazônia, com 1,8 milhão de hectares, representando 81% do total queimado no mês. Quase metade (48%) da área queimada em novembro fica no Pará, onde 870 mil hectares foram afetados pelo fogo. O Maranhão, com 477 mil hectares e o Mato Grosso, com 180 mil hectares, são o segundo e o terceiro estados com maior área queimada em novembro.

“Os três municípios que mais queimaram no Brasil em novembro ficam no Pará: Oriximiná (81 mil hectares), Moju (54 mil hectares) e Nova Esperança do Piriá (50 mil hectares). Em Santarém, foram queimados 10,7 mil hectares em novembro – mais de 277% em relação a outubro deste ano, atingindo 2,8 mil hectares no município. Apesar desse grande crescimento de um mês para o outro, a área queimada em novembro de 2024 está abaixo do mesmo período no ano passado, quando 54,7 mil hectares foram atingidos pelo fogo em Santarém”, aponta o MapBiomas.

Em relação aos outros biomas, o Cerrado foi o segundo mais atingido, onde 237 mil hectares foram queimados em novembro. Áreas de vegetação nativa representaram 74% desse total, ou 175 mil hectares, principalmente formações savânicas, com 96 mil hectares e formações florestais, com 63 mil hectares.

No Pantanal, a área atingida pelo fogo em novembro foi 98 mil hectares, 87% em áreas de formação campestre. Na Mata Atlântica, 12,5 mil hectares foram queimados em novembro, principalmente em áreas de várzea (35% ou 4,4 mil hectares).

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Idema aponta que três trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Idema aponta que três trechos do litoral do RN estão impróprios para banho

Rio Pirangi-Pium, Morro do Careca e Areia Preta são classificados como inadequados no boletim de balneabilidade desta semana

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) do Rio Grande do Norte divulgou, na sexta-feira (13.dez.2024), o boletim semanal de balneabilidade, indicando que três trechos do litoral potiguar estão impróprios para banho neste final de semana.

Os locais classificados como inadequados são:

  • Rio Pirangi-Pium (Balneário Pium), em Parnamirim;
  • Praia de Ponta Negra (Morro do Careca), em Natal;
  • Praia de Areia Preta (Escadaria de Mãe Luiza), também em Natal.

O levantamento foi realizado por meio da coleta e análise de 33 amostras de água em pontos distribuídos pelos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta. A análise considera a quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água, seguindo os critérios estabelecidos pela resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama).

Embora a concentração de coliformes em Areia Preta não tenha sido alta, a classificação como imprópria foi reforçada por constatações visuais de esgoto sendo lançado na praia.

O estudo, que integra o Programa Água Azul, é fruto de uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN).

Outros 30 trechos analisados no boletim estão próprios para banho. Para informações detalhadas e atualizações, o Idema recomenda que banhistas consultem os relatórios semanais antes de se deslocarem às praias.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

2024 será o ano mais quente da história, apontam cientistas da União Europeia

Temperaturas médias globais ultrapassam marca de 1,5°C acima do período pré-industrial; extremos climáticos persistem

O ano de 2024 está confirmado como o mais quente desde o início dos registros históricos, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (9.dez.2024) pelo Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia. As temperaturas extraordinariamente altas devem continuar pelo menos até os primeiros meses de 2025, marcando um período de calor sem precedentes.

De acordo com o relatório do C3S, as temperaturas médias globais entre janeiro e novembro já superaram todos os registros anteriores, tornando 2024 o primeiro ano em que o aquecimento global atingiu 1,5°C acima dos níveis do período pré-industrial (1850 a 1900). O recorde anterior foi estabelecido em 2023.

Extremos climáticos marcaram 2024

O ano também foi caracterizado por eventos climáticos extremos em todo o mundo. Secas severas afetaram regiões como Itália e América do Sul, enquanto enchentes fatais atingiram países como Nepal, Sudão e diversas localidades da Europa. Ondas de calor em regiões como México, Mali e Arábia Saudita resultaram em milhares de mortes, e ciclones devastadores impactaram os Estados Unidos e as Filipinas.

Estudos científicos confirmaram que esses desastres naturais carregam as marcas das mudanças climáticas provocadas pela ação humana.

Impacto das emissões de CO2

A principal causa das mudanças climáticas continua sendo as emissões de dióxido de carbono (CO2) provenientes da queima de combustíveis fósseis. Apesar de compromissos globais para reduzir essas emissões a zero, o relatório aponta que os níveis de CO2 devem atingir um novo recorde ainda em 2024.

A redução das emissões é fundamental para evitar o agravamento do aquecimento global. Contudo, as metas estabelecidas por muitos governos enfrentam dificuldades de implementação, enquanto os eventos extremos continuam a ameaçar populações em todo o planeta.

Previsões para 2025

Os cientistas também estão acompanhando a possível formação do fenômeno climático La Niña em 2025, que tende a resfriar as temperaturas da superfície do oceano. Ainda que isso possa aliviar temporariamente o calor global, não interromperá a tendência de longo prazo de aquecimento.

Dados históricos e perspectivas

Os registros de temperatura do C3S, que remontam a 1940, são combinados com séries históricas que datam de 1850, oferecendo uma visão abrangente sobre o aquecimento global. O relatório reforça a urgência de ações climáticas concretas para mitigar os impactos das emissões de gases de efeito estufa e proteger populações vulneráveis diante de cenários climáticos cada vez mais desafiadores.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Norte catarinense é o mais impactado pela chuva, diz Defesa Civil

Norte catarinense é o mais impactado pela chuva, diz Defesa Civil

Em Araquari, 30 pessoas foram atingidas pelos temporais

Municípios do norte catarinense, incluindo Joinville e Araquari, enfrentam sérios problemas causados pelas chuvas intensas registradas no estado desde a madrugada deste sábado (7).

De acordo com a Defesa Civil, Araquari foi a primeira cidade a decretar situação de emergência depois que cerca de 30 pessoas foram atingidas pelos temporais.

Já em Joinville, alagamentos atingiram ruas e bairros inteiros, prejudicando a mobilidade e a infraestrutura local. Ainda de acordo com a Defesa Civil, a cidade de São Bento do Sul também enfrentou alagamentos e queda de muros, enquanto São Francisco do Sul e Itapoá reportaram interdições de vias devido aos estragos.

“Em outros municípios como Guaramirim, Corupá e Jaraguá do Sul, a situação não é diferente. Guaramirim ativou o plano de contingência, temendo inundações, enquanto Corupá sofre com deslizamentos de terra e quedas de árvores, prejudicando ainda mais as condições de mobilidade e segurança.”

Na cidade de Canoinhas, a enxurrada danificou três residências e provocou a queda de árvores. Já em Caçador, 38 pessoas foram afetadas pelas chuvas, incluindo cinco desabrigados. Já o município de Bom Retiro, na Região de Lages, contabiliza 50 residências atingidas por enxurradas e deslizamentos, além de danos causados pela queda de barreiras.

Rios e pontes

A Defesa Civil informou também que em cidades como Lindóia do Sul, na Região de Concórdia, os rios Jacutinga e Engano transbordaram, cobrindo pontes e isolando áreas rurais.

“As chuvas também danificaram a infraestrutura viária em Dionísio Cerqueira e Palma Sola, no oeste do estado, com a possibilidade de decretar situação de emergência devido aos estragos nas estradas”.

Em Flor do Sertão, na Região de Maravilha, uma ponte que havia sido interditada pelas chuvas foi liberada neste sábado, permitindo a retomada do tráfego local. Já em Xanxerê, o risco de deslizamentos e alagamentos ainda mobilizam equipes da Defesa Civil no intuito de garantir a segurança da população.

Risco de deslizamentos

Dados da Central de Monitoramento da Defesa Civil do estado mostram que o município de Dionísio Cerqueira lidera os acumulados de precipitação, com 186,4 milímetros (mm) de chuva nas últimas 48 horas, “causando sérios riscos de deslizamentos”. Em Joinville, o acumulado foi de 129,8 mm, enquanto em Lindóia do Sul, as chuvas chegaram a 138,6 mm.

Em Schroeder, o acumulado foi de 93,4 mm em 24 horas. Cidades como Rio Negrinho, Guaramirim e Lindóia do Sul estão em alerta devido ao nível elevado dos rios, que estão próximos ou acima da cota de atenção.

“A Defesa Civil continua monitorando as condições climáticas e alertando a população sobre áreas de risco”, informou o comunicado.

Mais chuva e cuidados

Ainda de acordo com a Defesa Civil, a previsão do tempo indica que, embora as chuvas devam diminuir em algumas regiões catarinenses a partir desta segunda-feira (9), a situação segue classificada como “crítica”, com a possibilidade de novas chuvas intensas, sobretudo em áreas próximas ao Paraná.

A Defesa Civil recomenda que a população permaneça atenta aos alertas e evite áreas de risco. A orientação à população é acompanhar as atualizações emitidas e comunicar qualquer emergência pelos números 199 ou 193.

“Além disso, é fundamental que as pessoas fiquem atentas aos sinais de instabilidade do solo e evitem áreas alagadas ou de risco de deslizamento”.

“Com a continuidade das chuvas e a situação ainda instável, o trabalho das equipes de resgate e apoio se intensifica e as autoridades reforçam a necessidade de um esforço conjunto para proteger a população e minimizar os danos causados pela natureza.”

Foto: Defesa Civil/Divulgação

Da Agência Brasil

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Chuvas intensas atingem Santa Catarina e causam alagamentos

Chuvas intensas atingem Santa Catarina e causam alagamentos

Intensidade deve diminuir entre terça e quarta-feira próximas

As chuvas intensas que atingem Santa Catarina desde a madrugada deste sábado (7) devem permanecer até segunda-feira (9), segundo boletim da Defesa Civil do estado divulgado hoje. Além das chuvas intensas, o avanço de uma frente fria reforça a possibilidade de temporais isolados com fortes rajadas de vento e eventual queda de granizo.

Os volumes de chuva registrados entre a sexta-feira (6) e a madrugada de hoje já causaram alagamentos e enxurradas em diversas regiões do estado. No município de Bom Retiro, na Serra Catarinense, foram registrados danos significativos, com 50 residências afetadas e cerca de 200 pessoas impactadas pelas enxurradas. A Defesa Civil informou que não há registro de vítimas.

O município de Joinville também enfrentou enxurradas, e muitos bairros ficaram alagados. Nas últimas 12 horas, o volume registrado chegou a 120 milímetros (mm) em toda região.

“Outros municípios, como Xanxerê e Dionísio Cerqueira, também enfrentaram alagamentos pontuais. A instabilidade meteorológica é provocada por uma frente fria semi-estacionária, que mantém a previsão de chuvas intensas até segunda-feira (9), com riscos elevados para deslizamentos e alagamentos em diversas áreas”, informou a Defesa Civil.

Ao longo do sábado, a chuva ocorre de forma persistente e abrangente, especialmente entre as regiões do Grande Oeste, Vale do Itajaí, Planalto Norte e Litoral Norte. Nessas regiões, são esperados os maiores volumes acumulados de chuva.

“O risco é alto para ocorrências associadas a alagamentos, enxurradas e eventuais deslizamentos nestas regiões. Já na porção sul do estado, também são esperados temporais com chuva pontualmente intensa, mas os acumulados devem ser menores em comparação aos das demais regiões, trazendo risco moderado para alagamentos e enxurradas pontuais”, acrescentou a Defesa Civil.

No domingo (8) e na segunda-feira (9), permanece o tempo nublado e chuvoso em grande parte do estado, mantendo-se o risco de moderado a alto para ocorrências meteorológicas, principalmente nas áreas da divisa com o Paraná. Nessa região, a chuva tende a ser mais volumosa, em especial no Grande Oeste, Planaltos, Vale do Itajaí e Litoral Norte.

“Ao final do evento, nas áreas mais atingidas, são esperados, em média, volumes entre 200mm e 250mm. Diante disto, o risco para ocorrências associadas à chuva volumosa, com possíveis impactos hidrológicos e geológicos, é considerado alto”, informou o órgão.

Já na área entre o Litoral Sul e a Grande Florianópolis, a chuva também vai permanecer de forma frequente. São esperados volumes um pouco menores, variando entre 60 e 80 mm com pontuais em torno de 100mm. Nessas áreas, o risco é moderado para ocorrências associadas a chuva intensa e volumosa, como alagamentos e enxurradas.

Na segunda-feira, a chuva diminui em parte, principalmente nas áreas próximas ao Rio Grande do Sul. Nas demais regiões, o sistema estacionário que estará posicionado sobre o Paraná, somado à influência de uma área de baixa pressão, ainda mantém maior cobertura de nuvens e condição para chuva pontualmente intensa.

“O risco permanece moderado a alto para ocorrências associadas a alagamentos, enxurradas e deslizamentos. No amanhecer, as temperaturas variam entre 10°C na Serra e 17°C no Oeste e Litoral Norte. À tarde, as temperaturas sobem pouco, variando entre 13°C e 21°C pelo estado. O mar fica pouco agitado com ondas de sul/sudeste entre 1,5m e 2m. Os ventos de sudeste/leste variam entre 30 e 50 km/h”,alerta a Defesa Civil.

A instabilidade deve diminuir entre terça (10) e quarta-feira (11), mas, segundo o boletim, o transporte de umidade do mar para a costa deixa o tempo encoberto e chuvoso, sobretudo em áreas do litoral e regiões próximas.

Foto: Coredec/Santa Catarina

Da Agência Brasil

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Praias de Areia Preta e Ponta Negra têm trechos impróprios para banho, aponta boletim

Praias de Areia Preta e Ponta Negra têm trechos impróprios para banho, aponta boletim

Idema alerta para risco em pontos específicos das praias de Natal, com base em análise de qualidade da água realizada pelo Programa Água Azul

O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) divulgou, na última sexta-feira (6.dez.2024), o Boletim de Balneabilidade nº 49, que aponta trechos das praias de Areia Preta e Ponta Negra, em Natal, como impróprios para banho neste fim de semana.

De acordo com o levantamento, o ponto contraindicado na praia de Areia Preta é a Escadaria, enquanto em Ponta Negra o alerta é para a área do Morro do Careca. As análises são realizadas com base na quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água, seguindo critérios estabelecidos pela Resolução nº 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

O estudo, conduzido pelo Programa Água Azul, é fruto de uma parceria entre o Idema, o Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN) e a Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (Funcern). Ao todo, foram coletadas e avaliadas 33 amostras de água em pontos localizados na faixa costeira dos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.

Critérios para classificação de balneabilidade

A classificação da balneabilidade das praias é determinada pela presença de coliformes termotolerantes, bactérias que indicam contaminação por esgoto. Quando os níveis dessas bactérias ultrapassam os limites estabelecidos pela resolução do Conama, o ponto é considerado impróprio para banho devido aos riscos à saúde pública, como infecções gastrointestinais e dermatológicas.

O Programa Água Azul é realizado semanalmente e busca monitorar a qualidade da água em áreas costeiras, contribuindo para a segurança dos banhistas e para a preservação ambiental.

Orientações aos banhistas

Os frequentadores das praias devem estar atentos às sinalizações e às recomendações dos órgãos responsáveis para evitar os trechos impróprios. Banhos em áreas contaminadas podem trazer riscos à saúde, especialmente para crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico enfraquecido.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN

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Chuva de granizo atinge cidades do Seridó e causa estragos em Serra Negra do Norte

Chuva de granizo atinge cidades do Seridó e causa estragos em Serra Negra do Norte

Fenômeno raro no RN deixou casas alagadas e invadiu pontos urbanos; Emparn explica condições climáticas

Cidades da Região Seridó do Rio Grande do Norte foram atingidas por uma chuva de granizo nesta quarta-feira (4.dez.2024), fenômeno incomum no estado. Municípios como Ipueira e Serra Negra do Norte registraram a precipitação, que causou alagamentos e invadiu casas e prédios públicos, como a rodoviária de Serra Negra do Norte.

De acordo com a Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn), foram registradas chuvas entre 20 mm e 30 mm na região, mas a medição precisa foi dificultada pelo congelamento das águas.

Gilmar Bristot, meteorologista da Emparn, explicou que o fenômeno é causado pela formação de nuvens cumulonimbus, que possuem grande desenvolvimento vertical e atingem altitudes com temperaturas abaixo de zero. “As gotículas de água congelam quando ultrapassam o nível de 0 grau, formando o granizo”, detalhou.

Embora mais comum em regiões de clima frio, o granizo pode ocorrer no Nordeste quando há alta umidade e temperaturas elevadas, que favorecem a formação de nuvens com desenvolvimento vertical intenso, alcançando até 14 km de altura.

Os moradores das áreas atingidas registraram o fenômeno em vídeos, compartilhando imagens das pedras de gelo e os impactos nas áreas rurais e urbanas. O episódio ressalta a necessidade de monitoramento climático em regiões propensas a variações extremas.

Foto: Reprodução

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Lixões e falta de planejamento marcam cenário do saneamento nos municípios do RN

Lixões e falta de planejamento marcam cenário do saneamento nos municípios do RN

Mais de 80 municípios utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10% têm coleta seletiva; pesquisa revela cenário preocupante

Um levantamento divulgado pelo IBGE nesta quinta-feira (28.nov.2024) mostra que o Rio Grande do Norte enfrenta grandes desafios no saneamento básico e na gestão de resíduos sólidos. De acordo com o Suplemento de Saneamento da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) 2023, 48,5% dos municípios potiguares ainda utilizam lixões a céu aberto, enquanto apenas 10,2% possuem coleta seletiva.

Dos 167 municípios do estado, 150 (89,8%) não têm instrumentos legais que regulamentem a coleta seletiva. Além disso, apenas 38 contam com aterros sanitários, enquanto 67 utilizam aterros controlados. A situação reflete a falta de estrutura e políticas públicas efetivas na área.

Apesar disso, 64,7% das cidades já implementaram uma Política Municipal de Saneamento Básico, abrangendo abastecimento de água, esgotamento sanitário, limpeza urbana e drenagem de águas pluviais. Contudo, 23,3% estão em processo de elaboração e 17,4% ainda não possuem planejamento, o que compromete a universalização dos serviços.

A pesquisa também revelou a baixa presença de Conselhos Municipais de Saneamento Básico: apenas 16,2% dos municípios contam com conselhos exclusivos para o tema, e 72,4% não possuem nenhuma instância de participação social.

Outro dado preocupante é que apenas 2,4% dos municípios têm políticas de educação ambiental voltadas para o saneamento.

Foto: Tânia Rêgo/ABr

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Após suspensão por falta de recursos, Governo Federal retoma Operação Carro-Pipa

Após suspensão por falta de recursos, Governo Federal retoma Operação Carro-Pipa

Paralisação em seis estados mobiliza governo federal; ministro Rui Costa garante recursos até o fim do ano

A Operação Carro-Pipa, essencial para o abastecimento de água em municípios afetados pela seca no Nordeste, enfrentou uma suspensão temporária nesta segunda-feira (25.nov.2024) devido à falta de recursos federais. A interrupção deixou 1,25 milhão de pessoas em situação de vulnerabilidade hídrica em 344 municípios do semiárido. A ação, coordenada pelo Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional (MDR) e executada pelo Exército Brasileiro, é fundamental para garantir o fornecimento de água potável a comunidades sem acesso regular.

Os estados mais impactados foram Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas e Bahia. Em novembro, Pernambuco liderava em número de beneficiários, com mais de 500 mil pessoas atendidas, seguido por Bahia, Paraíba e Alagoas. No Rio Grande do Norte, cerca de 72 mil pessoas em 57 municípios dependiam da operação.

Diante da suspensão, parlamentares, especialmente da Paraíba, reagiram com indignação, ameaçando obstruir votações no Senado. Essa pressão política contribuiu para que o governo federal agilizasse uma solução.

Na terça-feira (26.nov), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, durante visita ao Rio Grande do Norte, anunciou a transferência emergencial de recursos para regularizar o programa. Segundo ele, os valores já foram repassados ao Exército, garantindo a continuidade da operação até o fim de 2024. “Os recursos estão assegurados, e em janeiro teremos o novo orçamento para dar sequência ao programa”, afirmou em entrevista ao Bom Dia RN.

Além de abordar a crise hídrica, o ministro participa de reuniões com gestores locais sobre o Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que inclui 244 projetos no estado. Entre as iniciativas destacadas estão a duplicação da BR-304, o novo hospital metropolitano, maternidades, policlínicas e investimentos em infraestrutura como o Ramal do Apodi e a barragem de Oiticica, ambos considerados estratégicos para a região.

Foto: Divulgação/Naiara Pontes/MDA

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Programa de acesso à água segura no Norte e Nordeste do Brasil recebe cerca de R$ 9 milhões em investimentos

Programa de acesso à água segura no Norte e Nordeste do Brasil recebe cerca de R$ 9 milhões em investimentos

Água+ Acesso visa apoiar comunidades quilombolas, ribeirinhas e indígenas com acesso à água potável

A escassez de água e a falta de acesso à água segura continuam sendo desafios persistentes no país, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, onde as populações rurais e ribeirinhas enfrentam o problema intensamente. Nesse cenário, e como medida para apoiar regiões severamente impactadas por secas históricas em 2023 e 2024, a Coca-Cola Brasil reforça seu compromisso com o desenvolvimento socioeconômico das comunidades onde atua. Com um investimento de cerca de R$ 9 milhões, a parceria estratégica com a Cáritas Brasileira Regional Nordeste 2 (Cáritas NE2), a startup SDW for All, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o Projeto Saúde & Alegria e a Água Camelo ajudará a impulsionar iniciativas para expandir o acesso à água segura, por meio do programa Água+ Acesso nessas duas regiões.

Segundo Rodrigo Brito, Diretor de Sustentabilidade para o Brasil e Cone Sul da The Coca-Cola Company, o programa vem implementando diversas soluções com tecnologias sociais desde 2017 para viabilizar e expandir sistemas de acesso, tratamento e distribuição de água em 10 estados. Até 2025, segundo os parceiros, a iniciativa continuará a aumentar os investimentos e o impacto nos estados da Bahia, Alagoas, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte na região Nordeste, e nos estados do Amazonas e Pará na região Norte, com o objetivo de beneficiar milhares de pessoas.

Para a Coca-Cola Brasil, segundo Brito, alcançar os resultados desejados requer sinergia entre os setores público e privado, bem como a participação de instituições locais — que têm um profundo entendimento da realidade e das demandas de suas comunidades. “Os resultados alcançados por nossos aliados e parceiros locais, que atuam diretamente nos territórios, têm sido significativos e crescentes. Essa colaboração é essencial para fazer a diferença e atuar como um facilitador eficaz, gerando um impacto ainda maior no país”, enfatiza.

No Nordeste, a Coca-Cola Brasil e a Solar Coca-Cola, em parceria com a Cáritas NE2 e a startup SDW for All, está investindo R$ 3,2 milhões para levar tecnologia e sistemas de distribuição de água a áreas de difícil acesso, beneficiando milhares de pessoas em 60 localidades. Dentro dessa estratégia, a iniciativa “Água+ Acesso: Escolas com Água” ganha destaque, promovendo a autonomia de escolas no acesso à água potável, práticas de alimentação e cuidado ambiental. O projeto, que será ampliado, teve início em 2022 com um piloto em escolas na Paraíba e Pernambuco. Com o reforço das parcerias e novos investimentos, a iniciativa expande seu alcance, fortalecendo o compromisso com o desenvolvimento sustentável na região.

“Na Solar Coca-Cola, somos apaixonados por transformar a vida das pessoas, promovendo o crescimento sustentável das comunidades com as quais trabalhamos. Juntos com a comunidade local, trabalhamos pela construção de um mundo melhor, pautados por uma agenda onde sustentabilidade e crescimento responsável geram um impacto positivo e transformam a vida de nossos clientes. O projeto de acesso à água para as comunidades, especialmente para as escolas no Nordeste, é um exemplo dessa transformação”, destaca Fernanda Raizama, diretora Regional da Solar Coca-Cola.

Um dos primeiros municípios a receber a nova vertente do “Água+ Acesso: Escolas com Água” é Ipecaetá, na Bahia, onde está prevista a instalação de um Aquatorre conectado à tubulação da Escola Municipal Aprígio Santana. A escola atualmente é abastecida por caminhões-pipa e terá um sistema de abastecimento misto com a Embasa no futuro. Segundo Letícia Nunes, Co-CEO da SDW for All, o Aquatorre possui uma estrutura coletiva para armazenar, filtrar e distribuir água segura, ideal para locais sem reservatórios de água ou bebedouros.

“O programa Água+ Acesso não só proporciona acesso à água de qualidade, mas também promove a sustentabilidade das comunidades, capacitando-as a gerenciar seus próprios recursos hídricos a longo prazo. Para a SDW, essa sustentabilidade é construída com tecnologias de fácil manutenção e treinamento contínuo da comunidade, garantindo que operem e preservem os sistemas de forma autônoma. Um exemplo é o Aquatorre, adequada para locais com infraestrutura limitada, pois não requer eletricidade, fornecendo água tanto para alunos e funcionários quanto para a comunidade local”, destaca Letícia.

Na Bahia, outros seis municípios serão contemplados — Ruy Barbosa, Macajuba, Lajedinho, Simões Filho, Vitória da Conquista e Conceição do Almeida — expandindo o alcance e o impacto da iniciativa.

O programa também chegará à Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Pernambuco, onde a Coca-Cola Brasil, em parceria com a Cáritas NE2, implementará tecnologias sociais de acesso à água em 30 escolas, beneficiando milhares de pessoas na comunidade escolar. As ações incluem a instalação de cisternas com capacidade de 52.000 litros para armazenamento de água da chuva e sistemas de reuso da água (bioágua).

Para Neilda Pereira da Silva, Secretária Executiva Regional da Cáritas NE2, a parceria vai além do acesso à água, envolvendo a produção de alimentos e um conjunto de ações que conectam diretamente as comunidades, em especial as escolas. “O projeto tem como objetivo garantir o acesso à água, tendo a participação da comunidade escolar em todas as etapas de execução do projeto. A iniciativa vai promover uma reflexão sobre a gestão dos recursos hídricos, a garantia de direitos e a importância de uma educação contextualizada envolvendo pais, alunos, gestores das escolas durante todo o processo de implantação e manejo das tecnologias, ampliando conhecimentos fundamentais para incorporar essas ações no Projeto Político Pedagógico das escolas participantes”, reforça.

Acesso à Água na Amazônia

No Amazonas e no Pará, a Coca-Cola Brasil estabeleceu uma parceria estratégica com a Fundação Amazônia Sustentável (FAS), o Projeto Saúde & Alegria e a Água Camelo para implementar e expandir sistemas de acesso, tratamento e distribuição de água em 10 estados. Com um investimento de R$ 5,6 milhões, essa iniciativa beneficiará cerca de 40 comunidades ribeirinhas.

SOBRE A COCA-COLA BRASIL

O Sistema Coca-Cola Brasil opera em cinco grupos de bebidas — colas, sabores, hidratação, nutrição e emergentes — com uma linha de mais de 100 produtos e 22 marcas, incluindo sabores regulares e versões sem açúcar ou com baixo teor calórico. Composto por seis grupos de fabricantes franqueados, o Instituto Coca-Cola Brasil, além da marca Leão Alimentos e Bebidas. O Sistema emprega diretamente mais de 57 mil funcionários. A empresa está investindo em inovação para expandir seu portfólio e ajudar a reduzir o desperdício de embalagens. A Coca-Cola Brasil trabalha para oferecer, cada vez mais, opções com menos açúcar adicionado e para incentivar iniciativas que melhorem o desenvolvimento econômico e social das comunidades onde atua.

Fotos: Divulgação

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Sustentabilidade no transporte: iniciativa da Trampolim da Vitória é solução para um futuro mais verde

Sustentabilidade no transporte: iniciativa da Trampolim da Vitória é solução para um futuro mais verde

No Dia Mundial do Transporte Sustentável, a inovação da Trampolim da Vitória com ônibus Euro 6 reforça o papel do transporte público na preservação ambiental

O Dia Mundial do Transporte Sustentável, celebrado em 26 de novembro, traz uma reflexão importante sobre o impacto dos meios de transporte no meio ambiente e na qualidade de vida urbana. A Trampolim da Vitória, maior empresa de transporte coletivo da Grande Natal, desponta como referência no RN ao introduzir, de forma pioneira na Região Metropolitana de Natal, ônibus equipados com a tecnologia Euro 6. A iniciativa representa um marco no esforço coletivo para reduzir a emissão de gases poluentes e criar soluções mais limpas e eficientes para a mobilidade urbana.

Os 10 novos veículos da Trampolim da Vitória, que já circulam pelas principais linhas da Região Metropolitana de Natal, são projetados para emitir até 90% menos poluentes em comparação aos modelos anteriores. Essa redução inclui óxidos de nitrogênio (NOx) e material particulado, dois dos maiores responsáveis pela poluição atmosférica e problemas respiratórios nas áreas urbanas.

Por que o transporte público sustentável é essencial?

Estudos mostram que o transporte público desempenha um papel estratégico na transição para cidades mais sustentáveis, diminuindo a dependência de veículos individuais e, consequentemente, a emissão de poluentes. Iniciativas como a da Trampolim da Vitória são fundamentais para o alcance de metas globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, que incluem ações para combater mudanças climáticas e promover a saúde e o bem-estar das populações.

“Adotar a tecnologia Euro 6 não é apenas uma questão de modernização, mas de compromisso com o futuro. Estamos mostrando que é possível aliar eficiência operacional a práticas sustentáveis que beneficiam a sociedade como um todo”, destaca Almir Buonora, diretor da empresa.

Além de reduzir a pegada ambiental, os novos ônibus trazem mais eficiência no consumo de combustível, contribuindo para uma operação economicamente viável e ambientalmente responsável.

Impacto para o futuro das cidades

A introdução de tecnologias limpas no transporte público é uma das formas mais acessíveis e eficazes de combater a poluição urbana. “A melhoria na qualidade do ar reflete diretamente na saúde da população, especialmente em grupos mais vulneráveis, como crianças e idosos. Com a tecnologia Euro 6, estamos cumprindo nosso papel na construção de um transporte mais responsável”, considera Almir.

Iniciativa inspira outros setores

O exemplo da Trampolim da Vitória reforça a importância de políticas públicas e privadas que priorizem o investimento em tecnologias limpas. A empresa também demonstra que mudanças significativas podem ser implementadas gradualmente, como parte de um planejamento estratégico voltado para a sustentabilidade. Por isso, a empresa deve entregar, nos próximos meses, pelo menos mais 20 veículos equipados com motores Euro 6, fortalecendo sua atuação em prol do meio ambiente.

Dia Mundial do Transporte Sustentável como oportunidade de reflexão

Nesta data, empresas, governos e cidadãos são convidados a repensar o uso de recursos e buscar soluções que contribuam para um futuro mais sustentável. Na Grande Natal, a iniciativa da Trampolim da Vitória é um exemplo de como o transporte coletivo pode ser transformado em um aliado do meio ambiente, promovendo um impacto positivo para as gerações futuras.

Fotos: Divulgação

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Complexo Hidrossocial Oiticica protege biodiversidade com resgate de mais de 1.500 animais

Complexo Hidrossocial Oiticica protege biodiversidade com resgate de mais de 1.500 animais

Programa ambiental do Governo do RN assegura relocação da fauna antes da inundação da bacia hidráulica

A construção do Complexo Hidrossocial Oiticica, em Jucurutu, destaca-se não apenas pela sua magnitude como obra de infraestrutura hídrica, mas também pelo compromisso ambiental com a preservação da fauna local. Desde setembro de 2023, o Programa de Resgate e Afugentamento de Fauna, conduzido pela Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEMARH), já salvou e realocou mais de 1.500 animais de áreas que serão inundadas pela barragem.

O programa, executado pelo Consórcio QS Oiticica, envolve uma equipe de cinco biólogos que atua diariamente na identificação e recolhimento de animais em uma área de 8 mil hectares. Os animais resgatados incluem cobras, lagartos, tatus e anfíbios, que são cuidadosamente examinados e relocados para 78 áreas de proteção dentro da bacia hidrográfica.

Karolynne de Freitas Martins e Silva, bióloga responsável pela coordenação do projeto, destacou a importância da iniciativa para a preservação ambiental e o equilíbrio ecológico. “Além de proteger a fauna local, estamos contribuindo para a manutenção da biodiversidade e para a resiliência ambiental diante das mudanças climáticas”, afirmou.

A barragem Oiticica, que está com 99,81% das obras concluídas, tem previsão de conclusão em dezembro de 2024. Com capacidade para armazenar até 598 milhões de metros cúbicos de água, a estrutura beneficiará cerca de 300 mil pessoas em 22 municípios do Seridó, assegurando abastecimento hídrico de qualidade e segurança.

Fotos: Lucas Paulyno

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Deputado federal do RN realiza Expedição ao Pico do Cabugi e destaca valorização do patrimônio potiguar

Deputado federal do RN realiza Expedição ao Pico do Cabugi e destaca valorização do patrimônio potiguar

A iniciativa reuniu mais de 30 participantes, incluindo apoiadores, lideranças locais e colaboradores, promovendo a valorização de um dos patrimônios naturais mais importantes do RN

Neste domingo, 24 de novembro, o deputado federal General Girão realizou a subida ao Pico do Cabugi, ação que integrou a Rota 22, idealizada por sua equipe. Localizado no município de Angicos, o Pico do Cabugi possui 590 metros de altitude e é o único vulcão extinto do Brasil que ainda mantém sua forma original. A iniciativa reuniu mais de 30 participantes, incluindo apoiadores, lideranças locais e colaboradores, promovendo a valorização de um dos patrimônios naturais mais importantes do Rio Grande do Norte.

“Nunca, que eu saiba, um político potiguar realizou algo parecido em um dos principais patrimônios do nosso Estado. Este foi um momento único, que reafirma o compromisso de valorizarmos nossa identidade e nossas riquezas naturais,” afirmou o General Girão. O parlamentar também agradeceu à sua equipe e a todos os envolvidos na organização e execução do evento, destacando o apoio de representantes das Forças Armadas, guias especializados e lideranças locais, empresários potiguares e outros colaboradores.

A expedição parte de um esforço do General Girão para incentivar o reconhecimento e a preservação do patrimônio histórico e natural do estado, promovendo o turismo sustentável e o fortalecimento do sentimento de pertencimento da população potiguar.

Mais sobre o Pico do Cabugi

O Pico do Cabugi é uma formação rochosa de grande relevância histórica e geológica, localizada no Parque Ecológico Estadual de Cabugi, no município de Angicos, Rio Grande do Norte. Com uma altitude de 590 metros, é o único vulcão extinto do Brasil que ainda mantém sua forma original, sendo uma referência geográfica e cultural no estado.

Além de sua importância como marco turístico, o Pico tem valor histórico. Alguns estudiosos sugerem que a região pode ter sido o ponto de chegada dos portugueses no Brasil. Sua formação rochosa possui idade isotópica de aproximadamente 19 milhões de anos, sendo uma das mais recentes entre as rochas ígneas brasileiras.

O Cabugi é amplamente visitado por praticantes de trekking e rapel, além de ser um símbolo do Rio Grande do Norte. Localizado entre Angicos e Lajes, o Pico é uma passagem obrigatória para quem trafega pela região, integrando o patrimônio cultural e natural do estado.

Fotos: Divulgação

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Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Crise no fornecimento de carnes ao Carrefour Brasil gera desabastecimento

Suspensão de entregas por frigoríficos brasileiros reflete embate com matriz francesa, após decisão de boicote ao Mercosul

O fornecimento de carnes brasileiras ao Carrefour Brasil foi interrompido por alguns dos maiores frigoríficos do país, incluindo JBS, Marfrig e Masterboi, após o anúncio de que a matriz francesa da rede deixará de comercializar carne do Mercosul. A decisão já afeta 150 lojas da rede no Brasil, e projeções indicam que o desabastecimento total pode ocorrer em poucos dias.

Segundo fontes do setor em matéria publicada pelo Estadão, aproximadamente 50 caminhões com carnes destinados ao Carrefour tiveram suas entregas bloqueadas no sábado (23.nov.2024). Estima-se que entre 30% e 40% das gôndolas do grupo já apresentem falta do produto. A Friboi, principal marca da JBS, suspendeu 100% do fornecimento de carne bovina à rede Atacadão, subsidiária do grupo no Brasil.

Causas e repercussões internacionais

O movimento dos frigoríficos brasileiros foi uma resposta direta às declarações do presidente global do Carrefour, Alexandre Bompard, que afirmou que a rede na França não venderia mais carne oriunda do Mercosul. A decisão foi atribuída a pressões de agricultores franceses contrários ao acordo de livre-comércio entre a União Europeia e o bloco sul-americano. Embora a França tenha comprado menos de 40 toneladas de carne bovina brasileira em 2024, a medida levanta preocupações sobre o impacto na imagem global da carne nacional.

O governo brasileiro manifestou apoio às ações dos frigoríficos. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, elogiou a decisão das indústrias, afirmando que o Brasil não aceitará práticas discriminatórias. “Se o Mercosul não é bom o suficiente para a França, também não é para o Carrefour no Brasil”, afirmou Fávaro.

Cenário futuro

Fontes ligadas ao Carrefour revelaram que a diretoria da rede no Brasil busca negociar a retomada das entregas, mas os frigoríficos condicionam o retorno a uma retratação pública do grupo em nível global. Entidades do agronegócio, como a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), endossaram a suspensão, reforçando que o Brasil deve proteger seus produtores.

O desdobramento da crise deve ser acompanhado de perto, especialmente por suas possíveis repercussões na relação comercial entre o Mercosul e a União Europeia. Enquanto isso, consumidores e supermercados no Brasil enfrentam a ameaça de desabastecimento, evidenciando a complexidade e as tensões do mercado global de proteínas.

Foto: Mike Knell/Visualhunt

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Praias do RN mantêm balneabilidade plena em boletim semanal do Idema

Praias do RN mantêm balneabilidade plena em boletim semanal do Idema

Todos os 33 trechos monitorados na costa potiguar foram considerados adequados para banho, segundo o Programa Água Azul

O Boletim de Balneabilidade n.º 47/2024, divulgado nesta sexta-feira (22.nov.2024) pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), revelou que todas as praias analisadas no Rio Grande do Norte estão próprias para banho. O levantamento, realizado pelo Programa Água Azul, abrangeu 33 trechos distribuídos nos municípios de Extremoz, Natal, Parnamirim e Nísia Floresta.

A análise considera a quantidade de coliformes termotolerantes presentes nas amostras de água, seguindo os critérios estabelecidos pela Resolução n.º 274/2000 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA). O programa, que conta com a parceria do Idema, do Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e da Fundação de Apoio à Educação e ao Desenvolvimento Tecnológico do RN (FUNCERN), tem como objetivo monitorar continuamente as condições de balneabilidade das praias potiguares.

Além de indicar áreas seguras para o banho, o relatório também serve como ferramenta para orientar ações de preservação ambiental e alertar para possíveis fontes de poluição costeira. A avaliação de qualidade da água é realizada semanalmente, garantindo informações atualizadas à população e aos visitantes.

Os resultados completos do boletim estão disponíveis no site oficial do Idema (idema.rn.gov.br). A consulta permite verificar a situação específica de cada ponto monitorado, contribuindo para a segurança e o planejamento das atividades de lazer nas praias do estado.

Foto: Divulgação/Idema

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G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

G20: Lula propõe que países ricos adiantem metas do clima em dez anos

Presidente afirma que erradicará desmatamento até 2030

O presidente Luiz Inácio da Silva defendeu, nesta terça-feira (19), que os países desenvolvidos do G20, grupos das principais economias do mundo, adiantem em até dez anos as metas de neutralidades climáticas atualmente previstas para 2050, como forma de combater o aquecimento global e as mudanças climáticas.

“Aos membros desenvolvidos do G20, proponho que antecipem suas metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045”, exortou o presidente na abertura da terceira sessão da reunião de líderes do G20, que tratou de desenvolvimento sustentável e transição energética.

Neutralidade climática consiste em um país conseguir compensar toda a emissão de gases poluentes com medidas como sequestro de carbono.

A preocupação com o clima é uma das prioridades da presidência brasileira no G20, que encerra nesta terça-feira o encontro de cúpula de dois dias. Lula reconhece que todos os países devem agir para conter as mudanças climáticas.

“Mesmo que não caminhemos na mesma velocidade, todos podemos dar um passo a mais”.

No entanto, ele aproveitou a presença de chefes de Estado e de governo para cobrar mais responsabilidade dos países mais industrializados, que têm histórico maior de emissões de gases do efeito estufa.

“Nossa bússola continua sendo o princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. Esse é um imperativo da justiça climática”, disse o presidente, que acrescentou: “sem assumir suas responsabilidades históricas, as nações ricas não terão credibilidade para exigir ambição dos demais”.

Iniciativas passadas

Lula lembrou que nasceram no Rio de Janeiro, durante a Rio 92, as três convenções das Nações Unidas sobre mudança climática, biodiversidade e desertificação. Mas advertiu que, passadas três décadas, o planeta enfrenta o ano mais quente da história, com enchentes, incêndios, secas e furacões cada vez mais intensos e frequentes.

O presidente apontou que iniciativas anteriores contribuíram para evitar um cenário pior, mas que é preciso “fazer mais e melhor”.

“Não há mais tempo a perder”, constatou Lula, contextualizando que acordos como o Protocolo de Quito (1997); a CPO15 (2009) sobre mudança do clima, na Dinamarca; e o Acordo de Paris (2015) apresentam resultados aquém do necessário.

Ele destacou que os países do G20 respondem por 80% das emissões de gases do efeito estufa e que, por reconhecer o papel crucial do G20, a presidência brasileira lançou a Força-Tarefa para a Mobilização Global contra a Mudança do Clima, reunindo ministros de Finanças, Meio Ambiente e Clima, Relações Exteriores e presidentes de Bancos Centrais para discutir como enfrentar o desafio climático.

O mandatário brasileiro reforçou que, ao lado da Organização das Nações Unidas (ONU), pede o engajamento do G20 para elevar o nível de ambição da próxima rodada de Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês).

“É fundamental que as novas NDCs estejam alinhadas à meta de limitar o aumento da temperatura global a 1,5ºC [grau Celcius]”, disse. “Aos países em desenvolvimento, faço um chamado para que suas NDCs cubram toda a economia e todos os gases de efeito estufa”.

Ao afirmar que é essencial que os países adotem metas absolutas de redução de emissões, Lula lembrou que na 29ª Conferência da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP29), em Baku, capital do Azerbaijão, o Brasil apresentou nova NDC, que abrange todos os gases de efeito estufa e setores econômicos.

Fim do desmatamento

Ele ressaltou também que o Brasil tem uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 90% de eletricidade proveniente de fontes renováveis.

“Somos campeões em biocombustíveis, avançamos na geração eólica e solar e em hidrogênio verde”, acrescentou.

O presidente afirmou que a maior parte da redução das emissões brasileiras resultará da queda no desmatamento, “que diminuiu 45% nos últimos dois anos”.

“Não transigiremos com os ilícitos ambientais. O desmatamento será erradicado até 2030”, garantiu.

O presidente pediu que o mundo reconheça o papel desempenhado pelas florestas e que valorize a contribuição dos povos indígenas e comunidades tradicionais. Nesse caminho, o presidente agradeceu a colaboração do G20 no desenho do Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que vai remunerar países em desenvolvimento que mantêm florestas em pé.

Mas afirmou que iniciativas de conservação serão inócuas se a comunidade internacional não se unir para fazer a sua parte.

“Mesmo que não derrubemos mais nenhuma árvore, a Amazônia continuará ameaçada se o resto do mundo não cumprir a missão de conter o aquecimento global”, disse ele, que chamou atenção também para a importância de se conservar os oceanos.

O presidente fez questão de criticar o negacionismo e a desinformação e disse que o Brasil trabalha com a ONU e com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) em uma Iniciativa Global pela Integridade das Informações sobre a Mudança do Clima.

Com críticas a termos não cumpridos do Acordo de Paris, Lula reforçou a bandeira brasileira de que é necessário um financiamento internacional para que países ricos ajudem os demais na reversão do aquecimento global.

“Não há ambição que se sustente sem meios de implementação. Em Paris, falávamos em uma centena de bilhões de dólares por ano, que o mundo desenvolvido não cumpriu. Hoje, falamos em trilhões. Esses trilhões existem, mas estão sendo desperdiçados em armamentos, enquanto o planeta agoniza”.

Lula lembrou que a COP29, que segue até o próximo dia 22, deve ser tratada pelos países como um dos caminhos para se chegar a acordos ambiciosos. “Não podemos adiar para Belém a tarefa de Baku”, disse, se referindo à capital paraense, que recebe a COP30 em 2025.

“A COP30 será nossa última chance de evitar uma ruptura irreversível no sistema climático. Conto com todos para fazer de Belém a COP da virada”, incitou.

Lula convidou ainda a comunidade internacional a considerar a criação de um Conselho de Mudança do Clima na ONU, que articule diferentes atores, processos e mecanismos que, segundo ele, hoje se encontram fragmentados.”

“A esperança renasce a cada compromisso e ato de coragem em defesa da vida e da preservação das condições em que ela nos foi dada”, finalizou.

G20

O G20 é composto por 19 países: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia, além da União Europeia e da União Africana.

Os integrantes do grupo representam cerca de 85% da economia mundial, mais de 75% do comércio global e cerca de dois terços da população do planeta.

Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

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Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Ministro de Lula afirma que Trump deve ficar isolado com negacionismo climático

Pimenta avalia que Argentina pode seguir mesmo caminho

A postura do presidente eleito dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, de negar a crise climática e defender a expansão do uso dos combustíveis fósseis – responsáveis pelo aquecimento da terra – deve isolar o novo mandatário da Casa Branca do resto do mundo, avaliou o ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, Paulo Pimenta.

“O mundo hoje está muito multilateral. Nós temos o Sul Global, temos outros países com força, como a Índia, como a própria China, que não tinha essa força há algumas décadas. O Brics passa a ser outro vetor importante desta geopolítica internacional. Então, se os Estados Unidos acabar, em função do Trump, para essas pautas específicas, fugindo desse esforço internacional, se a Argentina eventualmente optar por também seguir esse caminho, eu tendo a achar que eles ficarão numa posição de isolamento”, explicou Pimenta, que avalia que a Argentina pode seguir a posição dos EUA.

O combate à crise climática é uma das prioridades do Brasil no plano internacional e foi selecionado pelo governo como um dos grandes temas do debate da cúpula do G20, que começa nesta segunda-feira (18), no Rio de Janeiro (RJ). O ministro Pimenta comentou o tema em entrevista ao programa Giro Social, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), com participação da Agência Brasil.

Pimenta citou alguns desastres climáticos recentes, como o do Rio Grande do Sul (RS), o de Valência, na Espanha, e da chuva atípica no deserto do Saara, na África, o que torna difícil até para Trump negar a crise climática.

“O aumento da temperatura global, o aumento da temperatura dos oceanos, não é mais um tema de natureza acadêmica. Não é mais uma hipótese futura. Ela é uma realidade presente que diz respeito à vida de todas as pessoas”, comentou, acrescentando que o mercado vem exigindo adaptações para enfrentar as mudanças climáticas.

“Independentemente do Trump, você acha que os grandes grupos econômicos americanos vão ignorar essas exigências do mercado para garantir que seus produtos possam ser vendidos na Europa ou em outras regiões do planeta? Evidente que não”, disse.

Para o ministro, mesmo que Trump não participe presencialmente desses debates e fóruns internacionais sobre clima, “o mundo vai caminhar e não vai ficar refém dos Estados Unidos ou de condutas negacionistas de ninguém. E o Brasil cada vez mais tem um papel, um protagonismo, uma importância nesse cenário”.

Financiamento climático

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem cobrado os países ricos para que financiem a adaptação e mitigação das mudanças climáticas nos países mais pobres, uma vez que os países desenvolvidos, ao liderarem Revolução Industrial, foram os que mais emitiram gases do efeito estufa.

No Acordo de Paris, em 2015, foi prometida a criação de um fundo com o aporte de US$ 100 bilhões por ano, que seria financiado pelas principais potências para financiar a transição energética e a adaptação à mudança climática. Porém, esse financiamento nunca ocorreu.

Para o ministro Pimenta, um acordo para financiar a transição energética e a adaptação e mitigação das mudanças climáticas pode ser um dos legados do G20 no Brasil.

“Ao longo dos últimos meses, foram inúmeras agendas realizadas com esse objetivo. E eu não vejo outra forma de financiar políticas públicas de combate à fome, à desigualdade no mundo e também com relação à questão das mudanças climáticas, sem que aqueles que mais ganharam com isso, sem que os países mais ricos possam, de alguma forma, pagar a maior parte dessa conta”, finalizou o ministro.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

EUA formalizam apoio à conservação em visita de Biden à Amazônia

Pacote prevê doações diretas e parcerias

O governo dos Estados Unidos anunciou na manhã deste domingo (17) a consolidação de um pacote de ajuda a iniciativas de conservação da Amazônia, como parte de seu programa nacional de combate às mudanças climáticas. O presidente americano Joe Biden visitou Manaus neste domingo.

Foi a primeira visita de um presidente estadunidense à Amazônia no exercício do mandato, onde foram anunciados acordos bilaterais, marcando os 200 anos de relação mútua entre Brasil e Estados Unidos; ações em conjunto com ONGs e empresas, inclusive bancos brasileiros e atuação no apoio ao combate ao crime organizado, especialmente a ação ilegal em mineração e derrubada de árvores e o combate a incêndios florestais.

As ações, segundo o anúncio, são para “ajudar a acelerar os esforços globais para combater e reverter o desmatamento e implantar soluções baseadas na natureza que reduzam as emissões, aumentem a biodiversidade e construam resiliência a um clima em mudança”.

Simbólica, a ação amplia o leque de iniciativas para o que a Casa Branca coloca como financiamento climático internacional, e se opõe a algumas posições públicas do presidente eleito Donald Trump, notório negacionista do impacto da ação humana sobre o clima.

Na nota sobre o pacote, o governo americano lembra que “desde o primeiro dia do governo Biden-Harris, a luta contra as mudanças climáticas tem sido uma causa definidora da liderança e da presidência do presidente Biden”.

“Nos últimos quatro anos, o governo criou um novo manual que transformou o combate à crise climática em uma enorme oportunidade econômica – tanto em casa quanto no exterior. Depois de liderar a ação doméstica mais significativa sobre clima e conservação da história e liderar os esforços globais para enfrentar a crise climática, hoje o presidente Biden está viajando para Manaus, Brasil, onde se reunirá com líderes indígenas e outros”, diz a nota.

A ação anunciada comemora a marca de US$ 11 bilhões anuais garantidos para ações de conservação em todo o mundo, aumento alegado por Washington de seis vezes em relação ao orçamento para financiamento bilateral no começo do governo Biden, quando sucedeu o primeiro mandato de Trump.

Parte das ações virá por meio do escritório federal Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional dos EUA (DFC) e do Banco de Exportação e Importação dos EUA (Exin). O primeiro doará US$ 3,71 bilhões e o segundo US$ 1,6 bilhão ainda este ano.

Entre os anúncios formalizados em Manaus, os Estados Unidos doarão US$ 50 milhões para o Fundo Amazônia, dobrando a contribuição do país a esse instrumento internacional de financiamento; lançarão uma coalização de investidores, em parceria com o banco BTG Pactual, para restauração de terras e apoio à bioeconomia, que pretende conseguir US$ 10 bilhões até 2030, focados em projetos de remoção de emissões e apoio às comunidades locais; o apoio a iniciativas de geração de créditos de carbono com reflorestamento de áreas convertidas em pastagens, sob responsabilidade da empresa Mombak; a entrada do país no Fundo Florestas Tropicais para Sempre (FFTS), proposto pelo presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e em fase de modelamento e instalação, com uso de capital privado.

Estão previstos investimentos diretos, como o de US$ 180 milhões junto à Coalizão Redução de Emissões por meio do Avanço do Financiamento Florestal (Leaf), para ações de reflorestamento no Pará; a ampliação de um acordo de investimento e cofinanciamento entre o DFC e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), ampliando acordo assinado mês passado; o financiamento para o Laboratório de Investimentos em Soluções Baseadas na Natureza (SbN), com US$ 2 milhões do fundo Usaid para a iniciativa, do Instituto Clima e Sociedade e de financeiras; o investimento de US$ 2,6 milhões no projeto Rainforest Wealth, do Imaflora e do Instituto Socioambiental (ISA), além de pouco mais de US$ 10 milhões em investimento a outros projetos em bioeconomia, cadeias de suprimentos de baixo carbono e outras modalidades de produção local, e outros cerca de US$ 14 milhões em financiamento direto à atuação de comunidades indígenas.

O anúncio do pacote também incluiu três pontos críticos na proteção do bioma: o combate à extração ilegal de madeira,o combate à mineração ilegal e a assistência para o combate ao fogo.

Contra a extração de madeira haverá treinamento em tecnologia para identificação de origem da madeira, a partir da técnica de Espectrometria de Massa (Dart-Tofms: Análise Direta em Espectrometria de Massa em Tempo Real de Voo), para identificar de onde partem as madeiras fiscalizadas com precisão.

O pacote anunciado destaca a participação dos Estados Unidos no financiamento do combate a atividades criminosas com atuação em mineração ilegal e tráfico de mercúrio, com doação de US$ 1,4 milhão.

Contra as queimadas, destacam-se a parceria de 15 anos com o Instituto Brasileiro de Pesquisas Espaciais (Inpe), por meio da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA), que atua com a rede de satélites de monitoramento dos Estados Unidos. Também haverá treinamento do Serviço Florestal dos EUA para “o manejo inclusivo do fogo, capacitando mulheres e comunidades indígenas, incluindo a primeira brigada de incêndio indígena só de mulheres no Tocantins e no Maranhão.

Repercussão

A Agência Brasil ouviu o movimento Amazônia de Pé, que congrega 20 mil ativistas e cerca de 300 organizações. Sua porta-voz e diretora, Daniela Orofino, declarou que recebeu “com muita alegria a notícia dada pelo presidente Biden hoje (17), de que os EUA irão apoiar o Fundo Floresta Tropical para Sempre, uma proposta encabeçada pelo governo brasileiro para financiamento multilateral da proteção das florestas tropicais. Essa é uma demanda que os povos tradicionais e a Amazônia de Pé estão levantando há algum tempo, para que o Fundo efetivamente saia do papel”.

“Um país como os EUA, que produz impactos que têm relação direta com as mudanças climáticas, têm também a responsabilidade de investir em ações globais de mitigação, e a Amazônia está no centro das políticas da mudança climática”, disse Orofino.

“A questão da terra é chave para o combate à crise climática. Demarcar territórios indígenas e de comunidades tradicionais na Amazônia e garantir recursos para a sua proteção é o caminho. Precisamos fazer o dinheiro chegar nos povos da floresta, que são guardiões desses espaços, e nas estruturas de proteção, como o Ibama e o ICMBio. Por isso, ficaremos atentas para que esse apoio seja implementado, ainda que com os desafios que virão com a mudança de governo norte-americano”, disse Daniela Orofino.

O secretário executivo do Observatório do Clima, Marcio Astrini, disse que o anúncio é positivo e pode consolidar políticas públicas que estão sendo estruturadas na região.

˜São anúncios extremamente importantes, e a maioria deles relacionados à proteção da Amazônia, à defesa da biodiversidade e combate ao desmatamento. O desmatamento é um dos principais fatores hoje de emissões de gás de efeito estufa no Brasil. Zerar o desmatamento é algo absolutamente possível. O atual governo, inclusive, vem diminuindo de forma bastante substancial as taxas de desmatamento, nos dois últimos anos, cerca de 45% de redução, e esses investimentos vão permitir que essas políticas de combate ao desmatamento continuem fortalecidas e também que uma economia de floresta seja colocada no local, nos lugares que hoje você tem o desenvolvimento de uma economia de destruição. Portanto, a preservação se torna uma forma de gerar renda, de gerar benefícios, para a população, e é isso que a gente precisa, combater o crime, gerar renda através da proteção da floresta. Esse tipo de anúncio que está sendo feito vai nessa direção e por isso da importância”.

O secretário executivo da organização não governamental dedicada à redução de emissões, ressaltou o “destaque bastante especial vai para a questão do Fundo Amazônia”.

“Os Estados Unidos chegaram a já depositar cerca de US$ 50 milhões no Fundo Amazônia nesse último período. Pelo anúncio parece que a gente vai ter mais um depósito de US$ 50 milhões e o Fundo Amazônia tem demonstrado ao longo do tempo que é um instrumento fundamental para o combate ao desmatamento e combate ao crime ambiental, uma vez que quase todos os desmatamentos da Amazônia acontecem na ilegalidade˜.

Foto: Dhyeizo Lemos/Semcom/Fotos Públicas

Da Agência Brasil

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Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Caso Samarco: após 9 anos, TRF-6 absolve todos os réus da ação penal

Decisão de primeira instância foi publicada nesta quinta-feira

Passados pouco mais de nove anos do rompimento da barragem da mineradora Samarco, a Justiça Federal absolveu todos os réus que respondiam no processo criminal. A decisão, de primeira instância, foi publicada nesta quinta-feira (14). Ela foi assinada pela juíza Patrícia Alencar Teixeira de Carvalho, do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6).

O rompimento da barragem, localizada no município de Mariana (MG), aconteceu no dia 5 de novembro de 2015. Na ocasião, cerca de 39 milhões de metros cúbicos de rejeitos escoaram pela Bacia do Rio Doce. Dezenove pessoas morreram e uma mulher que estava grávida, resgatada com vida, sofreu um aborto. Houve impactos às populações de dezenas de municípios até a foz no Espírito Santo.

Ninguém chegou ser preso, nem mesmo em caráter preventivo ou temporário. O processo criminal começou a tramitar em 2016 com a denúncia do Ministério Público Federal (MPF). Para 21 pessoas ligadas à Samarco e às suas duas acionistas Vale e BHP Billiton, foram atribuídos o crime de homicídio qualificado e diversos crimes ambientais.

Um 22º réu respondia por emissão de laudo enganoso. Trata-se do engenheiro da empresa VogBr que assinou documento garantindo a estabilidade da barragem que se rompeu. A Samarco, a Vale, a BHP Billinton e a VogBR também eram julgadas no processo e podiam ser penalizadas pelos crimes ambientais.

No entanto, em 2019, uma decisão da Justiça Federal já havia beneficiado os réus. Foi determinado o trancamento da ação penal para o crime de homicídio. Prevaleceu a tese de que os indícios incluídos na denúncia apontavam as mortes como consequências do crime de inundação. Dessa forma, o processo continuou a tramitar envolvendo apenas os crimes ambientais. Mas, ao longo do tempo, foram concedidos habeas corpus a alguns acusados. Além disso, com a tramitação lenta da ação penal, alguns crimes ambientais prescreveram.

Com a nova decisão, ficam absolvidos todos os sete que ainda figuravam no processo, incluindo o ex-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi. A sentença também absolve as três mineradoras e a VogBr. Segundo a juíza, a decisão foi tomada diante da “ausência de provas suficientes para estabelecer a responsabilidade criminal”. Em sua visão, a diretoria encarregou profissionais qualificados para as operações das barragens e não foi informada sobre eventos que agravaram os riscos. Além disso, considerou não ter sido provado que atos ou omissões levaram ao rompimento da barragem. O Ministério Público Federal (MPF) já anunciou que pretende recorrer.

Esfera cível

Além do processo criminal, tramitam na esfera cível diversas ações envolvendo a reparação dos danos causados na tragédia. Há três semanas, um novo acordo buscando equacionar essa situação foi assinado entre as mineradoras, o governo federal, os governos de Minas Gerais e do Espírito Santo, o MPF e outras instituições de Justiça.

Até então, o processo de reparação vinha sendo conduzido com base no Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado em 2016. Este acordo, no entanto, vinha sendo considerado insatisfatório. A Fundação Renova, criada para administrar todas as medidas reparatórias, se tornou ao longo do tempo alvo de milhares de processos judiciais questionando sua atuação em temas variados como indenizações individuais, reconstrução de comunidades destruídas, recuperação ambiental, etc. Sua falta autonomia diante das mineradoras também era questionada.

O novo acordo foi fruto de três anos de negociações, em busca de uma repactuação do processo reparatório que fosse capaz se solucionar um passivo de 80 mil ações judiciais.

Ele estabelece a extinção da Fundação Renova, cria um novo modelo de governança do processo reparatório, fixando novos desembolsos que totalizam R$ 100 bilhões em dinheiro novo.

Com o fim das negociações e a repactuação do processo reparatório, todas as ações movidas pelos governos e pelas instituições de Justiça envolvendo o tema serão arquivadas. Poderão prosseguir ações movidas pelos atingidos, embora para receber valores indenizatórios previstos no novo acordo será preciso dar quitação integral à Samarco.

Entidades que representam às vítimas apontam alguns avanços, mas criticam a falta de participação popular nas tratativas. Também foram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para contestar cláusulas envolvendo o programa indenizatório, a necessidade de quitação integral e a falta de reconhecimento de algumas comunidades, entre outras questões. O acordo, no entanto, foi homologado pelo STF sem alterações.

Justiça estrangeira

Paralelamente, o processo reparatório também está em debate na Justiça inglesa, onde mais de 600 mil atingidos e dezenas de municípios buscam reparação em uma ação contra a BHP Billiton . A mineradora anglo-australiana acionista da Samarco é o alvo do processo porque tem sede em Londres. O escritório Pogust Goodhead, que representa as vítimas, estima que uma condenação possa chegar à R$ 260 bilhões, resultando em indenizações mais elevadas do que as previstas no acordo firmado no Brasil. Mas com a exigência do termo de quitação final, cada atingido poderá ter que fazer uma opção entre receber agora ou aguardar o resultado do processo inglês.

Na atual etapa do processo inglês, que deve durar até março do próximo ano, os juízes irão determinar se há ou não responsabilidade de a anglo-australiana BHP Billiton. A mineradora sustenta que o processo duplica questões que já estão sendo equacionadas no Brasil. Há um acordo entre as duas acionistas da Samarco – BHP Billiton e Vale – para que, em caso de condenação, cada uma arque com 50% dos valores fixados. O processo ainda deve se arrastar. Mesmo que a responsabilidade da minerador anglo-australiana seja reconhecida, o cronograma do tribunal inglês indica que a análise dos pedidos de indenização individual poderá ocorrer apenas no fim de 2026.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Vazamento de esgoto em Mãe Luiza atinge Areia Preta

Fiscalização da Semurb identifica origem do vazamento que compromete a balneabilidade da praia; CAERN é notificada

A Praia de Areia Preta, em Natal, voltou a ser afetada pela chamada “língua negra”, resultado de um vazamento de esgoto identificado na Rua Atalaia, bairro de Mãe Luiza. A obstrução em um Poço de Visita (PV) fez com que efluentes escoassem para a rede de drenagem pluvial, comprometendo a balneabilidade da praia. A Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizou uma operação de fiscalização nesta quinta-feira (7.nov.2024) para apurar o problema.

Segundo Leonardo Almeida, supervisor geral de fiscalização ambiental da Semurb, a equipe começou a vistoria às 9h, utilizando uma câmera endoscópica para mapear o vazamento. “Nossa equipe realizou uma varredura detalhada do local, monitorando a galeria de drenagem desde a Rua Guanabara até a Rua Atalaia. A origem do esgoto só foi possível a partir da utilização de uma câmera sonda tipo endoscópica”, detalhou Almeida.

A Semurb notificará a Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), que terá um prazo máximo de 72 horas para corrigir a situação. Almeida enfatizou a urgência da intervenção: “Essa correção é essencial para evitar o comprometimento contínuo da balneabilidade da praia e garantir a preservação do meio ambiente.”

A população também é chamada a colaborar, reportando irregularidades na rede de esgoto por meio da Ouvidoria da Semurb, disponível pelo telefone (84) 3616-9829, de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h, ou pelo e-mail [email protected].

Foto: Divulgação/Semurb

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Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Quatro cidades do RN têm situação de emergência reconhecida por seca prolongada

Ministério da Integração autoriza cidades potiguares a solicitarem recursos para ações de combate aos efeitos da seca

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio da Defesa Civil Nacional, reconheceu, nesta terça-feira (5.nov.2024), a situação de emergência em quatro municípios do Rio Grande do Norte. As cidades de Nova Cruz, São Pedro e São Vicente tiveram a emergência decretada devido à seca prolongada, enquanto São Bento do Trairí também obteve o reconhecimento por enfrentar o mesmo fenômeno climático adverso.

A portaria oficializando a situação foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) e permite que essas prefeituras acessem recursos federais para amenizar os impactos da seca em suas regiões.

Com o reconhecimento, as prefeituras podem agora solicitar recursos do Governo Federal para a implementação de medidas de defesa civil, que incluem a distribuição de cestas básicas, água mineral, refeições para trabalhadores e voluntários, kits de higiene pessoal, limpeza de residências e kits para dormitório, entre outros itens essenciais para o suporte às comunidades afetadas.

Até o momento, o Rio Grande do Norte contabiliza 51 reconhecimentos federais de situação de emergência. Desses, 42 são decorrentes de estiagem, oito de seca severa e um por chuvas intensas.

Como solicitar recursos ao Governo Federal

Os municípios em situação de emergência ou estado de calamidade pública podem solicitar recursos para ações de defesa civil diretamente ao MIDR. Esse pedido deve ser formalizado através do Sistema Integrado de Informações sobre Desastres (S2iD), onde as prefeituras submetem planos de trabalho detalhando as necessidades e metas a serem alcançadas.

Após a análise das solicitações, a equipe técnica da Defesa Civil Nacional avalia os valores e objetivos, e, uma vez aprovados, uma nova portaria com o valor autorizado é publicada no DOU, permitindo o repasse dos recursos.

Capacitação para uso do sistema S2iD

Para qualificar agentes municipais e estaduais no uso do S2iD, a Defesa Civil Nacional oferece cursos à distância voltados para servidores das três esferas do governo. Esses treinamentos abordam procedimentos e técnicas para gestão de emergências, possibilitando que as equipes locais estejam mais preparadas para atuar em situações de desastres.

Foto: José Cruz/Agência Brasil

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Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Volume dos reservatórios do RN atinge 67% da capacidade

Dados do Igarn mostram que barragens como Armando Ribeiro Gonçalves e Santa Cruz do Apodi superam marca de 70% de armazenamento

O Instituto de Gestão das Águas do Rio Grande do Norte (Igarn) divulgou que o volume acumulado nos reservatórios do estado atingiu 3.058.490.456 m³, o equivalente a 67,23% da capacidade máxima de 4,54 bilhões de metros cúbicos. Em 2023, na mesma época, os reservatórios somavam apenas 53,88% da capacidade total, um reflexo das dificuldades climáticas enfrentadas no ano anterior. O aumento atual aponta para uma recuperação gradual, o que traz maior segurança hídrica para a população.

A barragem Armando Ribeiro Gonçalves, a maior do estado, acumula atualmente 1.711.800.800 m³, correspondentes a 72,13% de sua capacidade total. Outros mananciais, como a barragem Santa Cruz do Apodi, segunda maior do RN, possuem 444.925.900 m³, ou 74,19% de sua capacidade total. Reservatórios menores também apresentam bons níveis de armazenamento, como o açude Trairi, em Tangará, que atinge 85,70% de sua capacidade.

Contudo, algumas barragens menores ainda enfrentam níveis críticos de armazenamento. Entre elas estão Itans, em Caicó, com apenas 0,45% de sua capacidade, e Passagem das Traíras, em São José do Seridó, com 1,86%. Esses reservatórios demandam atenção das autoridades para assegurar o abastecimento das comunidades locais em caso de estiagem prolongada.

Foto: ASCOM/IGARN

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Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Cidade de São Paulo está em estado de atenção para alagamentos

Três regiões chegaram a ficar em alerta, o mais grave da escala

Todas as regiões da cidade de São Paulo estão em estado de atenção para alagamentos por causa das chuvas que atingem a capital paulista na tarde de hoje (2). Três regiões chegaram a ficar em estado de alerta, o mais grave de uma escala que varia entre observação, atenção, iminência de transbordamento e alerta.

A primeira região a ficar em estado de alerta foi a subprefeitura de Santo Amaro, por causa da iminência de transbordamento do Córrego Água Espraiada, na altura do Piscinão do Jabaquara. O estado de alerta funcionou entre 14h30 e 15h18 nessa região. Na subprefeitura de Itaquera, o estado de alerta funcionou entre 15h18 e 16h17, por causa do transbordamento do Rio Verde.

Já na subprefeitura do Itaim Paulista, houve transbordamento do Córrego Itaim e iminência de transbordamento do Córrego Lajeado e o estado de alerta funcionou entre 15h41 e 16h17.

Neste momento, há cinco pontos de alagamento na cidade, dois deles intransitáveis, localizados na Avenida Engenheiro Billings, na zona oeste da capital, e na Rua Padre Viegas de Menezes, em Itaquera, na zona leste.

Segundo o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE), as áreas de instabilidade formadas pelo ar quente e úmido perderam força na capital, mas novas áreas de instabilidade estão se deslocando das cidades de Jundiaí, Itupeva, Cabreúva e Campo Limpo Paulista para a Grande São Paulo.

Ainda são esperadas chuvas, principalmente no norte e no oeste da região metropolitana. A tendência, informou o órgão, é que as chuvas percam força na próxima hora.

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Afundamento do solo em Maceió: PF indicia 20 pessoas por crimes

Extração de sal-gema causou problema em 5 bairros da capital alagoana

A Polícia Federal (PF) indiciou 20 pessoas foram por crimes relacionados à exploração de sal-gema pela petroquímica Braskem, em Maceió. A PF informou, nesta sexta-feira (1º), que o inquérito foi encaminhado para a 2ª Vara Federal de Alagoas para as “devidas providências”. A extração nas minas de sal-gema na capital alagoana foi feita durante pouco mais de 40 anos e terminou em 2019, após o afundamento do solo em pelo menos cinco bairros e o colapso de uma das minas. Cerca de 60 mil pessoas foram atingidas.

Os nomes das pessoas indiciadas não foram informados pela PF. Em nota encaminhada à Agência Brasil, a assessoria da corporação explicou que “o caso encontra-se sob segredo de justiça decretado pela Justiça Federal”.

Caso a Justiça acolha o inquérito, os indiciados responderão por crimes como exploração de matéria-prima da União, em desacordo com a autorização concedida e com a legislação ambiental; dano qualificado praticado contra o patrimônio da União, Estado e Município; deterioração ou inutilização de bens alheios, crime ambiental com agravante de apresentação de dados falsos e omissão de informações. As penas variam entre reclusão e multas.

De acordo com o Movimento Unificados de Vítimas da Braskem (MUVB), aproximadamente 60 mil pessoas e 15 mil imóveis foram afetados em razão do afundamento do solo, que levou ao desaparecimento dos bairros do Pinheiro, Bebedouro, Mutange, Bom Parto e parte do Farol.

Ainda segundo o movimento, as comunidades dos Flexais, de Quebradas, Marquês de Abrantes, do Bom Parto e a Rua Santa Luzia, na Vila Saem, também foram afetadas. No dia 10 de dezembro de 2023, uma das 35 minas da Braskem ruiu sob a Lagoa Mundaú, no Mutange.

Em setembro deste ano, os moradores realizaram um protesto durante reunião dos ministros da Economia dos países do G20, em Maceió, chamando a atenção para a necessidade de reparação ambiental pelos danos causados pela atividade exploratória da Braskem.

Em julho, a Braskem foi condenada por um tribunal da Holanda a indenizar nove vítimas do afundamento provocado pela extração de sal-gema na capital alagoana.

Na decisão, a Justiça holandesa não fixou valores a serem pagos, mas determinou que as partes entrassem em acordo sobre o quanto deve ser indenizado. A Braskem ainda pode recorrer da decisão. A ação é individual, ajuizada por nove pessoas, mas poderá servir de base para outros processos.

No mesmo mês, durante audiência realizada pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), vinculada à Organização dos Estados Americanos (OEA), vítimas do rompimento de barragens em Mariana e Brumadinho, em Minas Gerais, dos incêndios da Boate Kiss, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, e do Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro, e do afundamento de bairros em Maceió, cobraram a responsabilização pelas tragédias nos âmbitos judicial e legislativo.

“Solicitamos que a comissão inste o Estado brasileiro a restaurar ou reabrir processos penais ou administrativos, estabelecer um efetivo controle social sobre a atividade do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização e análise de riscos e conceber uma legislação específica para casos de tragédias coletivas e de grande impacto social, prevendo mecanismos de prevenção e responsabilização”, disse, na audiência, a advogada Tâmara Biolo Soares, representante da defesa das vítimas.

Foto: Gésio Passos/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Despoluir da FETRONOR certifica frota de ambulâncias do SAMU Natal como não poluente

Com avaliação do programa Despoluir, SAMU Natal é destaque em sustentabilidade e reforça compromisso com a saúde pública e o meio ambiente

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência de Natal (SAMU Natal) agora integra o grupo de instituições parceiras do meio ambiente ao receber o certificado do programa Despoluir, promovido pela Federação das Empresas de Transporte de Passageiros do Nordeste (FETRONOR). A certificação assegura que 100% da frota do SAMU Natal opera de acordo com os padrões ambientais exigidos, sem emitir poluentes atmosféricos, contribuindo para uma cidade mais limpa.

A parceria com a FETRONOR permite que as viaturas, incluindo as Unidades de Suporte Básico (USB) e a Unidade de Suporte Avançado (USA), sejam periodicamente inspecionadas. O trabalho busca avaliar o impacto ambiental do serviço, assegurando a conformidade com as regulamentações ambientais da Resolução CONAMA n.º 418/2009 e da Instrução Normativa IBAMA n.º 6/2010.

“A certificação do SAMU Natal pelo programa Despoluir representa um grande avanço na busca por um transporte mais sustentável e consciente do impacto ambiental,” destaca Samara Freire, coordenadora do programa Despoluir da FETRONOR. “É muito importante vermos um serviço de urgência tão essencial também comprometido com a preservação do meio ambiente. Parabenizamos o SAMU Natal pela conquista e pelo exemplo que oferece à sociedade, mostrando que é possível aliar excelência no atendimento à saúde pública com práticas ambientalmente responsáveis”, afirma Samara.

O programa Despoluir, iniciativa da Confederação Nacional do Transporte (CNT) lançada em 2007, é hoje o maior projeto ambiental do setor de transporte na América Latina. Com mais de 3,3 milhões de avaliações veiculares realizadas, o Despoluir contribui diretamente para a redução de poluentes, otimizando a frota e promovendo o bem-estar das populações urbanas. Com o selo de sustentabilidade, o SAMU Natal se posiciona entre os pioneiros no Nordeste no compromisso com uma saúde pública que respeita o meio ambiente.

A FETRONOR é responsável pela execução do programa nos estados do Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. Nos três estados, a frota aferida atingiu um índice de aprovação de 99,93%, comprovando a não poluição e a contribuição ao meio ambiente.

Fotos: Divulgação

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Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Inmet emite alertas de baixa umidade para 99 cidades do RN

Avisos de baixa umidade, com variação entre 20% e 12%, colocam cidades do Oeste e região Central potiguar em alerta para riscos à saúde e incêndios florestais

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu nesta terça-feira (29.out.2024) dois avisos de baixa umidade para o estado do Rio Grande do Norte. Um alerta laranja, mais severo, abrange 29 municípios concentrados na região Oeste potiguar, onde a umidade relativa do ar deve oscilar entre 20% e 12%, oferecendo riscos para a saúde e aumentando a possibilidade de incêndios florestais. Entre as consequências previstas estão ressecamento da pele, desconforto nos olhos, boca e nariz, além de agravamento de doenças respiratórias.

O segundo aviso, menos grave e de legenda amarela, atinge 70 cidades, incluindo as 29 do alerta laranja. Com níveis de umidade entre 30% e 20%, o alerta cobre áreas do Oeste e parte da região Central do estado, onde os riscos de saúde e de incêndios florestais são considerados moderados. A população das áreas afetadas deve seguir as recomendações do Inmet para minimizar os impactos.

Ambos os avisos começaram ao meio-dia e seguirão até às 19h desta terça-feira. Durante esse período, o Inmet recomenda à população que aumente a ingestão de líquidos, evite atividades físicas intensas e minimize a exposição ao sol durante as horas mais secas e quentes do dia. Em regiões sob o alerta laranja, o uso de hidratantes para pele e a umidificação do ambiente são recomendados, e atividades físicas devem ser evitadas.

Para mais informações, a Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros estão disponíveis para apoio através dos telefones 199 e 193, respectivamente.

Cidades sob aviso de legenda laranja:

  • Água Nova
  • Alexandria
  • Antônio Martins
  • Coronel João Pessoa
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Francisco Dantas
  • João Dias
  • José da Penha
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Paraná
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • São Francisco do Oeste
  • São Miguel
  • Serrinha dos Pintos
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Umarizal
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Cidades sob aviso de legenda amarela:

  • Acari
  • Açu
  • Água Nova
  • Alexandria
  • Almino Afonso
  • Antônio Martins
  • Apodi
  • Augusto Severo
  • Baraúna
  • Caicó
  • Caraúbas
  • Coronel João Pessoa
  • Cruzeta
  • Currais Novos
  • Doutor Severiano
  • Encanto
  • Felipe Guerra
  • Florânia
  • Francisco Dantas
  • Frutuoso Gomes
  • Governador Dix-Sept Rosado
  • Ipueira
  • Itaú
  • Janduís
  • Jardim de Piranhas
  • Jardim do Seridó
  • João Dias
  • José da Penha
  • Jucurutu
  • Lucrécia
  • Luís Gomes
  • Major Sales
  • Marcelino Vieira
  • Martins
  • Messias Targino
  • Mossoró
  • Olho d’Água do Borges
  • Ouro Branco
  • Paraná
  • Paraú
  • Patu
  • Pau dos Ferros
  • Pilões
  • Portalegre
  • Rafael Fernandes
  • Rafael Godeiro
  • Riacho da Cruz
  • Riacho de Santana
  • Rodolfo Fernandes
  • Santana do Matos
  • Santana do Seridó
  • São Fernando
  • São Francisco do Oeste
  • São João do Sabugi
  • São José do Seridó
  • São Miguel
  • São Rafael
  • São Vicente
  • Serra Negra do Norte
  • Serrinha dos Pintos
  • Severiano Melo
  • Taboleiro Grande
  • Tenente Ananias
  • Tenente Laurentino Cruz
  • Timbaúba dos Batistas
  • Triunfo Potiguar
  • Umarizal
  • Upanema
  • Venha-Ver
  • Viçosa

Foto: Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília/Ilustração

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Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Degradação de florestas na Amazônia bate recorde mensal em setembro

Aumento das queimadas contribui para destruir a área verde

A degradação florestal na Amazônia Legal atingiu 20.238 quilômetros quadrados (km²) em setembro de 2024, o que equivale a mais de 13 vezes a área da cidade de São Paulo.

O número representa um aumento de 1.402% em relação a setembro de 2023, quando a degradação detectada foi de 1.347 km². O instituto de pesquisa Imazon apontou que essa foi a maior área atingida – no período de um mês – pelo dano ambiental dos últimos 15 anos. Degradação ambiental é o processo de deterioração do meio ambiente, que pode ser causado por ações humanas ou naturais.

Os dados de desmatamento e degradação florestal na Amazônia, do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), são monitorados pelo Imazon por imagens de satélite desde 2008 e 2009, respectivamente.

O desmatamento corresponde à remoção completa da floresta, enquanto a degradação é um dano causado por queimadas ou pela extração madeireira – não remove toda a vegetação, mas destrói parte dela. A entidade ressalta que ambos ameaçam espécies da fauna e da flora.

“Setembro costuma ser um mês marcado pelo aumento dessas práticas na Amazônia, por estar dentro de um período mais seco. Porém, os números registrados em 2024 são muito mais elevados do que os vistos anteriormente. E a maioria dos alertas ocorreu devido à intensificação dos incêndios florestais”, disse, em nota, a pesquisadora Larissa Amorim, do Imazon.

Ela afirmou que esse pico da degradação é bastante preocupante e que rios importantes da Amazônia estão em situação crítica. O Imazon atribui o resultado do levantamento ao aumento das queimadas causadas pela ação humana e favorecidas pela seca severa na região.

Setembro deste ano foi ainda o quarto mês consecutivo com aumento nas áreas degradadas, o que contribuiu para que o acumulado desde janeiro também fosse o maior dos últimos 15 anos, atingindo 26.246 km². Antes disso, o recorde para o período era de 2022, quando a degradação alcançou 6.869 km².

Estado mais afetado

O estado do Pará concentrou 57% das áreas de florestas degradadas na Amazônia em setembro deste ano. A degradação passou de 196 km² em setembro de 2023 para 11.558 km² no mesmo mês de 2024, área quase 60 vezes maior. Sete dos 10 municípios que mais degradam a região amazônica são paraenses, incluindo São Félix do Xingu (3.966 km²), Ourilândia do Norte (1.547 km²) e Novo Progresso (1.301 km²).

Outros estados com percentuais significativos, segundo o Imazon, de áreas degradadas em setembro foram Mato Grosso (25%), Rondônia (10%), Amazonas (7%). A entidade destacou, também, a situação de Rondônia, onde a degradação passou de 50 km² em setembro de 2023 para 1.907 km² no mesmo mês de 2024, o que representa uma alta de 38 vezes.

“Historicamente, no período de setembro, Mato Grosso costumava liderar como o estado que mais degradava a Amazônia. Porém, em 2024, o Pará surpreendeu com números muito altos. Ainda em setembro, foi decretada situação de emergência e ficou proibido o uso de fogo, mas precisamos que essa decisão seja acompanhada de fiscalização e responsabilização dos culpados para que seja mais eficaz”, observou o coordenador do programa de Monitoramento da Amazônia, do Imazon, Carlos Souza Jr, em nota.

Além disso, o Pará concentra sete das 10 unidades de conservação mais degradadas no período. As quatro primeiras do ranking são Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu, com 1030 km²; Flona do Jamanxim, com 670 km²; APA do Tapajós, com 165 km²; e Flona de Altamira, com 124 km².

Entre as terras indígenas, a Kayapó segue pelo segundo mês consecutivo como a mais degradada, com 3.438 km² afetados. O território concentrou 17% de toda a área com degradação na Amazônia em setembro.

“A permanência dessa terra indígena entre as dez com as maiores áreas degradadas é um forte indicativo de que as medidas para conter o fogo na Amazônia não estão sendo suficientes. A presença desse problema ambiental nas áreas indígenas e unidades de conservação ainda compromete diretamente a biodiversidade local, ameaçando tanto a fauna quanto a flora, e representa um impacto negativo no modo de vida, na subsistência e na saúde das populações tradicionais”, explicou Larissa.

Desmatamento

O desmatamento também cresceu na Amazônia em setembro deste ano e teve o quarto mês consecutivo com alta, após 14 meses corridos de redução de devastação na região. No mês, um território de 547 km² foi desmatado, o que significa a perda 1.823 campos de futebol por dia de floresta, destacou o Imazon. A área foi 0,2% maior do que em 2023, quando foram degradados 546 km².

No acumulado de janeiro a setembro, a área desmatada foi de 3.071 km², a oitava maior da série histórica.

A maioria do desmatamento, em setembro deste ano, ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse (61%). O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos (30%), Unidades de Conservação (7%) e Terras Indígenas (2%).

Dos nove estados que compõem a Amazônia Legal, três concentraram 83% de todo o desmatamento identificado em setembro. O Pará liderou com 52% do desmatamento, seguido pelo Amazonas (16%) e pelo Acre (15%). Sete dos dez municípios que mais desmataram são paraenses.

Assentamentos

O Pará reúne ainda sete dos dez assentamentos e sete das dez unidades de conservação com as maiores áreas desmatadas. Já entre as dez terras indígenas mais desmatadas, três estão integralmente no Pará e outras três têm parte da sua área no estado.

“No mês de setembro, o território paraense liderou o desmatamento destruindo uma área correspondente a 970 campos de futebol de floresta por dia. Todo esse impacto está refletido nos municípios, assentamentos, unidades de conservação e terras indígenas. Por isso, é urgente investir em ações eficazes e integradas que protejam a região, como o investimento nos órgãos ambientais de fiscalização”, disse Carlos Souza.

Ele avalia que, dessa forma, será possível combater as mudanças climáticas que são impulsionadas pela retirada de vegetação e oferecer uma maior proteção à biodiversidade e aos povos que habitam a floresta. Outro ponto de atenção, de acordo com os pesquisadores do instituto, é a busca de alternativas para reduzir os impactos das queimadas que já ocorreram tanto na cobertura florestal quanto nas populações.

Foto: Polícia Federal/divulgação

Da Agência Brasil

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MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

MPF pede que Ibama reassuma controle da engorda de Ponta Negra

Órgão aponta irregularidades na fiscalização de dragagem em Ponta Negra e alerta para danos ambientais sem controle federal; Justiça será acionada

O Ministério Público Federal (MPF) ingressou com uma ação civil pública para que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) retome o controle da obra de engorda da praia de Ponta Negra, em Natal. A decisão visa garantir a legalidade e a segurança ambiental do projeto, que tem gerado diversas controvérsias e preocupações. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (25.out.2024).

O MPF argumenta que a delegação da fiscalização da obra ao Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) tem sido marcada por irregularidades, pressões políticas e falta de capacidade técnica, colocando em risco o meio ambiente e a eficácia da obra.

Irregularidades e pressões políticas

A ação do MPF destaca uma série de irregularidades na condução do projeto, como a utilização de areia de uma jazida não licenciada e a emissão da licença de instalação e operação sob forte pressão política. Além disso, o Idema enfrenta dificuldades para cumprir as condicionantes do licenciamento, devido à falta de recursos humanos qualificados e à interferência de interesses externos.

O MPF ressalta que a invasão da sede do Idema por manifestantes e políticos, a pressão da Procuradoria-Geral do Município e as decisões judiciais que favorecem a obra, mesmo diante de evidentes irregularidades, demonstram a fragilidade do processo de licenciamento e a necessidade da intervenção do Ibama.

Riscos ambientais e sociais

A obra de engorda da praia de Ponta Negra tem gerado impactos ambientais significativos, como o aumento da erosão, a alteração do ecossistema marinho e o aumento do número de animais marinhos encalhados. Além disso, a falta de controle sobre a qualidade da areia utilizada na obra pode comprometer a sua durabilidade e eficácia.

A ação do MPF alerta para os riscos de prejuízos irreversíveis ao meio ambiente e à comunidade local, caso a obra não seja conduzida de forma adequada e transparente.

Foto: Abraão Júnior/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Praia de Areia Preta continua imprópria para banho

Boletim do Programa Água Azul confirma Areia Preta como área não recomendada para banho na capital potiguar; águas foram avaliadas por critérios de coliformes

A qualidade das águas para banho em Natal voltou a ser alvo de preocupação. De acordo com o mais recente boletim de balneabilidade, divulgado nesta sexta-feira (25.out.2024) pelo Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN) e pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema), a praia de Areia Preta é a única considerada imprópria para banho na capital potiguar.

A classificação das praias como próprias ou impróprias para banho é realizada com base na análise da quantidade de coliformes termotolerantes presentes na água. Esses microrganismos são indicadores de contaminação fecal e podem causar doenças como gastroenterites.

O boletim de balneabilidade leva em consideração um histórico de cinco semanas de análises, garantindo assim uma avaliação mais precisa da qualidade da água. É importante ressaltar que a validade do boletim é de uma semana, sendo necessário realizar novas coletas e análises para atualizar as informações.

Impacto na saúde pública

A presença de coliformes fecais na água da praia de Areia Preta representa um risco à saúde dos banhistas, especialmente crianças e idosos, que são mais suscetíveis a infecções. O contato com águas contaminadas pode causar diversas doenças, como diarreia, vômitos e infecções de pele.

Monitoramento contínuo

Para garantir a segurança dos banhistas, é fundamental que o monitoramento da qualidade das águas seja realizado de forma contínua. Os órgãos ambientais responsáveis devem intensificar as ações de fiscalização e identificar as fontes de contaminação para que medidas eficazes sejam adotadas para solucionar o problema.

Recomendações

Diante da situação, recomenda-se que a população evite o banho na praia de Areia Preta até que a qualidade da água seja restabelecida. É importante que as autoridades competentes investiguem as causas da contaminação e adotem as medidas necessárias para garantir a balneabilidade da praia.

Foto: Sandro Menezes/Governo do RN/Ilustração

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Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Semurb notifica Caern por lançamento irregular de esgoto em Ponta Negra e exige ações imediatas

Secretaria Municipal de Meio Ambiente toma medidas para remediar danos ambientais e garantir a segurança pública na praia

Fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) realizaram uma vistoria emergencial na Praia de Ponta Negra, em Natal, nesta quinta-feira (24.out.2024), após denúncias de lançamento irregular de esgoto na faixa de areia. O problema, originado por uma falha na estação elevatória de esgoto da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), resultou no escoamento de efluentes sobre o aterro hidráulico recentemente liberado para a população.

Logo pela manhã, a equipe de fiscalização da Semurb esteve no local para avaliar a extensão dos danos e coletar amostras para análise laboratorial. Segundo a Semurb, o objetivo da análise é obter um laudo detalhado sobre a composição dos efluentes lançados e os possíveis impactos ambientais causados. Além disso, a Caern foi notificada e autuada, conforme o Decreto Federal 6.514/2008, artigo 62, por não prevenir o lançamento irregular que comprometeu a saúde da praia.

De acordo com o supervisor de fiscalização ambiental da Semurb, Leonardo Almeida, a Caern recebeu a exigência de realizar a limpeza completa da área afetada em até 48 horas. “A companhia deve remover todos os resíduos acumulados e implementar medidas preventivas para evitar novos vazamentos de esgoto, assegurando a proteção da praia e dos frequentadores”, destacou Almeida.

Além das medidas imediatas, a Semurb reforçou que o lançamento irregular de esgoto em áreas de praia é uma grave infração à legislação ambiental e representa um sério risco à saúde pública. A multa por infrações desse tipo pode variar entre R$ 5.000 e R$ 50 milhões, dependendo da gravidade dos danos.

A Semurb continuará monitorando a área, tomando todas as providências legais necessárias para garantir a preservação ambiental e a segurança dos visitantes. A população também pode contribuir denunciando casos semelhantes pelo telefone da Ouvidoria da Semurb, (84) 3616-9829, ou pelo e-mail [email protected]. As denúncias são recebidas de segunda a sexta-feira, das 8h às 14h.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Natal

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Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Incêndio criminoso atinge Parque das Dunas em Natal

Autoridades investigam origem do incêndio que ameaça fauna e flora da Unidade de Conservação

Um incêndio de origem criminosa foi identificado nesta quinta-feira (24.out.2024) no Parque Estadual Dunas de Natal, uma das principais áreas de preservação ambiental da cidade. As chamas foram detectadas nas proximidades do cercamento da Via Costeira, e equipes de monitoramento, Corpo de Bombeiros e o Batalhão de Policiamento Ambiental (BPAMB) estão atuando para conter o fogo e evitar maiores danos à fauna e flora.

Segundo os agentes de segurança, indícios apontam para a ação criminosa, com recipientes de líquido inflamável encontrados próximos ao local. O Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do Rio Grande do Norte (Idema) está conduzindo investigações em parceria com as autoridades para identificar os responsáveis.

O Parque das Dunas, reconhecido como uma das maiores Unidades de Conservação urbanas do Brasil, permanece aberto ao público, e as áreas afetadas pelo incêndio estão sob monitoramento para garantir a segurança de todos os visitantes. Em nota, o Idema reforçou a importância da denúncia de atividades suspeitas nas proximidades do parque, solicitando à população que ligue para o número 190 em caso de irregularidades.

Foto: Reprodução

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Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Incêndio na Serra do Lima é controlado após 24 horas de combate

Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte e voluntários atuam para debelar fogo em área de vegetação densa em Patu

Após mais de 24 horas de intenso combate, o incêndio que atingiu a vegetação da Serra do Lima, no município de Patu, a 320 km de Natal, foi controlado nesta quarta-feira (23.out.2024). De acordo com o Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte, o fogo foi inicialmente contido por volta das 13h, mas pequenos focos ainda persistiam. Durante vistorias feitas na madrugada desta quinta-feira (24.out), não foram encontrados novos focos.

A operação para debelar as chamas contou com a participação de pelo menos 15 bombeiros, além do apoio de voluntários locais e unidades de cidades vizinhas. Uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o Potiguar 01, foi utilizada para auxiliar no combate ao fogo em áreas de difícil acesso, como regiões íngremes e cobertas por vegetação densa.

Apesar da gravidade do incêndio, não houve vítimas ou danos a edificações. As causas do incêndio ainda não foram divulgadas pelas autoridades, mas o monitoramento na região continuará ao longo do dia para evitar novos focos.

Vale lembrar que, em 2019, a Serra do Lima enfrentou outro grande incêndio que ameaçou o Santuário do Lima, principal ponto turístico da região. Na ocasião, 45 bombeiros e voluntários levaram 15 dias para controlar totalmente as chamas.

Foto: Divulgação

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Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Bombeiros tentam combater incêndio na Serra do Lima

Incêndio de grandes proporções em Patu está sendo contido com apoio de voluntários e equipe aérea para conter o avanço das chamas em áreas de difícil acesso

O Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) está atuando desde a manhã desta terça-feira (22.out.2024) no combate a um incêndio de grandes proporções que atinge a Serra do Lima, no município de Patu, localizado a 320 km de Natal. Até o momento, não há registros de vítimas ou edificações danificadas pelo fogo, mas a situação permanece crítica, com as chamas sendo monitoradas continuamente.

Cerca de 15 bombeiros estão no local, contando com o apoio de equipes de municípios vizinhos e voluntários da região. A operação também inclui o Centro Integrado de Operações Aéreas (CEIOPAR), que enviou a aeronave Potiguar 01 para auxiliar no combate às chamas em áreas de difícil acesso devido à topografia montanhosa e à vegetação densa.

O subcomandante do Corpo de Bombeiros, Franklin Araújo, destacou a colaboração da comunidade local no combate ao incêndio. “A prefeitura está apoiando com equipamentos, viaturas e pessoas da região que conhecem bem a área da Serra do Lima, ajudando os bombeiros a se deslocarem com segurança e evitando que fiquem cercados pelas chamas”, afirmou.

O comandante-geral do CBMRN, coronel Luiz Monteiro, reforçou o empenho das equipes e ressaltou a necessidade de ação rápida. “Estamos empregando todos os recursos disponíveis para conter o incêndio o mais rápido possível. Nossas equipes estão trabalhando incansavelmente para evitar que o fogo se alastre ainda mais”, afirmou.

Fotos: Divulgação

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Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Maré alta em Natal causa interdição de barracas e demolição de estruturas na Redinha

Defesa Civil de Natal interditou 14 barracas e demoliu duas estruturas devido ao risco de desabamento causado pelo avanço do mar

A força da maré alta registrada desde a madrugada desta quinta-feira (17.out.2024) levou a Prefeitura de Natal a reforçar as medidas de contenção nas barracas da Praia da Redinha. A Defesa Civil Municipal interditou 14 barracas, notificou quatro proprietários e determinou a demolição de duas estruturas devido ao risco iminente de desabamento.

Segundo a tábua de marés, a preamar alcançou 2,6 metros, o que intensificou as ações preventivas dos órgãos municipais para garantir a segurança dos frequentadores da orla. O avanço do mar afetou diretamente 14 estruturas, das quais duas precisaram ser demolidas, enquanto as demais permanecem interditadas.

Além da Redinha, a Secretaria de Infraestrutura (Seinfra) segue monitorando toda a extensão da orla de Natal, de Ponta Negra à Redinha, reforçando as áreas mais afetadas com sacos de areia. A Defesa Civil alerta que o período de maior risco se estenderá até o próximo domingo (20), e as pessoas notificadas foram orientadas a deixar as áreas de risco. Algumas, no entanto, decidiram permanecer, mesmo com a oferta de abrigo temporário.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Prefeitura de Natal intensifica medidas de proteção na orla devido à iminência de marés altas

Álvaro Dias anuncia reforço no monitoramento e proteção da orla de Natal, com ações preventivas para minimizar impactos ambientais e garantir a segurança do turismo local

Com a previsão de marés altas entre os dias 17 e 19 de outubro, a Prefeitura de Natal, sob a gestão do prefeito Álvaro Dias, está intensificando as medidas de proteção na orla da cidade. O anúncio foi feito em uma reunião com representantes do setor turístico nesta terça-feira (15.out.2024), no Palácio Felipe Camarão, onde foram discutidas ações em curso e novas propostas para reduzir os danos causados pela força das águas. A preocupação principal é com a conservação do patrimônio ambiental e turístico, especialmente em áreas de grande fluxo como Ponta Negra.

De acordo com a Capitania dos Portos, a previsão aponta um agravamento da situação, o que motivou a prefeitura a reforçar o monitoramento com equipes da Guarda Municipal e a instalação de barreiras de sacos de areia ao longo da costa. “Estamos atuando intensamente para proteger a nossa orla. Nossa prioridade é garantir a segurança do ambiente natural e do turismo, fundamentais para a economia da cidade”, afirmou Álvaro Dias.

Equipes da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seinfra), Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) e Defesa Civil irão realizar uma nova vistoria para identificar áreas de risco e implementar medidas de contenção. Carlson Gomes, secretário da Seinfra, explicou que já foram instaladas barricadas em diversas áreas, e destacou a recuperação de dissipadores na drenagem de Ponta Negra como parte das ações de mitigação.

Outro ponto de destaque foi o avanço das obras de engorda da Praia de Ponta Negra, que já alcançaram 20% de execução, com a conclusão prevista para os próximos 70 dias. O projeto inclui a dragagem e aterro hidráulico, criando uma faixa de areia de até 100 metros durante a maré seca, o que trará mais segurança e fomentará o turismo na região. A prefeitura também planeja expandir esse tipo de intervenção para outras partes da orla.

Foto: Emanuel Amaral/Secom

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Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Caicó registra temperatura de 40,1ºC e se aproxima de recorde histórico

Município do Seridó registrou temperaturas acima do normal, chegando perto da maior marca já registrada em quase 30 anos de monitoramento

A cidade de Caicó, no Seridó potiguar, vive dias de calor intenso. Na última quarta-feira (9), a estação climatológica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) registrou uma temperatura de 40,1ºC, quase alcançando o recorde de 40,9ºC, estabelecido em outubro de 2023. Esse calor extremo marca um dos períodos mais quentes já registrados na cidade em quase 30 anos de monitoramento.

Tácio Henrique, observador climatológico responsável pelas medições, destacou que os dados são coletados três vezes ao dia e que, historicamente, o mês de outubro tende a concentrar as temperaturas mais altas. “Este é o período em que registramos as maiores temperaturas. No ano passado, em outubro, atingimos a maior marca desde 1995, e existe a possibilidade de repetirmos esse feito nos próximos dias”, afirmou Tácio.

O fenômeno das altas temperaturas, segundo a professora e climatologista Rebecca Luna, está diretamente relacionado à combinação de fatores como o aumento da insolação e a redução significativa das chuvas. “A primavera, na nossa região, é marcada por uma maior incidência de luz solar e baixa nebulosidade, o que resulta em poucas chuvas e altas temperaturas. Isso cria as condições ideais para o calor extremo que estamos vivenciando”, explicou a professora.

As autoridades de saúde da região orientam a população a tomar medidas preventivas, como o aumento da ingestão de líquidos e a redução de atividades físicas intensas durante os horários de pico de calor.

Foto: Paulo H. Carvalho/Agência Brasília

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Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Registro de queimadas em setembro é 30% maior que a média do mês

Previsão é de que 2024 terá o maior número de focos desde 2010

Dados do Programa Queimadas, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), já colocam 2024 como um dos anos com maior quantidade de focos de queimada na última década. Setembro já contabilizou mais de 80 mil focos, cerca de 30% acima da média histórica, registrada desde 1998 pelo Inpe. Mesmo que a quantidade de focos não extrapole as médias históricas nos últimos três meses do ano, 2024 terá o maior número de focos desde 2010, quando o Brasil teve 319.383 registros.

Os dados indicam que essa média pode ser superada, pois o mês de setembro teve aumento de 311%, passando de 18 mil focos em 2023 para 75 mil em 2024.

Centro-Oeste puxa altas

O levantamento do Inpe indica aumento consistente nos focos em todas as regiões do país, em relação a 2023, com destaque para o Centro-Oeste, que teve três unidades com mais aumentos neste ano: Mato Grosso do Sul, com 601% e 11.990 focos em 2024; o Distrito Federal, com 269%, ainda que com apenas 318 focos; e Mato Grosso, 217%, com 45 mil focos, tornando-se o estado com o maior número no país neste ano, ultrapassando o Pará. Os números em Mato Grosso são mais fortes em setembro, quando foi responsável até agora por 23,8% dos focos do país ou 19.439 registros. O Pará também teve grande quantidade de queimadas no mês: 17.297 focos, ou 21,2% de todos os registros.

Completam o ranking dos maiores aumentos dois estados do Sudeste, com números totais de queimadas menos representativos, porém com grande aumento: São Paulo e o Rio de Janeiro. O aumento para os paulistas foi de 428% em setembro, com 7855 focos ativos. No Rio, foi de 184%, ou 1074 focos.

Em São Paulo, grande parte dos focos esteve concentrada em setembro, quando o estado registrou 2.445 focos ativos, 3% das ocorrências em todo o território nacional. Nas últimas 48 horas, o estado registrou 65 focos ativos, de acordo com o Inpe. A Defesa Civil estadual informou que quatro municípios registraram focos nesse domingo (29), entre eles Luiz Antônio, na região de Ribeirão Preto, onde o combate se concentra na Estação Ecológica do Jataí. Somente lá atuam 133 agentes, entre defesa civil, bombeiros, brigadistas e voluntários. São 42 veículos, entre caminhões pipa, tratores e camionetes 4×4. Usinas da região uniram-se à força-tarefa enviando brigadistas e veículos de apoio. Seis aeronaves, sendo quatro aviões e dois helicópteros, também foram mobilizados nessa frente.

Desde o começo das medições, o país teve mais de 300 mil focos apenas em seis anos: 2002, 2003, 2004, 2005, 2007 e 2010. Neste ano de 2024 caminha para a volta dessa marca. Com seus 208 mil focos registrados, está atrás somente dos totais de 2020, com 222.797 focos, e 2015, com 216.778, considerando apenas os últimos dez anos.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom

Da Agência Brasil

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Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Incêndios e seca na Amazônia e no Pantanal batem marcas históricas

Desde o início dos registros, 2022 teve maior número de queimadas

Os focos de incêndio e a seca que atingem há mais de dois meses o Pantanal e a Amazônia já podem ser considerados os maiores das séries históricas. Alguns estados da Amazônia Legal concentram mais de 80% de todos os focos de incêndios ocorridos no Brasil nas últimas 24 horas. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e se referem aos estados do Acre, do Amazonas, do Maranhão, de Mato Grosso, do Pará e de Rondônia.

Segundo o Inpe, em setembro, até o dia de ontem (22), o estado do Amazonas registrava 6.054 focos de incêndio, totalizando, de janeiro até agora 21.289 focos de incêndio. Desde 1988, quando começaram os registros, o recorde era o ano de 2022, com 21.217 focos registrados durante todo o ano.

No Acre, desde o início de setembro, foram registrados mais de 3 mil focos de incêndio. O grande volume fez com que o Ministério Público (MP) do Acre entrasse na última sexta-feira (20) com ação civil pública pedindo que o Estado adote medidas efetivas para combater os incêndios no território.

Entre as medidas propostas pelo MP, estão a deflagração de força-tarefa em 5 dias para ações de combate a incêndios; a proibição imediata do uso do fogo na agricultura até o fim da tramitação da ação; aparelhamento imediato das equipes de combate a incêndios com equipamentos adequados e capacitação contínua; autorização para locação emergencial de maquinário para combate a incêndios; convocação imediata dos aprovados no concurso público para soldados do Corpo de Bombeiros; embargo ambiental imediato de imóveis com desmatamento ilegal, bloqueio de cadastros ambientais e investigação administrativa e abstenção de regularização fundiária de imóveis com desmatamento ilegal.

Em Mato Grosso, os brigadistas combateram mais de 50 focos de incêndio, apenas neste domingo (22). O estado, que abriga os biomas Amazônia, Cerrado e Pantanal, passa por uma situação crítica, com o fogo atingindo várias terras indígenas.

Em diversos estados dos biomas Pantanal e Amazônia, os rios também passam por seca intensa, e vários atingiram volumes menores que os mínimos históricos registrados.

Dados do Inpe mostram que o número de dias de estiagem consecutivos aumentou no Brasil nas últimas décadas, passando de 80 a 85 dias, em média, na década de 1990 para cerca de 100 dias, na última década, especialmente nas áreas que abrangem o norte da Região Nordeste e o centro do país.

No sábado (21), o Rio Paraguai, no trecho de Cáceres, a 250 quilômetros de Cuiabá, atingiu 35 cm de profundidade, o nível mais baixo de água dos últimos dois anos. De acordo com o Centro de Hidrografia e Navegação do Oeste, da Marinha do Brasil, o nível esperado para esta época do ano é de 1,54 metro (m).

“No braço direito do Amazonas e do Pantanal temos vários pontos que já atingiram seca extrema e também mínima histórica. O Rio Acre, na cidade de Rio Branco, já atingiu a mínima histórica”, disse à Agência Brasil o coordenador do Sistema de Alerta Hidrológico do Serviço Geológico Brasileiro (SGB), Artur Matos.

Dados do SGB mostram que, com descidas diárias de 24 centímetros, o Rio Negro chegou, nesta segunda-feira (23) em Manaus, à marca de 14,5 m, o que reafirma a situação de seca. Em Manacapuru, próximo a Manaus, O Rio Solimões atingiu a cota de 4,29 m, configurando situação de seca extrema.

Em Tabatinga, o Rio Javari registrou cota negativa de 17,1 cm. No Amazonas, em Manacapuru, cortada pelo Rio Solimões, a situação é de seca. Já nos municípios de Itapéua, cortado pelos rios Solimões e Coari; Itaituba, margeado pelo rio de mesmo nome e Fonte Boa, cortado pelo Rio Solimões, os níveis dos rios já atingiram o menor nível histórico.

“Manacapuru e Manaus têm grandes chances de atingir mínima histórica. Humaitá, que fica depois de Porto Velho, está em seca extrema e atingindo a mínima histórica”, continuou Matos.

Nesta segunda-feira, a cota do Rio Madeira, em Porto Velho, atingiu 35 cm, o menor nível histórico, desde 1967. Em Ji-Paraná, o Rio Ji-Paraná atingiu a 6,08 m, situação de seca extrema.

No Rio Acre, que corta a capital acriana, Rio Branco, a cota registrada foi de 1,31 m, próximo da marca mínima histórica de 1,24 m, registrada em 2022.

De acordo com o SGB, no Pantanal, os rios seguem em ritmo de descida e estão abaixo da faixa da normalidade na maioria das estações. Em Ladário, Mato Grosso do Sul – estação de referência – a cota chegou a -38 cm, décima mínima histórica. Os níveis mais baixos, de -61 cm e -60 cm, foram observados em 1964 e 2021, respectivamente.

“No Pantanal, tem Barra do Bugres, que também já atingiu a mínima histórica e a Estação de Ladário, que é a mais antiga do Brasil e referência do Pantanal, com 124 anos de dados históricos, ainda não atingiu o mínimo histórico, mas faltam aproximadamente 20 cm para atingir a mínima histórica”, lamentou Matos.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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