Saúde

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Chuvas alagam Hospital dos Pescadores em Natal e interrompem atendimentos emergenciais

Chuvas alagam Hospital dos Pescadores em Natal e interrompem atendimentos emergenciais

Unidade nas Rocas suspendeu serviços após entrada de água; Maternidade Araken Pinto também teve setores afetados

As fortes chuvas que atingiram Natal na madrugada e manhã desta quarta-feira (18.jun.2025) provocaram alagamentos no Hospital dos Pescadores, localizado no bairro das Rocas, Zona Leste da capital. Em decorrência da entrada de água na unidade, os atendimentos foram suspensos temporariamente no início da manhã.

Um vídeo divulgado pelo Sindicato dos Servidores da Saúde do Rio Grande do Norte (Sindsaúde) mostrou funcionários atuando na limpeza das áreas internas afetadas pela enchente. De acordo com o diretor do sindicato, Paulo Martins, o acúmulo de água impediu até mesmo a entrada de ambulâncias no hospital.

“Natal não tem estrutura para tanta chuva. Todo mundo viu a calamidade que ficou nas Rocas. Alagou tudo, adentrando água ao Hospital dos Pescadores, prejudicando atendimento à população. Ambulâncias não podiam encostar. Situação crítica e caótica quando acontece um dia de chuva como este”, declarou Martins em entrevista à TV Tropical.

Após a redução das chuvas e o escoamento da água, os atendimentos na unidade foram parcialmente retomados no final da manhã, com foco exclusivo em emergências. Segundo servidores, os serviços ambulatoriais seguem suspensos por tempo indeterminado devido aos danos causados nos setores afetados.

O que diz a Secretaria de Saúde

Em nota oficial, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que o hospital está realizando acolhimento apenas para casos de emergência e risco de vida, além de continuar a assistência aos usuários já admitidos na unidade.

A pasta orienta os usuários que busquem atendimento nas quatro Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, caso necessário. Ainda segundo a SMS, uma equipe do Departamento de Infraestrutura Física e Logística (DIFT) foi acionada para identificar e realizar os reparos nas estruturas atingidas “o mais breve possível”, com o objetivo de minimizar os impactos da situação.

Maternidade Araken Pinto também registra alagamentos durante a chuva

A Maternidade Dr. Araken Irerê Pinto, no bairro Tirol, também foi afetada pelas chuvas desta quarta-feira (18). De acordo com servidores e imagens divulgadas nas redes sociais, houve alagamentos em setores como o Centro Obstétrico e a Central de Material da unidade. Vazamentos no telhado também foram registrados.

O Sindsaúde cobrou providências da Prefeitura de Natal diante das condições de trabalho enfrentadas por servidores e usuários durante o episódio.

Em nota, a SMS confirmou que parte do prédio foi atingida pelas chuvas. Apesar disso, os atendimentos seguem normalmente na unidade. Os exames laboratoriais, no entanto, estão sendo encaminhados ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Lacen), devido aos transtornos causados pelas chuvas.

A pasta reiterou que o DIFT também foi acionado para identificar os danos estruturais na maternidade e realizar os reparos necessários.

Além disso, informou que os pacientes do bairro Ribeira podem procurar atendimento nas UPAs da cidade ou, em casos de emergência, se dirigir ao Hospital dos Pescadores, que está priorizando esse tipo de acolhimento.

Foto: Elpídio Júnior/Câmara de Natal/Ilustração / Reprodução

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Com 85% do público alvo vacinado, campanha contra HPV ganha força no São João

Com 85% do público alvo vacinado, campanha contra HPV ganha força no São João

“É o momento ideal para alcançar jovens e famílias com informação e prevenção”, diz Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN, sobre campanha de vacinação

Com a chegada das comemorações de São João, o clima de festa também representa uma oportunidade para fortalecer a conscientização sobre saúde e prevenção de ISTs. Em meio à intensa interação social junina, especialistas em Saúde destacam que é fundamental fortalecer a divulgação da vacinação contra o vírus do HPV, especialmente entre jovens e adolescentes que frequentam os festejos.

Segundo o Ministério da Saúde, estima-se que entre 9 e 10 milhões de brasileiros já estejam infectados pelo HPV, com aproximadamente 700 mil novos casos surgindo a cada ano, principalmente pela transmissão por contato sexual. Dentre os desdobramentos mais graves que o vírus pode trazer, estão os cânceres de colo do útero, garganta, ânus e pênis. E a forma mais eficaz de proteção é a vacinação precoce, recomendada a partir dos 9 anos para meninas e meninos.

Robinson Dias, presidente da da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do RN (Sogorn), enxerga o mês de junho como uma oportunidade estratégica para ampliar o alcance das campanhas de vacinação.

“Este é um período em que há grande mobilização social, especialmente nas escolas e comunidades. Levar informações sobre a importância da imunização contra o HPV nesse contexto é uma maneira eficaz de alcançar pais, responsáveis e adolescentes, reforçando que a vacina é segura, gratuita e essencial para a prevenção de diversos tipos de câncer no futuro”, explica.

Dados recentes confirmam que esforços para ampliar a cobertura vacinal já têm trazido resultados positivos. Em 2024, quase 85% do público-alvo recebeu ao menos uma dose da vacina contra o HPV. Entre adolescentes de 14 anos, a cobertura ultrapassou 96%, consolidando um avanço significativo na prevenção de doenças futuras.

Como acessar a vacina?

A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) de todo o país. O imunizante é ofertado para meninas e meninos de 9 a 14 anos, independentemente de já terem iniciado a vida sexual. Para se vacinar, basta comparecer à unidade de saúde mais próxima com um documento de identidade e a caderneta de vacinação.

O esquema vacinal varia de acordo com a faixa etária: crianças e adolescentes de 9 a 14 anos recebem duas doses, com um intervalo de seis meses entre elas. Já indivíduos com imunossupressão, incluindo pessoas vivendo com HIV, devem tomar três doses, conforme orientação médica.

Vacina nonavalente

Além da vacina quadrivalente disponível na rede pública, uma nova versão, a vacina nonavalente, que oferece proteção contra nove subtipos do HPV, já está disponível na rede privada. Essa versão amplia a cobertura contra o vírus, mas ainda não foi incorporada ao SUS, estando acessível apenas mediante pagamento em clínicas particulares.

Foto: Divulgação

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Aplicativo inovador para ortodontia desenvolvido na UnP recebe registro definitivo do INPI

Aplicativo inovador para ortodontia desenvolvido na UnP recebe registro definitivo do INPI

Ferramenta incentiva novas parcerias em inovação voltadas à saúde bucal

O Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB-UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, celebra uma importante conquista na área da saúde digital.

O mestrando Wolney de Almeida Junior, do Mestrado Profissional em Biotecnologia, obteve o certificado de registro definitivo de programa de computador pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) para um aplicativo web voltado ao acompanhamento de tratamentos ortodônticos.

Intitulado “Desenvolvimento de um Aplicativo Web para Auxílio e Acompanhamento de Tratamento Ortodôntico”, o projeto é resultado de uma trajetória marcada pela integração entre prática clínica, pesquisa aplicada e inovação tecnológica.

A proposta nasceu da experiência de Wolney como ortodontista e foi desenvolvida em parceria com sua orientadora, a professora doutora Deborah de Melo Magalhães Padilha, com a colaboração do professor Giuliani Garbi, também do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da UnP.

Com interface intuitiva e recursos que aliam ciência de dados e biotecnologia, o aplicativo permite um acompanhamento mais dinâmico, preciso e personalizado do tratamento ortodôntico. A ferramenta digital auxilia tanto os profissionais quanto os pacientes, promovendo maior engajamento e eficiência nos protocolos clínicos.

“Esse tipo de resultado reflete a vocação do nosso programa para a inovação com impacto real na sociedade. Ver um projeto desenvolvido dentro da universidade ganhar registro oficial e caminhar para o mercado é motivo de orgulho para toda a equipe docente e discente da UnP”, afirma a coordenadora do PPGB/UnP, professora doutora Amalia Rêgo.

O registro oficial do software no INPI consolida o potencial da iniciativa e amplia suas perspectivas de crescimento, fortalecendo a conexão entre academia e mercado e incentivando novas parcerias em inovação voltadas à saúde bucal.

“Mais do que um sistema digital, desenvolvemos uma ferramenta de apoio real ao profissional e ao paciente. Esse produto é a consolidação de um sonho que começou no consultório, ganhou forma no laboratório e foi desenvolvido durante o mestrado na UnP em parceria da orientadora, professora Deborah com o professor, também do programa em Biotecnologia da UnP, Giuliani Garbi. Agora o registro no INPI, entra para a história da inovação em saúde bucal”, destaca Wolney.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Fotos: Divulgação

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Hospitais públicos do RN enfrentam crise de desabastecimento e risco à segurança dos pacientes

Hospitais públicos do RN enfrentam crise de desabastecimento e risco à segurança dos pacientes

Relatórios do Cremern apontam falta de insumos, medicamentos e exames nos hospitais Walfredo Gurgel e Tarcísio Maia, com impacto direto nos atendimentos de urgência

Relatórios elaborados pelo Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Norte (Cremern) apontam falhas graves nos hospitais da rede estadual de saúde, com desabastecimento de medicamentos e insumos essenciais, comprometimento de exames laboratoriais e riscos diretos à segurança de pacientes. A situação foi identificada durante vistorias realizadas no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e no Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

Diante do cenário, o Cremern protocolou uma Reclamação Pré-Processual na Justiça Federal em 3 de junho de 2025, solicitando providências por parte do Governo do Estado. Segundo o conselho, passados 10 dias, não houve melhora na situação das unidades vistoriadas.

No Walfredo Gurgel, relatório de vistoria realizada no dia 26 de maio aponta falta de antibióticos de amplo espectro (como Meropenem e Polimixina), trombolíticos (como Alteplase), anestésicos, analgésicos, anti-inflamatórios e insumos básicos como seringas, agulhas e álcool 70%. No setor de oftalmologia, não havia colírios nem pomadas anestésicas. Já na ala de queimados, faltavam lâminas específicas para o funcionamento do dermátomo elétrico, essencial para cirurgias em pacientes graves.

Segundo o Cremern, a falta desses materiais prolonga internações, eleva o risco de infecções hospitalares e pode resultar em mortes evitáveis. A gestão hospitalar atribui parte do problema à instabilidade de recursos da Fonte 500 (estadual), responsáveis pelo financiamento de muitos dos insumos em falta. Um processo licitatório estaria em andamento, mas sem previsão de conclusão.

O relatório aponta ainda que a escassez atinge diretamente o setor de urgência e emergência. A equipe médica da ala de queimados relatou que tem arcado pessoalmente com a compra de materiais básicos para a realização de curativos. O mês de junho, historicamente marcado pelo aumento de casos de queimaduras graves, agrava a preocupação.

Em Mossoró, no Hospital Regional Tarcísio Maia, vistoria feita em 5 de fevereiro identificou 29 leitos de UTI, dos quais um estava bloqueado por falta de insumos. A Central de Abastecimento da unidade apresentava desabastecimento relevante, com pedidos de reposição feitos à Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat) em janeiro parcialmente atendidos. A direção do hospital relatou à equipe de fiscalização a paralisação de uma reforma estrutural e a adoção de compra emergencial com dispensa de licitação como alternativa provisória.

O Cremern afirma que o problema de abastecimento se estende a outras unidades da rede estadual. O Hospital Santa Catarina, por exemplo, estaria com a UTI em funcionamento precário, segundo relatos colhidos pelo conselho.

Relatório aponta dívida de R$ 4,1 milhões com fornecedores

Um memorando da Divisão da Farmácia do Walfredo Gurgel, assinado por Thiago Alessandro Bezerra de Sá e enviado à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) em 26 de maio, reconhece o quadro crítico de desabastecimento. O documento aponta inadimplência acumulada com fornecedores como principal causa da falta de itens médico-hospitalares essenciais.

O relatório cita uma dívida superior a R$ 4,1 milhões com empresas fornecedoras, entre elas:

  • UNI Hospitalar: R$ 1.329.595,10
  • Conquista Distribuidora: R$ 617.278,80
  • ROSS Medical: R$ 280.464,00

O documento destaca que muitos fornecedores suspenderam as entregas por falta de pagamento, mesmo com tentativas parciais de regularização. A situação compromete diretamente a reposição de medicamentos vitais, como antibióticos, anestésicos e trombolíticos, além de materiais como ataduras, seringas e campos operatórios.

A chefia da farmácia alerta que o impasse pode levar à paralisação de setores essenciais e comprometer atendimentos de urgência e emergência, além de cirurgias e procedimentos clínicos.

Suspensão de exames laboratoriais compromete conduta médica

Além da escassez de insumos, a inadimplência também compromete a realização de exames laboratoriais essenciais para diagnóstico e tratamento. Estão suspensas análises de bioquímica clínica, imunologia, sorologia e microbiologia, consideradas indispensáveis para o manejo de infecções hospitalares e avaliação do estado clínico de pacientes internados.

O Cremern afirma que a suspensão dos exames prejudica diretamente a conduta médica, inviabilizando decisões terapêuticas seguras e aumentando os riscos de agravamento dos quadros clínicos.

Servidores e familiares protestam por falta de insumos

Na manhã do dia 13 de junho, servidores do Walfredo Gurgel, acompanhados por familiares de pacientes, realizaram protesto em frente ao hospital denunciando a falta de insumos como lençóis, sabão, álcool e medicamentos. Segundo relatos, a escassez obriga a equipe a priorizar pacientes mais graves para receberem itens básicos como banho ou lençóis limpos.

Representantes sindicais apontaram que a situação se estende por pelo menos quatro meses e afirmaram que, em períodos de vistoria, a unidade costuma receber reforço temporário de insumos para “disfarçar” a real situação. Também foram relatadas mortes de pacientes cujas infecções poderiam ter sido evitadas com a estrutura adequada.

Justificativa da Sesap/RN

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) ainda se manifestou após a nova denúncia do Cremern. Em nota divulgada no início do mês, a pasta afirmou que as dificuldades de abastecimento decorrem da redução da alíquota do ICMS, que teria retirado R$ 132 milhões do financiamento da saúde em 2024. A secretaria também afirmou estar aplicando esforços para a regularização dos estoques em toda a rede estadual, composta por 21 hospitais e outras unidades de referência.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Tony Winston/Agência Brasília / Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração

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UPA do bairro Satélite em Natal registra superlotação e longas esperas

UPA do Cidade Satélite em Natal registra superlotação e longas esperas

Pacientes relatam espera de até 4 horas por atendimento; Secretaria de Saúde atribui situação ao aumento de casos leves

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Satélite, na zona Sul de Natal, enfrenta superlotação nesta quinta-feira (12.jun.2025). Pacientes que buscam atendimento relatam estar no local desde as primeiras horas da manhã, aguardando por assistência médica sem previsão de chamada.

Segundo usuários, a espera por atendimento começou por volta das 6h, e muitos ainda aguardavam na recepção após quatro horas. O cenário de lotação e demora foi confirmado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal, que informou que o problema se deve, em grande parte, ao aumento sazonal de doenças respiratórias nesta época do ano.

De acordo com a SMS, aproximadamente 70% dos atendimentos nas Unidades de Pronto Atendimento da capital potiguar são de casos considerados leves, como sintomas gripais e quadros febris moderados. A pasta destaca que esses tipos de casos devem, preferencialmente, ser tratados nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), que têm estrutura para atender situações de menor gravidade.

O modelo de triagem utilizado nas UPAs é baseado no protocolo de classificação de risco por cores, conhecido como Protocolo de Manchester. Segundo esse modelo, os pacientes são classificados por grau de urgência, com prioridade para os quadros mais graves, como suspeita de infarto, Acidente Vascular Cerebral (AVC), dificuldade respiratória intensa e ferimentos com risco à vida.

Já os pacientes com sintomas considerados de menor gravidade, como dores leves a moderadas, febre baixa e resfriados, são direcionados para atendimento em último caso, o que contribui para o tempo de espera elevado. O tempo de permanência pode ultrapassar quatro horas, conforme relatos de quem esteve na unidade nesta quinta.

A Secretaria Municipal de Saúde reforça que todas as equipes da unidade estão em funcionamento e atuando com a capacidade máxima possível para atender a demanda. A pasta reforça ainda a importância da população buscar as UBSs em casos não urgentes, contribuindo assim para a redução da sobrecarga nas unidades de pronto atendimento.

Pacientes continuam se queixando da demora. Algumas pessoas relataram dificuldades em conseguir acesso rápido a uma triagem ou mesmo informações sobre o tempo estimado de atendimento.

A UPA do bairro Satélite integra a rede de urgência e emergência da capital potiguar e atende uma área extensa da zona Sul de Natal, o que contribui para o volume de demanda. A unidade é referência para bairros como Pitimbu, Cidade Satélite, Planalto, e conjuntos habitacionais vizinhos.

A SMS recomenda que, em casos não emergenciais, a população busque atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, que oferecem consultas, exames e acompanhamento para doenças crônicas e quadros leves. As UBSs funcionam em horários regulares durante a semana e são a porta de entrada para grande parte dos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Ordem de serviço para obra de expansão do Hospital Infantil Varela Santiago é assinada nesta quinta-feira (12)

Ordem de serviço para obra de expansão do Hospital Infantil Varela Santiago é assinada nesta quinta-feira (12)

A obra será executada em duas etapas

O Hospital Infantil Varela Santiago deu início, nesta quinta-feira (12), à realização de mais um importante marco em sua história: a ampliação de sua estrutura física. Em solenidade realizada pela manhã, o diretor superintendente da instituição, Dr. Paulo Xavier, acompanhado da equipe técnica do hospital, assinou o contrato e a ordem de serviço para o início da obra de expansão, que contará com cinco andares e aproximadamente 6 mil metros quadrados de área construída.

A obra será executada em duas etapas. A primeira fase, orçada em cerca de R$ 7 milhões, contempla toda a estrutura física do prédio, incluindo fundações, pilares, vigas, lajes e alvenaria periférica. A execução dessa etapa ficará sob responsabilidade da construtora Azevedo & Coelho Engenharia LTDA, vencedora do processo licitatório.

Com a nova estrutura, o hospital poderá atender plenamente às exigências das normas técnicas voltadas às instituições hospitalares, além de garantir mais conforto, comodidade e humanização no atendimento às crianças e suas famílias.

Com 107 anos de atuação, o Hospital Infantil Varela Santiago é referência em atendimento pediátrico no Rio Grande do Norte. A instituição realiza cerca de 15 mil procedimentos mensais e atende 100% de seus pacientes por meio do Sistema Único de Saúde (SUS). Sua receita é composta por parcerias público-privadas e doações da população potiguar.

A ampliação da estrutura representa não apenas um avanço físico, mas também o fortalecimento da missão do hospital em oferecer saúde com qualidade e dignidade para crianças e adolescentes de todo o estado.

Foto: Divulgação

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A luta continua: Thalyta Vitória faz exames no Sul, mas ajuda ainda é necessária para novo deslocamento

A luta continua: Thalyta Vitória faz exames no Sul, mas ajuda ainda é necessária para novo deslocamento

A menor bebê sobrevivente do RN passou por avaliação pré-transplante em Porto Alegre, mas família segue sem recursos para o retorno em julho

A jovem Thalyta Vitória Silva de Santana, de 16 anos, conhecida por ter nascido com apenas 400g e se tornar a menor bebê sobrevivente da história do Rio Grande do Norte, está travando mais uma batalha pela vida. Diagnosticada com doença renal crônica em estágio final, ela viajou no último dia 3 de junho até Porto Alegre (RS), onde foi atendida na Santa Casa da capital gaúcha em sua primeira consulta de pré-transplante de rim.

Durante o atendimento, a equipe médica da instituição realizou os primeiros exames e avaliou a complexidade do caso. A nefropediatra Dra. Clotilde Druck Garcia, que acompanhou a consulta, explicou que a jovem precisa passar por uma cirurgia de vesicostomia — procedimento que prepara a bexiga para o recebimento do novo rim. Após essa etapa, Thalyta estará apta para o transplante assim que houver um doador compatível. O retorno está agendado para o dia 22 de julho, quando ela precisará permanecer uma semana na cidade para realizar exames como uretrocistografia, raio-x de tórax, ecografia abdominal e ecodoppler do aparelho urinário.

Apesar do avanço importante, a continuidade do tratamento está ameaçada. A campanha promovida pela plataforma Voaa Vaquinha arrecadou apenas 27% do valor necessário e foi encerrada no dia 1º de junho. Sem recursos próprios, a família agora depende exclusivamente da solidariedade para arcar com os custos da viagem de retorno, além de medicamentos, alimentação, hospedagem, fraldas e itens básicos para Thalyta e seus irmãos.

Quem quiser ajudar pode doar via Pix solidário:
Chave Pix: 8499610-4887
Nome: Thalyta Vitória Silva de Santana

Thalyta depende de hemodiálise para sobreviver, sente dores intensas todos os dias e sofre com a falta de medicamentos que antes eram fornecidos pela UNICAT — um deles, essencial para controle das dores ósseas, está em falta há três meses. A jovem também é cadeirante, mas sua cadeira de rodas está quebrada e inadequada, o que compromete ainda mais sua mobilidade e qualidade de vida.

Sua história é marcada por superações. Prematura extrema, Thalyta sobreviveu a 23 cirurgias, incluindo a retirada de mais de 100 pedras da vesícula. Também perdeu 90% da visão do olho direito, mas nunca perdeu a esperança. Agora, ela precisa de um novo gesto de amor para continuar essa luta.

Acompanhe atualizações e saiba mais sobre a campanha no Instagram:
@thalyta_vitoria.ofc | https://www.instagram.com/thalyta_vitoria.ofc

Foto: Divulgação

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Hemonorte lança campanha Junho Vermelho para aumentar doações de sangue no RN

Hemonorte lança campanha Junho Vermelho para aumentar doações de sangue no RN

Ação visa elevar em 30% o número de doadores durante os festejos juninos e reforçar estoques para o tipo O negativo

O Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) iniciou neste sábado (14.jun.2025) a campanha “Junho Vermelho – Nesse São João aqueça o seu coração, doe sangue”, com o objetivo de aumentar o número de doações durante o mês de junho e garantir os estoques necessários para atender a demanda transfusional do período junino.

A ação foi lançada na sede do Hemonorte, localizada na Avenida Alexandrino de Alencar, bairro Tirol, zona Sul de Natal, e faz parte das atividades do Dia Mundial do Doador de Sangue. A expectativa da coordenação é de que as doações aumentem em pelo menos 30% até o fim do mês.

Estoque crítico e aumento da demanda

O mês de junho costuma registrar um aumento no número de acidentes e atendimentos de emergência em decorrência das festas de São João, incluindo ocorrências com fogos de artifício e trânsito. Além disso, o Hemonorte atende pacientes hematológicos, que dependem de transfusões regulares.

De acordo com Rodrigo Villar, diretor geral do Hemonorte, o estoque de sangue do tipo O negativo está em nível crítico. “Nosso objetivo com a campanha é reforçar os estoques, especialmente neste período em que a demanda tende a crescer. Por isso, convocamos a população para colaborar com esse gesto solidário e voluntário”, declarou.

Quem pode doar sangue

Para ser doador de sangue, é necessário cumprir os seguintes critérios:

  • Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 anos precisam de consentimento formal dos responsáveis);
  • A primeira doação deve ter sido feita até os 60 anos de idade;
  • Pesar mais de 50 kg;
  • Estar alimentado, evitando alimentos gordurosos nas 3 horas anteriores;
  • Se tiver almoçado, aguardar 2 horas;
  • Ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas;
  • Apresentar documento de identificação com foto emitido por órgão oficial.

A frequência permitida é de até quatro doações por ano para homens e três para mulheres. O intervalo mínimo entre as doações é de dois meses para homens e três para mulheres.

Impedimentos temporários para doar

Algumas condições de saúde e situações específicas impedem temporariamente a doação. Entre elas:

  • Gripe, resfriado e febre (aguardar 7 dias após o fim dos sintomas);
  • Gravidez e período pós-parto (90 dias para parto normal e 180 dias para cesariana);
  • Amamentação (até 12 meses após o parto);
  • Ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas anteriores;
  • Tatuagem ou piercing nos últimos 12 meses (piercing em boca ou genitais impede a doação);
  • Procedimentos odontológicos como extração dentária (aguardar 72 horas);
  • Cirurgias como apendicite, varizes ou hérnia (aguardar 3 meses), colecistectomia e outras mais complexas (aguardar 6 meses);
  • Procedimentos com endoscópio ou colonoscopia (aguardar 12 meses);
  • Exposição a situações de risco para ISTs (aguardar 12 meses);
  • Transfusão de sangue (aguardar 1 ano);
  • Covid-19 (aguardar 30 dias após fim dos sintomas);
  • Vacinas: o prazo varia de 48 horas a 7 dias, dependendo do imunizante.

Impedimentos definitivos

Algumas condições impedem a doação de forma permanente:

  • Ter tido hepatite após os 11 anos;
  • Diagnóstico de HIV, hepatites B ou C, HTLV I e II, Doença de Chagas;
  • Uso de drogas injetáveis ilícitas;
  • Histórico de malária;
  • Diagnóstico de qualquer tipo de câncer.

Onde doar

O Hemonorte funciona na Avenida Alexandrino de Alencar, Tirol, Natal, e também conta com pontos de coleta móveis em diferentes regiões do estado, conforme cronograma divulgado semanalmente pela instituição. O atendimento ocorre de segunda a sábado, das 7h às 18h.

A campanha Junho Vermelho segue até o final do mês com diversas ações de conscientização, acolhimento e incentivo à doação. A expectativa é mobilizar a sociedade potiguar para garantir a sustentabilidade dos estoques de sangue, especialmente dos tipos com maior demanda.

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

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Clínica Integrada de Saúde da UnP passa a disponibilizar vacina contra Influenza em Mossoró

Clínica Integrada de Saúde da UnP passa a disponibilizar vacina contra Influenza em Mossoró

Serviço estará disponível até quinta-feira (12)

A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, está ampliando o acesso à vacinação contra a influenza em Mossoró. O novo ponto de vacinação está localizado nas instalações da Clínica Integrada de Saúde (CIS) da instituição.

Estão disponíveis vacinas contra a Influenza, que agora é ofertada a toda a população, além das já disponíveis: Hepatite B; dT (difteria e tétano); Tríplice Viral; Tríplice Bacteriana; Penta; Tetravalente; Febre Amarela; Covid-19; HPV; Meningocócica C e Varicela.

Os interessados podem buscar o atendimento na Clínica da UnP até quinta-feira (12), das 14h às 16h30 e das 19h às 21h30. Para mais informações, a população deve entrar em contato através do telefone (84) 3323-8287.

SERVIÇO

Clínica Integrada de Saúde UnP
Dias: Até quinta-feira, dia 12 de junho
Horário: 14h às 16h30 e 19h às 21h30
Contato: (84) 3323-8287

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Fotos: Divulgação

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Pacientes de colostomia em Natal improvisam bolsas e cobram insumos da Sesap

Pacientes de colostomia em Natal improvisam bolsas e cobram insumos da Sesap

Famílias relatam desespero com a falta de material na rede pública e o alto custo para aquisição

A crise no fornecimento de bolsas de colostomia na rede pública de saúde do Rio Grande do Norte atinge diretamente a vida de pacientes em Natal, que se veem obrigados a improvisar alternativas precárias e arriscadas para gerenciar suas condições de saúde. Nesta segunda-feira (9.jun.2025), um grupo de pacientes e familiares realizou um protesto em frente ao Centro Estadual de Reabilitação e Atenção Ambulatorial Especializada (CRI-RN), cobrando da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) a regularização imediata da distribuição dos insumos essenciais. As denúncias apontam para a descontinuidade no fornecimento desde o mês de abril.

As informações e entrevistas foram concedidas ao portal g1 RN, e divulgadas nesta terça-feira (9).

A Sesap, por sua vez, refuta a alegação de falta total em abril, afirmando que as entregas ocorreram durante todo aquele mês, e que a escassez de alguns tipos de bolsas começou a ser sentida a partir de maio. A pasta informou ainda que está em fase final de um processo de compra dos materiais, visando a retomada plena das entregas o mais rápido possível. No entanto, a realidade vivida pelos pacientes contrasta com as informações oficiais, evidenciando um cenário de vulnerabilidade e preocupação.

Para a dona de casa Leila Tavares, a falta de bolsas de colostomia na rede pública se transformou em um pesadelo diário. Sem condições financeiras para arcar com os altos custos do material, ela foi forçada a recorrer a uma solução perigosa e insalubre: a utilização de sacos plásticos, semelhantes aos usados em padarias e supermercados para recolher pães. A situação é agravada pelo fato de que a antiga bolsa que utilizava não serve mais, devido ao aumento da colostomia, e o tamanho adequado não está disponível na rede pública.

A improvisação com sacos plásticos expõe Leila a riscos sérios de infecção, já que o material não é estéril e não possui a tecnologia necessária para conter e isolar os dejetos de forma segura. A necessidade de trocas frequentes, por vezes várias vezes ao dia, aumenta a probabilidade de contaminação e lesões na pele ao redor do estoma. “É complicado porque eu posso pegar uma bactéria. Eu sou uma mãe de família, vivo batalhando. E quem é que vai arcar com minhas coisas? Tem outros colegas que também não estão recebendo bolsa. Tem para uns, e outros faltam”, desabafou Leila, visivelmente abalada.

A condição da colostomia, que Leila precisou realizar para tratar uma infecção intestinal, já a priva de uma vida normal. A dor e o desconforto são constantes, e a falta de materiais adequados a impede de sair de casa, comprometendo sua autonomia e interação social. “Tem tempo que machuca. Fica doendo, incomoda, não é uma vida normal. Então que eles vissem esses negócios dessas bolsas que a gente precisa, somos seres humanos, a gente paga nossos impostos para isso e estamos passando por uma situação dessa”, clamou a dona de casa, em um apelo por dignidade e assistência.

O operador de caixa Daniel Carlos compartilha da mesma angústia. Usuário de bolsa de colostomia há três anos, em decorrência de uma infecção grave, ele também tem sido obrigado a adquirir o material por conta própria desde que o fornecimento pela rede pública cessou. O custo é exorbitante para um orçamento familiar: a caixa mais barata das bolsas, que dura em média um mês, custa cerca de R$ 520. Este valor representa um fardo financeiro considerável, forçando Daniel e tantos outros pacientes a fazer escolhas difíceis e sacrificar outras necessidades básicas para garantir sua saúde.

“É muito difícil, preocupante, e até mesmo aterrorizante. Alguns tem como se virar, e outros não tem. E com isso a gente acaba meio que um ajudando o outro. Um recebe doação dali e sai passando pro outro. E assim a gente vai levando”, descreveu Daniel, ilustrando a rede de solidariedade que se forma entre os pacientes para mitigar a ineficiência do sistema público. A situação expõe a fragilidade da saúde de muitos cidadãos, que dependem exclusivamente do Estado para ter acesso a tratamentos e insumos que garantem sua sobrevivência e qualidade de vida.

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Stéf -b/Pexels

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Idoso morre após se engasgar com pão em Mossoró

Idoso morre após se engasgar com pão em Mossoró

Francisco Clementino, de 83 anos, chegou a ser socorrido pelo SAMU, mas não resistiu após múltiplas paradas cardíacas

Um idoso de 83 anos, identificado como Francisco Clementino da Fonseca, conhecido na comunidade como Seu Clementino, faleceu na manhã da última sexta-feira (6.jun.2025) após se engasgar com um pedaço de pão enquanto tomava café em sua residência, localizada no conjunto COHAB, em Mossoró, no Rio Grande do Norte.

De acordo com informações de familiares, o idoso sofreu o engasgo por volta das 6h e logo em seguida teve dificuldade para respirar. Em poucos minutos, apresentou sinais de parada cardíaca. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e chegou ao local para realizar os primeiros socorros.

Reanimação e atendimento médico

A equipe do SAMU conseguiu realizar manobras de reanimação cardiopulmonar no local e estabilizou o paciente temporariamente. Após o primeiro atendimento, Francisco Clementino foi encaminhado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Belo Horizonte, também em Mossoró.

Na unidade, o idoso sofreu quatro novas paradas cardíacas enquanto era assistido pela equipe médica. Apesar dos esforços dos profissionais, ele não resistiu e teve o óbito confirmado ainda na manhã de sexta-feira.

O corpo foi liberado para sepultamento após os trâmites legais. Não há informações sobre velório ou local de sepultamento.

Orientações em casos de engasgo

Especialistas recomendam atenção especial com idosos durante a alimentação, devido à possibilidade de dificuldades na deglutição. Casos de engasgo devem ser tratados com urgência, e o telefone 192 pode ser acionado imediatamente para atendimento do SAMU.

Foto: Reprodução

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Ministério da Agricultura investiga 10 casos suspeitos de gripe aviária em aves no Brasil

Ministério da Agricultura investiga 10 casos suspeitos de gripe aviária em aves no Brasil

Casos em análise envolvem apenas aves silvestres e criações domésticas; granjas comerciais seguem fora do alerta

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) apura atualmente dez casos suspeitos de gripe aviária em diferentes estados do Brasil. A informação foi divulgada por meio da Plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves, atualizada neste domingo (8.jun.2025), às 19h. Nenhuma das ocorrências investigadas até o momento envolve granjas comerciais, limitando-se a criações domésticas e aves silvestres.

Caso confirmado em Mato Grosso

Um caso de gripe aviária foi confirmado em uma galinha doméstica no município de Campinápolis, no estado de Mato Grosso. Como se trata de uma criação não comercial, o registro não impacta o status sanitário do país nem afeta as exportações brasileiras de carne de frango. O Brasil mantém o reconhecimento de país livre da doença em produção comercial, de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA).

O status sanitário brasileiro poderá ser recuperado internacionalmente a partir do dia 18 de junho, caso não haja novos registros em granjas comerciais. Essa data marca o encerramento do período de 28 dias após o último caso confirmado em uma granja em Montenegro (RS), detectado em maio.

Estados com casos em análise

As investigações em andamento envolvem seis casos em aves domésticas e quatro em aves silvestres. Os registros por categoria são os seguintes:

Aves domésticas:

Itaituba (PA) – galinha
Parauapebas (PA) – galinha
Novo Cruzeiro (MG) – galinha
Alegre (ES) – galinha
Viamão (RS) – galinha
Caçador (SC) – galinha

Aves silvestres:

  • Santo Antônio do Monte (MG) – pombo
  • Florestal (MG) – carcará
  • Utinga (BA) – gralha-cancã
  • Angra dos Reis (RJ) – albatroz-de-sobrancelha

Esses casos fazem parte do sistema de monitoramento e defesa agropecuária em vigor no país, que exige notificação obrigatória e imediata sempre que houver suspeita da doença.

Notificação obrigatória e ações de vigilância

A influenza aviária de alta patogenicidade, causada pelo vírus H5N1, é uma enfermidade de notificação compulsória no Brasil. Segundo o Ministério da Agricultura, desde maio de 2023, quando foi registrado o primeiro caso da doença em ave silvestre no país, foram conduzidas mais de 2.500 investigações sobre suspeitas.

O ministério orienta produtores rurais, técnicos, prestadores de serviços, pesquisadores e demais envolvidos com a criação de aves a comunicarem imediatamente ao Serviço Veterinário Oficial (SVO) qualquer suspeita de influenza aviária. A atuação precoce é essencial para evitar a disseminação do vírus e proteger o setor produtivo nacional.

Histórico de casos confirmados

Desde o início do monitoramento, o Brasil confirmou 172 casos de influenza aviária. Desse total:

  • 167 casos ocorreram em animais silvestres, sendo 163 em aves e 4 em leões-marinhos.
  • 4 casos foram registrados em criações de subsistência.
  • 1 caso foi confirmado em granja comercial, no município de Montenegro (RS), em maio de 2024.

O único caso em granja comercial desencadeou medidas imediatas de controle sanitário e isolamento da área, seguindo os protocolos nacionais e internacionais para contenção da doença.

Monitoramento contínuo

As ações de vigilância sanitária seguem em curso nos estados com notificações em andamento e em regiões com maior risco sanitário. O Ministério da Agricultura mantém equipes de campo atuando em conjunto com as secretarias estaduais de agricultura e instituições de pesquisa, com o objetivo de preservar o status sanitário do país e garantir a segurança da cadeia produtiva avícola.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil / Antonio Cruz/Agência Brasil

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Anvisa proíbe venda e consumo de três marcas de azeite

Anvisa proíbe venda e consumo de três marcas de azeite

Produtos devem ser apreendidos e retirados de comercialização

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu nesta sexta-feira (6) a venda de três marcas de azeites. De acordo com a agência reguladora, todos os lotes das marcas devem ser apreendidos e retirados do comércio.

Veja abaixo as marcas proibidas:

  • Azeite de oliva da marca SERRANO, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa INTRALOGÍSTICA DISTRIBUIDORA CONCEPT LTDA. – CNPJ: 72.726.474/0002-07.
  • Azeite de oliva extravirgem da marca MÁLAGA, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa CUNHA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA. – CNPJ: 34.365.877/0001-06.
  • Azeite da oliva extravirgem da marca CAMPO OURIQUE, que traga em sua rotulagem como importadora a empresa JJ – COMERCIAL DE ALIMENTOS LIMITADA – CNPJ: 37.815.395/0001-90.
  • Os produtos apreendidos tinham CNPJ encerrado, inexistente ou com falhas cadastrais, tiveram resultados insatisfatórios em laudos de laboratórios e origem desconhecida ou ignorada.

Com a proibição, as marcas não podem ser vendidas, distribuídas, fabricadas, importadas ou divulgadas.

“Os consumidores não devem utilizar esses produtos. Como se trata de alimentos com origem desconhecida, não é possível ter nenhuma garantia da qualidade e da própria composição dos produtos”, diz nota da Anvisa.

A Anvisa informa ainda a lista dos azeites que estão proibidos no país.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira (6), um alerta para o risco que a ingestão de oito marcas de azeite de oliva já desclassificadas por fraude representa para a saúde dos consumidores.

As autoridades sanitárias determinaram o recolhimento dos lotes considerados impróprios para o consumo humano depois que técnicos do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária identificaram a presença de outros óleos vegetais misturados ao azeite.

Caso algum consumidor tenha adquirido um dos produtos desclassificados, a orientação é que não o utilize e procure o estabelecimento onde o adquiriu a fim de pedir sua substituição, conforme prevê o Código de Defesa do Consumidor.

Foto: RF..studio /Pexels / Pixabay/Pexels / RDNE Stock project/Pexels

Da Agência Brasil

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Doenças autoimunes podem afetar a circulação? A relação entre o lúpus e os problemas vasculares

Doenças autoimunes podem afetar a circulação? A relação entre o lúpus e os problemas vasculares

Dra. Ilana Barros alerta que doenças autoimunes como o lúpus podem comprometer os vasos sanguíneos e aumentar o risco de trombose, amputações e até óbito.

Cerca de 10% da população mundial convive atualmente com algum tipo de doença autoimune, entre elas, o Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS). O impacto do lúpus na circulação sanguínea é um tema relevante no contexto das cirurgias vasculares.

As doenças autoimunes são responsáveis por uma série de alterações inflamatórias e o lúpus pode comprometer a saúde dos vasos sanguíneos, como explica a especialista Ilana Barros.

“Um quadro conhecido como vasculite, que compromete a circulação e eleva o risco de eventos graves como trombose venosa profunda, embolia pulmonar e até acidente vascular cerebral (AVC) são bem mais comuns em pessoas com doenças autoimune”, exemplifica a angiologista.

Dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) indicam que as doenças vasculares são responsáveis por cerca de 25 mil mortes anuais no Brasil, principalmente em decorrência de tromboses e complicações associadas. Embora não existam estatísticas nacionais específicas sobre a relação entre lúpus e problemas vasculares, a SBACV reforça que a inflamação crônica e as alterações imunológicas são fatores de risco para a saúde vascular.

“O paciente com lúpus, assim como aquele que possui outras doenças autoimunes, precisa ser avaliado não apenas pelo reumatologista, mas também por um cirurgião vascular. Muitas vezes, os sinais iniciais são sutis — como dor, inchaço ou coloração anormal dos membros — e podem ser erroneamente atribuídos à própria doença de base”, esclarece Ilana Barros.

Além do lúpus, outras doenças autoimunes, como a arterite de Takayasu, a granulomatose com poliangiite e a esclerodermia, também podem desencadear vasculites, aumentando o risco de oclusão arterial, isquemia e amputações.

A angiologista e cirurgiã vascular Ilana Barros destaca que a prevenção e o acompanhamento médico são fundamentais para evitar complicações: “O diagnóstico precoce pode mudar o prognóstico do paciente. Não podemos ignorar que doenças autoimunes podem afetar a circulação, e essa relação precisa ser levada a sério tanto pelos profissionais quanto pelos pacientes”.

Recentemente, a própria SBACV reforçou em campanha nacional a importância de conscientizar a população sobre as doenças vasculares sistêmicas e seus agravantes, como obesidade, sedentarismo e, principalmente, condições inflamatórias crônicas, como as doenças autoimunes.

Para Dra. Ilana Barros, referência no uso de novas tecnologias e humanização no tratamento de doenças vasculares, essa conscientização é um dos principais caminhos para reduzir o número de complicações graves e mortes.

“Se doenças autoimunes podem afetar a circulação? A relação entre lúpus, vasculite e problemas vasculares é uma pauta urgente de saúde pública. Levar informação de qualidade à sociedade é o primeiro passo para salvar vidas”, finaliza.

Para saber mais, acesse o Instagram: @drailanabarros

Foto: Divulgação

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Homem é preso em Natal por uso de atestados médicos falsos para faltar ao trabalho

Homem é preso em Natal por uso de atestados médicos falsos para faltar ao trabalho

Suspeito foi detido em flagrante após apresentar novo documento fraudulento; caso é investigado pela 15ª Delegacia de Polícia

Policiais civis da 15ª Delegacia de Polícia de Natal (15ª DP) prenderam em flagrante, na noite da última terça-feira (4.jun.2025), um homem suspeito de utilizar atestados médicos falsos para justificar ausências no ambiente de trabalho. A prisão ocorreu no momento em que o suspeito apresentava um novo documento fraudulento.

As investigações indicam que o homem vinha usando atestados médicos adquiridos de forma ilegal, com o intuito de obter benefício próprio. Conforme apurado pelos policiais, os documentos falsificados eram comprados por meio de redes sociais, ao custo de R$ 25,00 cada. O uso recorrente desses atestados levantou suspeitas e motivou a apuração por parte da unidade policial.

De acordo com a Polícia Civil, o flagrante foi registrado após o homem apresentar mais um atestado falso no trabalho, o que levou à sua condução imediata para a Delegacia de Plantão da Zona Sul de Natal. Na unidade, foi realizada a autuação em flagrante pelo crime de uso de documento falso, conforme previsto no Código Penal Brasileiro.

O caso segue em investigação sob responsabilidade da 15ª DP, que busca identificar outros possíveis envolvidos na falsificação e comercialização dos atestados. A polícia trabalha com a hipótese de que exista uma rede organizada atuando na produção e venda desse tipo de documento na capital potiguar.

Além da análise dos atestados já apresentados pelo suspeito, os investigadores pretendem identificar os canais digitais usados para viabilizar a compra dos documentos, bem como os indivíduos responsáveis pela confecção e venda dos mesmos. Os dispositivos eletrônicos do suspeito detido também serão periciados para ajudar na elucidação do caso.

A Polícia Civil do Rio Grande do Norte reforça que a colaboração da população é essencial para o combate a crimes dessa natureza. Informações que possam contribuir com as investigações podem ser repassadas de forma anônima por meio do Disque Denúncia 181.

A prática de falsificação de documentos e o uso consciente de documentos falsos são considerados crimes pela legislação penal brasileira. O artigo 297 do Código Penal estabelece penas de até cinco anos de reclusão para quem falsifica documento público, e o artigo 304 prevê a mesma pena para quem faz uso do documento falsificado.

A 15ª DP orienta que trabalhadores e empresas fiquem atentos a documentos suspeitos, especialmente quando houver repetição de informações ou formatos que destoem de padrões institucionais. A verificação da autenticidade de atestados pode ser feita junto aos profissionais ou unidades de saúde que supostamente emitiram os documentos.

O suspeito permanece à disposição da Justiça e pode responder criminalmente por falsidade documental e uso de documento falso. Novos desdobramentos sobre a investigação devem ser divulgados pela Polícia Civil nos próximos dias.

Foto: Polícia Civil/Ilustração

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Hospitais sem insumos: a saúde do RN em colapso

Hospitais sem insumos: a saúde do RN em colapso

Editorial POR DENTRO DO RN

A crise na saúde pública do Rio Grande do Norte atingiu um novo patamar de gravidade. O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) acionou a Justiça Federal para denunciar a falta de medicamentos e insumos básicos nos dois maiores hospitais do estado: o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, e o Hospital Regional Tarcísio Maia, em Mossoró.

Essa ação judicial é um reflexo do colapso que se instalou na gestão da saúde potiguar. A governadora Fátima Bezerra (PT), que prometeu priorizar áreas essenciais como saúde, segurança e educação, agora vê seu governo afundar em promessas não cumpridas e desculpas esfarrapadas.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) tenta minimizar a situação, alegando que não há crise e atribuindo os problemas a fatores externos, como a arrecadação do ICMS no ano passado. Essa justificativa é uma afronta à inteligência da população potiguar, que diariamente enfrenta a realidade de hospitais sem materiais básicos e profissionais sobrecarregados – e produtos e serviços cada vez mais caros, dado o aumento do ICMS realizado pela gestão atual.

Os corredores do Walfredo Gurgel, por exemplo, voltaram a ficar lotados, evidenciando a falta de planejamento e gestão eficiente. A propaganda do governo não condiz com a realidade enfrentada por pacientes e profissionais de saúde.

Na segurança pública, embora os dados oficiais apontem para uma redução nos índices de criminalidade, a sensação de insegurança persiste entre os cidadãos. A presença ostensiva de policiais nas ruas não é suficiente para mascarar a falta de políticas públicas eficazes e investimentos estruturais.

Na educação, a situação também é preocupante. Professores da rede estadual entraram em greve neste ano, reivindicando melhores condições de trabalho e o cumprimento de acordos salariais. Aliás: É inadmissível que uma governadora, que é professora de carreira, trate com descaso a educação pública.

A governadora Fátima Bezerra precisa assumir a responsabilidade pelos problemas que assolam o estado. A população do Rio Grande do Norte merece mais do que desculpas e promessas vazias. É necessário agir com transparência, eficiência e compromisso com o bem-estar dos cidadãos.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Criança morre em Parelhas por falta de vaga em UTI pediátrica no RN

Criança morre em Parelhas por falta de vaga em UTI pediátrica no RN

Paciente com pneumonia e insuficiência respiratória não foi transferida por ausência de leitos disponíveis na rede estadual

Uma criança morreu na madrugada desta segunda-feira (3.jun.2025) no município de Parelhas, no interior do Rio Grande do Norte, após não conseguir uma vaga em Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pediátrica. A paciente foi atendida no Hospital Dr. José Augusto Dantas com um quadro grave de pneumonia e insuficiência respiratória.

Segundo a equipe médica que prestou os primeiros atendimentos, a criança foi entubada e estabilizada ainda na unidade hospitalar. No entanto, os profissionais afirmaram que a paciente precisava de suporte intensivo, indisponível naquele momento. A ausência de vaga para transferência em UTI comprometeu o atendimento necessário. As informações foram publicadas pelo portal 96 FM.

O prefeito de Parelhas, Tiago Almeida, que também é médico, relatou que diversas tentativas foram feitas para viabilizar a transferência da paciente. “Lutamos até o último minuto para conseguir uma vaga de UTI”, declarou. “Fiz ligações, acionei contatos, fiz o que estava ao meu alcance. Mas a vaga não veio. E o tempo, cruel como é nessas horas, venceu.”

Ainda de acordo com Tiago Almeida, a estrutura de atendimento de alta complexidade para pacientes pediátricos é insuficiente no estado. “O suporte que ela precisava não existia. E não existia porque falta estrutura, falta vaga, falta resposta”, afirmou. O gestor municipal também mencionou que esse tipo de ocorrência tem sido recorrente. “Essa não é a primeira vez que isso acontece. Recentemente, outra criança morreu em Caicó na mesma situação.”

A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) ainda não emitiu nota oficial sobre o caso. O município de Parelhas informou que aguarda uma resposta da pasta sobre a atual situação da oferta de vagas de UTI para crianças em todo o estado.

O prefeito ressaltou o impacto da tragédia sob múltiplas perspectivas: “Sou pai, sou médico, sou prefeito. E, hoje, mais do que tudo, sou um cidadão profundamente indignado com o que estamos enfrentando.”

A morte da criança chama atenção para a carência de atendimentos de alta complexidade em regiões do interior do Rio Grande do Norte, onde os serviços de urgência e emergência especializados são centralizados, dificultando o acesso em situações críticas. “O povo do interior não pode continuar morrendo por falta de estrutura. Não podemos naturalizar o inaceitável”, afirmou Tiago Almeida.

De acordo com dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), atualizados até abril de 2025, o Rio Grande do Norte possui poucos leitos de UTI pediátrica habilitados fora da capital, o que sobrecarrega a rede em Natal e impede respostas ágeis a pacientes do interior. A ausência de um sistema eficiente de regulação de vagas e de transporte rápido também é apontada como um fator que compromete o desfecho de casos urgentes.

Foto: Vinícius de Melo/Agência Brasília

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Alckmin passa por exames após sentir enjoo e dores abdominais

Alckmin passa por exames após sentir enjoo e dores abdominais

Vice-presidente cancelou a agenda do dia e segue na unidade hospitalar

O vice-presidente Geraldo Alckmin passou por consulta médica e exames no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, após um quadro de enjoo e de dores abdominais, na manhã desta quinta-feira (29).

De acordo com a assessoria, Alckmin cancelou a agenda do dia e segue na unidade hospitalar.

“O vice-presidente realizou exames preliminares que sugerem uma inflamação intestinal, os quais serão complementados à tarde, pela equipe médica que o está assistindo”, diz a nota da assessoria.

Além de vice-presidente, Alckmin é ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Criança é atacada por pitbull dentro de casa em Mossoró

Criança é atacada por pitbull dentro de casa em Mossoró

Menina de 1 ano e 4 meses sofreu mordidas graves e foi levada para o centro cirúrgico do Hospital Tarcísio Maia

Uma criança de 1 ano e 4 meses foi atacada por um cachorro da raça pitbull na manhã desta quinta-feira (29.mai.2025), no Conjunto Odete Rosado, em Mossoró, na região Oeste do Rio Grande do Norte. O animal seria da própria casa, segundo os primeiros relatos.

O ataque aconteceu dentro da residência onde a vítima morava com a família. Ainda não há informações oficiais sobre como o animal teve acesso à criança, mas testemunhas afirmam que ela estava próxima ao cão no momento do incidente.

Mordidas no pescoço, ombro e tórax

A criança sofreu ferimentos profundos no pescoço, no ombro e no tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e socorreu a vítima até o Hospital Regional Tarcísio Maia. A menina foi levada diretamente ao centro cirúrgico.

Até a última atualização, não havia boletim médico com o estado de saúde da criança. Familiares acompanham o caso no hospital, enquanto aguardam o resultado dos procedimentos médicos.

Polícia investiga o caso

A Delegacia de Polícia Civil de Mossoró abriu investigação para apurar as circunstâncias do ataque. Os agentes buscam esclarecer se houve negligência na guarda do animal e se o tutor poderá ser responsabilizado por omissão de cautela ou violação de normas de posse responsável.

A investigação considera, entre outros fatores, a ausência de barreiras físicas de proteção, sinais de comportamento agressivo anteriores e as condições de convivência do animal com pessoas vulneráveis, como crianças.

Foto: Makarand Sawant/Pexels/Ilustração / Steve DiMatteo/Pixabay / Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração

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Doenças respiratórias causam 44% das internações pediátricas na rede pública do RN

Doenças respiratórias causam 44% das internações pediátricas na rede pública do RN

Sesap monitora cenário de aumento de casos respiratórios em crianças e confirma 84 internações, sendo 21 em UTI

As doenças respiratórias representam 44% das internações de crianças e adolescentes em leitos pediátricos da rede pública de saúde do Rio Grande do Norte. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (28.mai.2025) pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que acompanha a situação por meio de relatórios epidemiológicos e da plataforma Regula RN.

Segundo a Sesap, o total de crianças internadas por complicações respiratórias chegou a 84, sendo 21 em Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 63 em enfermarias. Apesar do número, a pasta afirmou que a situação está sob controle no estado, com disponibilidade de leitos para atendimento.

Cenário nacional

O avanço de casos de Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) tem levado estados como Pernambuco, Rio Grande do Sul, Minas Gerais e Maranhão a decretarem estado de emergência ou adotarem medidas específicas para conter o avanço da doença. Em Pernambuco, a superlotação dos leitos pediátricos motivou a declaração de emergência nesta quarta-feira.

No Rio Grande do Norte, o Regula RN indicava, na mesma data, 45 leitos críticos disponíveis e 78 leitos clínicos para atendimento na rede pública, sem pressão sobre a capacidade hospitalar.

Perfil das internações no RN

Conforme dados da Sesap, 48,3% das notificações de SRAG em 2024 ocorreram em crianças de 0 a 9 anos. Por outro lado, os óbitos relacionados à síndrome respiratória são mais frequentes em pessoas acima de 75 anos, representando 44,4% das mortes notificadas.

No total, o estado já registrou 50 óbitos por SRAG em 2024, além de 19 por Covid-19, segundo o boletim mais recente da Sesap. Os dados sobre mortalidade e notificações foram atualizados até 10 e 14 de maio, dependendo da categoria.

Comorbidades e riscos

Entre os pacientes diagnosticados com SRAG no RN, as comorbidades mais comuns são:

  • Doenças cardiovasculares crônicas (25%)
  • Asma (25%)
  • Diabetes mellitus (14%)
  • Doenças neurológicas crônicas (14%)

Esses dados reforçam o alerta para cuidados diferenciados em grupos com maior risco de complicações, especialmente em populações vulneráveis como crianças e idosos.

Vírus em circulação

O boletim também apresenta o perfil dos principais vírus respiratórios em circulação no estado. Segundo a Sesap:

  • O rinovírus apresenta circulação sustentada e tendência de aumento desde a 10ª semana do ano.
  • O vírus sincicial respiratório (VSR) começou a circular a partir da 10ª semana, com crescimento significativo após a 19ª.
  • A influenza teve crescimento a partir da 13ª semana, sendo atualmente o vírus com maior circulação no estado, caracterizando o período de sazonalidade.

Situação da Covid-19

Até 10 de maio, a Sesap registrava 9.563 notificações de casos de Covid-19, entre confirmados e suspeitos. Desse total:

  • 2.087 (21,82%) foram confirmados
  • 7.476 (78,17%) foram considerados suspeitos

O cenário reforça o monitoramento contínuo da pandemia no estado, apesar da queda em relação aos anos anteriores.

Expansão da rede hospitalar

Para ampliar a capacidade de atendimento, o Governo do Estado anunciou recentemente a abertura de 30 novos leitos hospitalares. A medida visa garantir estrutura adequada para enfrentar o aumento de casos respiratórios e outras demandas sazonais.

Foto: Carmem Félix/Governo do RN/Ilustração

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Ministro da Agricultura anuncia que foco de gripe aviária está contido

Ministro da Agricultura anuncia que foco de gripe aviária está contido

Episódio mostra a eficácia do sistema sanitário do país, disse Fávaro

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Carlos Fávaro, anunciou que o foco da gripe aviária, identificado no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul, está contido, em audiência pública, nesta terça-feira (27), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado.

“Apesar de estarmos no quinto dia útil depois da desinfecção total da granja e 15 dias do aparecimento do foco, eu posso assegurar com muita tranquilidade que o foco de Montenegro está contido”, afirmou Fávaro.

O ministro ressaltou que o episódio mostrou a eficácia do sistema sanitário do país.

Segundo o Ministério da Agricultura, no raio de 10 quilômetros da granja afetada, foram identificados 540 estabelecimentos rurais, e todos já foram vistoriados, sendo que além da granja do foco, mais dois atuam com avicultura comercial.

“O principal ponto que temos que ressaltar foi a capacidade do bloqueio desse foco. Imediatamente se instalou sete barreiras sanitárias e medidas de proteção aos trabalhadores. Ontem (segunda-feira), 21 casos estavam em investigação e dez já descartados hoje. Tínhamos duas granjas e, agora, só uma em investigação”, informou.

O ministro disse que em pouco mais de 20 dias o Brasil deverá anunciar que o país está livre da doença. O prazo se deve a questões sanitárias.

“Passados 28 dias desse período [de identificação do caso mais recente], que é incubatório do vírus, nós vamos de novo anunciar o Brasil livre de gripe aviária, e a tendência, muito forte, de que isso vai acontecer nos próximos 23 dias”, anunciou.

Após o aparecimento do foco, 24 países decidiram suspender a importação de carne e ovos do Brasil por questões sanitárias. Desses, 13 decidiram suspender a compra apenas das aves e ovos produzidos no Rio Grande do Sul.

Fávaro disse que com o anúncio de que o país ficou livre da doença, deve ser retomada a normalidade das exportações.

“Vamos avançar na repactuação com todos os países que restringiram a compra”.

O ministro comparou o caso do Brasil, que abateu 17 mil aves, após a descoberta do foco, com casos de gripe aviária nos Estados Unidos. Lá, dois dias antes da confirmação da gripe no Brasil, um foco da doença provocou o abate de 700 mil aves.

“Se tivesse escapado esse foco em Montenegro para outras regiões do país, teríamos outros casos de mortalidade. Novos casos letais poderiam surgir em 4 ou 5 dias, mas isso não foi registrado. Ao não ter [ocorridos novos casos], passados 15 dias, isso mostra a capacidade do sistema de controle sanitário brasileiro e de como ele funcionou”, explicou.

“O vírus da gripe aviária circula no mundo há pelo menos 30 anos. Há 19 anos já tem registros em granjas comerciais, e o Brasil, nesse período, se tornou o único grande produtor mundial de carne e ovos não tendo o vírus dentro dos seus plantéis comerciais, e isso não é coincidência”, afirmou.

Doença

A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, afeta principalmente aves, mas também foi detectada em mamíferos, incluindo bovinos.

A transmissão ocorre pelo contato com aves doentes e também por meio da água e de materiais contaminados.

A doença raramente afeta humanos, e a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e adotem as medidas preventivas recomendadas.

Segundo o Ministério da Agricultura, carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil / Valter Campanato/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Homem com complicação no pâncreas é transferido de Mossoró para Natal em voo aeromédico

Homem com complicação no pâncreas é transferido de Mossoró para Natal em voo aeromédico

Paciente de 50 anos foi removido com apoio do helicóptero Potiguar 02 e levado ao Hospital Dr. Luiz Antônio, na capital potiguar

Um homem de 50 anos foi transferido de forma emergencial da cidade de Mossoró para Natal na tarde desta terça-feira (27.mai.2025), com o apoio do helicóptero Potiguar 02, pertencente à Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social do Rio Grande do Norte (Sesed-RN). O paciente, residente em Pau dos Ferros, apresentava uma grave complicação no pâncreas e necessitava de atendimento especializado em caráter urgente.

A transferência do paciente teve início em Pau dos Ferros, na região do Alto Oeste potiguar. De lá, ele foi levado por uma ambulância até a cidade de Mossoró, onde embarcou na aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer). O voo com destino a Natal durou pouco mais de uma hora.

O pouso foi realizado por volta das 14h35 no hangar do Ciopaer, localizado na capital potiguar. Após o desembarque, o homem foi transportado em uma ambulância até o Hospital Dr. Luiz Antônio, mantido pela Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer, localizado na Avenida Mário Negócio, no bairro das Quintas.

A operação contou com a colaboração de profissionais especializados no transporte aeromédico, modalidade que visa garantir a rapidez e segurança na remoção de pacientes em estado grave. A equipe do Ciopaer destacou que esse tipo de transporte é decisivo para casos em que o deslocamento por via terrestre comprometeria o estado de saúde do paciente.

O helicóptero Potiguar 02 é utilizado em operações integradas que envolvem segurança pública, defesa civil e atendimento pré-hospitalar de urgência. A aeronave permite o embarque de profissionais de saúde e de equipamentos médicos, como monitores cardíacos e respiradores, ampliando as possibilidades de estabilização durante o voo.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, o serviço aeromédico tem sido cada vez mais solicitado para atender ocorrências em municípios distantes da capital, como forma de garantir que pacientes em estado crítico recebam atendimento especializado no menor tempo possível.

A Liga Norte-Riograndense Contra o Câncer confirmou o recebimento do paciente e informou que ele segue em observação, com acompanhamento da equipe médica da unidade hospitalar. Detalhes sobre o quadro clínico e o tratamento não foram divulgados por questões de privacidade.

Nos últimos meses, o Ciopaer intensificou o uso de suas aeronaves em apoio ao sistema estadual de saúde, principalmente para atender situações emergenciais em locais de difícil acesso ou com escassez de recursos especializados. A operação desta terça-feira é mais um exemplo da integração entre os serviços de saúde e segurança pública para salvar vidas no estado.

Foto: Reprodução

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Mulher morre após passar mal durante atendimento odontológico em UBS de Macaíba

Mulher morre após passar mal durante atendimento odontológico em UBS de Macaíba

Paciente foi transferida em carro da Prefeitura para UPA de Parnamirim após demora do SAMU; causa da morte será investigada

Uma mulher de 34 anos, identificada como Conceição dos Santos da Silva, morreu após passar mal durante um atendimento odontológico em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Macaíba, na região metropolitana de Natal. O caso aconteceu na tarde da segunda-feira (26.mai.2025), no bairro São José do Campestre.

Segundo informações de testemunhas, Conceição buscou atendimento na UBS para a extração da raiz de um dente. Durante o procedimento, ela começou a se sentir mal, o que levou a equipe médica da unidade a prestar os primeiros socorros imediatamente.

A equipe acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) para realizar a transferência da paciente, mas, de acordo com o companheiro da vítima, não havia ambulância disponível no local no momento da emergência. Diante da situação, a mulher foi transportada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, por um carro administrativo da Prefeitura de Macaíba, acompanhada por uma médica e uma técnica de enfermagem.

Na UPA, Conceição foi entubada logo após a chegada, mas não resistiu. A causa da morte ainda não foi determinada e deverá ser esclarecida por meio de laudo emitido pelo Serviço de Verificação de Óbito (SVO).

Em nota oficial, a Prefeitura de Macaíba informou que a paciente era acompanhada regularmente pela equipe da UBS Campestre e que já havia passado por outros atendimentos odontológicos sem intercorrências. Ainda segundo o comunicado, o atendimento de urgência foi prestado com agilidade pelas equipes das duas unidades de saúde envolvidas.

A Secretaria Municipal de Saúde de Macaíba afirmou que todas as medidas de suporte foram adotadas e que a equipe técnica permaneceu acompanhando a paciente durante todo o processo. A pasta aguarda o laudo do SVO para entender as causas do falecimento.

O caso deve ser investigado pelas autoridades de saúde para apurar se houve falha nos protocolos de atendimento ou omissão no socorro.

Foto: Reprodução

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Venda de peixes cai em Natal após casos de intoxicação por arabaiana

Venda de peixes cai em Natal após casos de intoxicação por arabaiana

Vigilância Sanitária afirma que consumo de pescado segue seguro mesmo após registros de intoxicação por toxina ciguatera

Desde o início de maio, o comércio de pescado em Natal vem enfrentando uma queda significativa nas vendas após um episódio de intoxicação alimentar envolvendo 13 pessoas. As vítimas consumiram peixe da espécie arabaiana em um restaurante local, e a causa foi atribuída à toxina ciguatera, substância naturalmente presente em algumas espécies marinhas e que não pode ser detectada antes do consumo.

A Vigilância Sanitária de Natal (VISA Natal) declarou que o caso é tratado como uma fatalidade. Segundo o órgão, todos os pacientes intoxicados se recuperaram e não houve falhas identificadas no manuseio ou preparo do alimento no estabelecimento. A ciguatera não tem odor, cor ou sabor, tampouco é eliminada durante o cozimento, o que impossibilita sua detecção mesmo em ambientes com boas práticas sanitárias.

A ciguatera é uma toxina produzida por algas que se fixam em recifes de coral. Essas algas são ingeridas por pequenos peixes herbívoros, que por sua vez são consumidos por espécies maiores, como a arabaiana. Embora seja uma ocorrência rara no Brasil, existem registros em locais como Fernando de Noronha e regiões do Caribe. No Brasil, o Ministério da Saúde passou a monitorar oficialmente a presença da toxina a partir de 2022.

Na tradicional Feira das Rocas, comerciantes relataram queda generalizada nas vendas de peixe, inclusive entre espécies não associadas ao caso, como atum, pescada branca e robalo. A falta de confiança do consumidor se reflete em feiras e mercados, mesmo sem recomendações oficiais para restringir o consumo de qualquer tipo de pescado.

Apesar do temor inicial, a VISA Natal não estabeleceu novos protocolos de fiscalização nem restringiu a comercialização de espécies. O órgão reitera que não há evidência de riscos amplos e que o consumo de pescado pode continuar normalmente, desde que o consumidor siga os cuidados habituais na compra e no preparo.

Recomenda-se observar características como olhos salientes, brânquias avermelhadas e escamas firmes ao adquirir o produto. Também é importante garantir que o pescado esteja sob refrigeração adequada e armazenado em local com boas condições sanitárias.

A população pode fazer denúncias ou relatar sintomas de intoxicação alimentar à Vigilância Sanitária de Natal por meio do WhatsApp (84) 3232-9435, e-mail [email protected] ou pelo aplicativo Natal Digital.

Foto: Tony Winston/Agência Brasília / Roberto Galhardo/SEMSUR

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Huol realiza mutirão de cirurgias de vasectomia e postectomia

Huol realiza mutirão de cirurgias de vasectomia e postectomia

A ação faz parte do Ebserh em Ação, com o apoio do Ministério da Saúde, que visa reduzir as filas de espera por atendimentos no SUS

O Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN), da Rede Ebserh, realiza, entre os dias 24 e 28 de maio, um mutirão de cirurgias de vasectomia e postectomia. Ao todo, serão beneficiados 11 pacientes já regulados, sendo oito para a cirurgia de vasectomia e três para o procedimento de postectomia.

A ação faz parte do Ebserh em Ação, uma iniciativa da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), com o apoio do Ministério da Saúde, que visa reduzir as filas de espera por atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS). O programa consiste em mutirões com o objetivo de diminuir filas de espera por cirurgias, aumentando o número de cirurgias e exames realizados, além de procedimentos, em hospitais universitários federais.

Vasectomia e postectomia

A cirurgia de vasectomia é um método definitivo de contracepção masculina. “O principal objetivo é evitar a fecundação de forma segura e eficaz. Os benefícios incluem alta taxa de sucesso, procedimento simples e recuperação rápida”, elenca o médico urologista do Huol-UFRN/Ebserh, Christophe Bezerra Anselmo. Já a cirurgia de postectomia (circuncisão), explica o profissional, tem como objetivo remover o excesso da pele que cobre a glande do pênis. “Os benefícios incluem melhora na higiene íntima, prevenção de infecções urinárias e doenças como fimose, além de redução no risco de infecções sexualmente transmissíveis e câncer de pênis”, afirma Christophe.

Alta demanda

Cerca de 20 profissionais, entre médicos, enfermeiros e técnicos de enfermagem, estarão envolvidos na ação. Além de realizar cirurgias de alta complexidade, o Huol-UFRN/Ebserh também atende demandas por cirurgias de menor porte para fortalecer a rede de atenção à saúde. “Entendemos que podemos contribuir também com cirurgias de menor porte, mas com alta demanda dos usuários”, enfatiza o urologista.

Sobre a Ebserh

O Huol-UFRN faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e atualmente administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo em que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Foto: Divulgação

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RN tem segundo maior índice de obesidade entre adultos no Brasil

RN tem segundo maior índice de obesidade entre adultos no Brasil

Dados do Ministério da Saúde revelam que mais de 42% da população adulta do RN atendida pelo SUS apresenta algum grau de obesidade

O Rio Grande do Norte ocupa a segunda posição entre os estados brasileiros com maior índice de obesidade entre adultos, conforme dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional (Sisvan) do Ministério da Saúde, atualizados até maio de 2025. O estado registra 42,09% da população adulta atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) com algum grau de obesidade. O índice é inferior apenas ao do Rio Grande do Sul (43,06%) e se aproxima dos percentuais do Rio de Janeiro (42,07%) e Mato Grosso do Sul (42,01%).

A média nacional de obesidade entre adultos no Brasil, segundo o Atlas Mundial da Obesidade, divulgado em março deste ano, é de 31%. O mesmo relatório projeta que, até 2030, 33,4% dos homens brasileiros e 46,2% das mulheres devem apresentar obesidade.

Os dados do Sisvan referem-se exclusivamente aos atendimentos realizados no SUS, o que representa, em sua maioria, uma população de menor renda. No Rio Grande do Norte, fatores como a insegurança alimentar e o alto consumo de alimentos ultraprocessados estão entre os principais elementos que contribuem para os altos índices de obesidade.

Segundo especialistas, a insegurança alimentar leva parte da população a consumir produtos de menor custo e alto teor calórico, em detrimento de alimentos mais nutritivos e saudáveis. Esse padrão alimentar está diretamente associado ao ganho de peso e ao desenvolvimento de quadros de obesidade, especialmente em estados com menores índices de renda, como o RN.

Fatores que influenciam a obesidade no estado

A obesidade é considerada uma doença crônica e multifatorial. Aspectos como predisposição genética, alterações hormonais, obesidade materna na gestação, má alimentação na infância, sedentarismo e acesso limitado a cuidados de saúde qualificados estão entre os fatores de risco.

Além disso, o acompanhamento inadequado, a ausência de políticas públicas efetivas e a dificuldade de acesso a medicamentos especializados agravam o problema. Atualmente, cinco medicamentos são reconhecidos por sua eficácia no tratamento da obesidade, mas nenhum deles é distribuído pelo SUS no RN, nem por meio da Farmácia Popular ou unidades especializadas como a Unicat.

Maior prevalência entre mulheres

Os dados demonstram que mulheres são mais afetadas pela obesidade do que os homens. A explicação está relacionada a questões hormonais, padrões metabólicos e sociais. O diagnóstico é feito por meio do Índice de Massa Corporal (IMC), sendo considerado obeso o indivíduo com IMC igual ou superior a 30.

A obesidade é classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em três graus:

  • Grau I: IMC entre 30 e 34,9 kg/m²
  • Grau II: IMC entre 35 e 39,9 kg/m²
  • Grau III: IMC superior a 40 kg/m²

No RN, entre os 129.130 adultos obesos registrados no Sisvan, 25,31% estão no grau I, 11,07% no grau II e 5,71% no grau III.

Tratamento exige equipe multidisciplinar

O tratamento da obesidade envolve diferentes especialidades. Além de médicos, são necessários nutricionistas, psicólogos, psiquiatras e educadores físicos. O acompanhamento começa nas unidades básicas de saúde, com ações de prevenção e, quando necessário, encaminhamento a serviços especializados. Em Natal, a Policlínica da Zona Norte é uma das unidades de referência para acompanhamento multidisciplinar de pacientes com obesidade.

O processo de avaliação inclui histórico alimentar, prática de atividade física, consumo de álcool, tabagismo, qualidade do sono, funcionamento intestinal e presença de doenças associadas. Mudanças no estilo de vida, com alimentação balanceada, prática regular de atividades físicas e acompanhamento psicológico, são medidas fundamentais para o controle do peso.

Importância da alimentação na prevenção

A alimentação equilibrada é um dos pilares no combate à obesidade. Dietas ricas em fibras, compostas por frutas, legumes, verduras, grãos integrais, feijão, lentilha, arroz integral, aveia, frango e peixe, são recomendadas. Alimentos com gorduras saudáveis, como azeite, abacate e castanhas, também podem ser incluídos, com moderação, para promover saciedade e controlar os níveis de glicose no sangue.

A orientação de profissionais de nutrição é essencial para adequar a dieta às necessidades de cada paciente e evitar restrições inadequadas. Questões comportamentais e emocionais também precisam ser consideradas, dado que transtornos como ansiedade e compulsão alimentar estão frequentemente associados à obesidade.

Limitações no acesso aos dados

Os números apresentados pelo Sisvan podem não refletir integralmente a realidade. Como o sistema considera apenas pacientes atendidos pelo SUS, parte significativa da população pode estar fora da estatística, especialmente em áreas com menor cobertura da rede pública. Isso pode explicar, em parte, a diferença entre os índices do RN e os de estados com maior capacidade de atendimento, como o Rio Grande do Sul.

Foto: Alexander Grey/Pexels/Ilustração / Toninho Tavares/Agência Brasília

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Brasil investiga 17 suspeitas de gripe aviária e exportações de carne de frango são afetadas

Brasil investiga 17 suspeitas de gripe aviária e exportações de carne de frango são afetadas

Mais de 20 países impõem restrições após confirmação de foco de influenza aviária em granja comercial no Rio Grande do Sul

O Brasil monitora 17 investigações ativas de suspeitas de gripe aviária em diferentes estados do país, de acordo com dados atualizados na plataforma de Síndrome Respiratória e Nervosa das Aves do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). As análises, que envolvem coleta de amostras, ainda não têm resultado laboratorial conclusivo.

Dentre as investigações, duas ocorrem em ambientes de produção comercial: uma em uma granja de pintinhos no município de Ipumirim (SC) e outra em um abatedouro de aves em Aguiarnópolis (TO). Outras nove suspeitas envolvem aves de subsistência em Capela de Santana (RS), Concórdia (SC), Angélica (MS), Jardim (MS), Belo Horizonte (MG), Salitre (CE), Quixadá (CE), Eldorado do Carajás (PA) e Abel Figueiredo (PA). Também são investigadas seis suspeitas em aves silvestres nas cidades de Porto Alegre (RS), Jaguari (RS), Castelo (ES), Belo Horizonte (MG), Ilhéus (BA) e Icapuí (CE). Uma suspeita em Gaurama (RS) já foi descartada.

Desde a primeira confirmação de gripe aviária no Brasil, em maio de 2023, em uma ave silvestre, mais de 2.500 notificações foram investigadas. A doença, causada pelo vírus H5N1, é de notificação obrigatória e imediata às autoridades sanitárias. Devem comunicar casos suspeitos os produtores rurais, técnicos, proprietários, prestadores de serviço e demais envolvidos com criação de aves.

Até o momento, o país contabiliza um caso confirmado da doença em uma granja comercial localizada em Montenegro (RS), na Região Metropolitana de Porto Alegre. Além disso, foram confirmados 164 casos em animais silvestres (160 em aves e 4 em leões-marinhos), três focos em criações domésticas e um em produção comercial, totalizando 168 registros.

Com a confirmação do caso em ambiente comercial, aumentaram as restrições à exportação de carne de frango brasileira. O Ministério da Agricultura e Pecuária informou que Albânia, Namíbia e Índia passaram a suspender as importações de carne de aves provenientes de todo o território nacional. Já Angola optou por restringir apenas as compras oriundas do estado do Rio Grande do Sul.

Ao todo, 23 países impuseram suspensão total das exportações brasileiras de carne de frango. Estão nessa lista: China, União Europeia, México, Iraque, Coreia do Sul, Chile, Filipinas, África do Sul, Jordânia, Peru, Canadá, República Dominicana, Uruguai, Malásia, Argentina, Timor-Leste, Marrocos, Bolívia, Sri Lanka, Paquistão, além dos recém-incluídos Albânia, Namíbia e Índia.

Outros 17 países aplicaram suspensão parcial, limitada ao estado do Rio Grande do Sul, incluindo Arábia Saudita, Reino Unido, Rússia e Turquia. Já Emirados Árabes Unidos e Japão restringiram as importações apenas ao município de Montenegro (RS), onde ocorreu o foco confirmado.

O Ministério da Agricultura segue em diálogo com as autoridades sanitárias dos países importadores, compartilhando informações técnicas e medidas adotadas. O objetivo, segundo a pasta, é garantir a segurança sanitária e viabilizar a retomada das exportações o mais rápido possível.

O órgão também reforçou que o consumo de carne de aves e ovos no Brasil não representa risco à saúde da população.

Foto: Wolfgang Ehrecke/Pixabay / Javier Garcia/Pixabay / Bernhard Jaeck/Pixabay

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Criança autista morre após picada de cobra cascavel em Equador, no interior do RN

Criança autista morre após picada de cobra cascavel em Equador, no interior do RN

Menino de 4 anos foi picado enquanto brincava na casa da avó; diagnóstico inicial não identificou envenenamento

Um menino de 4 anos morreu na manhã desta quinta-feira (22.mai.2025) após complicações causadas por uma picada de cobra cascavel, no município de Equador, localizado na região do Seridó do Rio Grande do Norte. A vítima foi identificada como Ítalo Alves dos Santos. Segundo familiares, o menino era diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e não falava, o que dificultou o reconhecimento imediato do ocorrido.

O incidente aconteceu na tarde da quarta-feira (21.mai), enquanto Ítalo brincava com uma prima na casa da avó. A criança começou a chorar e apresentou inchaço e coloração roxa em um dos pés. A família acreditou inicialmente que se tratava de uma torção ou queda. A prima de 6 anos que o acompanhava afirmou que não presenciou o que causou o choro do menino.

Ítalo foi levado ao hospital local de Equador, onde recebeu atendimento médico. Segundo relato dos familiares, o médico que o atendeu solicitou um exame de raio-x para o dia seguinte e liberou o menino com alta médica.

Na manhã da quinta-feira, o quadro clínico do garoto se agravou, com sinais de mal-estar generalizado. Os pais decidiram levá-lo com urgência ao hospital da cidade de Santa Luzia, no estado da Paraíba, a aproximadamente 33 quilômetros de Equador.

Ao ser atendido pela equipe médica da unidade paraibana, foi constatado que o inchaço no pé do menino não era resultado de uma lesão comum, mas sim de uma picada de animal peçonhento — possivelmente uma cobra ou escorpião. Os profissionais de saúde também informaram que o veneno já havia se espalhado pelo corpo da criança.

Diante do diagnóstico, os familiares voltaram à residência da avó da criança para investigar a possível origem da picada. No local, encontraram uma cobra cascavel escondida debaixo de um sofá. A presença do animal confirmou a suspeita da equipe médica.

A criança foi imediatamente transferida para o hospital da cidade de Patos, também na Paraíba, que possui maior capacidade de atendimento para casos graves. Apesar da intervenção, o menino não resistiu e morreu na unidade hospitalar.

O sepultamento de Ítalo Alves dos Santos foi marcado para a sexta-feira (23.mai), na cidade de Equador, onde a morte causou comoção.

A Prefeitura de Equador informou que reuniu equipes da Secretaria Municipal de Saúde e órgãos competentes para apurar os detalhes do caso. A administração também divulgou nota oficial em suas redes sociais manifestando pesar e solidariedade à família da criança.

De acordo com especialistas, a cascavel é uma das serpentes mais venenosas do Brasil, e o socorro rápido com administração de soro antiofídico é essencial para a sobrevivência da vítima.

A população é orientada a acionar imediatamente os serviços de saúde ao identificar qualquer suspeita de picada de animal peçonhento, especialmente em casos de crianças pequenas ou pessoas com deficiência de comunicação.

Foto: Reprodução / Pixabay / Foto-Rabe

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UnP realiza “Pit Stop” em homenagem às mães com serviços gratuitos para corredoras de Mossoró

UnP realiza “Pit Stop” em homenagem às mães com serviços gratuitos para corredoras de Mossoró

Evento oferece atendimentos de saúde e autocuidado na Avenida João da Escóssia, em Mossoró, nesta quinta-feira (22)

Em alusão ao Mês das Mães, a Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de ensino do Brasil, o Ecossistema Ânima, promove nesta quinta-feira (22) o “Pit Stop UnP”, uma ação especial voltada às corredoras de Mossoró.

A atividade tem início às 5h, no estacionamento da instituição, e contará com uma série de atendimentos gratuitos de saúde e bem-estar para as praticantes de corrida da movimentada Av. João da Escóssia.

Com o slogan “No ritmo da vida, uma parada para elas”, o evento tem como objetivo homenagear as mães com energia e movimento. Durante a programação, serão oferecidos serviços como liberação miofascial, ventosaterapia, alongamento e aquecimento para as corredoras, aplicação de testes físicos, aferição de pressão arterial, verificação de glicemia capilar, higienização facial, avaliação com bioimpedância e orientações nutricionais.

Serviço: Pit Stop UnP – Mês das Mães

22 de maio, às 5h
Estacionamento da UnP, localizado na Avenida João da Escóssia, 1561, em Nova Betânia

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Foto: Divulgação

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RN tem menor taxa de mortalidade por infarto do Nordeste, aponta estudo da Sesap

RN tem menor taxa de mortalidade por infarto do Nordeste, aponta estudo da Sesap

Queda de 39,47% entre 2019 e 2024 é atribuída à linha de cuidado implantada pelo Governo do Estado

O Rio Grande do Norte registrou a menor taxa de mortalidade por Infarto Agudo do Miocárdio (IAM) entre os estados do Nordeste em 2024, com um índice de 5,82%. O estado também apresentou a quarta menor taxa de mortalidade por infarto em todo o Brasil no mesmo ano. Os dados são do sistema DATASUS, do Ministério da Saúde, e fazem parte de um levantamento feito pela Coordenação de Regulação em Saúde e Avaliação da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap).

Entre 2019 e 2024, a taxa de mortalidade por infarto no RN caiu 39,47%, enquanto a média de redução no Brasil foi de 21,2% e no Nordeste, de 22%. A queda expressiva é atribuída à implantação da Linha de Cuidado em Infarto Agudo do Miocárdio, uma estratégia da Sesap iniciada em abril de 2022.

A linha de cuidado envolve ações como treinamentos para equipes de saúde, aquisição de medicamentos essenciais e ampliação do acesso a procedimentos como trombólise e cateterismo. Apenas no medicamento alteplase, utilizado para dissolver coágulos causadores de infarto, o investimento passou de R$ 343,5 mil em 2022 para R$ 1,42 milhão em 2024 — um aumento de 316%.

Com esse reforço, o número de trombólises realizadas no estado saltou de 63 em 2019 para 262 em 2024. A estimativa para 2025, com base na média dos dois primeiros meses do ano, é de que 330 procedimentos sejam realizados até dezembro.

Segundo o médico cardiologista Rodrigo Bandeira, coordenador da linha de cuidado, a redução na mortalidade é reflexo direto do fortalecimento da rede de saúde e das políticas públicas estruturadas. “A ampliação do acesso à trombólise, aliado à gestão qualificada e treinamentos, tem salvado vidas e posicionado o Rio Grande do Norte como referência nacional”, afirmou.

Walkíria Nóbrega, subcoordenadora de Regulação das Urgências e Emergências da Sesap, destaca que a experiência do estado mostra o potencial do Sistema Único de Saúde (SUS) quando há investimento contínuo. “Os resultados demonstram que a implementação de políticas estruturadas foi determinante para a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares no Rio Grande do Norte.”

O Governo do Estado reforça que o objetivo é continuar investindo na qualificação dos serviços, com foco na redução de mortes evitáveis e na ampliação do acesso à saúde em todo o território potiguar.

Foto: Arquivo / Sesap

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Sete casos de doenças respiratórias em aves são investigados no país

Sete casos de doenças respiratórias em aves são investigados no país

Informação foi divulgada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária

O Ministério da Agricultura e Pecuária investiga sete casos de doenças respiratórias em aves, segundo o painel Síndrome Respiratória e Nervosa em Aves, da pasta, atualizado às 13h01 desta terça-feira (20).

Dois dos casos analisados são em granjas comerciais, em Ipumirim (SC) e em Aguiarnópolis (TO); quatro, em criadouros de subsistência, em Triunfo (RS), Estância Velha (RS), Salitre (CE), e Eldorado dos Carajás (PA); e um, em aves silvestres, em Derrubadas (RS).

Os casos em investigação, segundo o ministério, podem vir a ser de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP ou gripe aviária), doença de Newcastle (DNC) ou outras doenças respiratórias.

No momento, segundo o painel, há dois “focos em andamento” de gripe aviária no país: em Montenegro (RS) – o primeiro foco registrado no Brasil em uma granja comercial – e em Sapucaia do Sul (RS), no zoológico da cidade, em aves consideradas silvestres.icultura e Pecuária.

De acordo com os dados do ministério, o país já registrou 164 focos confirmados de gripe aviária em animais silvestres, sendo o primeiro em 15 de maio de 2023; três, em criadouros de subsistência, o primeiro em 27 de junho de 2023; e um, em uma granja comercial, em Montenegro (RS), confirmado na última quinta-feira (15).

Foto: Antonio Araújo/MAPA / Guilherme Martimon/MAPA

Da Agência Brasil

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UFRN busca patentear formulação cosmética com ação despigmentante, hidratante e rejuvenescedora

UFRN busca patentear formulação cosmética com ação despigmentante, hidratante e rejuvenescedora

O extrato também foi avaliado quanto à atividade antitirosinase

Um grupo de pesquisadores da área farmacêutica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) desenvolveu uma formulação cosmética inovadora com ação despigmentante para manchas escuras e uniformização da tonalidade da pele, além de propriedades hidratantes e antienvelhecimento. O produto é destinado a segmentos que produzem formulações para aplicação tópica em humanos.

Orientador do estudo que resultou na nova tecnologia, Márcio Ferrari explica que a formulação é indicada para uso na rotina de cuidados com a pele de pessoas que apresentam hiperpigmentação cutânea em regiões localizadas. “Entretanto, ela também pode ser incorporada a tratamentos médicos e estéticos, bem como a protocolos que utilizem produtos voltados à uniformização da tonalidade da pele. São amplamente utilizados no tratamento de peles hiperpigmentadas, como no caso do melasma e de manchas causadas pela radiação solar”, destaca o cientista.

Atualmente doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos da UFRN, Samara Vitória Ferreira de Araújo explica que o produto foi desenvolvido a partir do extrato vegetal de Kalanchoe pinnata, conhecida popularmente como Saião ou Coraima, para aplicação tópica com ação despigmentante, voltada para o tratamento de manchas escuras e para a uniformização da tonalidade da pele. A espécie é uma planta nativa de Madagascar, naturalizada no Brasil, presente em biomas como a Caatinga. Por ser de fácil cultivo e ocorrer durante todo o ano, caracteriza-se como uma matéria-prima abundante, com potencial para se tornar um ingrediente promissor para a indústria cosmética.

“Além disso, é importante destacar as vantagens relacionadas ao uso de um produto nanotecnológico, cujas propriedades são superiores às de produtos convencionais já comercializados no mercado brasileiro. Há, portanto, a conveniência de se utilizar um único produto capaz de atuar por diferentes mecanismos que promovem a despigmentação da pele. Isso se deve à presença de compostos que inibem enzimas e espécies reativas de oxigênio envolvidas na produção da melanina – o pigmento responsável pela coloração da pele – e, consequentemente, à sua atividade despigmentante. É o caso das substâncias presentes na Kalanchoe pinnata”, explica Samara.

Além dos dois pesquisadores, a invenção contou com a contribuição de Silvana Maria Zucolotto Langassner e Stella Maria Andrade Gomes Barreto, tanto na metodologia da obtenção do extrato, quanto nas etapas de realização dos testes antioxidantes, despigmentantes e o desenvolvimento do produto. O grupo destaca que se trata de um produto multifuncional. “Realizamos testes de eficácia clínica com a formulação cujo extrato vegetal de Kalanchoe pinnata foi a substância responsável por melhorar a hidratação da pele, bem como parâmetros relacionados à rugosidade, maciez e sinais de envelhecimento cutâneo”, explica Ferrari.

O professor do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento e Inovação Tecnológica em Medicamentos destaca que a nova tecnologia é especialmente interessante para empresas que buscam substâncias e produtos mais naturais, pois se trata de uma formulação eco-friendly, com extrato obtido de forma sustentável, ou seja, sem agressão ao meio ambiente. “Isso demonstra a responsabilidade social que nós, da Universidade, assumimos ao desenvolver produtos para a indústria de cosméticos, que busca, cada vez mais, formulações elaboradas com matérias-primas sustentáveis. Toda a cadeia de produção da presente invenção é sustentável, desde a obtenção da matéria-prima até o desenvolvimento do produto”, ressalta.

Márcio Ferrari ressalta que o próximo passo é a busca por empresas que tenham interesse na transferência da tecnologia para que este produto chegue ao mercado consumidor de cosméticos. Nesta perspectiva, a iniciativa de patentear ganha relevância, pois garante proteção legal para invenções e contribui para o avanço do conhecimento, garantindo que os inventores tenham direitos de exclusividade sobre a invenção e evitando que terceiros explorem comercialmente a criação sem a autorização expressa.

“Também nos incentiva, pesquisadores, a desenvolver novas tecnologias e permite que as universidades busquem parcerias com empresas, fortalecendo a produção científica e criando um elo entre academia e setor produtivo com a aplicação da inovação. Isso gera impacto social e econômico, pilares importantes para o avanço da sociedade. Além disso, trata-se de um produto tecnológico desenvolvido durante o doutorado, alinhado com os objetivos do programa, que envolvem desenvolvimento e inovação tecnológica”, ressalta a doutoranda Samara de Araújo.

Do estudo, pesquisa e patente

Produzir saber e conhecimento não é fácil. A constatação não assusta, tampouco surpreende. Entretanto, guarda um certo poder quando nos deixamos contaminar pelo caminho percorrido pelos cientistas. Na pesquisa que resultou no pedido de patente, por exemplo, o extrato de Kalanchoe pinnata foi submetido à caracterização química quanto à presença de compostos fenólicos e flavonoides, substâncias com propriedades antioxidantes e capacidade de eliminar espécies reativas.

A informação sobre a presença dessas substâncias, bem como sobre sua quantidade, está relacionada ao fato de que essas substâncias capazes de eliminar espécies reativas derivadas do oxigênio podem atuar em mecanismos secundários envolvidos na melanogênese e, consequentemente, na atividade despigmentante. Não por acaso, a melanogênese é o processo de produção de melanina – pigmento que dá cor à pele, aos cabelos e aos olhos. A ausência de melanina, por sua vez, caracteriza uma condição genética conhecida como albinismo.

O extrato também foi avaliado quanto à atividade antitirosinase, ou seja, à capacidade de inibir a produção de melanina, uma vez que a enzima tirosinase é fundamental para a formação desse pigmento. Para compreender esse processo, é necessário ativar outro conhecimento: saber que essa enzima estimula reações entre a tirosina, um aminoácido, e seus intermediários, levando à formação da melanina. Quando ocorre uma hiperprodução localizada, isso pode resultar no surgimento de manchas escuras na pele.

Do rápido raciocínio, podemos concluir que, a partir dessa ‘interseção’ entre saber e conhecimento, da convergência entre os objetos e os usos da ciência, é possível beneficiar o que está ao nosso redor sem agredir o meio ambiente. Pelo contrário, promovendo sua revitalização. “O uso das folhas da planta para obtenção do extrato pode gerar renda para moradores das regiões onde é cultivada, e toda a cadeia de produção é sustentável – desde a obtenção da matéria-prima até o desenvolvimento do produto”, exemplifica Ferrari.

Fotos: Pexels / Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

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Saúde mental no trabalho NR-1 entra em vigor e empresas devem se adequar

Saúde mental no trabalho: NR-1 entra em vigor e empresas devem se adequar

Atualização de norma do Ministério do Trabalho exige que empresas avaliem riscos psicossociais; medida deve vigorar, em caráter educativo, a partir do próximo dia 26

Entra em vigor, no próximo dia 26 de maio, a nova redação da Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). A medida passa a reconhecer oficialmente que o adoecimento mental também pode ser causado pelo ambiente de trabalho e exige das empresas a inclusão de riscos psicossociais no Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). O prazo para adequação é até maio de 2026, quando a fiscalização e possíveis autuações terão início.

A NR-1 serve como base para as demais normas regulamentadoras do MTE e, a partir desta atualização, passa a incorporar fatores como sobrecarga de trabalho, assédio, pressão excessiva, ausência de reconhecimento e apoio emocional como riscos que precisam ser identificados, prevenidos e tratados pelas empresas. Até então, o PGR contemplava apenas riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos e de acidentes. O objetivo, segundo o órgão, é promover uma abordagem mais ampla sobre saúde e bem-estar.

Para a psicóloga do trabalho, Alda Silva, a nova NR-1 representa um avanço nas políticas de segurança e saúde no trabalho. Ela explica que os riscos psicossociais mais comuns envolvem questões relacionadas à organização e à gestão do trabalho. “São jornadas extensas, microgestões desgastantes, relações interpessoais desrespeitosas e cobrança excessiva. Tudo isso afeta diretamente a saúde mental dos funcionários e, consequentemente, a produtividade das empresas”, pontua.

De acordo com a especialista, CEO do Nostrum Instituto de Psicologia e idealizadora da plataforma @nosdotrabalho, não é possível eliminar completamente os riscos psicossociais no ambiente de trabalho, mas é possível gerenciá-los de forma estratégica e contínua. “Assim como fazemos com os riscos físicos, o objetivo é reduzir a probabilidade e a gravidade dos danos. E isso se conquista com mapeamento, monitoramento constante e, principalmente, sensibilização da liderança, que é a porta de entrada para saúde mental nas organizações”, explica a psicóloga.

Rui Cadete aposta na formação de lideranças

A Rui Cadete, empresa de serviços contábeis e de gestão empresarial, iniciou o processo de adaptação às exigências da nova Norma Regulamentadora nº 1 (NR-1) com o mapeamento dos riscos psicossociais. A iniciativa tem como foco principal a capacitação das lideranças, o fortalecimento e a formalização das práticas relacionadas à saúde mental no ambiente de trabalho. O que, segundo a diretora Liane Cadete, já fazia parte da rotina organizacional da empresa.

“Para a Rui Cadete, esse tema não é novidade. Na verdade, sempre tratamos a saúde mental com seriedade em nossos treinamentos e práticas cotidianas, porque entendemos que o bem-estar emocional é tão importante quanto os indicadores de desempenho. Agora, com a nova norma, teremos a oportunidade de formalizar e aprimorar iniciativas que já fazem parte da nossa cultura. É um passo importante para consolidar esse cuidado no plano estratégico”, afirma Liane.

Nesse sentido, conforme destaca a diretora, a empresa tem estruturado o processo com foco em treinamentos. “Queremos que nossas lideranças atuem como guardiãs das iniciativas voltadas à saúde mental. Porque mais do que atender à NR-1, estamos lidando com uma questão humana e urgente. Por serem invisíveis, as doenças psicossociais ainda sofrem com o preconceito e a desinformação. Então, é preciso enxergar além do que é dito, observar, escutar com empatia e estar disposto a acolher as dores emocionais do outro”, conclui.

Foto: Divulgação

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RN intensifica vigilância sanitária após caso de gripe aviária no Sul do país

RN intensifica vigilância sanitária após caso de gripe aviária no Sul do país

Idiarn reforça fiscalização e ações de biossegurança na avicultura potiguar

O Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária do Rio Grande do Norte (Idiarn) está ampliando suas ações de vigilância sanitária e biossegurança na avicultura do estado, após o registro do primeiro caso confirmado de gripe aviária no Brasil, ocorrido no Rio Grande do Sul.

Mesmo sem registro da doença em território potiguar, o Idiarn implementou medidas preventivas para garantir a sanidade do plantel avícola local, tanto comercial quanto de subsistência. O Rio Grande do Norte nunca teve ocorrência da doença em sua avicultura comercial.

Ações de prevenção

Por meio do Programa Estadual de Sanidade Avícola (PESA), o Idiarn intensificou a fiscalização em granjas e propriedades rurais, além de ampliar o monitoramento do trânsito de aves vivas, ovos férteis e demais produtos relacionados à cadeia avícola.

As equipes técnicas do instituto estão orientando produtores quanto às boas práticas de biosseguridade, como:

  • Uso de telas de proteção em instalações
  • Controle de acesso às áreas de criação
  • Cuidados com alimentação e água
  • Higienização adequada de equipamentos e ambientes

Monitoramento e coleta de amostras

O órgão também segue com ações de vigilância ativa, realizando coleta de amostras em áreas prioritárias e enviando os materiais para análise em laboratórios federais de referência localizados em Campinas (SP) e Recife (PE).

Além da fiscalização direta, o Idiarn está capacitando fiscais estaduais agropecuários e agentes municipais, com o objetivo de garantir resposta rápida diante de qualquer suspeita de contaminação.

Notificação obrigatória

O instituto reforça que casos suspeitos devem ser imediatamente notificados aos canais oficiais, incluindo o Sistema Brasileiro de Vigilância e Emergências Veterinárias (e-Sisbravet), plataforma do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).

O RN segue em articulação com o MAPA, com foco na prevenção, vigilância constante e resposta imediata, segundo os protocolos nacionais de defesa agropecuária.

Consumo seguro

O Idiarn também esclarece que não há risco de transmissão da gripe aviária por meio do consumo de carne ou ovos devidamente cozidos e inspecionados. As medidas são voltadas à proteção sanitária da cadeia produtiva e não envolvem riscos diretos ao consumidor final.

Canal para denúncias

Produtores e cidadãos que identificarem situações suspeitas devem entrar em contato com o Idiarn ou registrar a ocorrência diretamente no sistema e-Sisbravet, contribuindo com o monitoramento e a segurança sanitária no estado.

Foto: Bernhard Jaeck/Pixabay / Wolfgang Ehrecke/Pixabay

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Natal e Mossoró ampliam vacinação contra influenza para toda a população a partir desta terça (20)

Natal e Mossoró ampliam vacinação contra influenza para toda a população a partir desta terça (20)

Campanha passa a incluir pessoas a partir de seis meses; vacinação é gratuita nas UBS e pontos extras

As prefeituras de Natal e Mossoró anunciaram a ampliação da vacinação contra a influenza para todas as pessoas com idade a partir de seis meses. A medida, que começa a valer nesta terça-feira (20.mai.2025), segue recomendação do Ministério da Saúde.

A vacina disponível é a trivalente, que oferece proteção contra os vírus da influenza B, H1N1 e H3N2. Segundo o Ministério da Saúde, a aplicação do imunizante pode prevenir entre 60% e 70% dos casos graves e mortes por gripe.

Vacinação em Natal

Em Natal, a Secretaria Municipal de Saúde informa que a vacina contra a gripe está disponível em 60 salas de vacinação distribuídas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), além de pontos extras nos shoppings Midway Mall e Partage Norte Shopping.

A capital iniciou a campanha de imunização contra a influenza em 7 de abril, direcionada inicialmente para os seguintes grupos prioritários:

  • Crianças de seis meses a menores de seis anos;
  • Gestantes;
  • Idosos com 60 anos ou mais.

Segundo a Secretaria, até o dia 19 de maio, foram aplicadas 51.378 doses. A cobertura vacinal por público é a seguinte:

  • Idosos: 17,85%;
  • Gestantes: 25,55%;
  • Crianças menores de seis anos: 8,18%.

Com a ampliação da campanha, qualquer pessoa com mais de seis meses de idade pode receber a vacina. A chefe do Núcleo de Agravos Imunopreveníveis (NAI), Veruska Ramos, reforça que os grupos prioritários continuarão sendo atendidos normalmente, uma vez que a vacinação permanece incluída no calendário nacional.

Horários de atendimento em Natal:

  • UBS: Segunda a sexta-feira, das 8h às 12h e das 13h às 15h;
  • Midway Mall e Partage Norte Shopping: Segunda a sexta-feira, das 13h às 20h; sábado, das 10h às 15h.

Para se vacinar, é necessário apresentar documento de identificação e cartão de vacinação.

Vacinação em Mossoró

Em Mossoró, a campanha de vacinação contra a influenza começou em 2 de abril. Inicialmente, o foco também era nos grupos prioritários, como crianças, idosos, gestantes e puérperas.

Com a nova orientação, todas as pessoas a partir de seis meses de idade poderão se vacinar nas UBS do município.

  • Horários de atendimento em Mossoró:
  • UBS: Segunda a sexta-feira, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

O coordenador de Imunizações de Mossoró, Etevaldo Lima, destaca que a ampliação tem como objetivo aumentar a cobertura e evitar complicações causadas pela gripe.

A vacinação contra a influenza segue gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) e é uma das estratégias utilizadas para reduzir a circulação do vírus durante o período de maior incidência, especialmente entre os meses de abril e julho.

Foto: Myke Sena/MS

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Gripe aviária não deve impactar preço da carne de frango, diz ministro

Gripe aviária não deve impactar preço da carne de frango, diz ministro

Até o momento, exportações estão suspensas para 17 mercados

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, afirmou nesta segunda-feira (19) que os focos detectados de gripe aviária no Rio Grande do Sul não trarão impacto significativo no preço da carne de frango, apesar da suspensão de vendas para mais de uma dezena de países.

“Acredito muito mais em pequenas variações, pode ter um excesso de oferta, [por] 10 e 15 dias, e aí vai direcionando para outro lugar, retomando para algum país que flexibilizará seu protocolo. Portanto, eu acredito muito mais na estabilidade”, disse em entrevista coletiva para atualizar informações sobre o caso.

Maior exportador de carne de frango do mundo, o Brasil vendeu 5,2 milhões de toneladas do produto, em diferentes formatos, para 151 países, auferindo receitas de US$ 9,9 bilhões, segundo dados de 2024 apurados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Mais de 35,3% de toda a carne de frango produzida no Brasil é destinada ao mercado externo.

Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul concentram 78% dessas exportações. Os principais destinos internacionais dos produtos da cadeia brasileira do frango são China, Japão, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, África do Sul, Filipinas, União Europeia, México, Iraque e Coreia do Sul, com mais de 60% dos volumes embarcados.

“A experiência adquirida, no caso da [doença] Newscasttle, no ano passado, os preços não abaixaram tanto. Segundo, não vai ficar tão grande a restrição, porque é possível que, durante o período dos 28 dias, e a gente está confiante de que vai conseguir segurar dentro do raio [do foco], do caso específico, há a volta gradativa à normalidade. E outro fator que dará estabilidade de preços, que imagino, é que 70% da produção já fica no mercado interno. Então, estamos falando de 30%, se fechasse para todo mundo”, explicou Fávaro.

Mais cedo, em outra entrevista, Fávaro havia dito que é preciso aguardar um ciclo de 28 dias sem novos casos confirmados para que o país faça uma autodeclaração à Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e consiga reverter as suspensões.

Não há prazo para que organismo internacional responda à autodeclaração, quando ela for feita, mas a expectativa é que os países levantem as barreiras de forma gradativa.

Até o momento, o país investiga ainda sete casos. Ao menos três deles já foram descartados, em atualizações antecipadas pelo próprio Ministério da Agricultura. Tratam-se de suspeitas no Mato Grosso, no Sergipe e no Ceará.

Seguem em análise laboratorial suspeitas no Tocantins, em Santa Catarina e uma outra o Rio Grande do Sul. Os dois únicos focos confirmados estão em uma granja comercial de Montenegro e em um zoológico de Sapucaia do Sul, ambos municípios gaúchos localizados na região metropolitana de Porto Alegre.

Os dados constam no painel de monitoramento de síndromes respiratórias e nervosas em aves, gerido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, e foram atualizados às 19h desta segunda.

Exportações afetadas

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) atualizou o número de mercados que estão com exportações suspensas para o frango brasileiro oriundo de qualquer parte do território nacional. Sete deles comunicaram a suspensão diretamente ao governo: México, Coreia do Sul, Chile, Canadá, Uruguai, Malásia e Argentina. Outros 10 tiveram, por força dos acordos sanitários bilaterais, a interrupção automática dos embarques: China, União Europeia (27 países), África do Sul, Rússia, Republica Dominicana, Bolívia, Peru, Marrocos, Paquistão e Sri Lanka.

Já para outros mercados, a suspensão das exportações, também por força de acordos bilaterais, devem abranger apenas o estado do Rio Grande do Sul ou o município de Montenegro. São eles: Arábia Saudita, Emirados Árabes, Bahrein, Japão, Singapura, Reino Unido, Cuba, Filipinas, Jordânia, Hong Kog, Argélia, Timor Leste, Índia, Lesoto, Paraguai, Suriname, Vanatu e Vietnã.

No caso dos Estados Unidos, o maior importador de ovos do Brasil, o comércio desse produto mantida em todo o território nacional, mas as vendas de material genético foi suspensa temporariamente.

“A grande maioria dos protocolos dos países que a gente tem, prevê o raio [de restrição local]. E não tem nenhum SIF [certificado] de produção comercial em um raio 10 quilômetros, então o impacto é zero”, afirmou Marcel Moreira, secretário de Comércio e Relações Internacionais da pasta.

Sistema eficiente

Carlos Fávaro ressaltou que o Brasil possui um dos melhores sistemas de defesa agropecuária do planeta, e lembrou o fato de ter levado cerca de 19 anos para o vírus, que circula no mundo desde 2006, ter aparecido em planteis comerciais do país. Desde maio de 2023, mais de 2 mil investigações de casos de gripe aviária foram feitas de forma recorrente.

“Era inevitável que um dia iria acontecer. O sistema é robusto também graças à transparência e à força do sistema nos bloqueios. Isso vai ser mais uma contraprova da robustez do sistema brasileiro. Não é desejo, não é sonho, não é vontade, é saber como o sistema funciona”, afirmou.

Para o secretário de Defesa Agropecuária da pasta, Carlos Goulart, o país está preparado para responder de forma adequada o foco.

“O Brasil é o único país do mundo que disponibilizado painel, em tempo real, com duas atualizações ao dia. Assim que o laboratório dá o diagnóstico, ele coloca no site. Isso é o nível de transparência que a gente teve que adotar por ser o líder global de produção e exportação de aves e ovos. Foi uma maneira de responder a essa incredulidade que algumas autoridades sanitárias tinham de a gente produzir sem influenza”, afirmou.

Segundo ele, das 538 propriedades rurais da região de Montenegro, mais da metade (310) já foi visitada, incluindo todas em um raio de três quilômetros (km) do foco, além da instalação de barreiras de controle de circulação. Cerca de 17 mil aves foram mortas pela doença ou sacrificadas nas granjas.

O número de ovos destruídos foi de 70 mil. Um dos aviários já foi esterilizado e desinfectado, e outro está com o trabalho em andamento. A pasta também está mapeando todos os 30 milhões ovos férteis que saíram dessa propriedade em direção a outras regiões, dos últimos 28 dias a contar da data da detecção. Eles também estão em processo de destruição.

Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil / Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

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Gestação e varizes: como a gravidez impacta a circulação e o que fazer para prevenir

Gestação e varizes: como a gravidez impacta a circulação e o que fazer para prevenir

Estudo aponta que até 60% das gestantes desenvolvem varizes. Dra. Ilana Barros explica as causas e a importância da prevenção durante a gestação

A gravidez é um período de grandes transformações no corpo feminino, e um dos problemas mais comuns e que afeta até 60% das gestantes são as varizes. Alterações hormonais, o aumento do volume sanguíneo e a pressão do útero sobre as veias das pernas são fatores que comprometem o retorno sanguíneo, favorecendo o aparecimento de varizes. Esse quadro pode resultar em desconforto, como dores, sensação de peso nas pernas e até inchaço.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV), o aumento da pressão nas veias das pernas e a dilatação das mesmas durante a gestação pode gerar complicações, como trombose venosa profunda e flebite. Por isso, o cuidado precoce e a prevenção são fundamentais.

“Embora as varizes sejam comuns durante a gestação, é possível preveni-las com cuidados simples e eficazes. O uso de meias de compressão, por exemplo, ajuda na circulação e diminui o inchaço. Além disso, a prática de atividades leves, como caminhadas e hidroginástica, fortalece as pernas e melhora a circulação sanguínea”, explica Dra. Ilana Barros, angiologista e cirurgiã vascular.

A especialista também recomenda que as gestantes elevem as pernas sempre que possível, para facilitar o retorno do sangue ao coração. E claro, uma alimentação equilibrada é crucial para controlar o peso e evitar que o sobrepeso agrave o quadro.

“A prevenção das varizes começa desde o início da gestação, e o acompanhamento médico é indispensável, especialmente para mulheres com predisposição genética a varizes. O tratamento estético das varizes deve ser evitado durante a gravidez, e o foco deve estar na prevenção”, enfatiza Dra. Ilana.

Formada em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Dra. Ilana Barros possui uma residência médica em Cirurgia Geral no Hospital Geral Roberto Santos, em Salvador-BA, e em Cirurgia Vascular no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ela é especializada em Radiologia Intervencionista e Cirurgia Endovascular pela ANGIORAD, em Recife-PE, além de ser pós-graduada em Laser, Cosmiatria e Procedimentos no Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo-SP.

Com uma vasta experiência na área, Dra. Ilana é referência no tratamento de varizes, utilizando técnicas minimamente invasivas que garantem mais segurança e conforto para as pacientes. “O cuidado com a circulação é essencial, não só para o bem-estar da gestante, mas para a saúde da mulher como um todo durante a gravidez”, conclui a especialista.

Para saber mais, acesse o Instagram: @drailanabarros

Foto: Divulgação

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Santa Catarina investiga suspeita de gripe aviária em granja comercial de Ipumirim

Santa Catarina investiga suspeita de gripe aviária em granja comercial de Ipumirim

Governo estadual adota medidas de restrição após foco confirmado no Rio Grande do Sul

Um caso suspeito de gripe aviária em Santa Catarina está sob investigação na cidade de Ipumirim, no Oeste do estado. A ocorrência foi registrada em uma granja comercial e consta no mapa oficial do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), atualizado nesta segunda-feira (19.mai.2025). A informação foi confirmada pela administração municipal.

A investigação segue os protocolos nacionais de controle da Influenza Aviária e ocorre após a confirmação de dois casos da doença no país: um em uma granja comercial em Montenegro (RS) e outro em cisnes de um zoológico em Sapucaia do Sul (RS). Além de Ipumirim, há outros cinco casos sob análise nos estados de Tocantins, Sergipe, Ceará, Mato Grosso e Rio Grande do Sul.

Cidades com casos em investigação

Segundo o Mapa, os seis focos em investigação são os seguintes:

  • Ipumirim (SC) – granja comercial
  • Aguiarnópolis (TO) – granja comercial
  • Triunfo (RS) – produção familiar de subsistência
  • Gracho Cardoso (SE) – produção familiar de subsistência
  • Salitre (CE) – produção familiar de subsistência
  • Nova Brasilândia (MT) – produção familiar de subsistência

Medidas adotadas em Santa Catarina

Com a confirmação da doença em Montenegro (RS), o governo de Santa Catarina proibiu a entrada de aves vivas e ovos férteis oriundos de 12 municípios gaúchos. A medida foi publicada em nota técnica divulgada pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) no domingo (18).

As cidades abrangidas pela restrição são:

  • Cachoeirinha
  • Canoas
  • Capela Santana
  • Esteio
  • Gravataí
  • Montenegro
  • Nova Santa Rita
  • Novo Hamburgo
  • Portão
  • São Leopoldo
  • Sapucaia do Sul
  • Triunfo

Segundo a nota oficial, continuam autorizados os produtos de origem animal de aves provenientes do Rio Grande do Sul, com exceção de ovos comerciais dos municípios listados. A medida visa conter a disseminação do vírus e proteger a avicultura catarinense.

Investigação no município de Ipumirim

De acordo com a presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, técnicos da entidade estiveram na granja em Ipumirim e realizaram coletas de amostras, conforme os protocolos estabelecidos. Os materiais foram enviados ao laboratório credenciado do Ministério da Agricultura, e o governo aguarda os resultados.

“Houve esse chamado no município de Ipumirim, a Cidasc foi lá, avaliou os sintomas das aves e cumpriu o protocolo, que é coletar as amostras e enviar para o laboratório do Ministério da Agricultura. Estamos ainda aguardando os laudos”, declarou a presidente da entidade.

Segurança alimentar

O Ministério da Agricultura reiterou que não há risco de transmissão da gripe aviária pelo consumo de carne ou ovos de aves, desde que os produtos sejam inspecionados. A doença é transmitida por contato direto com aves infectadas, especialmente em ambientes de criação.

O risco para humanos é considerado baixo e, geralmente, ocorre entre trabalhadores que têm contato direto com aves doentes, vivas ou mortas.

Histórico da gripe aviária (H5N1)

O vírus H5N1 pertence ao grupo de alta patogenicidade (HPAI), caracterizado pela rápida disseminação entre aves e alta taxa de mortalidade. A primeira detecção da Influenza Aviária foi registrada em 1878, na Itália. Já o subtipo H5N1 foi isolado em gansos na China, em 1996. No ano seguinte, foi identificado o primeiro caso humano em Hong Kong.

Orientações aos produtores

As autoridades de Santa Catarina reforçaram orientações aos produtores rurais para prevenção e controle da doença:

  • Reforçar as medidas de biosseguridade nas propriedades;
  • Proibir visitas externas ao sistema de produção;
  • Não manipular aves mortas ou com sinais clínicos suspeitos;
  • Comunicar imediatamente à Cidasc qualquer sintoma como dificuldade respiratória, secreção ocular, andar cambaleante, torcicolo, giros repetitivos ou mortalidade súbita e elevada.

Monitoramento contínuo

A Cidasc e o Ministério da Agricultura seguem monitorando todos os casos e reforçaram o alerta para a população e produtores em regiões de risco. O Plano Nacional de Contingência está em andamento com medidas sanitárias preventivas, visando evitar impactos à cadeia produtiva e preservar a saúde pública.

Foto: Wolfgang Ehrecke por Pixabay / Bernhard Jaeck por Pixabay / jacqueline macou por Pixabay

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Ministério confirma influenza aviária em aves do zoológico de Sapucaia do Sul

Ministério confirma influenza aviária em aves do zoológico de Sapucaia do Sul

Surto do vírus H5N1 causou a morte de 38 cisnes e patos; local segue fechado por tempo indeterminado

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou neste domingo (18.mai.2025) que as mortes de 38 aves — entre cisnes e patos — no Parque Zoológico de Sapucaia do Sul (RS) foram causadas pela Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (H5N1). O local, que já havia sido fechado preventivamente pela Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), seguirá sem receber visitantes por tempo indeterminado.

O zoológico, localizado a cerca de 50 km de Montenegro, é o maior do estado do Rio Grande do Sul e abriga mais de mil animais de 130 espécies diferentes. Entre os animais presentes no local, há uma significativa população de aves aquáticas, como os 500 cisnes e marrecas que compõem o plantel.

A detecção do vírus H5N1 também foi confirmada na última quinta-feira (15) em uma propriedade de avicultura comercial em Montenegro, acendendo o alerta das autoridades sanitárias para o risco de disseminação da doença.

A gripe aviária é uma doença viral altamente contagiosa que atinge aves silvestres e domésticas. Em casos raros, também pode afetar seres humanos. Entre os principais sintomas nas aves estão secreção nasal, espirros, torcicolo, falta de coordenação motora, diarreia e mortalidade elevada.

Apesar da gravidade, o Mapa afirma que não há risco de transmissão da doença pelo consumo de carne de aves ou ovos, desde que os produtos sejam devidamente inspecionados.

A Sema orienta que qualquer suspeita da doença, caracterizada por sinais respiratórios, neurológicos ou mortes súbitas em aves, seja imediatamente comunicada à Secretaria da Agricultura por meio da Inspetoria de Defesa Agropecuária mais próxima ou pelo WhatsApp (51) 98445-2033.

A interdição do zoológico é uma medida preventiva para evitar o avanço da contaminação e proteger tanto os animais quanto os visitantes. O local permanece sob vigilância sanitária e passa por inspeções frequentes, enquanto o Ministério da Agricultura monitora a situação epidemiológica no estado.

Foto: Arquivo / Luis Wagner / Divulgação/Sema

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MG descarta preventivamente 450 toneladas de ovos férteis vindos do RS

MG descarta preventivamente 450 toneladas de ovos férteis vindos do RS

Ação foi necessária para manter o controle sanitário

O governo de Minas Gerais informou que descartou preventivamente 450 toneladas de ovos fecundados provenientes de uma granja da cidade Montenegro (RS), local em que a detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última quinta-feira (15). O descarte dos ovos ocorreu neste sábado (17) na região Centro-Oeste de MG.

O governo de MG frisou que os ovos férteis são usados para fecundação e produção de aves e não para consumo humano.

“É importante ressaltar que a gripe aviária leva as aves à morte, mas não representa risco para a população por não ser transmissível por meio do consumo da carne ou ovos”, ressaltou em comunicado.

O governo de Minas Gerais ainda disse que o descarte dos ovos foi necessário para manter o controle sanitário, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor local.

“Todas as medidas que estão sendo tomadas fazem parte do Plano de Contingência da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP), firmado entre União, estados e setor produtivo em 2022, quando surgiu o primeiro foco da doença na América do Sul”.

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).

Foto: jacqueline macou/Pixabay / Couleur/Pixabay / Elke/Pixabay

Da Agência Brasil

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Ovos de granja com caso de gripe aviária estão rastreados, diz Mapa

Ovos de granja com caso de gripe aviária estão rastreados, diz Mapa

Ministério diz ter adotado todas as medidas necessárias

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) informou ter rastreado todos os ovos para incubação fornecidos pela granja onde ocorreu o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP).

O destino desses ovos são incubatórios localizados em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul. Segundo o Ministério, já foram adotadas as medidas de saneamento definidas no plano de contingência para influenza aviária e doença de Newcastle.

Entre as ações previstas está a destruição desses ovos. Ontem (17), o governo de Minas Gerais determinou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados e demais materiais envolvidos, como medida preventiva.

“A iniciativa mostrou-se necessária para manter o controle sanitário, seguindo planos prévios para possíveis ocorrências do tipo, garantindo contenção e erradicação da doença e a manutenção da capacidade produtiva do setor”, informou o governo estadual em comunicado oficial.

O Mapa ressalta que não há comprovação de contaminação nesses ovos, e que adotou “todas medidas necessárias para proteção da avicultura nacional”.

Gripe aviária

O primeiro caso de vírus da influenza IAAP em um matrizeiro de aves comerciais foi confirmado esta semana no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul.

Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.

Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.

RS monta barreiras sanitárias em Montenegro para conter gripe aviária

O governo do estado do Rio Grande do Sul iniciou a montagem de sete barreiras sanitárias para a contenção do foco de influenza aviária no município de Montenegro (RS), local em que a detecção do vírus de alta patogenicidade foi confirmada pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) na última sexta-feira (16).

Até o começo da noite deste sábado (17), cinco das sete barreiras já haviam sido instaladas. Estão previstas duas barreiras na BR-386, uma ao norte na RS-124, outra na TF-10, no sentido Triunfo (RS), e três em estradas vicinais.

“O objetivo é inspecionar todos os veículos de carga viva, os que transportam ração e fazem coleta de leite, que são veículos que circulam em diversas propriedades rurais. No raio de três quilômetros os automóveis de passeio também serão desinfectados. Os pedestres não são o foco da ação”, disse o governo em comunicado.

As barreiras funcionarão em conjunto com a Patrulha Ambiental (Patram), da Brigada Militar, e a prefeitura do município, com operação 24 horas por dia. Os pontos de controle sanitários estão instalados em um raio de três a dez quilômetros do local do foco da doença.

O governo do estado informou ainda que serão vistoriadas cerca de 540 propriedades rurais no raio de dez quilômetros do foco da doença para avaliação e ações de educação sanitárias.

A prefeitura de Montenegro ressaltou, em nota, que o risco de infecção em humanos pela gripe aviária é muito baixo e ocorre, na maioria das vezes, entre tratadores ou profissionais que têm contato intenso com os animais.

“Essas pessoas estão sendo monitoradas e não apresentaram nenhum sintoma da doença”, diz a nota.

A administração municipal pediu ainda compreensão dos moradores em relação às alterações nas vias de tráfego da cidade em razão dos bloqueios sanitários.

“Podem ocorrer desvios em estradas e interrupções temporárias de fluxo. Não há motivos para pânico”.

Foto: jacqueline macou por Pixabay / Elke por Pixabay / Couleur por Pixabay / Pedro Belo Garcia/Especial/Palácio Piratini/Ilustração

Da Agência Brasil

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Caso de gripe aviária no Brasil marca nova etapa do vírus

Caso de gripe aviária no Brasil marca nova etapa do vírus

Entidade reforça que o consumo de frango e de ovos é seguro

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) informou acompanhar com atenção a confirmação, por parte do Ministério da Agricultura e Pecuária, do primeiro foco de influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro (RS).

“O caso marca uma nova etapa na presença do vírus que, até então, se limitava a aves silvestres e de criação caseira”, avaliou a entidade em nota.

De acordo com o comunicado, desde 2022, mais de 4,7 mil surtos de gripe aviária altamente patogênica foram notificados na região da América Latina e do Caribe, afetando desde aves de criação e aves migratórias a mamíferos marinhos e até mesmo animais de estimação.

“A propagação do vírus segue as rotas naturais das aves migratórias, conectando ecossistemas do Canadá até a Terra do Fogo.”

Para a FAO, além de representar uma ameaça à saúde animal, o vírus gera preocupação crescente em razão do potencial de transmissão de aves vivas para seres humanos e também pelos impactos em sistemas alimentares, na biodiversidade e na saúde pública da região.

Risco baixo

Na nota, a entidade reforça que o consumo de frango e ovos continua sendo seguro, sobretudo quando bem cozidos, e que o risco de infecção humana permanece baixo.

Avanços recentes da gripe aviária, segundo a FAO, reforçam a urgência de fortalecer sistemas nacionais de vigilância, biossegurança e resposta rápida, com atenção especial para pequenos e médios produtores, além de uma abordagem que considera de forma integrada interações entre animais, seres humanos e meio ambiente.

Ainda de acordo com o comunicado, ao longo dos últimos meses, países como Argentina, Colômbia, México, Panamá, Peru e Porto Rico também anunciaram casos de IAAP.

“É fundamental um trabalho coordenado entre todos os países da região para conter a propagação do surto ao longo do continente. Somente por meio de uma ação conjunta e contínua será possível proteger a saúde animal, salvaguardar a saúde pública e fortalecer a resiliência dos sistemas agroalimentares.”

Gripe aviária: tire suas dúvidas sobre doença que afeta aves

O Brasil confirmou esta semana o primeiro caso de vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em um matrizeiro de aves comerciais no município de Montenegro, no Rio Grande do Sul. De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, trata-se do primeiro foco de IAAP detectado em sistema de avicultura comercial do país.

Em nota, a pasta destacou que a doença não é transmitida pelo consumo de carne nem de ovos.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo. O risco de infecções em humanos pelo vírus da gripe aviária é baixo e, em sua maioria, ocorre entre tratadores ou profissionais com contato intenso com aves infectadas (vivas ou mortas)”.

Desde o anúncio do primeiro caso de IAAP no país, China, União Europeia e Argentina suspenderam as importações de carne de frango brasileira, inicialmente por um prazo de 60 dias. Apesar do foco ser regional, as restrições comerciais, no caso da China e do bloco europeu, abrangem todo o território nacional, por exigências previstas em acordos comerciais com o Brasil.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que, desde 2006, casos de IAAP vêm sendo registrados em diversas partes do mundo, sobretudo na Ásia, na África e no norte da Europa.

Confira, a seguir, as principais perguntas e respostas sobre a infecção, conforme avaliação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O que é a influenza aviária?

A influenza aviária, comumente conhecida como gripe aviária, é uma doença causada por vírus influenza originários de aves. Esses vírus pertencem à família Orthomyxoviridae e incluem o A(H5N1). Eles afetam principalmente aves, mas também foram detectados em mamíferos, incluindo bovinos. A gripe aviária raramente afeta humanos, mas a orientação é que as pessoas se mantenham informadas e tomem as medidas preventivas recomendadas.

Como acontece a transmissão?

A forma mais comum de entrada do vírus em um território é por meio de aves selvagens migratórias. O principal fator de risco para a transmissão do vírus de aves para humanos é o contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminados por fezes ou outros fluidos animais. Depenar, manusear carcaças de aves infectadas e preparar aves para consumo, especialmente em ambientes domésticos, também podem ser fatores de risco.

Quais são os sintomas em humanos?

Os sintomas variam de leves – com alguns pacientes até mesmo assintomáticos – a graves. As principais manifestações relatadas incluem febre, tosse, resfriado, conjuntivite, sintomas gastrointestinais e problemas respiratórios.

Qual é o tratamento para a gripe aviária?

Medicamentos antivirais são recomendados para pessoas com quadros graves ou em risco de desenvolver quadros graves devido a condições pré-existentes ou subjacentes, como no caso de idosos ou indivíduos com problemas de saúde crônicos. A orientação é que pessoas que apresentarem sintomas de gripe aviária entrem em contato com um profissional de saúde para receber o tratamento adequado.

Pessoas podem morrer de gripe aviária?

Os seres humanos não têm imunidade prévia à gripe aviária, portanto, o vírus pode causar quadros graves da doença. Entretanto, a OMS diz ser difícil generalizar a análise com base em dados históricos, já que o vírus tem evoluído. Desde 2003, cerca de 900 casos humanos de infecção por A(H5N1) foram relatados, com uma taxa de mortalidade superior a 50%.

Existe uma vacina para gripe aviária?

A OMS atualiza regularmente vacinas em potencial no intuito de se preparar para eventuais pandemias, o que ajuda a garantir que as doses possam ser produzidas rapidamente, se necessário. No caso do vírus H5N1 encontrado em vacas leiteiras, a entidade já tem vacinas em potencial prontas por meio de seu Sistema Global de Vigilância e Resposta à Influenza. Em relação a vacinas para humanos, a OMS tem acordos com 15 fabricantes de imunizantes para acessar cerca de 10% da produção em tempo real de uma futura dose contra a influenza em caso de pandemia. Essas vacinas, segundo a entidade, serão distribuídas aos países com base no risco e na necessidade para a saúde pública.

A vacina contra a gripe sazonal protege contra a gripe aviária?

As vacinas atuais contra a influenza sazonal ou gripe comum não protegem contra a infecção humana pelo vírus da gripe animal, incluindo os vírus H5N1.

Quem corre risco de contrair a gripe aviária?

De acordo com a Opas, sempre que houver qualquer tipo de exposição a animais infectados (como aves domésticas, aves selvagens ou mamíferos) ou a ambientes contaminados, onde circulam os vírus da gripe aviária, existe risco de infecção humana esporádica. Casos humanos de gripe aviária associada ao vírus A(H5N1), segundo a entidade, são isolados. Ao longo dos últimos anos, cerca de 70 infecções humanas foram relatadas na região das Américas, sendo 67 nos Estados Unidos (até abril de 2022), uma no Equador (janeiro de 2023), uma no Chile (março de 2023) e uma no Canadá (novembro de 2024), com uma morte associada à infecção nos Estados Unidos. A maioria dos casos está ligada ao contato com a criação de gado (40 casos, todos nos Estados Unidos) ou aves. A transmissão entre humanos não foi identificada em nenhum desses cenários.

É seguro consumir ovos e frango originários de áreas com surto em animais?

Carnes e ovos podem ser consumidos com segurança, desde que preparados adequadamente. O consumo de carne e ovos crus ou mal cozidos de áreas com surtos de gripe aviária é de alto risco e deve ser evitado. Da mesma forma, animais doentes ou que morreram inesperadamente não devem ser consumidos.

Como preparar carne e ovos com segurança?

A OMS recomenda seguir cinco orientações específicas:

  • mantenha o ambiente limpo;
  • separe alimentos crus dos cozidos;
  • longo tempo de cozimento;
  • manter alimentos em temperaturas seguras;
  • utilizar água e matérias-primas seguras.

É seguro beber leite de vacas infectadas?

Altas quantidades do vírus A(H5N1) foram encontradas no leite cru de rebanhos infectados. O consumo e manuseio do leite em meio à transmissão da doença está sendo investigado pela OMS. Produtos lácteos produzidos com leite seguindo rigorosos padrões de higiene devem ser considerados seguros para consumo. A OMS e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomendam fortemente o consumo de leite pasteurizado, já que a pasteurização é um sistema eficaz contra o vírus e outros patógenos. Estudos da Food and Drug Administration (FDA) sobre pasteurização também mostraram resultados promissores. A OMS alerta, entretanto, que algumas amostras comerciais de leite pasteurizado nos Estados Unidos continham fragmentos de vírus. Desde que o leite contenha apenas fragmentos de vírus e não o vírus vivo ou em sua forma infecciosa, ele é considerado seguro para consumo. Para trabalhadores da indústria leiteira, atividades que envolvem o manuseio do leite de rebanhos infectados, como ordenhar vacas ou limpar a sala de ordenha, podem aumentar a chance de infecção. Portanto, esses profissionais devem seguir medidas preventivas recomendadas.

E quanto ao queijo e outros laticínios?

Laticínios feitos com leite pasteurizado e que seguem rigorosos padrões de higiene são considerados seguros para consumo. No caso do queijo de leite cru, a sobrevivência do vírus durante a produção está sendo investigada. Como precaução, a produção de queijo de leite cru em áreas com surtos não é recomendada.

A carne bovina foi afetada? É seguro consumir carne de animais afetados?

Não foram relatados casos de detecção em rebanhos de gado de corte. A OMS recomenda o cozimento completo da carne para reduzir a exposição a patógenos.

O que tem sido recomendado para prevenir ou controlar surtos de gripe aviária em animais?

Os países precisam ter um plano de contingência completo e atualizado para surtos. Recomendações específicas para esses planos podem ser obtidas de organizações como a Food and Drug Administration (FAO) e a Organização Mundial da Saúde Animal (WOAH). Equipes envolvidas na vigilância e na resposta à gripe animal devem ser treinadas para implementar esses planos em caso de emergência, além de receber recursos necessários para isso. Também é considerado fundamental que produtores de aves reforcem a biossegurança em suas instalações, evitando o contato entre aves domésticas e aves selvagens, inclusive por meio de água e ração. Ainda segundo a OMS, os produtores desempenham papel fundamental na detecção precoce da doença e precisam ser capazes de reconhecê-la e notificá-la às autoridades veterinárias, para que a gripe aviária possa ser descartada ou confirmada e medidas apropriadas sejam tomadas. A detecção precoce facilita uma resposta oportuna, ajudando assim a reduzir a propagação do vírus. Indivíduos ou famílias que criam aves para consumo pessoal também devem estar bem informados sobre como reconhecer uma ave infectada, quais medidas tomar e como se proteger adequadamente.

Gatos são afetados pela gripe aviária? Existe risco para humanos que criam gatos?

Os gatos são suscetíveis ao H5N1, incluindo os de estimação e também felinos selvagens, como tigres, leões e leopardos. Os fatores de risco para gatos incluem exposição a aves doentes ou mortas, o consumo de aves cruas infectadas ou a ingestão de leite cru. Gatos infectados podem desenvolver sintomas graves e morrer em razão da doença. Estudos sugerem que as pessoas podem transmitir o vírus da gripe sazonal aos gatos, mas o risco da transmissão, para humanos, através de gatos infectados é classificado como baixo. A OMS, entretanto, recomenda evitar o contato com animais doentes ou mortos e a prática de hábitos de higiene ao manusear animais de estimação.

Por que a vigilância animal e a detecção precoce de casos são importantes?

A vigilância adequada da presença de influenza aviária em animais, incluindo aves e mamíferos, fornece informações sobre quais subtipos de influenza estão em circulação. O processo também permite detectar a presença do vírus com caráter zoonótico mais acentuado, ou seja, possivelmente apresentando alterações genéticas que podem resultar em maior adaptabilidade à transmissão de humano para humano, o que é importante para a saúde pública. A detecção precoce torna possível ainda que os países implementem ações de resposta rápida para mitigar o risco de transmissão do vírus para humanos.

Foto: cottonbro studio/Pexels / Italo Melo/Pexels

Da Agência Brasil

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Médicos das UPAs de Natal fazem paralisação por salários atrasados e cobram melhores condições de trabalho

Médicos das UPAs de Natal fazem paralisação por salários atrasados e cobram melhores condições de trabalho

Profissionais ligados à Coopmed interromperam atendimentos nesta sexta (16) em protesto contra atraso de cinco meses no pagamento

Médicos que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) de Natal realizaram uma paralisação temporária na manhã desta sexta-feira (16.mai.2025), como forma de protesto pelo atraso no pagamento de salários e pela precariedade nas condições de trabalho. Os profissionais são vinculados à Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), responsável por parte dos serviços prestados na rede municipal de urgência e emergência.

Na UPA de Cidade da Esperança, médicos se concentraram na entrada da unidade e suspenderam os atendimentos, o que gerou reclamações de pacientes que aguardavam há mais de duas horas por atendimento. Segundo os profissionais, a paralisação teve caráter de advertência e os atendimentos foram retomados no início da tarde.

Os médicos alegam que ainda não receberam o pagamento referente ao mês de dezembro de 2024, acumulando, portanto, um atraso de cinco meses. Além disso, afirmam que as condições estruturais das unidades estão comprometidas, afetando a qualidade do atendimento à população e a segurança dos profissionais de saúde.

Secretaria de Saúde de Natal se posiciona

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) informou que a paralisação não comprometeu os atendimentos de urgência e emergência e que os serviços já foram normalizados. A pasta também detalhou a situação dos pagamentos em atraso.

De acordo com a secretaria, ao longo de 2025 já foram quitados os valores correspondentes aos meses de setembro, outubro, novembro e dezembro de 2024. O pagamento do mês de janeiro de 2025, segundo a nota, será liberado na próxima semana. Com isso, serão totalizadas cinco faturas mensais pagas à cooperativa responsável pelos serviços médicos nas UPAs.

A SMS declarou ainda que segue empenhada em manter a regularidade dos pagamentos aos prestadores de serviço, com o objetivo de garantir previsibilidade financeira para as empresas contratadas e melhor gestão dos colaboradores.

Condições das unidades também são alvo de críticas

Além da cobrança por salários atrasados, os médicos reclamam das condições estruturais nas UPAs. De acordo com os relatos da categoria, há deficiências na manutenção de equipamentos, falta de insumos e problemas estruturais nos prédios que abrigam as unidades.

A Secretaria de Saúde informou que o Departamento de Infraestrutura Física e Logística (DIFT) realiza visitas periódicas às unidades para avaliação e realização de reparos. Os prédios das UPAs foram incluídos no cronograma de reformas do município, mas não foi informado um prazo para o início das intervenções.

A paralisação desta sexta foi interpretada pelos médicos como uma medida de alerta à administração municipal. A categoria não descarta a possibilidade de novas mobilizações caso os pagamentos não sejam regularizados e as melhorias estruturais não avancem.

As UPAs são equipamentos essenciais para o atendimento de urgências de baixa e média complexidade, funcionando 24 horas por dia. Em Natal, elas integram a rede de atenção à saúde municipal e recebem grande volume de pacientes diariamente. Diante disso, paralisações como a desta sexta impactam diretamente a população que depende do serviço público de saúde.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Crise na saúde pública de Natal afeta população mais pobre

Crise na saúde pública de Natal afeta população mais pobre

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública de Natal vive um colapso. Em meio ao cenário de abandono promovido pela gestão da Prefeitura, a população enfrenta um cenário dramático: médicos da rede municipal estão com os serviços paralisados por falta de pagamento, famílias com crianças alérgicas à proteína do leite de vaca não conseguem acesso às fórmulas especiais, e a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) assinou um contrato emergencial no valor de R$ 271 milhões para serviços médicos — tudo isso enquanto o recém-inaugurado Hospital Municipal segue fechado e sem previsão de funcionamento.

Médicos das UPAs paralisam atendimentos por falta de salário

A paralisação dos médicos é reflexo direto da ausência de compromisso da gestão com a saúde pública. Profissionais cooperados que atuam nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) e ambulatórios da capital estão há três meses sem receber seus honorários. A dívida da Prefeitura de Natal com a Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed-RN) ultrapassa os R$ 10 milhões, o que levou os médicos a reduzirem drasticamente o atendimento — apenas 30% da capacidade está em funcionamento, comprometendo a assistência à população.

Falta de fórmula especial agrava drama de famílias com crianças alérgicas

Outro problema grave é a ausência de fórmulas nutricionais destinadas a crianças com Alergia à Proteína do Leite de Vaca (APLV). Embora o Ministério da Saúde tenha incluído essas fórmulas na lista de distribuição gratuita, a entrega em Natal ainda não é uma realidade. Famílias de baixa renda, que não têm condições de arcar com o custo elevado dos produtos, veem-se desamparadas. A situação coloca em risco o crescimento e o bem-estar de dezenas de crianças da capital potiguar.

Contrato emergencial de R$ 271 milhões: solução ou agravante?

Em meio ao caos, a Secretaria Municipal de Saúde de Natal assinou um contrato emergencial de R$ 271 milhões para serviços médicos. Enquanto isso, a população continua sem acesso a serviços básicos de saúde.

Hospital Municipal segue sem funcionar após inauguração

Inaugurado em dezembro passado, o Hospital Municipal de Natal permanece de portas fechadas. A estrutura, que foi anunciada como um grande avanço para a saúde da cidade, ainda não está em operação. O local poderia aliviar a sobrecarga dos hospitais e UPAs da rede pública, mas segue como mais um símbolo do descaso da administração municipal com a saúde da população.

População mais pobre paga o preço do abandono

O colapso da saúde em Natal atinge com mais força quem mais depende do sistema público: a população pobre. Sem acesso a consultas, medicamentos, atendimento emergencial ou nutrição adequada para seus filhos, essas famílias se veem desamparadas. Enquanto isso, recursos milionários são direcionados a contratos questionáveis, e promessas de campanha seguem sem ser cumpridas.

População paga o preço da má gestão

É inaceitável que uma capital como Natal esteja imersa em tamanho descontrole na área da saúde. A falta de pagamento aos profissionais, a ausência de insumos básicos e o fechamento do Hospital Municipal são indícios claros de uma gestão desconectada da realidade da população. A crise exige respostas urgentes, planejamento e compromisso com a vida das pessoas. O silêncio e a omissão da Prefeitura de Natal só agravam a tragédia social em curso.

Foto: Divulgação/SMS Natal/Ilustração

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Brasil confirma primeiro foco de gripe aviária em granja comercial e China suspende importações de frango por 60 dias

Brasil confirma primeiro foco de gripe aviária em granja comercial e China suspende importações de frango por 60 dias

Caso registrado no Rio Grande do Sul ativa protocolo que interrompe exportações à China; Ministério da Agricultura negocia regionalização dos embargos com países parceiros

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) confirmou, na quinta-feira (15.mai.2025), o primeiro foco de gripe aviária em uma granja comercial no Brasil. O caso foi identificado em um matrizeiro de aves localizado no município de Montenegro, na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. A detecção do vírus da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP) em sistema de produção de ovos férteis ativou protocolos internacionais de sanidade animal.

Diante da confirmação, a China, principal destino das exportações brasileiras de carne de frango, suspenderá automaticamente a importação do produto por um período de 60 dias, conforme previsto no acordo sanitário entre os dois países. A informação foi confirmada pelo ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, em entrevista à TV Centro América, nesta sexta-feira (16).

“O protocolo com a China restringe a exportação de frango de todo o País em caso de gripe aviária. A partir de hoje, por 60 dias, a China não estará comprando carne de frango brasileira”, afirmou o ministro.

A suspensão das exportações para a China ocorre de forma automática e não depende de avaliação técnica. Desde maio de 2023, o Brasil vinha tentando revisar os protocolos de embargo sanitário com a China, propondo a regionalização das restrições — ou seja, limitar as sanções apenas à área geográfica afetada pelo surto. No entanto, até o momento, a negociação não foi concluída.

Em nota oficial, o Mapa reforçou que a influenza aviária não é transmitida pelo consumo de carne de frango nem de ovos. O ministério também ressaltou que o risco de infecção em humanos é considerado baixo, ocorrendo geralmente entre profissionais que mantêm contato direto com aves infectadas, vivas ou mortas.

“A população brasileira e mundial pode se manter tranquila em relação à segurança dos produtos inspecionados, não havendo qualquer restrição ao seu consumo”, destacou o ministério.

Medidas de contenção e erradicação do foco já foram acionadas conforme o Plano Nacional de Contingência da Influenza Aviária. Segundo o Mapa, as ações visam eliminar o foco da doença, preservar a capacidade produtiva do setor e garantir o abastecimento alimentar. Além disso, o ministério está em comunicação com os entes das cadeias produtivas, a Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA), os Ministérios da Saúde e do Meio Ambiente, além dos parceiros comerciais do Brasil.

O Brasil é um dos maiores exportadores de carne de frango do mundo, com vendas para cerca de 200 países. O ministro Fávaro informou que os embarques em trânsito não serão afetados pela suspensão e que outros países adotam protocolos diferentes. Ele citou que, com o Japão, há embargo apenas ao estado do Rio Grande do Sul e ao município de Montenegro. Emirados Árabes e Arábia Saudita, por sua vez, já mantêm acordos de regionalização, permitindo a continuidade das exportações fora da área afetada.

“O sistema brasileiro é tão robusto e confiável, que vários países passaram a trocar o protocolo, sabendo que o Brasil tem estrutura para fazer a contenção e, portanto, a restrição comercial fica restrita à região do foco do acontecimento”, explicou Fávaro.

O Serviço Veterinário brasileiro, segundo a pasta, está treinado e equipado para conter a doença. A confirmação do foco em sistema comercial marca um novo estágio da vigilância sanitária, já que, até então, os registros no Brasil se limitavam a aves silvestres.

Desde 2006, surtos de IAAP ocorrem com maior frequência na Ásia, África e norte da Europa. No Brasil, os órgãos de controle sanitário seguem em alerta e em articulação com os países compradores para mitigar os impactos sobre o comércio internacional de proteína animal.

Foto: Wolfgang Ehrecke/Pixabay / Bernhard Jaeck/Pixabay / Carlos Silva/Mapa

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SMS de Natal vai contratar empresa por R$ 271 milhões para serviços médicos

SMS de Natal vai contratar empresa por R$ 271 milhões para serviços médicos

Contrato emergencial prevê atendimento em unidades do SUS por 12 meses; atual prestadora denuncia falta de critérios e aponta cláusulas anticoncorrenciais

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS) abriu processo para contratação emergencial, com dispensa de licitação, de uma empresa especializada na prestação de serviços médicos destinados à assistência em unidades de saúde vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS). O valor estimado do contrato é de R$ 271 milhões, com validade de 12 meses.

A medida prevê cobertura de serviços em Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), Centros de Atenção Psicossocial (CAPs), policlínicas, Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além de hospitais privados contratualizados com o município. A contratação se dará por meio de menor preço apresentado na fase de lances, que ocorreu nesta sexta-feira (16.mai.2025), das 7h às 13h. O prazo para envio de propostas se encerrou às 6h50 do mesmo dia.

Segundo o edital, a contratação busca suprir a insuficiência de profissionais efetivos em diversas especialidades médicas na rede municipal. Estão incluídas no escopo do contrato áreas como clínica médica, pediatria, ginecologia e obstetrícia, neuropediatria, trauma-ortopedia e saúde mental, além de atendimentos em UTIs adulto, infantil e neonatal, e em salas vermelhas de urgência. O Samu Natal também está contemplado com serviços médicos intervencionistas, reguladores e generalistas.

A Secretaria informou que o procedimento é “excepcional e temporário” e visa garantir a continuidade da prestação dos serviços considerados essenciais. De acordo com o edital, o contrato emergencial poderá ser encerrado antes do prazo final, caso a SMS conclua o processo licitatório definitivo, cuja publicação está prevista para os próximos meses.

O contrato está dividido em lotes, organizados por grau de complexidade – baixa, média e alta –, conforme a estrutura da rede municipal. As exigências legais para contratação direta foram apresentadas no Termo de Referência, que define os parâmetros técnicos da seleção emergencial.

Denúncia da Coopmed ao TCE contesta critérios do edital

A Cooperativa Médica do Rio Grande do Norte (Coopmed), atual prestadora dos serviços médicos para a rede municipal, encaminhou denúncia ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-RN) questionando o processo emergencial adotado pela Secretaria.

Segundo a entidade, a Prefeitura de Natal não respondeu a um pedido formal de impugnação ao Termo de Referência do edital. A Coopmed alega que não foram apresentados critérios técnicos claros que justifiquem a contratação emergencial, especialmente considerando que a cooperativa continua prestando os serviços sem interrupção.

De acordo com a denúncia, a SMS publicou, em 2023, aviso de licitação para contratar empresa médica por meio regular, mas o processo foi suspenso em setembro do mesmo ano, sem conclusão. A Coopmed sustenta que, mesmo sem encerramento oficial da licitação anterior, o município iniciou nova pesquisa de preços para contratar emergencialmente uma empresa de prestação de serviços médicos.

Entre os pontos considerados problemáticos pela cooperativa, estão cláusulas que considera “anticoncorrenciais”, como exigências de qualificação econômico-financeira consideradas incompatíveis com os valores praticados no mercado local, além da obrigatoriedade de inscrição no Conselho Regional de Administração. Outro questionamento é sobre a remuneração prevista para serviços de alta e média complexidade, que, segundo a entidade, não cobre a defasagem da Tabela SUS.

A Coopmed também destacou que o caráter emergencial do processo não foi devidamente caracterizado, como exige a legislação, que condiciona contratações sem licitação à ocorrência de situação de urgência ou calamidade pública.

Em resposta à denúncia, o Tribunal de Contas do Estado do RN informou que o caso está sob análise do corpo técnico da Corte. Até o momento, a SMS e a Coopmed não se pronunciaram oficialmente sobre o mérito das contestações.

A previsão é de que o contrato emergencial seja assinado nas próximas semanas, após a conclusão da análise das propostas enviadas.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Vigilância em Saúde orienta sobre consumo seguro de pescados após casos de intoxicação por peixe em Natal

Vigilância em Saúde orienta sobre consumo seguro de pescados após casos de intoxicação por peixe em Natal

Nota técnica reforça cuidados na compra e consumo de peixes, após surto de Ciguatera associado a restaurante da capital

O Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, por meio do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS Natal) e da Vigilância Sanitária (VISA), emitiu, nesta quinta-feira (15.mai.2025), uma nota técnica com orientações sobre o consumo de pescados, após a ocorrência de surtos de intoxicação alimentar relacionados à toxina Ciguatera na capital potiguar.

Em 2025, dois surtos sugestivos de intoxicação por Ciguatera foram registrados no município. A mais recente investigação foi iniciada após evento realizado em um restaurante de Natal, nos dias 5 e 6 de maio, onde treze pessoas apresentaram sintomas característicos de intoxicação alimentar. Desses casos, três pacientes precisaram de internação hospitalar.

As equipes de Vigilância em Saúde realizaram uma inspeção completa na cadeia produtiva do pescado envolvido no episódio. A fiscalização abrangeu desde o local de preparo até o ponto de comercialização do peixe. Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (LACEN).

Sintomas associados à intoxicação por Ciguatera

Os sintomas da intoxicação geralmente surgem entre três a cinco horas após a ingestão de peixes contaminados. Os efeitos clínicos são variados e podem incluir:

  • Neurológicos: dormência em membros superiores e inferiores, parestesia, fraqueza muscular, dor nos dentes, sabor metálico ou de queimação na boca, perda de memória, fadiga crônica, coceira generalizada, suor excessivo, visão turva e inversão da percepção de temperatura.
  • Cardiovasculares: bradicardia (diminuição dos batimentos cardíacos), bloqueios cardíacos e hipotensão arterial.
  • Gastrointestinais: episódios de diarreia, vômitos e dores abdominais.

De acordo com o diretor do DVS, José Antônio de Moura, os sintomas apresentados pelos pacientes sugerem um quadro típico de intoxicação por Ciguatera, doença associada ao consumo de peixes que habitam recifes de corais tropicais.

Monitoramento e recomendações

O CIEVS Natal entrou em contato com todas as pessoas que consumiram os pescados envolvidos no episódio, especificamente das espécies Arabaiana e Peixe Dourado. Segundo o diretor, todas estão em acompanhamento e apresentam quadro clínico estável.

Apesar dos casos registrados, a Vigilância Sanitária esclarece que o episódio é pontual e não justifica a suspensão do consumo de pescados em geral. A população é orientada a adotar medidas de precaução, como:

  • Verificar a procedência dos pescados adquiridos.
  • Priorizar o consumo de peixes de águas profundas.
  • Evitar espécies com histórico de associação à Ciguatera, principalmente aquelas provenientes de recifes de corais.
  • Observar boas práticas de armazenamento e manipulação nos pontos de venda.

Em caso de sintomas sugestivos de intoxicação por Ciguatera, recomenda-se procurar imediatamente um serviço de saúde. Também é possível acionar o CIEVS Natal para notificação de casos suspeitos pelos seguintes canais:

Sobre a Ciguatera

A Ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com toxinas como Ciguatoxina e Maitotoxina, produzidas por microalgas do gênero Gambierdiscus. Essas algas proliferam em recifes de corais tropicais e subtropicais.

Entre as espécies mais frequentemente associadas à Ciguatera estão garoupas, barracudas, moreias e badejos. As toxinas não alteram o sabor, cor ou odor do peixe e não são eliminadas por métodos convencionais de congelamento ou cozimento.

O risco de contaminação está relacionado à ingestão de peixes que se alimentam em regiões afetadas por essas microalgas, tornando fundamental o controle e a fiscalização em toda a cadeia produtiva do pescado.

A nota técnica completa com as recomendações detalhadas está disponível para consulta no site da Prefeitura de Natal: Nota Técnica – Ciguatera (SMS Natal).

Foto: Gabriel Jabur/Agência Brasília/Ilustração / SMS/Divulgação

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Falta de leitos de UTI no RN agrava crise na saúde pública e pressiona Governo Fátima

Falta de leitos de UTI no RN agrava crise na saúde pública e pressiona Governo Fátima

Editorial POR DENTRO DO RN

O Rio Grande do Norte enfrenta uma grave crise na saúde pública: a falta de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na rede estadual deixa dezenas de pacientes sem atendimento adequado. Dados do sistema Regula RN mostram que 91 pessoas aguardavam por um leito de UTI, enquanto apenas 53 vagas estavam disponíveis, refletindo o colapso do sistema.

O aumento da demanda, impulsionado por doenças respiratórias e agravado pela falta de estrutura, forçou a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) a reconhecer a emergência sanitária e anunciar medidas emergenciais. Entre elas, a abertura de 30 novos leitos de UTI em hospitais de Natal e Mossoró.

Governo do RN abre leitos, mas problemas persistem

Os novos leitos foram distribuídos no Hospital da Mulher, em Mossoró; no Hospital Giselda Trigueiro e no Hospital Rio Grande, em Natal. Apesar da ação emergencial, a abertura de leitos não resolve as falhas crônicas da gestão da saúde no RN.

A superlotação dos hospitais, a falta de profissionais de saúde e a escassez de insumos essenciais comprometem o atendimento diário da população. A situação tem impacto direto na avaliação do governo estadual, gerando forte rejeição popular.

Promessas antigas e a realidade nos hospitais do RN

Em março de 2025, a governadora Fátima Bezerra anunciou que o problema histórico dos corredores lotados no Hospital Walfredo Gurgel havia sido resolvido. Ela garantiu que, desde 23 de fevereiro, não havia mais pacientes nos corredores. No entanto, a crise atual nas UTIs do RN demonstra que os desafios na saúde pública continuam sem solução definitiva.

A população ainda enfrenta longas filas por atendimento, dificuldades no acesso a serviços básicos e a angústia de não ter garantido um leito de UTI em momentos críticos.

Falta de leitos de UTI expõe falhas estruturais na saúde do RN

O colapso das UTIs no Rio Grande do Norte é um reflexo direto das falhas estruturais acumuladas ao longo dos anos e da ineficiência na gestão da saúde pública estadual. A crise atual escancara a urgência de políticas públicas mais eficazes, investimentos estruturais e uma gestão que priorize o acesso à saúde para todos.

Sem ações concretas e estruturais, a população do RN continuará sofrendo com a precariedade dos serviços de saúde, especialmente nos momentos em que mais precisa.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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RN tem mais pacientes na fila por leitos de UTI do que vagas disponíveis na rede pública

RN tem mais pacientes na fila por leitos de UTI do que vagas disponíveis na rede pública

Com 91 pessoas aguardando por UTI e apenas 53 leitos livres, governo do RN anuncia abertura de 30 novas vagas em hospitais de Natal e Mossoró

O Rio Grande do Norte enfrenta um cenário de superlotação nos hospitais da rede pública. Dados atualizados do sistema Regula RN, nesta quarta-feira (14), mostraram que 91 pacientes aguardavam por leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), enquanto apenas 53 vagas estavam disponíveis em todo o estado.

A situação levou o governo estadual a adotar medidas emergenciais para tentar reduzir a fila de espera, com a abertura de 30 novos leitos de UTI em unidades hospitalares de Natal e Mossoró.

Governo amplia leitos em três hospitais

Para amenizar o impacto da alta demanda, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) anunciou a contratação de 30 leitos de UTI adicionais. As novas vagas estão distribuídas em três hospitais:

  • Hospital da Mulher, em Mossoró: 10 novos leitos;
  • Hospital Giselda Trigueiro, em Natal: 10 novos leitos;
  • Hospital Rio Grande, rede privada em Natal: 10 novos leitos.

De acordo com o secretário de Saúde Pública do RN, Alexandre Motta, a previsão é que os leitos do Giselda Trigueiro estejam em funcionamento até o fim de semana.

No caso do Hospital Rio Grande, além dos 10 leitos contratados, há a possibilidade de expansão para mais 10 unidades, dependendo da evolução da demanda.

Doenças respiratórias aumentam internações

O principal motivo para o aumento da ocupação de UTIs, segundo a Sesap, é o crescimento expressivo dos casos de doenças respiratórias. Essas enfermidades, que apresentam comportamento sazonal, se intensificam neste período do ano, elevando o número de internações.

“Temos um número elevado de doenças respiratórias que ocorre nesse período. Por isso houve um aumento da demanda e o represamento de pacientes que já deveriam ter sido atendidos”, afirmou o secretário Alexandre Motta.

A Sesap reconheceu que as doenças respiratórias são, atualmente, a maior causa de internação nos hospitais da rede pública do Rio Grande do Norte.

Fila de espera expõe crise na saúde

A disparidade entre o número de pacientes aguardando por UTI e a oferta de leitos evidencia uma crise na saúde pública do RN. O secretário Alexandre Motta classificou o momento como uma emergência sanitária.

“É uma emergência de saúde porque temos um número muito grande de pacientes esperando em fila por leitos de UTI”, declarou Motta.

O aumento na procura por atendimento intensivo também está relacionado à lentidão no processo de ampliação da rede hospitalar, que envolve adequações estruturais, contratação de profissionais e aquisição de equipamentos.

Caso em Parnamirim ilustra gravidade da situação

No início da semana, a crise no sistema de saúde resultou em uma morte. Uma mulher de 55 anos faleceu enquanto aguardava por um leito de UTI na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Nova Esperança, em Parnamirim.

O caso reforçou a necessidade de ações imediatas para ampliar a oferta de leitos e reduzir o tempo de espera por atendimento intensivo.

Ampliação emergencial segue em curso

A Sesap informou que as medidas de ampliação de leitos estão em andamento e que os esforços estão concentrados em atender à demanda emergencial provocada pelas doenças respiratórias.

A expectativa do governo é que, com a abertura das 30 novas vagas, o tempo de espera por um leito de UTI seja reduzido nos próximos dias.

Foto: Marcello Casal Jr./ABr/Ilustração

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Superlotação na Maternidade Escola Januário Cicco: ocupação atinge 146% da capacidade em Natal

Superlotação na Maternidade Escola Januário Cicco: ocupação atinge 146% da capacidade em Natal

Alta demanda e falta de vagas em outras unidades sobrecarregam maternidade, que opera com 60 pacientes além da capacidade instalada

A Maternidade Escola Januário Cicco (MEJC), em Natal, registrou superlotação no último fim de semana, operando com 146% de sua capacidade até a segunda-feira (12.mai.2025). A unidade, que dispõe de 128 leitos, recebeu cerca de 60 pacientes a mais do que o limite instalado, segundo informações da direção do hospital.

A sobrecarga afetou diretamente pacientes e acompanhantes, que enfrentaram longos períodos de espera e, em alguns casos, tiveram que aguardar por vagas em corredores, enquanto enfermarias e leitos estavam ocupados.

Alta demanda de outras unidades provoca colapso

A direção da maternidade, vinculada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e gerida pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), informou que a superlotação foi provocada principalmente pela demanda de pacientes encaminhados de outras unidades de saúde do Estado.

Segundo a nota oficial, “a situação decorre, principalmente, da alta demanda encaminhada por outras unidades de saúde do Estado, que também enfrentam superlotação e dificuldades na composição de suas equipes profissionais”.

A MEJC conta com 128 leitos, sendo 26 destinados a Unidades de Terapia Intensiva (UTI) para adultos e neonatais, além de 15 leitos para cuidados intermediários neonatais.

Medidas emergenciais foram adotadas

Diante do cenário crítico, a maternidade afirmou que vem adotando medidas emergenciais para garantir a continuidade do atendimento. Entre as ações estão a reorganização de fluxos internos e a otimização de recursos para melhor acolhimento dos pacientes.

A direção da MEJC também solicitou maior articulação entre os entes do Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentar a situação de forma conjunta, visto que o problema da superlotação atinge diversas unidades hospitalares da rede pública no Rio Grande do Norte.

Sesap atribui sobrecarga ao fechamento de maternidades municipais

Em nota, a Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap) declarou que não tem ingerência direta sobre a Maternidade Escola Januário Cicco, uma vez que a unidade é contratada pela Prefeitura do Natal.

A Sesap informou que a superlotação foi agravada pelo fechamento temporário de maternidades municipais durante o final de semana, o que resultou na sobrecarga da MEJC e do Hospital Santa Catarina, também referência para casos de gestação de alto risco.

O órgão estadual ressaltou ainda que há um aumento constante dos casos de gestação de alto risco nos últimos anos, elevando a demanda por atendimentos especializados.

Foto: Reprodução

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Maior grupo de onco-hematologia da América Latina chega a Natal

Maior grupo de onco-hematologia da América Latina chega a Natal

Grupo Oncoclínicas faz parceria inédita com grupo potiguar Oncology e promete transformar o cuidado oncológico no RN

O Grupo Oncoclínicas, referência em oncologia na América Latina, anuncia oficialmente o início de suas operações em Natal. A chegada à capital potiguar se dá por meio de uma parceria estratégica com o Oncology Group – formado por renomados oncologistas e hematologistas do Rio Grande do Norte. A nova unidade marca a segunda operação da rede no Brasil, reforçando o compromisso da instituição em ampliar o acesso à medicina oncológica de excelência em diferentes regiões do país.

A inauguração da clínica aconteceu nesta quarta-feira, dia 14 de maio, na Av. Prudente de Morais, 976, no bairro Tirol. O espaço integra a reconhecida expertise nacional da Oncoclínicas com a sólida experiência do grupo potiguar, oferecendo aos pacientes um atendimento moderno, humanizado e alinhado com protocolos clínicos avançados, tecnologias inovadoras e gestão especializada.

Fundado em 2007, o Oncology Group tem como marca registrada a busca contínua pela melhoria na assistência a pacientes com câncer. A instituição foi pioneira no Rio Grande do Norte na implementação do serviço de Navegação de Pacientes, além de ter sido a primeira a oferecer a touca térmica – tecnologia que reduz a queda de cabelo durante a quimioterapia. Agora, o grupo dá mais um passo inovador ao se tornar parceiro do Grupo Oncoclínicas, consolidando-se como protagonista no cenário oncológico regional.

“O estado do Rio Grande do Norte merece essa parceria”, afirma o hematologista Cláudio Macedo, um dos sócios fundadores do Oncology Group. “Vamos somar o que temos de melhor: uma equipe de excelência com médicos, farmacêuticos, enfermeiros e administradores qualificados, e processos validados pelo Grupo Oncoclínicas. Nosso objetivo é integrar em um só lugar soluções completas para o paciente oncológico, desde pesquisa clínica até o acesso a vacinas, com o que há de mais moderno na medicina.”

Fundado em 2010, na cidade de Belo Horizonte, o Grupo Oncoclínicas é hoje um dos maiores e mais respeitados grupos de oncologia e hematologia da América Latina, com forte atuação em genômica, radioterapia e pesquisa clínica. A chegada a Natal sob o modelo de franquia – prática ainda pouco comum no setor – é um marco importante para a estratégia de expansão do grupo e para a modernização da oncologia no Estado.

A nova unidade traz ainda a possibilidade de acesso a pesquisas clínicas de relevância nacional, incorporação de tratamentos validados por experts internacionais, e parcerias com operadoras de saúde e fornecedores já integrados ao ecossistema do Grupo Oncoclínicas.

A inauguração representa não apenas um avanço para o setor de saúde do Rio Grande do Norte, mas uma nova esperança para milhares de pacientes e famílias que agora contam com um centro de referência em oncologia de padrão internacional.

Fotos: Divulgação

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Pesquisadores da UFRN descobrem rastros cerebrais dos sonhos lúcidos

Pesquisadores da UFRN descobrem rastros cerebrais dos sonhos lúcidos

Em vez de seguir um caminho fechado, os cientistas optaram por explorar os dados de forma ampla

Durante séculos, sonhar foi como assistir a um filme sem controle remoto. Mas existe uma exceção: os sonhos lúcidos. Neles, a pessoa percebe que está sonhando e, às vezes, interfere no enredo. Uma equipe com 18 cientistas internacionais, entre eles Sidarta Ribeiro e Sérgio Mota-Rolim, do Instituto do Cérebro (ICe/UFRN), decidiu investigar o que acontece no cérebro nesse momento raro. O grupo reuniu dados elétricos coletados durante o sono, registrados em pesquisas conduzidas na Holanda, Alemanha, Suíça, Itália, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil. O estudo, publicado na JNeurosci, analisou 43 sessões com 26 participantes que sabiam identificar o instante de lucidez em seus sonhos.

Os cientistas localizaram os rastros da consciência durante o sono. Quando o cérebro “acorda” dentro do sonho, a atividade elétrica muda de padrão. As conexões entre áreas distantes se intensificam, como se diferentes setores de uma cidade passassem a se falar por linhas diretas. As faixas de frequência alfa (entre 8 e 12 hertz) e gama baixa (de 30 a 36 hertz) ganharam força em termos de conectividade.

Já a atividade beta (de 12 a 30 hertz), que regula percepção e movimento, diminui em certas áreas do hemisfério direito, especialmente nas regiões ligadas à noção do corpo. No instante em que a pessoa percebe que está sonhando, uma área chamada precuneus fica mais ativa — essa região é fundamental para a memória e a autoconsciência. Comparado ao estado de vigília, o cérebro lúcido desacelera sua atividade elétrica em boa parte do espectro, variando entre 8,78 e 45 hertz. Em outras palavras, o sonho lúcido parece ter sua própria assinatura cerebral distinta.

Em vez de seguir um caminho fechado, os cientistas optaram por explorar os dados de forma ampla. Investigaram todas as frequências cerebrais, analisaram diferentes regiões do cérebro e compararam o estado lúcido com o sono REM (Rapid Eye Movement, ou Movimento Rápido dos Olhos) comum e com a vigília. Essa estratégia revelou detalhes que escaparam a estudos anteriores.

Parte das pesquisas passadas atribuiu certos padrões cerebrais à lucidez, mas na verdade captavam interferências causadas por movimentos involuntários dos olhos. Esses pequenos espasmos geram picos elétricos nos registros — parecidos com estalos em um disco de vinil. Para evitar essas distorções, a equipe desenvolveu um protocolo inédito de limpeza de dados, em três etapas, que funcionou mesmo com poucos sensores. Isso permitiu reunir dados coletados com equipamentos diferentes, em vários países, e transformá-los em um único conjunto coerente para análise.

O EEG (Eletroencefalograma), aparelho usado na pesquisa, registra a atividade elétrica cerebral por meio de sensores no couro cabeludo. Os dados vieram de diferentes tipos de equipamentos. Cada participante, ao perceber que estava sonhando, movia os olhos duas vezes para cada lado — um gesto conhecido como LRLR (Left-Right-Left-Right ou Esquerda-Direita-Esquerda). Esse movimento funciona como um farol: avisa aos cientistas que o cérebro entrou no modo consciente.

Para garantir que os dados não fossem confundidos com ruídos ou artefatos, os autores criaram um protocolo em três etapas. Aplicaram um filtro para ruído elétrico, uma reconstrução dinâmica que detecta e corrige anomalias e, por fim, uma projeção que separa sinais reais dos falsos. O sistema funcionou mesmo em gravações com poucos sensores.

Esse é o maior conjunto de dados sobre esse tipo de sonho já analisado com EEG. A pesquisa mostra que o cérebro pode reorganizar suas conexões de forma consciente mesmo durante o sono profundo. O estudo contribui para entender como surgem processos como a percepção do eu e o controle intencional em estados alterados de consciência. Abre novas possibilidades para pesquisas com meditação, substâncias psicodélicas, anestesia e no tratamento de distúrbios como os pesadelos recorrentes.

Foto: Pexels

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Surto de intoxicação por peixe em Natal: 13 pessoas apresentam sintomas de ciguatera após evento

Surto de intoxicação por peixe em Natal: 13 pessoas apresentam sintomas de ciguatera após evento

Secretaria de Saúde de Natal investiga contaminação por ciguatera em pescado consumido em restaurante nos dias 5 e 6 de maio

Subiu para 13 o número de pessoas com suspeita de intoxicação após o consumo de peixe em um restaurante de Natal. O caso aconteceu entre os dias 5 e 6 de maio e está sendo investigado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS). A principal hipótese das autoridades é a contaminação por ciguatera.

De acordo com informações da SMS, entre os 13 pacientes que apresentaram sintomas, três precisaram ser atendidos em unidades hospitalares e dois chegaram a ser internados. No entanto, ambos já receberam alta médica.

Sintomas apontam para ciguatera

O diretor do Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) de Natal, José Antônio de Moura, explicou que os sintomas relatados pelas vítimas reforçam a suspeita de ciguatera. Além de sintomas gastrointestinais como diarreia, vômito, dores abdominais e cefaleia, foram observadas manifestações neurológicas típicas dessa intoxicação, como formigamento e a chamada “inversão térmica”.

“A questão do período de incubação, entre a alimentação e o início dos sintomas, foi de cerca de quatro horas. Mas o que caracterizou, que nos deu praticamente certeza, foi o tipo de pescado e também os sintomas neurológicos que essas pessoas apresentaram: dormência nos membros superiores, inferiores, e na boca, além da inversão de calor, quando ao tocar um objeto frio a pessoa sente como se estivesse quente”, detalhou José Antônio.

Peixe da espécie Arabaiana é o principal suspeito

O peixe consumido no restaurante e apontado como provável fonte da intoxicação é da espécie Arabaiana. Amostras do pescado foram recolhidas no local no dia 7 de maio pela equipe da Vigilância Sanitária e enviadas ao Laboratório Central do Rio Grande do Norte (Lacen).

Entretanto, segundo a SMS, os exames necessários para a confirmação da ciguatera não são realizados no estado. As amostras foram encaminhadas para análise em um laboratório especializado na região Sul do Brasil. A previsão é que o resultado demore mais de 30 dias para ser concluído.

Evento médico foi o foco do surto

O surto ocorreu durante um evento que reuniu profissionais da área médica. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, 35 pessoas foram contactadas para monitoramento. Dessas, 13 relataram sintomas compatíveis com intoxicação por ciguatera.

As autoridades seguem acompanhando os casos e investigando possíveis outras ocorrências relacionadas ao consumo do mesmo lote de pescado.

O que é a ciguatera?

A ciguatera é uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de peixes contaminados com ciguatoxinas, substâncias produzidas por microalgas que se acumulam na cadeia alimentar marinha. As toxinas não são destruídas pelo cozimento ou congelamento dos alimentos, o que aumenta o risco de transmissão ao ser humano.

Os sintomas da ciguatera podem incluir náuseas, vômitos, diarreia, dores musculares, dormência, formigamento e alterações na percepção térmica, como a inversão de calor relatada pelas vítimas do surto em Natal. Em casos mais graves, pode haver comprometimento neurológico prolongado.

Ações de vigilância e orientação à população

A Secretaria de Saúde de Natal informou que segue realizando ações de vigilância e fiscalização para evitar novos casos de intoxicação alimentar. Também foi emitido um alerta para estabelecimentos que comercializam pescados, orientando sobre os riscos e a importância da procedência segura dos produtos.

O órgão reforça que casos suspeitos de intoxicação alimentar devem ser comunicados imediatamente à Vigilância Sanitária, para que medidas preventivas e de contenção sejam adotadas de forma célere.

A investigação do caso seguirá até a confirmação ou descarte da hipótese de ciguatera como causa da intoxicação.

Foto: Pixabay/Pexels/Ilustração / Kindel Media/Pexels/Ilustração

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Hemonorte lança campanha para incentivar doação de medula óssea no RN

Hemonorte lança campanha para incentivar doação de medula óssea no RN

Dia D para cadastro de doadores será realizado no sábado (17), com mobilização no Hemocentro de Natal

O Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte) inicia nesta segunda-feira (12.mai.2025) a campanha “A vida deve ser compartilhada”, com foco na conscientização sobre a importância da doação de medula óssea. A ação tem como objetivo aumentar o número de cadastros no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) e ampliar as chances de pacientes que aguardam por um transplante.

Como parte da campanha, será realizado no próximo sábado, dia 17 de maio, o Dia D de cadastro para doadores de medula óssea, das 13h às 17h, na sede do Hemonorte, em Natal.

Mutirão pretende ampliar número de voluntários no RN

Segundo o diretor-geral do Hemonorte, Rodrigo Villar, o mutirão contará com a estrutura completa da unidade e o apoio das equipes técnicas. “Nosso objetivo é ampliar o número de potenciais doadores no Estado, sensibilizando a população sobre a importância da adesão de novos voluntários”, declarou Villar.

Em 2024, o estado do Rio Grande do Norte realizou 165 transplantes de medula óssea, número superior aos 107 procedimentos registrados em 2023. Apesar do aumento, 53 pessoas ainda aguardam na fila por um doador compatível, de acordo com dados do Hemocentro.

Como funciona o processo de cadastro

O processo inicial de cadastro como doador de medula óssea é simples, rápido e voluntário. O interessado precisa:

  • Ter entre 18 e 34 anos e meio de idade;
  • Não ter histórico de doenças oncológicas;
  • Apresentar documento oficial com foto;
  • Informar telefones para contato.

No ato do cadastro, é realizada a coleta de 5ml de sangue, destinada a exames de compatibilidade genética (HLA). Os dados pessoais e resultados dos testes são inseridos no Redome, banco nacional mantido pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca) em parceria com o Ministério da Saúde.

O doador cadastrado poderá ser convocado futuramente, caso haja compatibilidade com algum paciente. É fundamental manter os dados atualizados junto ao sistema. Caso haja mudança de endereço, telefone ou e-mail, a atualização pode ser feita pelo site ou aplicativo do Redome, disponível para dispositivos móveis.

O que é a medula óssea e por que doar

A medula óssea é um tecido líquido-gelatinoso encontrado no interior dos ossos, responsável pela produção de células sanguíneas, como glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas. Transplantes de medula são indicados no tratamento de leucemias, linfomas, anemias graves, mielodisplasias e outras doenças do sangue.

A chance de encontrar um doador compatível fora da família pode ser de 1 em 100 mil, tornando o número de cadastros essencial para salvar vidas. O Redome possui atualmente mais de 5,5 milhões de doadores cadastrados no Brasil, mas ainda há déficit em várias regiões, especialmente nas regiões Norte e Nordeste.

Serviço – Dia D de cadastro para doadores de medula

  • Data: Sábado, 17 de maio
  • Horário: Das 13h às 17h
  • Local: Hemonorte – Av. Alexandrino de Alencar, 1800 – Tirol, Natal/RN
  • Documentação: Documento oficial com foto e telefones para contato
  • Idade permitida: De 18 a 34 anos e meio

Atualização de dados de doadores

O Hemonorte reforça que mesmo quem já está cadastrado deve manter seus dados atualizados, pois a dificuldade de localizar doadores compatíveis aumenta quando os contatos estão desatualizados.

Foto: Divulgação/Hemonorte

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Sintomas neurológicos da ciguatera podem durar por meses, alerta infectologista potiguar

Sintomas neurológicos da ciguatera podem durar por meses, alerta infectologista potiguar

Dor de cabeça e parestesias estão entre os principais sintomas relatados por pessoas intoxicadas

O consumo de peixes carnívoros de grande porte, como garoupa, sirigado, cavala, pargo, cioba e barracuda, pode representar riscos sérios à saúde, alerta Igor Queiroz, infectologista e professor de medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.

A ameaça vem da ciguatera, uma intoxicação alimentar causada pela ingestão de uma toxina produzida por algas marinhas, que se acumulam na cadeia alimentar e acabam atingindo os seres humanos por meio da carne desses peixes.

Segundo o docente, “os sintomas podem surgir já nas primeiras horas após o consumo do peixe contaminado, variando de quadros gastrointestinais, como diarreia, náuseas e dores abdominais, até sinais neurológicos, como dor de cabeça e parestesias, que são alterações na sensibilidade do paladar e da pele”.

Um dos principais desafios, de acordo com o especialista, é que não há como identificar se o peixe está contaminado ou não. “A toxina não tem cheiro, não tem gosto e não é eliminada pelo congelamento nem pelo cozimento. Ou seja, mesmo um peixe com aparência normal pode estar contaminado”, explica o infectologista.

A ciguatera é uma doença comum em regiões tropicais e subtropicais, especialmente em áreas de recifes de corais, mas ainda pouco conhecida no Brasil, o que pode dificultar o diagnóstico e o tratamento adequado. Por isso, o professor Igor reforça a importância da prevenção como principal forma de proteção. “O ideal é evitar o consumo de grandes peixes carnívoros marinhos, especialmente aqueles pescados em locais onde há registro de casos da doença”, ressalta.

Tratamento

O tratamento da ciguatera é exclusivamente sintomático, ou seja, voltado para o alívio dos sintomas apresentados pelo paciente. Casos leves costumam ser tratados com hidratação oral e medicamentos para controle de náuseas, diarreia e dores.

Já nos quadros mais graves, pode ser necessária internação para reposição intravenosa de líquidos, controle da dor e acompanhamento neurológico. Antialérgicos e analgésicos também são usados para amenizar os sintomas sensoriais, enquanto pacientes com manifestações prolongadas podem precisar de reabilitação e acompanhamento médico a longo prazo.

“O tratamento pode se estender por dias ou até semanas, dependendo da gravidade do quadro. Em casos mais severos, os sintomas neurológicos podem persistir por meses. Por isso, a informação e a conscientização são fundamentais”, frisa o professor da UnP/Inspirali.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte.

Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Divulgação

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Gestão Paulinho Freire fecha maternidade em pleno Dia das Mães

Gestão Paulinho Freire fecha maternidade em pleno Dia das Mães

Editorial POR DENTRO DO RN

O Dia das Mães de 2025 começou com as portas fechadas na principal maternidade da Zona Norte de Natal. A unidade Leide Morais, mais uma vez, não funcionou neste domingo (11.mai.2025) por ausência de médicos, obrigando gestantes a buscarem atendimento em unidades distantes de seus bairros. A paralisação, que já ocorria parcialmente, acontece em uma das datas mais simbólicas do calendário e escancara o agravamento do caos na rede pública de saúde do município.

Não é a primeira vez que a maternidade suspende o atendimento por falta de profissionais. Na última semana, a gestão municipal já havia fechado, além da Leide Morais, a unidade Araken Pinto, indicando que o problema está longe de ser pontual. O fechamento em série compromete diretamente o direito de mulheres grávidas ao atendimento de urgência e emergência, especialmente nas regiões mais vulneráveis da cidade.

A maternidade Leide Morais atende majoritariamente a população da Zona Norte, a mais populosa da capital potiguar. Ao suspender os atendimentos justamente neste domingo, a Prefeitura deixa evidente que sequer houve esforço para manter a escala de plantão durante este período. A ausência de uma resposta emergencial sinaliza despreparo, falta de planejamento e gestão ineficiente.

Enquanto isso, o prefeito Paulinho Freire e sua equipe mantêm silêncio diante da sequência de falhas administrativas. O colapso nos serviços de saúde evidencia uma crise mais ampla na gestão municipal, que já enfrenta dificuldades para na área da saúde, como nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A interrupção do atendimento obstétrico no Dia das Mães adiciona um peso simbólico ao cenário de deterioração dos serviços públicos sob o comando de Paulinho Freire.

A descontinuidade dos plantões médicos, a transferência improvisada de pacientes e a dependência de outras redes – como a privada, a estadual e a federal – são sinais do esgotamento da capacidade da Prefeitura em manter sua estrutura básica. As gestantes, diante de um momento sensível e imprevisível, são forçadas a buscar socorro em hospitais distantes, enfrentando deslocamentos inseguros e sobrecarga em unidades que também já operam no limite.

Mesmo diante de alertas e da repercussão negativa, a gestão municipal opta por manter uma postura protocolar, sem apresentar medidas concretas de reestruturação do sistema. A população, sobretudo as mulheres grávidas e suas famílias, é quem assume o custo dessa omissão institucional.

A ausência de médicos nas maternidades não é um fenômeno novo, mas ganha proporções ainda mais graves quando se repete, sem solução, e atinge diretamente vidas em risco. A permanência do fechamento da Leide Morais durante o Dia das Mães é um marco da crise sanitária que atravessa Natal, com reflexos na saúde física e emocional das pacientes.

É neste cenário que se consolidam os sinais de que a gestão municipal não conseguiu ainda estabelecer uma política funcional e eficiente de atendimento obstétrico. As ações de contingência, se existem, não foram publicizadas de forma transparente – o que, aliás, é outra reclamação que já parte até mesmo dos aliados de Paulinho: as dificuldades da comunicação oficial da Prefeitura. Para além disso, a falta de diálogo com a população e com os profissionais de saúde amplia a desconfiança sobre a real capacidade da atual administração de reverter o quadro.

O Dia das Mães, que deveria ser celebrado com dignidade e acolhimento, foi marcado por angústia e deslocamentos forçados para mulheres em trabalho de parto. A maternidade pública em Natal, que deveria estar de portas abertas, virou, na gestão de Paulinho Freire, mais um retrato de uma crise estrutural agravada pela inação do poder público.

Foto: Divulgação/Prefeitura de Natal/Ilustração

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Cientistas da UFRN usam física para criar nanopartículas magnéticas metálicas contra o câncer

Cientistas da UFRN usam física para criar nanopartículas magnéticas metálicas contra o câncer

Tecnologia patenteada utiliza gelatina como base para produzir partículas magnéticas de níquel e cobalto com potencial biomédico

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) obteve a patente de um novo método para a síntese de nanopartículas magnéticas metálicas de níquel e cobalto, com aplicações potenciais no tratamento de câncer e na vetorização magnética de medicamentos. A invenção foi registrada sob o nome “Síntese de nanopartículas monodispersas metálicas de níquel e cobalto embebidas em uma matriz de gelatina”.

A pesquisa teve participação dos cientistas Marco Antonio Morales Torres, Thiago Tibúrcio Vicente e John Carlos Mantilla Ochoa, vinculados ao Programa de Pós-graduação em Física da universidade. O professor Marco Morales, do Departamento de Física, explica que a técnica utilizada para desenvolver as nanopartículas foi o método sol-gel, que transforma uma solução inicial em um gel, por meio da remoção da fase líquida.

Segundo o pesquisador, a matriz de gelatina foi escolhida devido à sua composição química, que favorece a interação com cátions metálicos dissolvidos em meio aquoso. “A gelatina contém grupos amino, tiol e carboxílico, que facilitam a solubilidade em água e a ligação com os íons metálicos”, afirma Morales.

As nanopartículas resultantes apresentam estrutura cristalina cúbica de face centrada e diâmetros médios de seis a sete nanômetros. Por serem metálicas, essas partículas possuem alto momento magnético, o que permite sua manipulação remota por meio de campos magnéticos. Essa propriedade torna viável seu uso em procedimentos biomédicos como a magnetohipertermia — técnica que utiliza campos magnéticos para aquecer seletivamente células tumorais.

Entre os usos potenciais citados pelos pesquisadores estão o direcionamento de medicamentos para áreas específicas do corpo, especialmente tumores, onde as partículas podem ser aquecidas localmente com a aplicação de um campo magnético alternado. Esse processo é estudado como estratégia complementar no combate ao câncer.

Além das aplicações na área da saúde, a invenção tem potencial em outros campos tecnológicos, como sistemas de armazenamento magnético de dados, catalisadores para a produção de hidrogênio, células solares e amortecedores de alto desempenho. O desenvolvimento da técnica levou meses de trabalho e contou com a colaboração direta dos três inventores na concepção, preparação de amostras e caracterização estrutural e magnética das nanopartículas.

O pedido de patente foi depositado em 2019 e a concessão confirma que a tecnologia atendeu aos três principais critérios exigidos: novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. Esses critérios garantem que a invenção é inédita, envolve um grau de criatividade técnica e pode ser utilizada na produção em escala industrial.

A Agência de Inovação da Reitoria (Agir) da UFRN é a unidade responsável por orientar e apoiar os pesquisadores durante todo o processo de proteção intelectual. Segundo o diretor da Agir, Jefferson Ferreira de Oliveira, o trabalho da agência inclui a intermediação de mentorias com o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), além de orientações sobre a viabilidade de patenteamento de cada tecnologia.

“O apoio que oferecemos abrange desde a análise da possibilidade de patenteamento, conforme a Lei 9.279/96, até a promoção da transferência de tecnologia para empresas interessadas em licenciar o conhecimento gerado”, afirma Jefferson. Segundo ele, mesmo tecnologias que não possam ser patenteadas formalmente podem ser comercializadas através de licenciamento de know-how.

O processo de solicitação de patente começa com a notificação da invenção no SIGAA, no módulo de pesquisa, e pode resultar na proteção de ativos tecnológicos com elevado potencial de aplicação. A UFRN mantém parcerias com os próprios inventores para ampliar o alcance dessas tecnologias, por meio de sua rede de contatos e atuação em áreas estratégicas.

A patente das nanopartículas reforça o papel da universidade pública na geração de soluções técnicas aplicáveis a desafios sociais e industriais, especialmente nas áreas de saúde e inovação biomédica.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN

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Prefeitura fecha maternidades e expõe crise na saúde de Natal

Prefeitura fecha maternidades e expõe crise na saúde de Natal

Editorial POR DENTRO DO RN

O fechamento das maternidades Leide Morais e Araken Pinto, anunciados pela Prefeitura de Natal sob a justificativa de falta de médicos, marca mais um capítulo do agravamento da crise administrativa na capital potiguar. O impacto da medida, embora comunicado como temporário, tem repercussões diretas na rede pública de saúde e evidencia a desorganização na gestão dos serviços essenciais. A situação se tornou ainda mais crítica com a repetição do fechamento da Leide Morais no sábado (10.mai.2025), após breve reabertura.

A decisão de transferir gestantes para o Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba, município da Região Metropolitana, escancara a ausência de planejamento e contingência dentro da administração municipal de Paulinho Freire (União Brasil). A logística de deslocamento de pacientes em trabalho de parto para outra cidade compromete tanto a segurança das parturientes quanto o funcionamento da rede estadual, que já opera com limitações conhecidas.

Os fechamentos ocorrem em meio a um cenário de denúncias recorrentes de sucateamento de unidades básicas, escassez de insumos e ausência de concursos para reposição de quadros. A política de contingenciamento em vigor na gestão Paulinho Freire resultou na redução progressiva da capacidade de resposta do sistema municipal de saúde.

No discurso oficial, a gestão Paulinho Freire aponta a baixa adesão de profissionais aos plantões como causa principal da interrupção dos serviços. No entanto, o problema é estrutural, refletindo uma política pública ineficaz de manutenção e valorização da rede municipal. O anúncio repentino de fechamento das unidades sem transparência ou alternativas viáveis levanta questionamentos sobre o nível de compromisso com a população atendida nessas regiões.

Além disso, há ausência de respostas efetivas quanto à reabertura das unidades. Sem cronograma claro ou garantias de recomposição das equipes médicas, permanece a insegurança entre as usuárias do sistema público e entre os próprios trabalhadores da saúde. Profissionais têm relatado sobrecarga nos plantões, falta de insumos e desorganização nas escalas — fatores que reforçam a sensação de colapso institucional.

A crise nas maternidades reflete um problema mais amplo de governança. Em meio a esse contexto, a gestão de Paulinho Freire ainda enfrenta denúncias de má gestão em outras áreas da administração pública, incluindo obras paralisadas e um péssimo sistema de transporte público – que foi motivador de Natal ter perdido de sediar jogos da Copa do Mundo Feminina de 2027.

As consequências são sentidas de forma mais aguda pelas mulheres em situação de vulnerabilidade social, que dependem exclusivamente da rede pública. Sem alternativas viáveis de atendimento, muitas acabam adiando procedimentos essenciais por medo ou dificuldade de acesso.

Enquanto isso, a prefeitura não apresenta medidas estruturantes, nem diálogo com os conselhos municipais de saúde ou com a sociedade civil. A ausência de ações concretas e a inexistência de políticas públicas de médio e longo prazo para a saúde materna agravam ainda mais o cenário.

O fechamento de duas maternidades não é um evento isolado, mas sim o sintoma de uma crise sistêmica que atinge a saúde pública de Natal e, sobretudo, coloca em risco a vida de mulheres e recém-nascidos.

Foto: Divulgação/SMS

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O que se sabe até agora sobre a intoxicação de médicos após consumo de peixe em Natal

O que se sabe até agora sobre a intoxicação de médicos após consumo de peixe em Natal

Oito profissionais de saúde apresentaram sintomas após consumo de peixe em restaurante da capital; suspeita é de ciguatera, toxina marinha associada a algumas espécies

Oito médicos apresentaram sintomas de intoxicação após consumirem peixe em um restaurante localizado na Zona Sul de Natal, capital do Rio Grande do Norte. A Vigilância Sanitária do município está conduzindo a investigação sobre o caso, registrado no final de abril de 2025. A principal suspeita é que os sintomas tenham sido causados pela ciguatera, uma toxina marinha presente em algumas espécies de peixes.

Casos notificados

Os profissionais de saúde foram atendidos em unidades de Natal e da Grande Natal com sintomas como diarreia, vômitos, náuseas, formigamento e alterações neurológicas, como sensações térmicas invertidas — quando o frio é sentido como calor e vice-versa. A maioria dos pacientes relatou ter ingerido um peixe da espécie arabaiana durante uma refeição no mesmo restaurante. Todos passam bem, segundo informações das unidades hospitalares.

O caso foi reportado à Secretaria Municipal de Saúde e está sendo monitorado pelos setores de vigilância sanitária e epidemiológica. Amostras de alimentos foram recolhidas no restaurante para análise laboratorial.

O que é ciguatera

A principal hipótese considerada pelas autoridades de saúde é a contaminação por ciguatera, uma intoxicação alimentar causada por toxinas produzidas por microalgas do gênero Gambierdiscus toxicus, que se acumulam em peixes herbívoros e carnívoros, principalmente nos recifes de corais.

A toxina é resistente ao calor, o que significa que o cozimento do alimento não elimina o risco de contaminação. Os sintomas geralmente aparecem entre seis e 12 horas após o consumo do peixe e podem durar dias ou até semanas, dependendo da intensidade da exposição.

No Brasil, há registros históricos da ciguatera especialmente em regiões costeiras do Norte e Nordeste. A doença não é transmissível de pessoa para pessoa e não há tratamento específico — o foco é no controle dos sintomas.

Espécies associadas

Entre as espécies comumente associadas à toxina estão a arabaiana (Lutjanus spp.), o badejo, o garoupa e o olho-de-boi. De acordo com especialistas, os peixes maiores, predadores e que habitam recifes tropicais têm maior risco de acumular a toxina ao longo da cadeia alimentar.

No caso ocorrido em Natal, o peixe consumido pelos médicos foi identificado como sendo da espécie arabaiana, um peixe comum na culinária nordestina e comercializado em diversos estabelecimentos.

Ações da Vigilância Sanitária

A Secretaria Municipal de Saúde informou que uma equipe da Vigilância Sanitária esteve no restaurante apontado pelas vítimas. Durante a visita, foram recolhidas amostras de peixes e alimentos para análise. O estabelecimento segue em funcionamento e foi orientado a colaborar com a investigação.

A Prefeitura de Natal reforçou que a população deve estar atenta à origem do pescado consumido, preferindo estabelecimentos regulares e que informem corretamente a espécie vendida. Também recomendou que, em caso de sintomas como formigamento, náuseas ou alterações sensoriais após o consumo de peixe, a pessoa procure atendimento médico imediatamente.

Histórico de casos no Brasil

Embora os casos de ciguatera não sejam frequentes, surtos esporádicos já foram registrados em estados como Bahia, Pernambuco, Alagoas e Pará. Em alguns episódios, dezenas de pessoas apresentaram sintomas semelhantes após o consumo de peixes contaminados.

A notificação de casos suspeitos é fundamental para o rastreamento da origem do pescado e prevenção de novos incidentes. A Organização Mundial da Saúde estima que entre 10 mil e 50 mil pessoas sejam afetadas por ciguatera todos os anos em regiões tropicais e subtropicais.

Orientações ao consumidor

As autoridades de saúde recomendam:

  • Evitar o consumo de grandes peixes predadores de origem desconhecida;
  • Confirmar com o estabelecimento a espécie do peixe servido;
  • Manter atenção aos sintomas de intoxicação após refeições com frutos do mar;
  • Buscar assistência médica em caso de suspeita;
  • Informar às autoridades sanitárias sobre episódios de intoxicação alimentar.

Foto: Electra Studio/Pexels/Ilustração / Kindel Media/Pexels/Ilustração / Deane Bayas/Pexels/Ilustração

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Mais Médicos abre 102 vagas para atuação no RN em novo edital do Ministério da Saúde

Mais Médicos abre 102 vagas para atuação no RN em novo edital do Ministério da Saúde

Municípios potiguares e DSEI Potiguara estão entre os contemplados pelo programa federal, que oferece 3.174 vagas em todo o país para reforçar a atenção primária no SUS

O Ministério da Saúde lançou um novo edital do Programa Mais Médicos, com 3.174 vagas para atuação na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). No Rio Grande do Norte, o edital contempla 102 vagas, sendo 99 distribuídas em 49 municípios potiguares e outras 3 destinadas ao Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Potiguara, voltadas à assistência em territórios indígenas.

As inscrições devem ser feitas entre os dias 5 e 8 de maio, exclusivamente pela internet, no sistema do programa. O objetivo da nova seleção é fortalecer o atendimento médico em regiões de maior vulnerabilidade social, especialmente em cidades de pequeno e médio porte e áreas remotas.

Distribuição nacional e foco em regiões vulneráveis

Das 3.174 vagas ofertadas, 3.066 serão destinadas a 1.620 municípios em todos os estados e 108 vagas serão alocadas em 26 DSEIs, priorizando populações indígenas e comunidades isoladas. A estratégia de alocação levou em conta dados atualizados do estudo Demografia Médica 2025, divulgado recentemente, que aponta desigualdade na distribuição de profissionais de saúde no país.

Segundo o Ministério da Saúde, 75,1% das vagas foram direcionadas a municípios de pequeno porte, 11,1% a municípios de médio porte e 13,8% a grandes cidades, com foco na cobertura de locais com menor número de médicos por habitante.

Atuação no RN

No Rio Grande do Norte, os 99 municípios contemplados no edital incluem cidades do interior com histórico de escassez de profissionais da saúde, além de zonas rurais e periferias urbanas. Já o DSEI Potiguara, que atua em áreas de comunidades indígenas na divisa com a Paraíba, receberá três profissionais.

A meta do programa é melhorar o acesso aos serviços de saúde e reduzir o tempo de espera para atendimento médico especializado, por meio da atuação articulada das Equipes de Saúde da Família.

Tipos de candidatos

O edital está aberto para três perfis de profissionais:

  • Médicos formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM);
  • Médicos brasileiros formados no exterior;
  • Médicos estrangeiros habilitados para atuação no Brasil.

Para os dois últimos perfis, é exigida a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), que compreende treinamentos específicos sobre o sistema de saúde brasileiro, protocolos de urgência e emergência e o enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de destino.

Registro eletrônico e integração dos dados

Os médicos selecionados passam a integrar as Equipes de Saúde da Família, atuando diretamente nas comunidades. O acompanhamento dos pacientes é registrado no Prontuário Eletrônico do Cidadão (e-SUS APS), o que permite a comunicação entre a atenção básica e os serviços especializados.

De acordo com o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, essa integração possibilita encaminhamentos mais rápidos para média e alta complexidade, além de fortalecer a gestão da informação e do cuidado.

“Existe uma importante conexão entre o Mais Médicos, o fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e o nosso esforço em acelerar o atendimento especializado no SUS”, afirmou o ministro.

Ampliação da cobertura e qualificação profissional

Atualmente, o Programa Mais Médicos tem cerca de 24,9 mil profissionais em atividade, cobrindo 4,2 mil municípios, o que representa 77% do território nacional. Desses, 1,7 mil estão em áreas classificadas com altos índices de vulnerabilidade social.

Em dezembro de 2024, o programa registrou o maior número de médicos atuando em Distritos Sanitários Especiais Indígenas, com 601 profissionais em campo.

Além da atuação direta, o programa oferece oportunidades de formação aos médicos participantes, com acesso a cursos de especialização, mestrado e doutorado em Saúde da Família e Medicina de Família e Comunidade.

Cadastro reserva e agilidade na reposição

Outra novidade do edital é a criação de cadastro reserva, medida que visa acelerar a reposição de vagas em caso de desligamento de profissionais. No Rio Grande do Norte, 87 municípios aderiram ao cadastro reserva por meio de chamamento público realizado em março deste ano.

Esse mecanismo permite que novas contratações sejam feitas de forma ágil, sem a necessidade de novos editais, sempre que houver vacância ou aumento na demanda por profissionais.

Foto: Jerônimo Gonzales/MS / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Intoxicação por peixe dourado em Natal deixa médicos na UTI e acende alerta sobre toxina rara

Intoxicação por peixe dourado em Natal deixa médicos na UTI e acende alerta sobre toxina rara

Cinco médicos passaram mal após jantar em restaurante; SESAP investiga surto e orienta sobre riscos da ciguatera, toxina resistente ao cozimento

Cinco médicos foram internados após apresentarem sintomas graves de intoxicação alimentar em Natal, na noite da última terça-feira (6.mai.2025), horas após consumirem peixe dourado em um restaurante da capital potiguar. Dois deles seguem hospitalizados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado estável e sob monitoramento. As autoridades de saúde investigam um possível surto de intoxicação por ciguatera, uma toxina natural presente em peixes de recife.

Segundo especialistas consultados pelas autoridades locais, os sintomas apresentados — náuseas, vômitos, diarreia, dores musculares e alterações neurológicas – são compatíveis com a ciguatera. A toxina é produzida por microalgas marinhas e se acumula em peixes predadores como dourado, garoupa e badejo. Diferente de outras formas de intoxicação alimentar, ela não tem cheiro, gosto ou cor e não é destruída pelo congelamento ou cozimento, o que dificulta sua detecção.

Anvisa e Vigilância Sanitária atuam no caso

Após o registro dos sintomas, equipes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Vigilância Sanitária municipal visitaram o restaurante, onde coletaram amostras do pescado. As análises laboratoriais ainda estão em andamento. A unidade permanece funcionando, mas pode ser interditada caso seja confirmada a presença da toxina nos alimentos.

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SESAP) acompanha o caso desde os primeiros atendimentos e classificou o episódio como um possível surto de intoxicação alimentar. “O estado está monitorando um surto de sintomas gastrointestinais em algumas pessoas. O município de Natal conduz a investigação direta, enquanto o estado permanece em vigilância”, informou Diana Rego, coordenadora de vigilância em saúde da SESAP.

Casos semelhantes já foram registrados no Brasil

Embora rara no Brasil, a intoxicação por ciguatera tem ganhado atenção crescente. A SESAP confirmou que casos semelhantes foram registrados em Fernando de Noronha desde 2022, com novos episódios reportados em 2023 e 2024. Em abril deste ano, a secretaria divulgou uma Nota Técnica alertando sobre o risco da toxina no Rio Grande do Norte, especialmente pela proximidade com áreas tropicais e pelo alto consumo de pescados, principalmente em datas religiosas como a Semana Santa.

De acordo com a nota, o risco está principalmente nas partes como fígado, cabeça e ovas de grandes peixes predadores, que acumulam maiores concentrações da toxina. A orientação é que a população evite consumir essas partes e priorize a compra de pescados provenientes de fontes regulamentadas.

Sintomas, tratamento e vigilância

A ciguatera pode provocar sintomas entre 2 e 12 horas após o consumo do peixe contaminado. Os sinais mais comuns incluem dores abdominais, vômitos, diarreia, cãibras, visão turva, formigamentos e disfunções térmicas, como a sensação de calor quando se toca algo frio. Em casos mais graves, há risco de alterações no ritmo cardíaco e problemas neurológicos persistentes.

Não há antídoto específico para a ciguatoxina. O tratamento é sintomático e de suporte, com monitoramento hospitalar em casos moderados e graves. A SESAP reforçou a importância de os profissionais de saúde estarem atentos aos sintomas e de que todos os casos suspeitos sejam notificados imediatamente ao sistema de vigilância epidemiológica.

Estado permanece em alerta e monitora novos casos

O estado do Rio Grande do Norte permanece em alerta e articula com hospitais e unidades de saúde para a identificação de possíveis novos casos. Até o momento, não houve confirmação de outros episódios relacionados ao restaurante investigado.

A SESAP reforça que a investigação está em curso e depende da confirmação laboratorial para validar a origem da toxina. Enquanto isso, a recomendação é que a população evite o consumo de espécies marinhas de grande porte e que comerciantes do setor de pescados redobrem os cuidados com a origem e procedência dos produtos ofertados.

Foto: Electra Studio/Pexels/Ilustração / Kindel Media/Pexels/Ilustração / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Fechamento da pista do Aeroporto de Mossoró para corrida do Sesi impacta operação aeromédica no feriado

Fechamento da pista do Aeroporto de Mossoró para corrida do Sesi impacta operação aeromédica no feriado

Infraero afirma que publicou aviso prévio e nega prejuízo a voos, mas Ciopaer relata dificuldades em pouso de helicóptero com paciente em estado grave

A pista do Aeroporto Dix-sept Rosado, em Mossoró, no Oeste potiguar, foi fechada temporariamente para pousos e decolagens no último dia 1º de maio, feriado do Dia do Trabalhador, para a realização de uma corrida de rua promovida pelo Serviço Social da Indústria (Sesi), em parceria com a Prefeitura de Mossoró e a Infraero. Apesar de o terminal não contar com voos comerciais regulares desde a suspensão das operações da Azul Linhas Aéreas, a interdição gerou repercussão por ter impactado outras operações, inclusive uma de caráter emergencial.

Segundo o coronel Eduardo Franco, comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), o fechamento da pista dificultou a transferência de um adolescente de 13 anos, em estado grave, por meio de um voo aeromédico. A equipe tentou, sem sucesso, realizar ao menos três planos de voo antes de obter autorização da torre de controle do Recife para efetuar o pouso da aeronave no pátio do aeroporto de Mossoró.

De acordo com o oficial, a alternativa considerada era pousar o helicóptero em um campo de futebol de um batalhão da Polícia Militar. No entanto, a autorização para o uso do pátio do aeroporto foi concedida antes da necessidade de utilizar essa medida. O caso será comunicado à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), segundo o comandante da Ciopaer.

Nota da Infraero

Em nota enviada à imprensa, a Infraero confirmou que firmou parceria com o Sesi e a prefeitura para a realização do evento, mas negou que o fechamento tenha causado impedimentos operacionais. A administradora do terminal afirmou que a iniciativa faz parte de uma estratégia para o “desenvolvimento do Aeroporto como centro de oportunidades de negócios comerciais”.

Segundo a Infraero, eventos semelhantes têm sido realizados em aeroportos de outras capitais brasileiras e seguem regulamentações estabelecidas para garantir a segurança das operações. A empresa informou que o fechamento da pista foi previamente comunicado através da publicação de um NOTAM (Aviso aos Aeronavegantes), emitido em 26 de março de 2025.

O aviso determinava o fechamento do aeródromo entre 12h e 24h do dia 1º de maio, e segundo a Infraero, isso permitiu o planejamento prévio de operadores aéreos privados. A empresa também afirmou que não houve impedimento registrado de voo no dia do evento. Entre 7h e 12h da manhã do feriado, o aeroporto recebeu uma decolagem e dois pousos.

Ainda conforme a nota, às 9h58 foi registrado um pedido de operação de um helicóptero militar de transporte aeromédico. A solicitação, segundo a Infraero, foi atendida, e o pouso foi realizado às 12h42. Uma ambulância já aguardava o paciente dentro do terminal. O helicóptero decolou às 13h03, ainda segundo o relatório da administradora.

Operações no aeroporto

O Aeroporto de Mossoró atualmente opera exclusivamente voos privados e militares, com média diária inferior a quatro movimentos (soma de pousos e decolagens). O horário regular de funcionamento vai das 7h às 19h. No entanto, pousos e decolagens fora desse período são permitidos mediante coordenação prévia com a administração aeroportuária.

A ausência de voos comerciais regulares se deve à suspensão das operações da Azul, que anteriormente mantinha conexões com o terminal. Mesmo assim, o aeroporto continua servindo como base para voos executivos, militares e operações de emergência, como a realizada pela Ciopaer.

O caso envolvendo a corrida e a operação aeromédica deverá ser alvo de análise por parte da Anac. A discussão gira em torno da adequação dos protocolos adotados e dos impactos da realização de eventos esportivos em estruturas voltadas ao transporte aéreo.

Foto: Divulgação/Sesed-RN / Elisa Elsie/Governo do RN/Ilustração

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Casos graves de doenças respiratórias crescem no RN

Casos graves de doenças respiratórias crescem no RN

Boletim da Fiocruz aponta alta nas internações por infecções respiratórias em crianças e idosos no Rio Grande do Norte; maioria dos casos está ligada ao VSR e influenza A

O Rio Grande do Norte está entre os estados brasileiros com sinal de alerta para o aumento expressivo de casos graves de doenças respiratórias, de acordo com o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), divulgado na última quarta-feira (30.abr.2025). O documento aponta crescimento nas internações, especialmente entre crianças pequenas e idosos, sendo o vírus sincicial respiratório (VSR) e o vírus influenza A os principais responsáveis.

A análise contempla dados da Semana Epidemiológica 17, que vai de 20 a 26 de abril de 2025, e inclui uma avaliação detalhada do cenário em todo o país. No caso do Rio Grande do Norte, a capital Natal está entre as 18 capitais brasileiras com níveis considerados de alerta, risco ou alto risco para internações por doenças respiratórias graves.

Crianças e idosos são os mais afetados

Segundo a Fiocruz, a maioria dos casos graves registrados no estado é atribuída à circulação do VSR, vírus que afeta principalmente crianças de até dois anos. Já entre os idosos, o maior número de óbitos tem sido causado pela influenza A, vírus responsável por quadros clínicos mais severos nesta faixa etária.

A pesquisadora Tatiana Portella, responsável pela análise, afirma que o cenário no RN reflete uma tendência nacional de crescimento que já dura seis semanas consecutivas. Ela ressalta que o aumento de hospitalizações está em níveis de incidência que variam de moderado a muito alto em várias regiões do Brasil, com destaque para o Norte, Nordeste e Centro-Sul.

Estado integra lista de risco elevado

O Rio Grande do Norte aparece entre os 17 estados que apresentam sinal de crescimento de longo prazo nas internações por infecções respiratórias. A lista inclui Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal.

Em Natal, unidades de saúde têm registrado um aumento constante na busca por atendimento de crianças com sintomas respiratórios intensos. De acordo com o boletim, a capital potiguar apresenta tendência de crescimento estável, com alerta para o impacto na rede hospitalar.

Fiocruz recomenda vacinação e uso de máscara

Como medida de prevenção, a Fiocruz reforça a importância do uso de máscaras em locais fechados e com aglomerações, como hospitais, postos de saúde e transportes públicos. A instituição também destaca a necessidade de ampliar a cobertura vacinal contra a influenza, especialmente entre os grupos prioritários.

Os dados das últimas quatro semanas mostram que os casos positivos de doenças respiratórias graves no Brasil foram causados principalmente pelo VSR (57%), seguido pela influenza A (21,8%), rinovírus (20,3%) e Covid-19 (3,1%). Entre os óbitos, a influenza A lidera com 46,4% dos registros.

Brasil já soma mais de 45 mil casos em 2025

Desde o início de 2025, o país já notificou 45.228 casos de doenças respiratórias graves. Desses, 42,9% tiveram confirmação laboratorial para algum agente viral. O VSR representa a maior parte (38,4%), seguido pelo rinovírus (27,9%) e o Sars-CoV-2 (20,7%).

Com o avanço das infecções respiratórias, a Fiocruz alerta para a necessidade de monitoramento constante, ações preventivas e comunicação ativa com a população sobre os riscos e formas de proteção, sobretudo em estados como o Rio Grande do Norte, que apresentam tendência de alta.

Foto: Marcello Casal Jr./ABr/Ilustração

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Hospital Walfredo Gurgel procura familiares de homem internado sem identificação após acidente em Natal

Hospital Walfredo Gurgel procura familiares de homem internado sem identificação após acidente em Natal

Paciente foi socorrido pelo SAMU na madrugada de sábado (3), na Avenida Floriano Peixoto; serviço social pede ajuda da população para localizá-los

A Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap/RN) informou neste sábado (3.mai.2025) que o serviço social do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, está à procura de familiares de um homem que deu entrada na unidade de saúde sem identificação após um acidente de trânsito.

O paciente foi resgatado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) por volta da meia-noite na Avenida Floriano Peixoto, bairro de Petrópolis, zona Leste da capital potiguar. Segundo as informações repassadas pela Sesap, o homem estava andando de bicicleta quando sofreu o acidente.

Características do paciente

O homem tem pele parda, cerca de 1,70m de altura, pesa aproximadamente 70 kg, não possui tatuagens, tem cabelo curto e usava botas pretas no momento do resgate. Ele carregava uma mochila e um cartão bancário com o nome “Seedorf D N Rocha”.

Até o momento, não há confirmação oficial sobre a identidade do paciente, e ele permanece internado sob cuidados médicos no Hospital Walfredo Gurgel.

Contato com o serviço social

A Sesap solicita que qualquer informação que possa ajudar a identificar o paciente e localizar seus familiares seja encaminhada ao serviço social do hospital, que funciona 24 horas por dia, todos os dias da semana.

Os canais de contato disponíveis são os telefones (84) 3232-7505 e (84) 3232-7533, além do número de WhatsApp (84) 98132-6541.

O serviço social reforça a importância da colaboração da população para que os familiares do paciente possam ser localizados e informados sobre sua situação clínica.

Foto: Marcelo Soares/ASSECOM RN/Ilustração / Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Governo abre 3,1 mil novas vagas para Mais Médicos

Governo abre 3,1 mil novas vagas para Mais Médicos

Inscrições começam na segunda-feira (5)

Os médicos interessados em aderir ao programa Mais Médicos podem se inscrever a partir desta segunda-feira (5). O novo edital do programa foi lançado pelo Ministério da Saúde na sexta-feira (2), com 3.174 vagas.

A iniciativa tem o objetivo de fortalecer a atenção primária à saúde levando médicos até as regiões prioritárias, remotas, de difícil acesso e de alto índice de vulnerabilidade, onde há escassez ou ausência desses profissionais.

Os trabalhadores do Mais Médicos integram as equipes de Saúde da Família e oferecem atendimento e acompanhamento mais próximos da população.

A meta do Ministério da Saúde é chegar a 28 mil profissionais até o fim de 2025.

Distribuição

No edital deste 41º ciclo do programa, a oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, conforme dados do estudo Demografia Médica 2025, que aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país.

Do total de vagas (3.174), 3.066 serão distribuídas entre 1.620 municípios e 108 destinadas a 26 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

As vagas do novo edital contemplam, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%). As vagas disponibilizadas está publicada na página eletrônica, no link Quadro de Vagas.

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, também publicou em sua rede social as localidades nas cinco regiões do país que terão vagas do programa federal.

Perfil do profissional

As oportunidades no 41º ciclo do Mais Médicos estão distribuídas entre três perfis profissionais:

  1. médicos formados no Brasil com registro no registro no Conselho Regional de Medicina (CRM) ou com diploma revalidado no Brasil;
  2. médicos brasileiros formados no exterior (intercambista brasileiro);
  3. médicos estrangeiros com habilitação para o exercício da medicina no exterior (intercambista estrangeiro).

O Ministério da Saúde esclarece que para os dois últimos perfis, é obrigatória a aprovação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho.

A documentação e as demais condições exigidas para os médicos brasileiros com registro no Brasil e para os intercambistas (brasileiros e estrangeiros) estão descritas no site. Entre elas: estar em situação regular na esfera criminal perante a justiça estadual e federal no Brasil, do local em que reside ou residiu nos últimos 6 (seis) meses; estar em situação regular com as obrigações militares, se o médico for sexo masculino; estar em situação regular na justiça eleitoral, se for brasileiro.

Inscrição

Os profissionais médicos devem realizar as adesões ao programa, por meio do Sistema de Gerenciamento de Programas (SGP) entre 5 e 8 de maio.

No ato da inscrição no SGP, o médico candidato deverá anexar declaração de próprio punho, datada e assinada, atestando que, se estrangeiro, possui conhecimento da língua portuguesa e, independentemente da nacionalidade, tem ciência das regras de organização do SUS, bem como dos protocolos e diretrizes clínicas no âmbito da atenção primária à saúde.

No exercício das atividades pelo Mais Médicos, os profissionais médicos brasileiros e estrangeiros terão direito a benefícios descritos no site do programa, como de bolsa formação, ajuda de custo, auxílios. Eles poderão permanecer no programa por até 48 meses, sem vínculo empregatício de qualquer natureza.

Cadastro reserva

Neste novo chamamento público para adesão e renovação de vagas do Mais Médicos, o Ministério da Saúde criou a possibilidade de cadastro reserva do programa.

Esse mecanismo oferece flexibilidade e agilidade na reposição de profissionais pelos municípios e DSEIs, logo que a necessidade for identificada.

Com isso, 2.450 municípios brasileiros e oito Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) que já haviam preenchido vagas em editais anteriores puderam ingressar no cadastro reserva do da política pública.

Mais Médicos

O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Atualmente, são 24,9 mil médicos, atuando em 4,2 mil municípios, o equivalente a 77% do território nacional. Os profissionais trabalham identificados com coletes verdes.

Dentre essas localidades, 1,7 mil apresentam altos índices de vulnerabilidade social. Do total de médicos em atividade pelo programa federal, 601 deles atuam em Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs).

O Ministério da Saúde espera que a política pública, lançada em julho de 2013, gere impactos positivos nas comunidades atendidas, como a ampliação do acesso aos serviços de saúde na atenção primária, a redução do tempo de espera por atendimento com a utilização do prontuário eletrônico do SUS (e-SUS APS), além de avanços significativos na saúde indígena.

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Natal contrata 55 leitos em hospitais privados para reduzir superlotação nas UPAs

Natal contrata 55 leitos em hospitais privados para reduzir superlotação nas UPAs

Leitos emergenciais atenderão pacientes pelo SUS e custarão mais de R$ 1 milhão por mês; objetivo é aliviar unidades enquanto hospital municipal não é inaugurado

A Prefeitura de Natal anunciou a contratação emergencial de 55 leitos em hospitais privados da capital potiguar com o objetivo de reduzir a superlotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município. O anúncio foi feito diante do aumento da demanda por atendimentos nas unidades públicas, principalmente nas zonas Oeste e Norte da cidade.

Os novos leitos estarão disponíveis em três hospitais particulares:

  • Hospital Severino Lopes: 20 leitos;
  • Vita – Centro de Cuidados Extensivos: 15 leitos;
  • Hospital Rio Grande: 20 leitos.

Todos os leitos contratados atenderão exclusivamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), com regulação feita pela Secretaria Municipal de Saúde de Natal. O custo da contratação emergencial ultrapassa R$ 1 milhão por mês e será custeado por meio de verbas federais repassadas ao município.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Geraldo Pinho, a expectativa é de que os atendimentos comecem já na próxima semana. A medida foi classificada como temporária até que o Hospital Municipal de Natal entre em funcionamento.

“Precisamos de mais leitos de retaguarda, tanto de psiquiatria quanto de enfermaria, e essa contratação emergencial visa justamente dar um desafogo às nossas UPAs”, explicou Pinho.

Hospital Municipal de Natal deve ser inaugurado entre agosto e setembro

A contratação dos leitos emergenciais ocorre paralelamente à preparação para a abertura da primeira fase do Hospital Municipal de Natal, localizado no bairro Cidade Satélite. A unidade deve iniciar o funcionamento entre os meses de agosto e setembro deste ano, oferecendo 100 leitos – sendo 90 de enfermaria e 10 de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

O novo hospital será responsável por absorver parte da demanda atualmente concentrada nas UPAs da capital, que vêm registrando elevado número de pacientes e longas filas de espera.

UPAs registram lotação e pacientes aguardam por horas

A situação crítica nas UPAs motivou a medida emergencial da prefeitura. Na noite de quarta-feira (30.abr.2025) e madrugada da quinta (1º.mai), houve registro de superlotação na UPA Cidade da Esperança, na zona Oeste de Natal. A recepção infantil, a área de espera da urgência adulta e os corredores estavam cheios. Pacientes relataram horas de espera para atendimento, incluindo crianças com febre alta que não foram atendidas com celeridade.

Na UPA Potengi, na zona Norte, a situação também gerou tensão. Um homem, insatisfeito com a demora no atendimento, agrediu verbalmente profissionais de saúde e teve de ser contido pela Guarda Municipal. Segundo relatos, ele também agrediu fisicamente um guarda durante o incidente.

As ocorrências reforçam o impacto da alta demanda nas unidades de pronto atendimento da capital potiguar, que vêm operando no limite de sua capacidade.

Regulação e prazos

De acordo com a Prefeitura de Natal, os pacientes que ocuparem os leitos contratados serão direcionados via regulação municipal, conforme protocolos clínicos. A Secretaria Municipal de Saúde informou que os contratos com os hospitais privados têm vigência emergencial, podendo ser renovados ou encerrados a depender do avanço das obras e da entrada em operação do Hospital Municipal.

A contratação emergencial também inclui leitos psiquiátricos, considerados estratégicos diante da escassez de vagas na rede pública para esse perfil de atendimento. A gestão municipal avalia a possibilidade de expandir o número de leitos contratados caso a demanda continue alta até a abertura da nova unidade hospitalar.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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Bolsonaro deixa UTI após 18 dias e segue internado em quarto no Hospital DF Star

Bolsonaro deixa UTI após 18 dias e segue internado em quarto no Hospital DF Star

Ex-presidente está clinicamente estável e sem previsão de alta definitiva; internação ocorre após cirurgia abdominal de 12 horas em Brasília

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi transferido da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para um quarto no Hospital DF Star, em Brasília, nesta quarta-feira (30.abr.2025). A informação foi confirmada por meio de boletim médico divulgado nesta quinta-feira (1º.mai). Segundo os profissionais responsáveis pelo acompanhamento clínico, o paciente apresenta quadro estável, sem dor ou febre, e com os sinais vitais controlados, incluindo a pressão arterial.

Bolsonaro está internado na unidade hospitalar desde o dia 13 de abril, quando passou por uma cirurgia de grande porte para tratar complicações abdominais. O procedimento, que teve duração de 12 horas, incluiu a retirada de aderências intestinais e a reconstrução da parede abdominal. A intervenção foi necessária após o ex-presidente apresentar mal-estar durante uma agenda pública no interior do Rio Grande do Norte, no dia 11 de abril.

Recuperação após a cirurgia

Durante os 18 dias em que permaneceu na UTI, Bolsonaro foi submetido a cuidados intensivos. Ele só voltou a se alimentar por via oral na terça-feira (29), quando também foi retirada a sonda nasogástrica utilizada durante o pós-operatório. No mesmo dia, o ex-presidente divulgou um vídeo nas redes sociais em que aparece retirando a sonda, com o auxílio de um profissional de saúde.

Embora esteja fora da UTI, os médicos do Hospital DF Star informaram que ainda não há previsão para a alta hospitalar definitiva. As visitas seguem restritas, conforme orientação da equipe médica. A evolução clínica está sendo acompanhada diariamente e, até o momento, não foram registradas intercorrências relevantes.

Internação com visibilidade pública

Ao longo do período de internação, mesmo na UTI, Jair Bolsonaro manteve sua rotina de comunicação pública. Ele recebeu visitas de parlamentares e correligionários, participou de uma live com apoiadores e chegou a conceder entrevista para uma emissora de televisão. Além disso, foi intimado por uma oficial de Justiça dentro do hospital, em episódio relacionado a processos judiciais em andamento.

A família também compartilhou imagens do ex-presidente durante o tratamento. Fotografias divulgadas em redes sociais mostraram Bolsonaro sem camisa, com curativos visíveis e pontos cirúrgicos expostos. As publicações ocorreram antes mesmo da liberação da unidade de terapia intensiva.

O Hospital DF Star, vinculado à Rede D’Or São Luiz, vem divulgando boletins médicos de forma esporádica, com a autorização da família do paciente. O mais recente documento médico, divulgado nesta quinta-feira, indica que Bolsonaro permanece sob monitoramento contínuo e apresenta “boa evolução clínica”.

Histórico de cirurgias

Essa foi mais uma das várias intervenções cirúrgicas pelas quais Jair Bolsonaro passou desde o atentado à faca durante a campanha presidencial de 2018, em Juiz de Fora (MG). Na ocasião, o então candidato sofreu lesões graves no trato intestinal. Desde então, passou por pelo menos seis procedimentos cirúrgicos relacionados às complicações da facada, incluindo correções e reconstruções abdominais.

A mais recente cirurgia somou-se a esse histórico, desta vez envolvendo a correção de aderências — formações de tecido cicatricial que podem provocar obstruções ou desconfortos intestinais — e o reforço da parede abdominal.

A equipe médica responsável pela internação é composta por cirurgiões e clínicos especializados em tratamento abdominal e cuidados pós-operatórios complexos. Novas atualizações sobre o estado de saúde do ex-presidente devem ser divulgadas nos próximos dias, conforme a evolução do quadro clínico.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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Anvisa volta a interditar pasta dental da Colgate

Anvisa volta a interditar pasta dental da Colgate

Empresa retirou recurso que pedia suspensão da interdição

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) voltou a interditar cautelarmente o creme dental Total Clean Mint, da marca Colgate, nesta quarta-feira (30).

A medida estava suspensa em razão de um recurso da fabricante solicitando a suspensão da interdição, porém a própria empresa retirou o recurso, informou a Anvisa.

Com isso, a suspensão da venda e do consumo do produto, determinada em 27 de março pela agência reguladora, segue em vigor. A Anvisa adotou a medida após consumidores relatarem reações adversas ao usarem o creme dental, como inchaço nos lábios.

Na ocasião, a Anvisa esclareceu que não existe a determinação de recolhimento, mas a pasta não deve ser exposta à comercialização pelos pontos de venda.

“A Agência recebeu relatos de eventos adversos que indicam que a presença na formulação da substância fluoreto de estanho, que tem conhecidos benefícios antimicrobianos e anticárie, pode estar associado a reações indesejáveis em alguns usuários,” disse a Anvisa em nota à época da suspensão preventiva e temporária.

A linha de produtos Colgate Total Clean Mint substituiu a linha Total 12 da marca.

Em resposta publicada em março nas redes sociais, a Colgate Brasil afirmou que a marca tem como propósito proporcionar às pessoas uma excelente saúde bucal e reforçou o compromisso com a qualidade e segurança de seus produtos.

“Entendemos e reconhecemos que esses casos podem ser um desconforto e nos colocamos à disposição para tratar cada um deles por meio do www.colgatepalmolive.com.br/contact-us”, apontou a publicação.

Alerta

A Anvisa publicou um alerta referente à possibilidade de ocorrência de reações indesejáveis ao uso de creme dental.

A agência recebeu relatos de ocorrências indesejadas, chamadas de eventos adversos, que indicam que a presença da substância fluoreto de estanho na fórmula do creme dental pode estar associado a reações inoportunas em alguns usuários.

A recomendação é para que os consumidores observem sinais de irritação e interrompam o uso do produto. Caso o desconforto seja persistente, um profissional de saúde deverá ser procurado.

Já os profissionais de saúde devem monitorar sinais de alterações bucais nos pacientes, orientá-los sobre possíveis reações adversas e recomendar alternativas para indivíduos sensíveis.

Os fabricantes devem garantir que a rotulagem contenha informações claras sobre possíveis reações adversas e instruções de uso adequadas.

Veja algumas das reações adversas:

  • Lesões bucais
  • Sensações dolorosas
  • Sensação de queimação/ardência
  • Inflamação gengival
  • Edema labial

Notificações

A agência reguladora destacou também a importância da notificação de problemas com o uso de produtos, por meio do sistema e-Notivisa.

O sistema não recebe queixas sobre questões econômicas (devolução de produtos, cobranças indevidas, etc) ou denúncias sobre produtos ou empresas irregulares.

Posicionamento

Em nota à imprensa, a empresa Colgate confirmou que nesta quarta-feira apresentou à Anvisa o pedido de retirada do recurso contra a decisão que determinou a interdição temporária do produto.

A iniciativa resultou na retomada da medida cautelar pelo órgão.

“A decisão da Colgate é incentivada pela colaboração contínua com a Anvisa e pelo avanço das investigações técnicas junto à agência. A empresa acredita numa resolução oportuna do tema”, diz a nota.

No texto, a Colgate também reafirmou a segurança e qualidade do creme dental da marca e garante que o Colgate Total Clean Mint “segue os rígidos padrões das agências regulatórias”.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Adolescente é transferido de Natal para Mossoró em aeronave do Ciopaer após complicações

Adolescente é transferido de Natal para Mossoró em aeronave do Ciopaer após complicações

Jovem de 13 anos foi transportado do Hospital Universitário Onofre Lopes para o Hospital da Mulher com apoio do helicóptero Potiguar 02 e do Samu

Um adolescente de 13 anos foi transferido na manhã desta quinta-feira (1º.mai.2025) de Natal para Mossoró, em uma operação de resgate aeromédico realizada pelo Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) do Rio Grande do Norte. O paciente estava internado no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), na capital potiguar, e apresentava quadro clínico grave devido a uma inflamação associada a uma má-formação craniana.

A transferência foi realizada a bordo do helicóptero Potiguar 02, pertencente à frota da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também atuou na operação, prestando suporte à equipe médica responsável pela estabilização e transporte do paciente.

De acordo com informações oficiais, a necessidade do transporte aéreo foi determinada pela gravidade do caso e pelo risco potencial à vida do adolescente. O paciente foi encaminhado ao Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, em Mossoró, onde dará continuidade ao tratamento especializado.

O helicóptero Potiguar 02 partiu da base aérea da capital por volta das 9h e pousou no heliponto do hospital em Mossoró cerca de uma hora depois. Durante todo o trajeto, a equipe médica manteve vigilância contínua dos sinais vitais do paciente, realizando intervenções necessárias para garantir a estabilidade clínica.

A operação contou com a participação integrada de profissionais do Samu, Ciopaer e da equipe médica do HUOL. O procedimento seguiu protocolos de urgência e transporte aeromédico previstos para casos de risco elevado e distâncias superiores àquelas normalmente cobertas por viaturas terrestres.

Segundo a Sesed, ações desse tipo são executadas de forma rotineira, sempre que há demanda emergencial e necessidade comprovada de transporte rápido para unidades hospitalares especializadas, especialmente em regiões distantes da capital.

O adolescente segue sob cuidados médicos em Mossoró, com avaliação contínua do quadro clínico por equipe multidisciplinar. Novas informações sobre seu estado de saúde poderão ser divulgadas posteriormente, conforme orientação da unidade hospitalar responsável.

Foto: Divulgação/Sesed-RN / Vivi Nobre/Assecom/Ilustração

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Criança é picada por cobra em creche da zona rural de Parelhas

Criança é picada por cobra em creche da zona rural de Parelhas

Menino de 4 anos foi socorrido e encaminhado ao Hospital Regional de Caicó, onde recebeu soro antiofídico

Uma criança de 4 anos foi picada por uma cobra na manhã da segunda-feira (28.abr.2025) em uma creche localizada na comunidade rural de Cachoeira, no município de Parelhas, Região Seridó do Rio Grande do Norte. O menino foi atendido e encaminhado ao Hospital Regional de Caicó, onde recebeu o soro antiofídico indicado para o caso.

De acordo com a direção da Creche Francisca Maria Dantas, o incidente aconteceu por volta das 9h30, durante o intervalo. A criança manuseava brinquedos guardados em uma caixa quando foi picada no pé. Imediatamente após o ocorrido, a professora responsável acionou a diretora da unidade, que transportou o menino até o hospital de Parelhas. Em seguida, ele foi transferido por uma ambulância para o Hospital Regional de Caicó.

A unidade de saúde confirmou que o menino recebeu o soro necessário e apresentava quadro estável até a última atualização. Ainda não havia confirmação oficial se ele havia recebido alta médica.

Segundo a diretoria da creche, a área externa do prédio passa por limpezas regulares devido à sua localização rural. No entanto, foi destacado que, mesmo com os cuidados adotados, situações envolvendo animais peçonhentos podem ocorrer em regiões como a comunidade de Cachoeira.

Após o incidente, um professor que mora na zona rural capturou a cobra e a levou até o hospital, onde foi identificada como uma jararaca, espécie venenosa comum no interior do estado. A presença do animal possibilitou a aplicação correta do soro antiofídico, essencial para a recuperação do paciente.

A direção da creche afirmou que revisará os protocolos de segurança da unidade para minimizar riscos semelhantes e avaliará a necessidade de novas medidas preventivas.

Casos de acidentes com animais peçonhentos em áreas rurais são tratados como prioridade pelas autoridades de saúde, especialmente quando envolvem crianças. A orientação médica é de que, ao identificar uma picada, a vítima seja levada rapidamente a um centro de saúde e, se possível, o animal agressor seja capturado de forma segura para identificação.

Foto: Raiane Miranda/Governo do RN

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Inclusão de estudantes com TEA cresce na UFRN: pedidos de apoio aumentam mais de 1.900% em 10 anos

Inclusão de estudantes com TEA cresce na UFRN: pedidos de apoio aumentam mais de 1.900% em 10 anos

Universidade Federal do Rio Grande do Norte intensifica ações de acessibilidade para universitários com Transtorno do Espectro Autista, que enfrentam desafios sensoriais, comunicativos e estruturais no ambiente acadêmico

Estímulos sensoriais, dificuldades de comunicação e desafios de organização são alguns dos obstáculos enfrentados diariamente por estudantes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no ambiente acadêmico. Na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), o número de alunos com TEA que buscam apoio institucional cresceu expressivamente nos últimos anos. Dados da Secretaria de Inclusão e Acessibilidade (SIA) revelam que, entre 2014 e 2024, os pedidos passaram de 5 para 101, totalizando 259 solicitações em 11 anos.

A demanda crescente está associada, segundo especialistas, a fatores como o aumento no número de diagnósticos, a maior conscientização pública sobre o autismo e a implementação de políticas inclusivas. “É possível apontar o avanço na conscientização pública, a ampliação do diagnóstico precoce e a implementação de políticas públicas como principais fatores”, explica a professora Débora Nunes, do Departamento de Fundamentos e Políticas da Educação da UFRN.

A assistência da SIA é oferecida de forma personalizada, considerando as necessidades específicas de cada estudante. O processo começa com o registro do pedido no Portal do Discente do Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (Sigaa). Em seguida, uma profissional da SIA realiza avaliação individual e emite um documento com orientações didático-pedagógicas a ser compartilhado com os docentes das disciplinas cursadas pelo aluno.

Ações práticas no ambiente universitário

Helena Xavier, estudante de Psicologia e membro do Coletivo Neurodivergente da UFRN, relata que conta com o apoio da SIA desde o segundo ano do curso. Entre as adaptações concedidas, estão a realização de provas em ambientes tranquilos e o recebimento de materiais de forma acessível.

A professora Débora Nunes destaca que os principais desafios enfrentados pelos estudantes com TEA incluem dificuldades com ruídos, iluminação intensa e aglomerações. Além disso, há limitações na compreensão de textos figurativos e abstratos, produção escrita e gestão do tempo. “Frequentemente, esses estudantes apresentam formas particulares de processamento sensorial, o que pode acarretar dificuldades significativas no ambiente acadêmico”, afirma a docente.

A estudante Helena relata que as dificuldades começam ainda no trajeto até a universidade, devido aos estímulos sensoriais enfrentados no deslocamento. “A gente já chega na universidade muito cansado”, relata.

Conscientização e formação docente

Além das barreiras sensoriais, a falta de compreensão da comunidade universitária sobre as necessidades de pessoas autistas é um entrave para a inclusão. “Quando a gente pede para desligar uma luz ou para falar mais baixo, as pessoas, às vezes, não compreendem”, relata Helena. Ela defende que os próprios autistas devem ser ouvidos em discussões sobre acessibilidade. “Somos nós quem sabemos da nossa vivência e como é viver num mundo sendo autista”, destaca.

A SIA atua com recomendações específicas para os docentes via Sigaa, sugerindo, por exemplo, ampliação do tempo de prova, disponibilização prévia de conteúdos e adequação do ambiente de sala de aula. A neuropsicóloga Danielle Garcia, integrante da equipe da SIA, afirma que a identificação das necessidades dos estudantes é fundamental para o direcionamento das ações de apoio. “Uma vez que são identificados, eles passam a ser foco das políticas e das ações da universidade”, explica.

Coletivo Neurodivergente e apoio entre pares

Além do suporte institucional, os próprios estudantes organizam-se por meio do Coletivo Neurodivergente, antes chamado de Coletivo Autista. O grupo inclui pessoas com TEA, TDAH, dislexia e discalculia. As ações incluem debates, compartilhamento de experiências em grupo de WhatsApp e encontros presenciais. O objetivo é discutir os desafios enfrentados no meio acadêmico e buscar soluções colaborativas.

Interessados em participar do coletivo podem preencher um formulário online disponibilizado pelos membros do grupo.

Compromisso institucional

As ações da SIA estão alinhadas ao Plano de Gestão 2023–2027 da UFRN, que prevê no Indicador 22 o fortalecimento das Comissões Permanentes de Inclusão e Acessibilidade (CPIAs). Essas comissões são responsáveis por promover mecanismos institucionais de inclusão, garantindo a integração plena de estudantes com necessidades educacionais específicas.

A professora Débora reforça que a formação contínua de professores e a conscientização da comunidade acadêmica são passos essenciais para a construção de um ambiente mais acessível. Para Helena, é necessário também fomentar o diálogo entre alunos neurodivergentes e neurotípicos. “É também, por parte dos alunos, entender que a gente não é um bicho, que vocês podem chegar e conversar”, declara.

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN / Matheus Trilico

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Veterinário é investigado após relato de parada respiratória induzida em cachorro durante aula em Mossoró

Veterinário é investigado após relato de parada respiratória induzida em cachorro durante aula em Mossoró

Universidade Potiguar e CRMV-RN apuram atuação de profissional que teria provocado parada respiratória em animal durante evento acadêmico

A Universidade Potiguar (UnP) e o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN) abriram investigações para apurar a atuação de um médico-veterinário durante um evento acadêmico em Mossoró. O profissional é suspeito de ter provocado a parada respiratória de um cachorro para demonstrar procedimentos de atendimento de emergência a estudantes do curso de medicina veterinária.

O episódio ocorreu na última sexta-feira (25.abr.2025) e ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo nas redes sociais. Nas imagens, o veterinário identificado como Saul Dias Cortez aparece afirmando ter provocado a parada respiratória do animal como parte da demonstração.

“Na verdade, eu apliquei a medicação de uma forma a fazer… eu provoquei uma parada respiratória nele só pra poder mostrar isso aqui para vocês”, declarou o profissional no vídeo.

Após a repercussão negativa do caso, o médico-veterinário negou, em entrevista à Inter TV Costa Branca nesta segunda-feira (28.abr), ter induzido a parada respiratória do animal. Segundo Saul Dias Cortez, o cão foi apenas sedado, não apresentou complicações e não precisou de procedimentos de reanimação.

“O animal está bem. Ele não teve nenhuma complicação, não teve nada, não teve nenhuma sequela. Ele foi sedado e logo em seguida ele acordou e sempre esteve bem”, afirmou o veterinário.

Apesar da negativa, o profissional não esclareceu por que, no vídeo, declarou ter provocado a parada respiratória no cachorro. Saul informou que está em contato com advogados para apresentar sua versão dos fatos às autoridades competentes.

Posição da Universidade Potiguar

Em nota oficial, a Universidade Potiguar (UnP) esclareceu que o médico-veterinário não integra o quadro de professores da instituição. A universidade destacou que repudia qualquer prática que possa configurar maus-tratos contra animais.

“Ao término da análise, a Universidade adotará todas as medidas cabíveis. A UnP permanece à disposição das autoridades competentes e reforça seu compromisso com a ética, o respeito à vida animal e a formação responsável dos seus alunos”, afirmou a instituição.

O veterinário, por sua vez, alegou que a universidade tinha conhecimento prévio sobre a utilização do animal durante a atividade prática.

Apuração pelo CRMV-RN

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Norte (CRMV-RN) informou que instaurou procedimento de apuração dos fatos dentro das suas competências legais. A entidade declarou compromisso com a ética profissional, a responsabilidade no exercício da medicina veterinária e a proteção ao bem-estar animal.

“O CRMV-RN tomará todas as providências cabíveis, respeitando o devido processo legal, a ampla defesa e o contraditório”, informou o conselho por meio de nota.

Reunião na Câmara Municipal

Em decorrência da repercussão, a Comissão de Meio Ambiente e Proteção Animal da Câmara Municipal de Mossoró realizou uma reunião com representantes de entidades de defesa dos animais na segunda-feira (28).

Durante o encontro, os parlamentares decidiram elaborar um documento solicitando esclarecimentos formais ao CRMV-RN sobre o episódio. A comissão também pretende acompanhar o desdobramento das investigações conduzidas pelo conselho e pela universidade.

A denúncia também gerou mobilização de organizações não-governamentais (ONGs) e ativistas da causa animal, que pedem uma apuração rigorosa do caso e eventual responsabilização caso sejam confirmadas irregularidades.

O caso segue em análise pelas autoridades competentes.

Foto: Reprodução

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Desvio de R$ 48,7 milhões no Consórcio Nordeste: PF aponta uso de verba pública para compras de carros, imóveis e faturas de cartão

Desvio de R$ 48,7 milhões no Consórcio Nordeste: PF aponta uso de verba pública para compras de carros, imóveis e faturas de cartão

Investigação da Polícia Federal revela que valores pagos antecipadamente para aquisição de respiradores foram usados para compras pessoais

A Polícia Federal encontrou indícios de que os R$ 48,7 milhões pagos em 2020 pelo Consórcio Nordeste para a aquisição de respiradores pulmonares, que nunca foram entregues, foram desviados por meio de transferências bancárias sucessivas realizadas pela empresa Hempcare.

De acordo com o inquérito, ao qual o portal UOL teve acesso, a Hempcare, que firmou contrato com o consórcio presidido à época por Rui Costa, ex-governador da Bahia e atual ministro da Casa Civil, transferiu integralmente o montante recebido para pessoas físicas e jurídicas sem qualquer ligação com a compra dos equipamentos.

O rastreamento das movimentações bancárias indica que, entre 8 de abril e 20 de maio de 2020, a empresa esvaziou suas contas e dispersou os recursos públicos. A investigação detalha que parte do dinheiro foi utilizado na aquisição de veículos de alto valor, como um SUV Volkswagen Touareg, um caminhão Mercedes-Benz Accelo 815 e um Mitsubishi ASX.

Além disso, valores foram usados para pagamento de faturas de cartão de crédito que totalizaram R$ 149.378,74, bem como mensalidades escolares. A Polícia Federal destacou que empresas de administração de bens, do ramo imobiliário e de fundos de investimento receberam ao menos R$ 5 milhões do montante, sem qualquer vínculo com a aquisição de respiradores.

Apesar do pagamento antecipado integral, os ventiladores pulmonares não foram entregues e os valores não foram recuperados até o momento. A Hempcare, especializada em medicamentos à base de cannabis, não possuía experiência prévia no fornecimento de equipamentos hospitalares.

No âmbito administrativo, o Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu recentemente inocentar o então secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, responsável pela emissão dos empenhos para o pagamento. A decisão contrariou pareceres técnicos que apontavam irregularidades e recomendavam aplicação de multa.

O inquérito, que tramitava na primeira instância da Justiça Federal da Bahia desde 2023, foi devolvido ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) após decisão judicial, considerando as mudanças de entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre foro privilegiado.

O caso também envolve investigações sobre pagamentos de comissões a lobistas. Em delação premiada, Cristiana Taddeo, proprietária da Hempcare, confessou ter pago comissões a um intermediário que se apresentava como próximo de Rui Costa e da então primeira-dama Aline Peixoto.

As apurações continuam em andamento.

Foto: Lúcio Bernardo Jr./Agência Brasília/Ilustração / Feijão Almeida/GOVBA

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Hospital Varela Santiago recebe Comissão da Câmara em meio a cobrança por melhorias na regulação de tomografias

Hospital Varela Santiago recebe Comissão da Câmara em meio a cobrança por melhorias na regulação de tomografias

A iniciativa partiu dos próprios vereadores para averiguar o funcionamento do serviço de tomografia, diante da recente polêmica sobre a subutilização do equipamento

O Hospital Infantil Varela Santiago recebeu, nesta segunda-feira (22), a visita da Comissão de Saúde, Previdência e Assistência Social da Câmara Municipal de Natal. A iniciativa partiu dos próprios vereadores para averiguar o funcionamento do serviço de tomografia, diante da recente polêmica sobre a subutilização do equipamento. A comitiva foi composta pelos vereadores Camila Araújo (União Brasil), Luciano Nascimento (PSD), Cleiton da Policlínica (PSDB), Herberth Sena (PV) e Cláudio Custódio (PP), que foram recebidos pelo diretor superintendente do hospital, Dr. Paulo Xavier Trindade.

Durante a visita, os parlamentares conheceram a estrutura do hospital e ouviram explicações sobre o convênio existente entre a instituição e a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que prevê a realização de 12 tomografias por dia. No entanto, a média registrada vem sendo cerca de 40% inferior: foram seis exames por dia em fevereiro, sete em março e oito em abril.

De acordo com a direção do hospital, após a denúncia feita pelo vereador Léo Souza (Republicanos) em plenário, o Estado chegou a regular de uma vez 57 crianças. Porém, há uma elevada taxa de ausência dos pacientes agendados, o que é atribuído à demora excessiva para marcação dos exames – que, segundo relatos, chega a levar cerca de um ano. Esse contato com as famílias é de responsabilidade da Sesap-RN.

O vice-presidente da Comissão, vereador Luciano Nascimento, afirmou que a visita confirmou a existência de gargalos no sistema de regulação estadual. “Depois de todo o embrolho envolvendo o tomógrafo do Varela Santiago, a gente veio ver de perto essa situação e realmente temos um equipamento pronto para ser utilizado, tem crianças necessitando desse exame. Foi constatado que falta uma organização do governo do Estado em relação à regulação. O hospital é maravilhoso, 100% SUS, e não é uma questão financeira, e sim de gestão. Vamos comunicar ao governo do Estado que precisa organizar urgentemente sua regulação”, afirmou.

A presidente da Comissão, vereadora Camila Araújo, também reforçou o apelo. “A gente faz um apelo ao sistema de regulação do Estado do Rio Grande do Norte para que regule mais pacientes. Vamos levar essa situação ao secretário estadual de Saúde e pedir que seja dado o suporte necessário para que mais crianças possam ser atendidas no Varela. O problema está na agilidade da regulação”, destacou.

O diretor superintendente do Hospital Varela Santiago, Dr. Paulo Xavier Trindade, agradeceu a visita dos parlamentares e reconheceu a importância do debate provocado nos últimos dias. “Agradecemos ao vereador Léo Souza por ter visitado nossa unidade, identificado a situação e levado para o plenário, contribuindo para que esse assunto ganhasse a devida atenção. Também agradecemos à vereadora Samanda Alves, que esteve conosco e pôde conferir a realidade do hospital. Nosso compromisso é com a transparência e, sobretudo, com o bem-estar das crianças do nosso estado. O equipamento está aqui, pronto para atender. O que precisamos é de uma regulação eficiente e humanizada, que não deixe nossos pequenos esperando tanto tempo por um exame fundamental para seus tratamentos.”

A Comissão de Saúde informou que vai elaborar um relatório oficial da visita, com ofícios e requerimentos que serão encaminhados à Secretaria de Estado da Saúde Pública, solicitando providências urgentes. O Hospital Infantil Varela Santiago reforça seu compromisso com o atendimento humanizado e de qualidade às crianças e adolescentes do Rio Grande do Norte, sempre com transparência e diálogo com a sociedade e o poder público.

Foto: Ulysses Freire/Mosaïque Comunicação

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Cuidando de quem cuida: Ação social oferece manhã de bem-estar para mães atípicas na UnP

Cuidando de quem cuida: Ação social oferece manhã de bem-estar para mães atípicas na UnP

Iniciativa acontece dia 23 de abril e tem vagas limitadas

Em uma iniciativa que une acolhimento, empatia e autocuidado, o Centro Acadêmico de Estética da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, realiza, no próximo dia 23 de abril, das 9h às 11h30, a ação social “Cuidando de quem cuida”.

As inscrições devem ser feitas a partir de preenchimento de formulário on-line disponível no link: bit.ly/cuidandodequemcuidaunp. As vagas são limitadas. A ação acontece no Laboratório de Estética da UnP Salgado Filho, zona Sul de Natal.

O evento é totalmente gratuito e voltado especialmente para mães atípicas, aquelas que dedicam seu tempo e energia a cuidar de filhos com alguma condição que exige atenção especial, e que, muitas vezes, acabam se colocando em segundo plano.

A proposta é proporcionar um momento de relaxamento e valorização pessoal para essas mulheres, com serviços de estética e terapias integrativas oferecidos pelos estudantes da área. Entre os cuidados disponibilizados estão: design de sobrancelhas, revitalização facial, massagem relaxante e ventosaterapia.

Suporte para os filhos

Para que as mães possam viver a experiência autocuidado, haverá uma sala de apoio para os filhos, com atividades recreativas e suporte especializado. Outro destaque da programação é a participação do Projeto Doce Renda, do curso de Gastronomia, que vai promover uma oficina de chocolate, garantindo ainda mais alegria para os pequenos.

A iniciativa também conta com a parceria da Liga Acadêmica de Pediatria da graduação de Medicina, cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país, do Centro Acadêmico de Fonoaudiologia e do Centro Acadêmico de Psicologia.

Serviço:

Ação social “Cuidando de quem cuida”

Local: Laboratório de Estética da UnP Salgado Filho, zona Sul de Natal
Quarta-feira, 23 de abril, das 9h às 11h30
Inscrições: bit.ly/cuidandodequemcuidaunp
Vagas limitadas

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Fotos: Divulgação

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Páscoa consciente: como escolher o chocolate ideal para sua saúde?

Páscoa consciente: como escolher o chocolate ideal para sua saúde?

De acordo com especialista, orientações valem para adultos e crianças

Com a chegada da Páscoa, uma dúvida comum volta a ocupar espaço nas prateleiras, e nas nossas mentes: afinal, qual chocolate escolher? Tradicional, diet, light ou chocolates amargos? Para muitas pessoas, a decisão vai além do sabor: envolve questões de saúde, controle de peso, diabetes e o desejo de fazer escolhas mais conscientes. Mas será que as versões diet ou light são sempre as mais saudáveis?

Segundo a professora Fabiana Coimbra, do curso de Nutrição da Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, é preciso atenção aos rótulos e ao marketing nutricional que cerca esses produtos.

“Muita gente acredita que o chocolate diet é mais saudável, mas na verdade ele é isento de açúcar, não de calorias. Em alguns casos, ele pode até ter mais gordura do que o chocolate tradicional para manter o sabor e a textura, o que é muito comum em diversos produtos”, explica.

A diferença entre diet e light, aliás, ainda gera confusão. Enquanto o chocolate diet é voltado especialmente para pessoas com diabetes, por não conter açúcar, o light apresenta uma redução de, no mínimo, 25% em algum de seus componentes, que pode ser o açúcar, a gordura ou até o sódio. Mas, como destaca Fabiana, isso não significa que ele seja sempre a opção mais saudável.

“Os chocolates amargos ou chocolates com alto teor de cacau, que são aqueles 60%, 70%, por exemplo, é uma excelente alternativa. Ele costuma ter menos açúcar, mais antioxidantes e pode trazer benefícios à saúde cardiovascular quando consumido com moderação”, completa a nutricionista.

Além disso, é essencial observar os ingredientes no rótulo, independentemente do tipo de produto. “Mesmo em opções diet ou light, é comum encontrar aditivos como adoçantes artificiais e emulsificantes, que podem causar desconfortos se consumidos em excesso. Ler a lista de ingredientes é tão importante quanto verificar a tabela nutricional”, reforça Fabiana.

Outro ponto que merece atenção é o chocolate ao leite e o chocolate branco. O chocolate ao leite, bastante popular, possui menor teor de cacau e maior quantidade de açúcar e leite, o que o torna mais doce e calórico. Já o chocolate branco, por sua vez, não contém massa de cacau, apenas manteiga de cacau, açúcar e leite, e, por isso, é ainda mais rico em gordura e pobre em antioxidantes.

Atenção redobrada

As orientações sobre o consumo consciente de chocolate valem tanto para adultos quanto para crianças. Por isso, os pais devem ficar atentos à quantidade e à qualidade do que é oferecido aos pequenos. “É importante evitar o consumo exagerado e preferir chocolates com menor teor de açúcar. Ensinar hábitos alimentares saudáveis desde cedo contribui para prevenir problemas como obesidade infantil e cáries”, destaca Fabiana Coimbra.

A principal dica, de acordo com a especialista, é conhecer suas próprias necessidades e ler os rótulos com atenção. “Para quem está de olho no controle de peso, a moderação é a chave. Já para pessoas com restrições específicas, como diabetes, a orientação de um profissional de saúde é fundamental”, lembra a docente da UnP.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Foto: Divulgação

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Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Butantan e Valneva

Anvisa aprova vacina contra chikungunya do Butantan e Valneva

Aplicação está autorizada na população acima de 18 anos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta segunda-feira (14), o pedido para registro definitivo da vacina contra a chikungunya encaminhado pelo Instituto Butantan, em parceria com a empresa farmacêutica Valneva. O imunizante está autorizado a ser aplicado no país na população acima de 18 anos.

A vacina foi avaliada nos Estados Unidos em 4 mil voluntários de 18 a 65 anos, sendo que 98,9% dos participantes do ensaio clínico produziram anticorpos neutralizantes, com níveis que se mantiveram robustos por ao menos seis meses. Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, em junho de 2023.

O imunizante contra a chikungunya já recebeu aprovação da Food and Drug Administration (FDA), agência reguladora dos Estados Unidos, e da European Medicines Agency (EMA), da União Europeia. Esta é a primeira vacina autorizada contra a doença.

Segundo o governo de São Paulo, ao qual o instituto é vinculado, o parecer favorável da Anvisa representa um importante passo na aprovação de uma versão do imunizante do Butantan, que já está em análise pela agência reguladora. As duas vacinas têm praticamente a mesma composição.

Ainda de acordo com o governo estadual, o Instituto Butantan está trabalhando em uma versão com parte do processo realizado no Brasil. O imunizante será adequado à possível incorporação no enfrentamento da doença em nível de saúde pública.

A chikungunya é uma doença viral transmitida por meio da picada de mosquitos Aedes aegypti infectados – os mesmos que transmitem dengue e Zika. Os principais sintomas são febre de início repentino (acima de 38,5°C) e dores intensas nas articulações de pés e mãos – dedos, tornozelos e punhos. Pode acontecer também dor de cabeça, dor muscular e manchas vermelhas na pele. Alguns pacientes podem desenvolver dor crônica nas articulações.

Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Cuidados preventivos e check-ups regulares são essenciais para quem tem comorbidades, alerta cardiologista

Cuidados preventivos e check-ups regulares são essenciais para quem tem comorbidades, alerta cardiologista

Segundo professor de Medicina da UnP/Inspirali, Sylton Melo, as consultas são ferramentas para detectar e tratar mudanças silenciosas no organismo

Manter uma rotina de cuidados com a saúde vai muito além de buscar atendimento médico apenas quando os sintomas aparecem. A realização de check-ups regulares e a adoção de medidas preventivas são fundamentais para o diagnóstico precoce de doenças e para o controle de condições já existentes, especialmente entre pessoas que convivem com comorbidades como hipertensão, diabetes, obesidade, doenças cardiovasculares, doenças renais, problemas oftalmológicos, entre outros.

“O acompanhamento médico periódico pode fazer a diferença na qualidade e na expectativa de vida desses pacientes”, dispara o cardiologista Sylton Melo, professor de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), cujo curso é parte integrante da Inspirali, melhor ecossistema de educação em saúde do país.

“Quando existe uma comorbidade, os riscos são maiores. Por isso, é fundamental manter um acompanhamento contínuo. O check-up não é apenas uma formalidade. Ele nos permite identificar alterações silenciosas e agir antes que se tornem um problema grave”, destaca o médico.

Compreensão multifatorial

Além da avaliação do histórico clínico, hábitos de vida e fatores de risco, os check-ups incluem exames de laboratório e imagem. Com base nessas informações, os profissionais de saúde conseguem orientar mudanças no estilo de vida e, quando necessário, ajustar medicações ou indicar tratamentos específicos.

Neste caso, a prevenção é uma estratégia poderosa para evitar complicações. “Muitos casos de infarto, AVC e até falência renal poderiam ser evitados com uma abordagem preventiva e o controle adequado das doenças de base. É sobre cuidar da saúde de forma ativa, e não apenas reagir quando algo está errado”, pontua Melo.

“Independentemente de ter ou não comorbidades, as recomendações gerais de saúde valem para todos. No entanto, para quem já convive com alguma doença, os cuidados devem ser ainda mais rigorosos. Faça consultas regulares, com frequência que pode variar conforme a condição clínica, e seguir à risca as orientações médicas. Alimentação equilibrada, prática de atividades físicas, controle do estresse e abandono de hábitos nocivos, como o tabagismo, também fazem parte dessa rotina de autocuidado”, orienta o docente da UnP/Inspirali.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Reprodução

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Apenas seis cursos de medicina têm nota máxima no Enade

Apenas seis cursos de medicina têm nota máxima no Enade

Cinco estão no estado de São Paulo e um em Minas Gerais

Dos 309 cursos de medicina que foram avaliados pelo Ministério da Educação via Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), aplicado em 2023, apenas seis tiraram nota 5, o mais alto conceito do exame.

Do grupo dos mais bem avaliados, cinco estão no estado de São Paulo e um em Minas Gerais. Os resultados foram divulgados nesta sexta-feira (11).

Apenas um dos cursos de nota 5 é público e cinco são de instituições particulares:

  • Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto (Famerp) – Pública
  • Universidade do Oeste Paulista (Unoeste/ SP) – Privada
  • Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo (FCMSCSP/SP) – Privada
  • Centro Universitário Governador Ozanam Coelho (UNIFAGOC/MG) – Privada
  • Faculdade Israelita de Ciências da Saúde Albert Einstein (FICSAE/SP) – Privada
  • Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium (UniSalesiano/SP) – Privada

Conceitos

Ainda em relação ao curso de medicina, quatro ficaram sem avaliação por não terem formandos ou em quantidade reduzida. Outros 119 cursos tiveram nota 4, enquanto que 156, nota 3, outros 22 tiraram nota 2, e dois ficaram com a nota 1.

O conceito final é extraído das avaliações do desempenho dos estudantes, da infraestrutura e instalações das instituições, dos recursos didático-pedagógicos, do corpo docente e de um questionário para o estudante.

Saúde na frente

Ao todo, o Enade 2023 avaliou 9.812 cursos em todo o Brasil. Segundo o MEC, numa escala de 0 a 100, os cursos da área de saúde e bem-estar que mais se destacaram foram medicina (65) e fisioterapia (53,67).

Os cursos de arquitetura e urbanismo (56,94) e engenharia ambiental (55,22) e de segurança do trabalho (52,62) também tiveram destaque.

Em 2023, Enade avaliou as seguintes áreas em bacharelado de agronomia, arquitetura e urbanismo, engenharia ambiental, engenharia civil, engenharia de alimentos, engenharia de computação, engenharia de controle e automação, engenharia de produção, engenharia elétrica, engenharia florestal, engenharia mecânica e engenharia química.

Entre os cursos da área de saúde, além de medicina foram avaliados biomedicina, enfermagem, farmácia, fisioterapia, fonoaudiologia, medicina veterinária, nutrição, odontologia, zootecnia. E, da área de tecnologia, fizeram a prova formandos nos cursos de agronegócio, estética e cosmética, gestão ambiental, gestão hospitalar, radiologia e segurança no trabalho.

A distância

Ao todo, 7.857 cursos presenciais foram avaliados e 492 tiveram o mais alto conceito (o que representa 5% do total). Entre os cursos a distância, estudantes de 623 cursos fizeram o Enade e apenas seis tiveram o mais alto conceito (o que significa 0,9%).

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Clínica-Escola de Fisioterapia da UnP Zona Norte oferece atendimentos gratuitos para crianças

Clínica-Escola de Fisioterapia da UnP Zona Norte oferece atendimentos gratuitos para crianças

Oportunidade é para pacientes com condições neurológicas e motoras

A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, está com vagas abertas para atendimentos gratuitos em fisioterapia pediátrica. As vagas são limitadas.

O foco é pacientes com diagnóstico de paralisia infantil, Transtorno do Espectro Autista (TEA), atraso motor, microcefalia e escoliose. Para participar, o responsável deve preencher um formulário on-line disponível no link: bit.ly/fisioterapiapediatricaunp.

Os atendimentos acontecem na Clínica-Escola de Fisioterapia da UnP Zona Norte, localizada no Shopping Estação, às segundas-feiras e quartas-feiras, em dois horários: 14h30 e 15h30.

“A proposta da Clínica-Escola é unir o cuidado à comunidade com a formação prática dos nossos alunos. Esses atendimentos são conduzidos com supervisão docente e representam uma oportunidade valiosa tanto para as famílias quanto para os futuros profissionais”, destaca o coordenador do curso de Fisioterapia, professor Murilo Ribeiro.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Foto: Divulgação

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San Paolo doa mais de R$ 3 mil ao Hospital Infantil Varela Santiago

San Paolo doa mais de R$ 3 mil ao Hospital Infantil Varela Santiago

Através da ação San Paolo Solidário, gelateria celebrou a inauguração da loja em Parnamirim com gesto de solidariedade.

Na manhã desta quinta-feira (10), a San Paolo Gelato e Café realizou a entrega simbólica de um cheque no valor de R$ 3.198,59 ao Hospital Infantil Varela Santiago. A doação é fruto da ação solidária que marcou a inauguração da unidade da marca no Rio Grande Mall, em Parnamirim-RN, unindo o sabor do gelato a uma causa nobre. A entrega do cheque foi realizada por Edson Araujo, gerente regional, que representou a marca neste importante ato de solidariedade.

Durante a campanha realizada no dia 21 de março, o tradicional gelato Semplice Piccolo foi vendido por R$ 4,99 em uma promoção especial. Todo o valor arrecadado com as vendas foi destinado ao hospital, que é referência no atendimento pediátrico pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Rio Grande do Norte.

Para o diretor superintendente do Hospital Infantil Varela Santiago, Dr. Paulo Xavier Trindade, ações como essa fazem a diferença na continuidade do trabalho realizado pela instituição. “Iniciativas como essa são extremamente importantes. Elas não apenas fortalecem a rede de apoio ao hospital, como também mobilizam a sociedade em torno de uma causa que é de todos: cuidar das nossas crianças. Agradecemos imensamente à San Paolo e a todos que participaram da campanha solidária”, declarou.

A campanha foi bem recebida pela população e demonstrou o potencial transformador de ações de responsabilidade social aliadas ao empreendedorismo. João Gouveia, diretor de Marketing da San Paolo, celebrou o resultado: “Ficamos muito felizes com a adesão do público e com o impacto positivo da ação. Acreditamos na força da solidariedade e entendemos que nosso papel vai além de oferecer um produto de qualidade — também queremos contribuir com a comunidade onde atuamos”, afirmou.

O Hospital Infantil Varela Santiago realiza cerca de 15 mil atendimentos mensais pelo SUS, oferecendo cuidados especializados a crianças e adolescentes de 0 a 14 anos. Além disso, conta com a Casa de Apoio Nazinha Lamartine, que acolhe acompanhantes durante o período de internação dos pequenos pacientes.

Com a arrecadação, o hospital poderá investir em melhorias para manter a excelência no atendimento. A ação solidária deixa um impacto positivo e reforça o compromisso da San Paolo com a comunidade potiguar.

Foto: Ulysses Freire/Mosaïque Comunicação

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Família será indenizada após morte de paciente em UPA de Macaíba

Família será indenizada após morte de paciente em UPA de Macaíba

Justiça responsabiliza município por negligência no diagnóstico de dengue que levou paciente a óbito

O Município de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal, foi condenado a indenizar a família de um homem que morreu após receber atendimento inadequado na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) local. A decisão, proferida pelo juiz Witemburgo Gonçalves, da 1ª Vara da Comarca de Macaíba, determinou o pagamento de R$ 40 mil por danos morais, além de custas processuais.

De acordo com o processo, movido pela esposa da vítima, o paciente procurou a UPA com sintomas como febre e dores no corpo, mas foi liberado sem exames complementares. No dia seguinte, ao retornar, recebeu um diagnóstico inicial de síndrome viral, que só mais tarde foi confirmado como dengue.

A ação judicial destacou que o homem recebeu medicação inadequada (Tenoxicam, contraindicada para suspeita de dengue) e que houve demora no reconhecimento da gravidade do caso. Três dias após a primeira busca por atendimento, ele faleceu no Hospital Giselda Trigueiro, em Natal.

Defesa do município foi rejeitada pela Justiça

Em sua defesa, a Prefeitura de Macaíba argumentou que a gestão da UPA seria responsabilidade do Estado e da União, além de afirmar que os profissionais seguiram os protocolos médicos adequados. O município também alegou que a morte decorreu de complicações naturais da doença, sem relação com eventual negligência.

No entanto, o juiz rejeitou os argumentos, citando jurisprudência do STF e do STJ que estabelece a responsabilidade objetiva do Poder Público em casos de falha na prestação de serviços essenciais.

Negligência no diagnóstico e medicamento inadequado

A sentença destacou que:

  • O paciente não teve um diagnóstico precoce correto;
  • Recebeu um remédio contraindicado para dengue;
  • A equipe médica não solicitou exames imediatamente, retardando o tratamento adequado.

O magistrado afirmou que, se houvesse uma avaliação clínica mais cuidadosa, o homem poderia ter sido encaminhado a uma unidade de urgência com estrutura para tratar o agravamento da dengue.

Valor da indenização e correção monetária

Além dos R$ 40 mil em danos morais, o município deverá pagar juros pela taxa SELIC desde a data da decisão, além de custas processuais e honorários advocatícios equivalentes a 10% do valor da condenação.

Foto: Edeilson Morais/Prefeitura de Macaíba / KATRIN BOLOVTSOVA/Pexels/Ilustração

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Superlotação e demora no atendimento marcam funcionamento da UPA Potengi

Superlotação e demora no atendimento marcam funcionamento da UPA Potengi

Unidade registra tempo médio de espera superior a cinco horas em meio à falta de profissionais e infraestrutura precária, segundo usuários e gestão

A Unidade de Pronto Atendimento do Potengi (UPA Potengi), localizada na Zona Norte de Natal, enfrentou um cenário de superlotação e demora no atendimento nesta segunda-feira (7.abr.2025). Pacientes relataram esperas superiores a cinco horas, além de dificuldades provocadas por estrutura inadequada e ausência de profissionais de saúde.

A direção da unidade confirmou que a demora no atendimento foi provocada principalmente pela escassez de técnicos de enfermagem e outros profissionais da área. A UPA Potengi atende cerca de 13 mil pessoas por mês, com uma média diária de 450 pacientes, segundo dados oficiais.

Além da fila de espera, a infraestrutura da unidade também apresentou falhas, como equipamentos em manutenção e ausência de materiais básicos. Entre os problemas identificados está a inoperância do equipamento de raio-x, que segue fora de funcionamento por falta de uma peça, aguardando substituição pela empresa responsável.

Demanda elevada por casos não urgentes impacta tempo de espera

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal informou, por meio de nota, que a UPA registrou aumento significativo na procura por atendimentos de baixa complexidade, como síndromes gripais, arboviroses (dengue, Zika e Chikungunya) e outras condições não classificadas como urgência ou emergência.

Segundo a pasta, a sobrecarga se deu pela combinação desse aumento com a demanda por atendimentos emergenciais, o que levou à ampliação do tempo de espera, sobretudo para os casos considerados menos graves.

A SMS também informou que cerca de 70% dos atendimentos realizados nas UPAs de Natal são de casos que poderiam ser resolvidos na atenção básica. A secretaria reforçou que os serviços de pronto atendimento devem ser buscados em situações como:

  • febre alta persistente (acima de 39 °C);
  • fraturas e cortes com sangramento leve;
  • infarto e dor no peito;
  • acidente vascular cerebral (AVC);
  • quedas com suspeita de fratura ou dor intensa;
  • reações alérgicas graves;
  • crises convulsivas;
  • falta de ar intensa;
  • ferimentos por armas ou objetos cortantes;
  • queimaduras;
  • vômitos constantes;
  • tentativa de suicídio, entre outras situações críticas.

Ainda conforme a secretaria, a UPA Potengi é um serviço de porta aberta, sujeito a picos de demanda em determinados períodos. Apesar das dificuldades enfrentadas, a SMS assegura que todos os atendimentos estão sendo realizados e que atua para normalizar o fluxo assistencial.

Encaminhamentos e medidas em curso

Sobre a indisponibilidade do exame de radiografia, a SMS explicou que o equipamento da unidade passa por manutenção técnica, com substituição de peça pendente. Enquanto isso, os pacientes que necessitam do exame estão sendo encaminhados para outras unidades da rede municipal, sem prejuízo à assistência, segundo a secretaria.

As dificuldades enfrentadas pelos usuários da UPA Potengi incluem ainda a espera prolongada sem acomodação adequada, sobrecarga de profissionais em funções específicas, como curativos, e internações em locais improvisados, como corredores, diante da falta de espaço.

Diante do cenário, a gestão municipal informou que trabalha para recompor as equipes e retomar a normalidade dos serviços o mais breve possível.

Foto: Reprodução/Prefeitura de Natal / Rodrigo Nunes – ASCOM/MS/Ilustração / Walterson Rosa/MS/Ilustração

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Um terço dos adolescentes terá sobrepeso ou obesidade em 2050, aponta pesquisa

Um terço dos adolescentes terá sobrepeso ou obesidade em 2050, aponta pesquisa

Atualmente, 14,3% das crianças brasileiras de dois a quatro anos têm excesso de peso; educadoras comentam papel da escola e das famílias

Estima-se que, até 2050, um terço dos adolescentes no mundo estará com sobrepeso ou obesidade, de acordo com novo artigo publicado na Revista The Lancet. A pesquisa revela que a obesidade infantil mais do que triplicou entre 1990 e 2021, e a tendência é de crescimento. Diante desse cenário, governos, escolas, famílias e sociedade se mobilizam e debatem estratégias para incentivar hábitos saudáveis desde a infância.

No Brasil, os números também preocupam. Segundo o Atlas Mundial da Obesidade e a Organização Mundial da Saúde (OMS), se nada for feito, até 2030 o país poderá ocupar a 5ª posição no ranking de nações com o maior número de crianças e adolescentes obesos – e as chances de reverter essa situação, conforme as tendências atuais, são de apenas 2%.

Atualmente, 14,3% das crianças brasileiras de dois a quatro anos têm excesso de peso. Desse total, 227,6 mil já apresentam obesidade, enquanto 273,3 mil estão com sobrepeso. Entre crianças de cinco a nove anos, os índices são ainda mais elevados: 29,3% estão acima do peso, sendo 200 mil com obesidade grave, 352,8 mil com obesidade e 670,9 mil com sobrepeso.

Para a diretora da Casa Escola, Priscila Griner, os números expressam o que se constata no dia a dia. “A infância e a adolescência estão cada vez mais sedentárias, mal nutridas e condicionadas aos dispositivos eletrônicos, e isso impacta na saúde, no desenvolvimento motor, social e emocional. Por isso, precisamos criar oportunidades para que as crianças se movimentem de forma natural e prazerosa”, destaca a educadora que, entre suas formações, tem também graduação em Educação Física.

Nesse sentido, segundo Priscila, a importância da atividade física, especialmente dos esportes, vai além da prevenção da obesidade. “A prática esportiva ensina superação, disciplina, respeito e empatia. Quando a criança vivencia esses valores desde cedo, ela leva isso para toda a vida, seja na escola, no trabalho ou nas relações pessoais”.

Escola como aliada

Na Casa Escola, a atividade física é tratada como elemento essencial no desenvolvimento das crianças, e iniciativas como os Jogos Internos da Casa Escola (JICE) reforçam essa proposta. Realizado anualmente, a edição deste ano vai até o dia 10 de abril e envolve alunos da Educação Infantil e dos Ensinos Fundamentais 1 e 2 em competições esportivas e lúdicas adaptadas para cada fase do desenvolvimento.

“O JICE é planejado em parceria com os alunos e equipe pedagógica. Eles participam sugerindo atividades, escolhendo jogos e ajudando na organização das equipes, das tabelas e da premiação. É uma dinâmica que envolve toda a escola, inclusive outras disciplinas. Essa autonomia e multidisciplinaridade tornam a experiência mais significativa”, explica Larissa Gabriela, professora de Educação Física da Casa Escola.

Para as famílias, a recomendação é apoiar e dialogar sobre a importância do trabalho em equipe e da constância na prática esportiva. “Cada criança tem seu ritmo e seus desafios. Por isso, mais do que incentivar a prática de atividades físicas, é importante criar uma relação positiva com o corpo e um ambiente em que o movimento seja parte do cotidiano”, conclui a professora.

Foto: Divulgação

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Em evento com Lula, farmacêutica anuncia investimento de R$ 6,4 bi

Em evento com Lula, farmacêutica anuncia investimento de R$ 6,4 bi

Intuito é aumentar produção de remédios para obesidade e diabetes

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, nesta segunda-feira (7), que o Brasil tem todas as condições para atrair empresas que desejam se instalar ou fazer novos investimentos no país, oferecendo estabilidade política, jurídica e econômica. “O governo apenas cria oportunidade”, disse durante evento de anúncio da expansão da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk, em Montes Claros, Minas Gerais.

Lula citou ainda a estabilidade social e a previsibilidade sobre o mercado e lembrou que o Sistema Único de Saúde (SUS) é um grande cliente do setor farmacêutico.

“Esse senhor [Lars Fruergaard Jørgensen, CEO da Novo Nordisk] que veio fazer investimento de R$ 6,4 bilhões acredita que esse país tem todas essas condições para fazer isso. E além disso, esse país é o único com mais de 100 milhões de habitantes que tem uma coisa chamada SUS [Sistema Único de Saúde], que é o mais importante programa de saúde que tem um país do mundo. E é o maior comprador de remédio. Então, é por isso que eles estão aqui”, afirmou Lula.

A ampliação da planta industrial da Novo Nordisk, fabricante do Ozempic, visa aumentar a capacidade de produção de tratamentos injetáveis para pessoas com obesidade, diabetes e outras doenças crônicas graves. Os investimentos chegam a R$ 6,4 bilhões.

“É o maior investimento individual de uma empresa privada farmacêutica na história do Brasil”, destacou Lula.

O presidente ainda citou outras ações da empresa, como as políticas de diversidade que garantem empregos para mulheres, negros, pessoas com deficiência e LGBTQIA+.

O projeto da ampliação pretende aumentar significativamente a capacidade da unidade em Montes Claros com a adição de novos processos de produção asséptica, um armazém e um novo laboratório de controle de qualidade, atendendo a diversos formatos de produtos, com tecnologia avançada. As obras de construção já começaram e devem ser concluídas em 2028.

A empresa é importante fornecedora de insulina e medicamentos para o tratamento de hemofilia para o SUS e, atualmente, gera 2,65 mil empregos diretos e indiretos na cidade mineira. Mais 600 novos empregos diretos devem ser gerados com a expansão.

A Novo Nordisk tem unidades de produção em países como Dinamarca, Estados Unidos, França, China e Bélgica. Os medicamentos são produzidos nesses locais e, em seguida, distribuídos para pacientes ao redor do mundo, atendendo mais de 70 países. Isso inclui a produção de quase metade da insulina mundial. No Brasil, desde 1990, a empresa tem escritório administrativo em São Paulo (SP) e a unidade de produção em Montes Claros.

Vacina contra gripe

Durante o evento, o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin receberam dose da vacina contra a gripe. A campanha nacional de vacinação começou nesta segunda-feira (7).

A meta é imunizar 90% dos chamados grupos prioritários, que incluem crianças de 6 meses a menores de 6 anos, idosos – como Lula e Alckmin – e gestantes. Em 2024, a cobertura vacinal contra a gripe entre os públicos prioritários foi de 48,89% na Região Norte e 55,19% nas demais regiões.

De acordo com o Ministério da Saúde, o imunizante distribuído na rede pública protege contra um total de três vírus do tipo influenza. Ainda segundo a pasta, a vacina contra a gripe é capaz de evitar entre 60% e 70% dos casos graves e dos óbitos relacionados à doença.

Foto: Ricardo Stuckert/PR

Da Agência Brasil

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Natal inicia vacinação contra gripe 2025 nesta segunda (7)

Natal inicia vacinação contra gripe 2025 nesta segunda (7)

Meta é vacinar 90% do público-alvo; imunização ocorre em postos de saúde e shoppings

Natal dará início nesta segunda-feira (7.abr.2025) à Campanha Nacional de Vacinação contra a Influenza 2025, com doses disponíveis em 60 postos de saúde e pontos extras em shoppings da cidade. A novidade deste ano é a inclusão de três grupos no calendário de rotina: crianças de seis meses a menores de seis anos, gestantes e idosos acima de 60 anos.

A meta do Ministério da Saúde é imunizar 90% do público-alvo, que inclui ainda trabalhadores da saúde, professores, povos indígenas e pessoas com comorbidades. Em Natal, a estimativa é vacinar 128 mil idosos, 8 mil crianças e 7 mil gestantes.

Quem pode se vacinar na campanha da gripe 2025?

Além dos grupos que agora fazem parte da vacinação de rotina, a campanha contempla:

  • Trabalhadores da saúde;
  • Puérperas (mulheres até 45 dias após o parto);
  • Professores da educação básica e superior;
  • Povos indígenas;
  • Pessoas em situação de rua;
  • Profissionais das forças de segurança e salvamento;
  • Pessoas com doenças crônicas ou deficiência permanente;
  • Caminhoneiros e trabalhadores do transporte coletivo;
  • População carcerária e adolescentes em medidas socioeducativas.

Onde e como se vacinar em Natal?

A primeira remessa de 50 mil doses já foi distribuída na capital. A vacina trivalente protege contra as cepas Influenza B, H1N1 e H3N2, reduzindo em até 70% os casos graves e óbitos.

Horários e locais:

  • Unidades Básicas de Saúde (UBS): Segunda a sexta, das 8h às 12h e das 13h às 15h.
  • Midway Mall e Partage Norte Shopping: Segunda a sexta, das 13h às 20h, e sábados, das 10h às 15h.
  • Documentos Necessários:
  • Identificação com foto;
  • Cartão de vacinação;
  • Comprovante de pertencimento a grupo prioritário (se aplicável).

Dia D de Vacinação

O Dia D Nacional está marcado para 10 de maio, com reforço na mobilização para atingir a meta de cobertura vacinal.

Foto: Myke Sena/MS

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Dia Mundial da Saúde 2025 inicia campanha global pela saúde materna e neonatal

Dia Mundial da Saúde 2025 inicia campanha global pela saúde materna e neonatal

No Rio Grande do Norte, especialista destaca avanços e desafios na proteção à vida de gestantes e recém-nascidos

Na próxima segunda-feira (07), Dia Mundial da Saúde, será lançada a campanha global “Inícios saudáveis, futuros esperançosos”, coordenada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Com duração de um ano, a iniciativa tem como propósito mobilizar governos, profissionais da saúde e a sociedade civil na intensificação de ações voltadas à prevenção de mortes evitáveis entre mães e recém-nascidos. Além disso, a campanha busca promover o bem-estar das mulheres, por meio da disseminação de informações e orientações voltadas à gestação, ao parto seguro e ao cuidado pós-natal.

Atualmente, o Rio Grande do Norte ainda enfrenta desafios importantes no campo da saúde materna e infantil. Entre 2019 e 2023, a taxa de mortalidade materna no estado oscilou entre 149,7 e 55,8 óbitos a cada 100 mil nascidos vivos, segundo dados do Ministério da Saúde. Já a mortalidade infantil segue como uma preocupação, com índice de 11,16 óbitos por mil nascidos vivos registrados em 2023.

Apesar dessas fragilidades, o estado tem registrado avanços importantes. Segundo dados do Ministério da Saúde, a cobertura da atenção primária à saúde alcançou 81,69% da população potiguar em 2023 — um índice 1,96% superior à média nacional. O resultado reflete os esforços conjuntos para ampliar o acesso da população aos serviços básicos de saúde.

Robinson Dias, presidente da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Rio Grande do Norte (Sogorn), destaca a importância de iniciativas como a campanha. “A redução da mortalidade materna evitável é uma prioridade. Precisamos de iniciativas sólidas que promovam o planejamento reprodutivo e utilizem dados epidemiológicos consistentes para embasar ações eficazes.”

O Dia Mundial da Saúde 2025 serve como um lembrete da necessidade contínua de fortalecer políticas e práticas que garantam a saúde materna e neonatal. “No Rio Grande do Norte, é essencial que governos, profissionais de saúde e a sociedade civil trabalhem juntos para enfrentar os desafios existentes e construir um futuro mais promissor para mães e bebês”, finaliza Robinson Dias.

Foto: Reprodução

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Mulher sofre mais de mil picadas de abelhas em ataque no RN; estado de saúde é grave

Mulher sofre mais de mil picadas de abelhas em ataque no RN; estado de saúde é grave

Vítima foi transferida para UTI em Natal após atendimento inicial em Parnamirim; Secretaria de Saúde monitora caso

Uma mulher foi atacada por um enxame de abelhas enquanto trafegava pela região entre Pium e o centro de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, no último sábado (29.mar.2025). Devido a condições de saúde preexistentes, ela não conseguiu sair do veículo a tempo e foi atingida por mais de mil picadas.

O incidente ocorreu durante o deslocamento pela via, quando o enxame invadiu o interior do carro. A vítima, que não teve a identidade divulgada, foi socorrida e levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim. No entanto, devido à gravidade das lesões, precisou ser transferida com urgência para uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Transferência para Natal e estado de saúde

Na madrugada desta quinta-feira (4.abr), a paciente foi encaminhada ao Hospital Santa Catarina, localizado na zona Norte de Natal. A Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte confirmou a transferência e informou que o estado de saúde dela permanece grave. Equipes médicas seguem monitorando a evolução do quadro, que exige cuidados intensivos devido ao alto número de picadas e ao risco de complicações sistêmicas.

Riscos de ataques de abelhas e orientações

Ataques de abelhas, embora não sejam frequentes, podem representar riscos graves, especialmente para pessoas com alergias ou mobilidade reduzida. Especialistas recomendam que, em caso de enxame agressivo, os indivíduos evitem movimentos bruscos e busquem abrigo imediatamente. Se picado múltiplas vezes, a orientação é procurar atendimento médico emergencial, já que a quantidade de veneno pode levar a reações severas, como edema de glote ou insuficiência renal.

Foto: Marcello Casal Jr./ABr/Ilustração/Arquivo

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Huol recruta voluntários para estudo sobre novo medicamento para depressão e insônia

Huol recruta voluntários para estudo sobre novo medicamento para depressão e insônia

Pesquisa avalia eficácia e segurança de tratamento complementar para Transtorno Depressivo Maior em adultos e idosos; participantes receberão acompanhamento médico gratuito

O Centro de Pesquisa Clínica do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh) está em busca de voluntários para um estudo inédito que testa um novo medicamento capaz de auxiliar no tratamento da depressão, especialmente em pacientes com sintomas de insônia. A pesquisa, que terá duração de dois anos, também avaliará a segurança e a eficácia do fármaco como complemento aos antidepressivos convencionais.

Detalhes da pesquisa

Coordenada pelo psiquiatra Emerson Arcoverde Nunes e pelo anestesista Wallace Andrino da Silva, a pesquisa tem como foco adultos e idosos diagnosticados com Transtorno Depressivo Maior (TDM) que não obtiveram melhora significativa com tratamentos anteriores.

“O objetivo é testar uma nova medicação para o tratamento da depressão associada à insônia”, explicou Emerson. Os participantes receberão o medicamento em estudo por 16 semanas, podendo, posteriormente, continuar com a substância ativa ou receber um placebo durante o restante da pesquisa.

Critérios para participação:

Para se candidatar, os voluntários devem:

  • Ter entre 18 e 74 anos;
  • Diagnóstico de depressão moderada a grave;
  • Ter utilizado antidepressivos sem resposta satisfatória;
  • Saber ler e escrever.

Principais critérios de exclusão:

  • Doenças graves não controladas (cardíacas, respiratórias, neurológicas, etc.);
  • Diabetes tipo 1 ou 2 descompensado;
  • Distúrbios da tireoide não tratados;
  • Doenças hormonais como Doença de Cushing ou Addison.

Benefícios para os voluntários:

Os selecionados terão acesso gratuito ao medicamento em estudo e ao acompanhamento médico especializado durante a pesquisa. No entanto, outros tratamentos ou medicamentos de uso rotineiro não serão custeados pelo estudo.

Como participar

Interessados podem entrar em contato com o Centro de Pesquisa Clínica do Huol-UFRN pelos telefones (84) 99670-8676 (WhatsApp) ou (84) 3092-3635 / 3634, ou ainda pelo e-mail [email protected]. O atendimento ocorre de segunda a sexta, das 8h às 16h.

Sobre o Huol-UFRN e a Ebserh

Vinculado à Rede Ebserh desde 2013, o Hospital Universitário Onofre Lopes é parte de uma rede de 45 hospitais universitários federais que integram ensino, pesquisa e atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Foto: Cícero Oliveira – Agecom/UFRN/Ilustração

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Centro Médico Veterinário da UnP oferece diversos atendimentos para cães e gatos em Natal

Centro Médico Veterinário da UnP oferece diversos atendimentos para cães e gatos em Natal

Com 43 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima

O Centro Médico Veterinário (CMV) da Universidade Potiguar (UnP), instituição integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, está com agenda aberta para garantir a saúde e o bem-estar de cães e gatos.

Localizado na UnP Salgado Filho, zona Sul de Natal, o espaço disponibiliza atendimentos em clínica geral, exames laboratoriais e de imagem, avaliação fisiátrica e de fisioterapia, dermatologia, cirurgias gerais e cirurgias odontológicas.

O CMV funciona de segunda-feira a sexta-feira, das 8h às 16h. Por se tratar de um serviço acadêmico, os atendimentos possuem uma política de preços diferenciada. Mais informações pelo telefone: (84) 4009-1466.

“Nosso compromisso é garantir um atendimento de qualidade, proporcionando cuidado especializado para cães e gatos, enquanto oferecemos aos nossos alunos a oportunidade de vivenciar a prática clínica em um ambiente estruturado e supervisionado”, diz a responsável técnica pelo CMV, Ariane Beatriz.

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 43 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Foto: Divulgação

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Campanha busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes no RN

Campanha busca ampliar vacinação entre crianças e adolescentes no RN

Ação visa imunizar crianças e adolescentes contra HPV, febre amarela e outras doenças; Dia D será em 26 de abril

A partir de hoje, 1º de abril, o Rio Grande do Norte participa da Campanha Nacional de Atualização da Carteira de Vacinação, direcionada a estudantes de até 19 anos. A iniciativa, que segue até 31 de maio, é coordenada pela Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) em parceria com a Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e do Lazer (SEEC). A abertura oficial ocorrerá no dia 14 de abril.

Com o tema “Minha Escola Nota 10 na Vacinação: Nada de Perder Ponto na Saúde!”, a campanha segue as diretrizes do Programa Saúde na Escola (PSE) e tem como objetivo reforçar a imunização de crianças e adolescentes, com ênfase na vacina contra o HPV para meninas e meninos.

Dia D e Semana de vacinação nas escolas

No dia 26 de abril, as unidades de saúde terão um Dia D de mobilização, enquanto entre 5 e 9 de maio, a vacinação ocorrerá diretamente nas escolas. A estratégia busca facilitar o acesso às vacinas, evitando filas nos postos e aumentando a adesão.

A coordenadora do Programa Estadual de Imunização, Laiane Graziela, reforça a importância da ação: “Doenças que antes eram fatais podem voltar se a vacinação cair. Levar a imunização para as escolas protege mais crianças e adolescentes, garantindo um futuro saudável.”

Quais vacinas serão oferecidas?

Além das doses previstas no Calendário Nacional de Vacinação, a campanha inclui:

  • Crianças de 8 meses a 5 anos (ensino infantil): Febre Amarela, Tríplice Viral (sarampo, caxumba, rubéola) e DTP (difteria, tétano, coqueluche).
  • Crianças a partir de 5 anos e adolescentes até 15 anos: HPV, Meningocócica ACWY, além das já citadas.

Parcerias e objetivos da campanha

A ação no Rio Grande do Norte conta com o apoio da Undime (União dos Dirigentes Municipais de Educação) e do COSEMS (Conselho de Secretarias Municipais de Saúde). O foco é conscientizar famílias, educadores e profissionais de saúde sobre a importância da vacinação, alinhado à política do Ministério da Saúde de retomar altas coberturas vacinais no país.

Foto: Heros Lucena

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Juiz suspende norma que autoriza farmacêuticos a prescreverem remédios

Juiz suspende norma que autoriza farmacêuticos a prescreverem remédios

Decisão foi motivada por ação do Conselho Federal de Medicina

A Justiça Federal em Brasília decidiu nesta segunda-feira (31) suspender a resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) que autorizou farmacêuticos a prescreverem medicamentos. A decisão foi motivada por uma ação movida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Na decisão, o juiz federal Alaôr Piacini afirmou que a resolução do CFF que autorizou a medida invade as atividades privativas dos médicos.

“O balcão de farmácia não é local para se firmar um diagnóstico nosológico de uma doença, porque o farmacêutico não tem competência técnica, profissional e legal para tal procedimento”, afirmou o magistrado.

O juiz também acrescentou que somente os médicos têm competência legal e técnica para fazer diagnósticos e receitar tratamento terapêutico.

Para fundamentar a decisão, o magistrado citou a Lei 12.842, de 2013, conhecida como Lei do Ato Médico.

“Verifica-se da referida lei que somente o médico tem competência legal e formação profissional para diagnosticar e, na sequência, indicar o tratamento terapêutico para a doença, após a realização do diagnóstico nosológico, processo pelo qual se determina a natureza de uma doença, mediante o estudo de sua origem, evolução, sinais e sintomas manifestos”, afirmou.

Alaôr Piacini também ressaltou casos de diagnóstico inadequado divulgados pela imprensa.

“É fato incontroverso que a imprensa noticia, quase diariamente, mortes e deformações estéticas, com repercussão para a vida toda da pessoa, em tratamentos realizados por profissionais da área da saúde que não são médicos e passam a realizar procedimentos sem a formação técnica adequada”, completou.

De acordo com a Resolução 5/2025 do CFF, o farmacêutico está autorizado a prescrever medicamentos, incluindo os de venda sob prescrição, renovar prescrições e prescrever medicamentos em atendimento à pessoa sob risco de morte iminente.

Para o Conselho Federal de Medicina, os farmacêuticos não têm atribuição legal e preparação técnica para definir tratamentos.

Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

Da Agência Brasil

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Huol oferece tratamento para o transtorno bipolar

Huol oferece tratamento para o transtorno bipolar

Paciente relata jornada de superação após 60 dias internado no HUOL-UFRN; especialista explica desafios do diagnóstico e importância do acompanhamento multidisciplinar

Valney Mello, corretor de imóveis, passou por uma transformação radical em 2012 após ser diagnosticado com transtorno bipolar. Internado por 60 dias no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL-UFRN), vinculado à Rede Ebserh, ele iniciou um tratamento que mudou sua vida. Sua história ilustra os desafios do diagnóstico e a importância do acesso a cuidados especializados.

Valney trabalhava em uma imobiliária recém-inaugurada quando começou a apresentar comportamentos incomuns. “Fiquei extremamente agitado, sem sono e sem limites no trabalho”, relata. Inicialmente, os sintomas foram atribuídos ao estresse, mas a piora do quadro levou sua esposa a buscar ajuda em uma emergência psiquiátrica do SUS. Após avaliação médica, veio o diagnóstico: transtorno bipolar.

De acordo com o psiquiatra Emerson Arcoverde, do HUOL, o transtorno bipolar frequentemente é confundido com outras condições, como esquizofrenia ou depressão grave. “Sintomas psicóticos podem atrasar o diagnóstico em anos”, explica. Ele ressalta que a doença costuma surgir entre a adolescência e o início da vida adulta, mas muitos pacientes só recebem o diagnóstico correto uma década depois.

O especialista destaca que a genética desempenha um papel crucial no desenvolvimento do transtorno bipolar. “Pessoas com histórico familiar da doença ou de suicídio têm risco elevado”, afirma. Além disso, traumas na infância, negligência e experiências de violência aumentam as chances de manifestação da condição.

Desde 2012, Valney segue um rigoroso acompanhamento no HUOL, com consultas trimestrais e participação em terapia em grupo. “Levo o tratamento muito a sério”, diz. Ele adotou hábitos saudáveis, como prática de esportes e atividades religiosas, para manter a estabilidade emocional.

Apesar de sua trajetória positiva, Valney reconhece que o preconceito ainda é uma barreira para muitos pacientes. “Nem todos sabem do meu diagnóstico, o que me poupa de julgamentos”, comenta. O estigma social e a desinformação dificultam a vida de quem convive com a doença.

Atendimento especializado no HUOL

O HUOL conta com dois ambulatórios dedicados ao transtorno bipolar: um para casos agudos e outro para pacientes estáveis há mais de seis meses. Atualmente, cerca de 250 pessoas são atendidas por uma equipe multidisciplinar, incluindo psiquiatras, psicólogos e enfermeiros. O hospital também pesquisa o uso de toxina botulínica como tratamento auxiliar para depressão bipolar.

Dia mundial do Transtorno Bipolar

Celebrado em 30 de março, o Dia Mundial do Transtorno Bipolar visa conscientizar a população e reduzir o estigma em torno da doença. A data homenageia Vincent Van Gogh, que, postumamente, foi diagnosticado com a condição.

Sobre a Rede Ebserh

O HUOL integra a Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh gerencia 45 hospitais universitários, promovendo assistência, ensino e pesquisa no SUS.

Foto: Cícero Oliveira/AgecomUFRN/Ilustração

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Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Estudantes de Medicina atenderam mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável durante missão humanitária no Benin

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local

A 2ª Missão África, projeto da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país, que visa levar a medicina humanizada como atividade prática e de extensão universitária ao currículo dos futuros médicos, passou por cinco diferentes vilarejos das cidades de Adjarra e Ganvie e atendeu mais de 5 mil pessoas em estado vulnerável. Uma estudante do curso de Medicina da Universidade Potiguar (UnP), participou da expedição.

Além de visitas domiciliares para a população incapacitada de deslocamento, um hospital – Centre de Santé de Adjarra – serviu como base para atendimento e realização de procedimentos cirúrgicos. Os missionários atuaram também em um Centro de tratamento para pacientes com problemas de Saúde Mental.

Segundo os participantes da Missão, a grande maioria dos casos eram relacionados a patologias tropicais típicas do subdesenvolvimento local. Em Benin, a mortalidade infantil chega próximo dos 50% no primeiro ano de vida e a expectativa de vida é em média 58 anos, então as doenças são bastante prevalentes e graves e por falta de tratamento eles acabam sucumbindo. “É muito provável que este será o único atendimento que estas pessoas vão ter ao longo da sua vida porque eles não têm acesso a medicina gratuita”, conta Rodrigo Dias Nunes, diretor de Extensão Curricular, Extracurricular e Travessia Humanitária da Inspirali. Rodrigo declara, ainda, que por lá as pessoas nascem e morrem sem nenhum tipo de registro. “Muitas enfermidades poderiam ser solucionadas com uma boa alimentação ou o simples ato de beber água, mas lá eles não possuem estes recursos básicos”, complementa.

Participaram da missão 28 alunos, 5 egressos e 8 professores das escolas UniBH, Unisul, Universidade São Judas Tadeu, Universidade Anhembi Morumbi, UniFacs, Faseh, UnP e AGES. A ação é uma atividade prática e de extensão universitária ao currículo da Inspirali em que participam estudantes que já possuem histórico em ações voluntárias, já participaram e se destacaram em alguma das edições anteriores da Missão Amazônia e estão nos dois últimos anos da graduação. Cada aluno tinha em mãos um sistema de Prontlife® desenvolvido especialmente para a Missão. Trata-se de um tablet com prontuário eletrônico, cujas informações colhidas servirão para compor um banco de dados dos pacientes que será, posteriormente, apresentado como modelo para o governo para fortalecer a estratégia de implementação de um Programa de Medicina de Família e Comunidade.

“A missão África é um privilégio humano de ser vivenciado. Mais do que uma oportunidade de crescer profissionalmente, trata-se de uma evolução humana. Lá pudemos vivenciar sacrifícios de pessoas e famílias por razões meramente banais: a escassez. Escassez de recurso financeiro, de recurso alimentício e hídrico, de local de moradia, de dignidade. Essa realidade se contrapõe com a alegria, com a generosidade e as cores que cercam as pessoas. A missão África permite aumentarmos nosso nível de resiliência, de compaixão e de respeito ao ser humano e nos inspira uma medicina mais humana, mais empática e mais acolhedora. Uma medicina que sonhamos para os nossos alunos e nossa sociedade”, declara Dr Alexandre Cortez do Amaral, médico da Família e Comunidade e professor da FASEH/Inspirali

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Inspirali

Criada em 2019, a Inspirali atua na gestão de escolas médicas do Ecossistema Ânima. É uma das principais empresas de ensino superior de Medicina no Brasil, com mais de 13 mil alunos (graduação, pós-graduação e extensão) e 14 instituições – localizadas em capitais como São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Florianópolis e Natal e em importantes centros de desenvolvimento do país, como Piracicaba (SP), São José dos Campos (SP), Cubatão (SP), Tubarão (SC), Vespasiano (MG) e Jacobina (BA).

As graduações em Medicina seguem modelo acadêmico reconhecido entre os mais inovadores do mundo e pensado para formar profissionais de alta performance com uma visão integral do ser humano. O portfólio da Inspirali contempla também cursos livres e especializações focados na medicina integrativa e aborda temas relevantes no cenário global, a exemplo da pós-graduação em cannabis medicinal, primeiro curso na área certificado pelo Ministério da Educação (MEC). A aprendizagem digital ativa oferece recursos tecnológicos (robôs de alta fidelidade e realidade virtual e aumentada MedRoom) e apoio socioemocional, assim como as atividades práticas e o acompanhamento personalizado.

Foto: Raphael Martinelli

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Prefeitura de Nísia Floresta promove Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista

Prefeitura de Nísia Floresta promove Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista

A iniciativa visa ampliar o conhecimento da população sobre o TEA

A Prefeitura de Nísia Floresta deu início, nesta segunda-feira (31), à Semana de Conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), em alusão ao Abril Azul. A iniciativa visa ampliar o conhecimento da população sobre o TEA, promovendo atividades educativas e debates sobre o tema.

A solenidade de abertura aconteceu no auditório da Secretaria Municipal de Educação (SME) e contou com a palestra “Como identificar o autismo? Um diálogo multiprofissional”, ministrada pela psicóloga Maria Luíza. Durante o evento, o prefeito de Nísia Floresta destacou a importância da conscientização e do apoio às famílias de crianças autistas:

“Nosso compromisso é garantir que as crianças autistas e suas famílias tenham suporte adequado, seja na educação, na saúde ou no acolhimento social. A Semana de Conscientização é um passo essencial para promovermos mais conhecimento e empatia na sociedade”, afirmou o prefeito.

A programação segue ao longo da semana com diversas atividades voltadas às famílias, profissionais da educação e a comunidade em geral:

Encontro de Pais

Data: 1º de abril – 09h
Tema: Enfrentamento do luto frente ao diagnóstico e manejo de crises
Palestrante: Maria Luíza – Psicóloga
Local: Auditório SME

Caminhada Azul

Data: 2 de abril – 08h
Tema: Dia de conscientização com atividades recreativas
Local: Saída do Ginásio

Sessão Azul

Data: 3 de abril – 09h
Tema: Um olhar empático e ampliado para a inclusão
Público-alvo: Profissionais da Educação e secretarias
Local: Auditório SME

Encontro de Pais

Data: 4 de abril – 09h
Tema: Estratégias para lidar com seletividade alimentar e estimulação da fala
Local: Auditório SME

A Semana de Conscientização sobre o Autismo reforça a necessidade de acolhimento e informação, promovendo uma sociedade mais inclusiva para as pessoas com TEA. A Prefeitura de Nísia Floresta convida toda a comunidade a participar das atividades e fortalecer essa causa.

Foto: Divulgação

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Governo Federal autoriza reajuste de até 5,06% nos preços de medicamentos a partir de hoje (31)

Governo Federal autoriza reajuste de até 5,06% nos preços de medicamentos a partir de hoje (31)

CMED define três faixas de aumento conforme classe terapêutica; IPCA de 12 meses até fevereiro balizou o índice máximo

O governo federal autorizou um reajuste máximo de 5,06% nos preços de medicamentos a partir desta segunda-feira (31.mar.2025) conforme resolução publicada no Diário Oficial da União (DOU). A decisão foi tomada pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED), órgão interministerial responsável pela regulação do setor. O percentual corresponde à variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) acumulada em 12 meses até fevereiro.

Três faixas de reajuste conforme classe terapêutica

De acordo com a norma, o aumento nos preços dos remédios seguirá três faixas distintas, dependendo da classificação terapêutica:

  • Nível 1: aumento máximo de 5,06%
  • Nível 2: índice limitado a 3,83%
  • Nível 3: teto de 2,60%

A medida estabelece que as empresas farmacêuticas devem divulgar amplamente os novos preços em mídias especializadas de grande circulação, sem ultrapassar os valores publicados pela CMED no portal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Reajuste anual e comparação com anos anteriores

O ajuste nos preços dos medicamentos é realizado anualmente. Em 2024, o limite do reajuste foi de 4,5%, valor inferior ao autorizado para este ano. A CMED utiliza como base o IPCA para determinar o percentual máximo, visando equilibrar a inflação do setor com a acessibilidade da população.

Transparência e divulgação dos novos preços

A resolução reforça que as empresas devem garantir a publicidade dos preços atualizados, assegurando que os valores praticados não excedam os divulgados oficialmente. A Anvisa disponibiliza em seu portal a lista de medicamentos com os preços máximos permitidos, facilitando a fiscalização por parte dos consumidores e órgãos competentes.

Impacto no mercado farmacêutico e nos consumidores

O reajuste pode influenciar diretamente o orçamento das famílias, especialmente para pacientes que dependem de medicamentos contínuos. Especialistas alertam para a necessidade de monitoramento dos preços, a fim de evitar abusos por parte das redes de farmácias e distribuidoras.

Foto: Marcos Santos/USP Imagens/Ilustração

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Crise hídrica no Brasil: desafios e oportunidades para um futuro sustentável

Crise hídrica no Brasil: desafios e oportunidades para um futuro sustentável

Segundo dados da Confederação Nacional da Indústria, até 2030, o uso de água no Brasil deve aumentar em 24%

A água, recurso essencial para a vida e para o desenvolvimento econômico, tem sido alvo de crescente preocupação no Brasil. A escassez hídrica, agravada por mudanças climáticas e práticas de gestão inadequadas, representa um dos maiores desafios do país.

Mais do que uma responsabilidade, é um compromisso com a vida no planeta. A Agenda 2030 da ONU, com seus 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), representa um guia global para alcançarmos um futuro mais verde e equitativo. A água, elemento essencial para a vida, enfrenta desafios crescentes. O desperdício desenfreado coloca em risco a segurança hídrica e a saúde do planeta. De acordo com a ONU, 2,2 bilhões de pessoas não têm acesso à água potável e 4,2 bilhões sofrem de escassez de água durante pelo menos um mês por ano.

8 mil piscinas olímpicas de água tratada são desperdiçadas no Brasil

Nosso país, detentor de uma das maiores reservas de água doce do mundo, paradoxalmente enfrenta sérios problemas de abastecimento em diversas regiões. Estatísticas alarmantes revelam que mais de 40% da água captada em nosso país é desperdiçada antes de chegar ao seu destino final, conforme último levantamento do Instituto Trata Brasil. Essa quantidade de água seria suficiente para abastecer 67 milhões de brasileiros em um ano. Como comparação seria o equivalente a cerca de 8 mil piscinas olímpicas de água tratada desperdiçadas diariamente no Brasil.

O Nordeste, historicamente marcado por longos períodos de seca, enfrenta desafios como a desertificação, a salinização de aquíferos e a irregularidade das chuvas. Rio Grande do Norte, por exemplo, desperdiça mais de 50% de sua água potável, ficando atrás apenas do Maranhão com 59,2% em relação a perdas na região. Ou seja, a cada 100 litros, o Estado perde 52 devido a vazamentos, fraudes, entre outros problemas.

“A escassez hídrica gera uma série de problemas, impactando diretamente a economia. Secas prolongadas podem levar à redução da produção agrícola, ao fechamento de indústrias, à perda de empregos e à diminuição do PIB. No Nordeste, por exemplo, a seca de 2021 afetou a produção de frutas e hortaliças, impactando o abastecimento e a renda dos agricultores. No Sudeste, a crise hídrica de 2014/2015 levou ao racionamento de energia e à redução da produção industrial”, pontua Felipe Mendes, Diretor Comercial Nacional e sócio da T&D Sustentável, empresa que já economizou mais de 1 bilhão de litros pelo Brasil, sendo mais de 70 milhões somente no Rio Grande do Norte.

Como evitar esse desperdício?

É fundamental que empresas, governos e sociedade civil trabalhem em conjunto para garantir a gestão sustentável dos recursos hídricos. A adoção de práticas de economia de água, a reutilização de efluentes e o investimento em tecnologias eficientes são medidas essenciais para garantir a segurança hídrica e o desenvolvimento econômico do país.

“Soluções como a agricultura de precisão, a reutilização de água, a captação de água da chuva e a educação ambiental podem contribuir significativamente para a resolução da crise hídrica. Além disso, é fundamental investir em infraestrutura de saneamento básico, proteger as áreas de preservação ambiental e promover a participação da sociedade na gestão dos recursos hídricos”, finaliza Mendes.

Um futuro sustentável depende da água. Ao adotar práticas mais sustentáveis em nosso dia a dia e cobrar ações dos nossos representantes políticos, podemos contribuir para a preservação desse recurso vital para as futuras gerações.

Foto: Divulgação

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UnP participa da 3ª Ação de Saúde Animal com serviços gratuitos para cães e gatos

UnP participa da 3ª Ação de Saúde Animal com serviços gratuitos para cães e gatos

Realizado pela Prefeitura de Mossoró, o evento reunirá instituições e ONGs para fortalecer a conscientização sobre saúde animal

A Universidade Potiguar (UnP), integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima, participa neste sábado (29) da 3ª Ação de Saúde Animal, evento promovido pela Prefeitura de Mossoró. A ação ocorre das 8h às 12h, no Parque Municipal Professor Maurício de Oliveira, e reunirá instituições parceiras com diversos serviços voltados para a saúde e o bem-estar de cães e gatos.

Serão disponibilizados serviços gratuitos, como vacinação antirrábica, vermifugação, orientação veterinária e distribuição de brindes. Além disso, a UnP ofertará consultoria sobre boas práticas no manejo dos animais, com foco na promoção do bem-estar animal.

A equipe da universidade, formada por professores e alunos, realizará orientações aos tutores sobre nutrição, comportamento, reprodução e sanidade animal, além da aplicação de antiparasitários, contribuindo para a qualidade de vida dos pets e para a prevenção de doenças.

A ação também contará com a presença de representantes de Organizações Não-Governamentais (ONGs) e protetores independentes.

SERVIÇO

3ª Ação de Saúde Animal
Local: Parque Municipal Maurício de Oliveira – Av. Almir de Almeida Castro, Centro – Mossoró
Horário: 8h às 12h

Sobre a Universidade Potiguar – UnP

Com 44 anos de inovação e tradição, a UnP é a única universidade privada do Estado do Rio Grande do Norte a integrar o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima. A universidade possui milhares de alunos entre os campi em Natal, Mossoró e Caicó, oferecendo cursos de graduação, pós-graduação lato sensu, Mestrados e Doutorados. Também contribui para democratização do ensino superior ao disponibilizar uma oferta de cursos digitais com diversos polos dentro e fora do Rio Grande do Norte. Como formadora de profissionais, a instituição tem compromisso com a cidadania, sempre pautada nos valores éticos, sociais, culturais e profissionais. Este propósito direciona o desenvolvimento e a prática de seu projeto institucional e dos projetos pedagógicos dos cursos que oferece para a comunidade. Além disso, os alunos de Medicina da UnP contam com a Inspirali, um dos principais players de educação continuada na área médica. Para mais informações: www.unp.br.

Sobre a Ânima Educação

Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.

Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas do mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.

Foto: Divulgação

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Pacientes voltam a ocupar corredores do Hospital Walfredo Gurgel após 49 dias de barreira ortopédica

Pacientes voltam a ocupar corredores do Hospital Walfredo Gurgel após 49 dias de barreira ortopédica

Governo do RN comemorou desafogamento, mas situação se repete; pelo menos 10 pacientes aguardam em macas

49 após a implementação da barreira ortopédica no Hospital Regional Alfredo Mesquita, em Macaíba, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, voltou a registrar pacientes internados nos corredores. A medida, anunciada pelo Governo do Rio Grande do Norte, tinha como objetivo reduzir a superlotação na unidade de referência estadual. No entanto, nesta quinta-feira (27.mar), foram verificados pelo menos 10 pacientes em macas em um dos corredores do hospital.

A situação foi observada em dois dias consecutivos – quarta (26.mar) e quinta-feira (27). Relatos indicam que alguns pacientes aguardavam desde o dia anterior por procedimentos cirúrgicos, sem previsão de liberação de leitos. A Secretaria de Comunicação do Governo do Estado não se manifestou sobre o retorno dos pacientes aos corredores até o fechamento desta matéria.

Números da barreira e desafogamento temporário

Inaugurada em 7 de fevereiro, a barreira ortopédica começou a realizar procedimentos cirúrgicos em 25 de fevereiro. Dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) mostram que, até a última quarta-feira (26), a unidade realizou 102 cirurgias e 834 atendimentos.

Em março, o governo estadual havia comemorado a redução da lotação nos corredores do Walfredo Gurgel, mas a situação atual indica que o alívio foi passageiro. No final de 2024, o hospital chegou a ter mais de 40 pacientes nos corredores. Embora o número atual seja menor, a presença de macas voltou a ser registrada.

Limitações da estrutura e busca por alternativas

A barreira ortopédica foi criada para atender casos de baixa e média complexidade na Região Metropolitana de Natal, com capacidade para oito cirurgias diárias, além de procedimentos como suturas e imobilizações. O projeto recebeu investimento de R$ 10,8 milhões do Ministério da Saúde.

Especialistas apontam que a medida não resolve definitivamente a superlotação, já que os corredores do Walfredo Gurgel costumam receber pacientes de alta complexidade. A solução permanente depende da ampliação de leitos, como os previstos no Novo Hospital Municipal de Natal e no Hospital Metropolitano, com edital lançado em dezembro de 2024.

Ameaça de paralisação de serviços médicos

Atrasos nos repasses financeiros do governo estadual ameaçam a continuidade dos serviços de anestesiologia em hospitais públicos. Um comunicado recente alertou para possível suspensão de atendimentos a partir de 1º de abril caso os pagamentos não sejam regularizados.

Outra cooperativa médica interrompeu uma paralisação após acordo para quitar salários atrasados, com previsão de pagamento na próxima segunda-feira (31.mar).

Foto: SindSaúde/Arquivo/Ilustração

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Projeto da UFRN oferece reabilitação gratuita para pós-covid-19

Projeto da UFRN oferece reabilitação gratuita para pós-covid-19

Iniciativa inspirou lei estadual que garante reabilitação pós-covid no RN

O projeto de extensão Caminágua, vinculado ao Departamento de Educação Física da UFRN, oferece reabilitação gratuita para pessoas com sequelas motoras há mais de duas décadas. Coordenado pelo professor Raimundo Nonato Nunes, o programa atende pacientes com dificuldades de locomoção, incluindo aqueles afetados pela covid-19.

Em 2024, a experiência do Caminágua contribuiu para a criação da Lei Estadual nº 11.980/2024, que instituiu um programa de reabilitação pós-covid-19 no Rio Grande do Norte. A legislação prevê atividades físicas especializadas para recuperação de sequelas respiratórias e motoras, além de parcerias entre o poder público e organizações da sociedade civil.

Metodologia baseada em exercícios aquáticos

O Caminágua utiliza uma metodologia fundamentada em exercícios aquáticos, auxiliando na recuperação da mobilidade, fortalecimento muscular e reeducação postural. Entre os beneficiados estão pacientes em recuperação pós-AVC, indivíduos com Parkinson e Alzheimer, além de idosos com limitações motoras.

Para Felipe Gabriel Teixeira, estudante de Biomedicina e integrante do projeto, a iniciativa tem um impacto significativo na qualidade de vida dos participantes, especialmente idosos.

Como participar do projeto

Interessados podem se inscrever na área da Piscina Semiolímpica da UFRN, de segunda a sexta-feira, das 16h às 19h. A TV Universitária (TVU/UFRN) produziu uma reportagem sobre o projeto, disponível para quem deseja conhecer mais sobre o trabalho.

Foto: Divulgação Caminágua – SIGAA/UFRN / Wallacy Medeiros / Cícero Oliveira – Agecom/UFRN / Divulgação Caminágua – SIGAA/UFRN

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