Número 24 é historicamente associado, de maneira negativa, aos homens gays; número também é o equivalente ao veado no jogo do bicho.
Após o UOL revelar que a informação de que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não adotava o número 24 em suas camisas, Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT entrou com uma ação na Justiça contra a CBF para que a Confederação explique as razões pelas quais o número não é adotado nos jogos da Seleção Brasileira. Após receber a ação movida pelo Grupo, a 10ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) acatar o pedido e impôs uma multa de R$ 800,00 à CBF em caso de descumprimento da decisão, que foi definida pelo juiz Ricardo Cyfer.
Veja a decisão:
Foto: Reprodução/TJ-RJ Foto: Reprodução/TJ-RJ
A história por trás do preconceito contra o número 24
O número 24, no Brasil, é constantemente associado ao animal veado do jogo do bicho. Por ser associado de maneira negativa a homens gays, tanto o animal quanto o número equivalente a ele no jogo do bicho são tidos como “piadas de mau gosto”.
O que a CBF precisa explicar à Justiça?
1. A decisão de não incluir o número 24 nas camisas é oficial da CBF?
2. Quem define quais números são permitidos ou proibidos?
3. Existe algum departamento específico para definir os números?
4. A Conmebol ou a Fifa possuem alguma diretriz para a escolha ou proibição de números?
Nas palavras do juiz Ricardo Cyfer
O juiz da 10ª Vara Cível do TJ-RJ disse que a decisão é importante para abranger o futebol para os públicos não-masculinos. De acordo com Cyfer, o futebol ainda é “um esporte que se insere nessa tradição masculina”, diz.
“Da mesma forma, tem se mostrado cada vez com maior clareza o importante papel que a adoção de medidas afirmativas no âmbito das práticas esportivas exercem para o incremento dessa luta, com ênfase para aqueles esportes tradicionalmente considerados no universo masculino”, afirmou.
Foto: Reprodução/Globo Esporte
Siga o Por Dentro do RN também no Instagram e mantenha-se informado.