Procon notifica bancos após identificar brechas em aplicativos bancários

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Instituições financeiras têm até 30 de junho para responderem notificação do Procon de São Paulo. Bandidos usavam celulares para fazer transferências indevidas.

De acordo com matéria veiculada na Valor Investe, o Procon de São Paulo está notificando instituições bancárias a respeito de brechas de segurança em seus aplicativos para celulares; o que estaria facilitando a ação de bandidos para a transferência indevida de valores das contas das vítimas.

O Procon deu o prazo até o dia 30 de junho para que os bancos respondam a notificação. Foram notificados o Banco do Brasil, Itaú Unibanco, BMG, Inter, Pan, C6, Santander, Associação Brasileira de Bancos, NU Pagamentos, Associação Brasileira de Fintechs(ABFintechs) e Federação Brasileira de Bancos (Febraban).

Algumas instituições se posicionaram sobre solicitação do Procon

Febraban

A Febraban afirma que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização.

“Não existe qualquer registro de violação da segurança desses aplicativos, os quais contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Além disso, para que os aplicativos bancários sejam utilizados, há a obrigatoriedade do uso da senha pessoal do cliente”, diz a entidade, em nota.

Santander

O Santander afirma que o seu aplicativo é totalmente seguro e possui proteção efetiva contra intrusão. Toda transação necessita de uma senha de uso pessoal e intrasferível, não sendo possível realizar qualquer passo sem validação, e não há nenhum registro de violação aos protocolos de segurança do aplicativo, conforme o banco.

A instituição financeira orienta seus clientes a proteger as senhas para que não ocorra o uso indevido e gere prejuízos financeiros. As senhas do aplicativo não devem ser cadastradas de forma sequencial, nem repetidas em outros cadastros, de acordo com o Santander, e jamais deve ser salva em blocos de notas do próprio aparelho ou compartilhada por whatsapp e e-mail, por exemplo. Essas práticas fragilizam a segurança, segundo o banco.

No único caso que envolveu a instituição financeira, a transferência de valores via aplicativo ocorreu para o mesmo nome e CPF do cliente titular da conta em outro banco, afirma o Santander. Mesmo na hipótese da transação não ter sido feita pelo cliente, não houve prejuízo, porque foi o próprio cliente o receptor e beneficiário dos valores transferidos, diz o banco.

Banco do Brasil

O Banco do Brasil afirma que vai prestar todas as informações ao Procon-SP sobre os detalhes técnicos do funcionamento dos dispositivos de segurança que utiliza para proteger aplicativos de contas bancárias. O BB diz que investe permanentemente na segurança dos seus canais digitais e que os aplicativos contam com o máximo de segurança em todas as etapas de desenvolvimento e utilização.

Bancos dizem que não têm registro de operações

A pessoa que tiver seu celular roubado deve notificar imediatamente a sua instituição financeira para que as medidas adicionais de segurança sejam adotadas, especialmente o bloqueio do aplicativo do banco e senha de acesso. Além disso é necessário avisar à operadora de telefonia para o bloqueio imediato da linha e registrar o boletim de ocorrência junto à autoridade policial, conforme o Banco do Brasil.

BMG

O Banco BMG afirmou que investe, continuamente, em segurança e tecnologia para oferecer o melhor serviço para os seus clientes e que que prestará todos os esclarecimentos solicitados, dentro do prazo estipulado pelo Procon-SP.

C6

O C6 Bank afirma que segue padrões internacionais para garantir a segurança dos clientes e que não há qualquer registro de violação nos seus sistemas. Conforme o banco, no aplicativo, as transações só são liberadas após a digitação da senha ou validação biométrica.

A instituição financeira orienta que os clientes evitem senhas fracas, que não anotem senhas em blocos de notas e que escolham combinações diferentes para cada site ou serviço. Em caso de furto do celular, o cliente deve ligar imediatamente para os números das centrais de atendimento.

Inter

O Inter afirma que tem investido continuamente em segurança, pessoas e tecnologia para garantir a melhor experiência possível para seus mais de 11 milhões de clientes. O banco também diz que todos os esclarecimentos serão enviados dentro do prazo solicitado pelo Procon-SP.

Foto: Reprodução/Internet

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