A mudança só deve valer para a Inglaterra; Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia para decidir sobre desconfinamento.
O primeiro-ministro da Inglaterra, Boris Johnson, anunciou ontem (5) que, se tudo avançar como o previsto, as restrições contra a Covid-19 na Inglaterra serão retiradas a partir do dia 19 de julho; e o uso de máscara e o distanciamento social , a partir dessa data, passarão a ser opcionais. A autorização é uma clara mudança de regras estabelecidas pelo governo para a responsabilidade dos indivíduos.
O governo britânico admite que, com a reabertura, deve ocorrer um aumento de casos e de mortes, mas acha que é o momento de a população aprender a conviver com o vírus, que “não pode ser totalmente eliminado”. A mudança só deverá valer para a Inglaterra, uma vez que Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte têm autonomia sobre as questões sanitárias e decidem seus ritmos de desconfinamento.
Em entrevista, Johnson detalhou que, se na segunda-feira forem confirmados dados epidemiológicos favoráveis, na semana seguinte serão eliminadas as “limitações legais”, permitindo a reabertura dos setores ainda fechados da economia, como grandes eventos e lazer noturno. Ainda de acordo com o primeiro-ministro, também não haverá qualquer limite de capacidade em teatros e cinemas ou para que as pessoas se reúnam em locais fechados e ao ar livre. Já a continuidade do trabalho remoto ficará a critério das empresas.
O anúncio era aguardado com expectativa e apreensão devido ao aumento de infecções no país. Atualmente, o número de casos cresce, dobrando a cada oito dias. O avanço se dá pelo avanço da variante Delta – detectada inicialmente na Índia. A nova cepa já domina o Reino Unido. De acordo com os cientistas, a Delta pode ser de 40% a 60% mais transmissível do que a variante Alfa – detectada em território britânico.
Foto: Andrew Parsons / Nº 10 Downing Street / Fotos Públicas
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