A Argentina ameaçou romper o contrato de compra da vacina russa Sputnik V por causa dos atrasos na chegada de segundas doses. O país foi um dos primeiros países a usar amplamente o imunizante, e agora aumenta a pressão sobre o governo da Rússia. Os atrasos começaram a comprometer sua campanha de vacinação contra a Covid-19.
Em uma carta dirigida ao Fundo Russo de Investimento no dia 7 de julho e divulgada ontem, o governo de Alberto Fernández reclama dos atrasos e faz a ameaça de rompimento de contrato. A informação foi confirmada pela assessora presidencial Cecilia Nicolini. “Precisamos urgentemente das doses restantes. A essa altura, todo contrato está em risco de ser publicamente cancelado”, diz a carta.
O esquema vacinal da Sputnik V, produzida pelo laboratório Gamaleya, compreende duas doses que são diferentes e não podem ser substituídas por outro imunizante, ao contrário da maior parte das outras vacinas contra a covid-19. “Nós entendemos a escassez e as dificuldades de produção de alguns meses atrás. Mas agora, sete meses depois, ainda estamos muito atrás, enquanto começamos a receber doses de outros fornecedores regularmente, com cronogramas que são cumpridos”, diz trecho da carta.
O acordo entre Argentina e Rússia prevê cerca de 30 milhões de doses da Sputnik V. O país recebeu, até agora, 11,86 milhões de doses, sendo 9,37 milhões da primeira dose, mas apenas 2,49 milhões do componente da segunda dose da Sputnik V.
Foto: Reprodução/Casa Rosada
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