Estudos sobre a terceira dose da CoronaVac serão realizados em 1.200 pessoas e serão feitos em conjunto com a Universidade de Oxford.
O Ministério da Saúde vai realizar um estudo de avaliação da necessidade de uma terceira dose da CoronaVac, produzido no Brasil pelo Instituto Butantan. A informação foi dada ontem (28) pela pasta. No Brasil, cerca de 50 milhões de doses do imunizante já foram aplicadas.
A pesquisa será patrocinada pelo Ministério da Saúde, e vai ser realizada em parceria com a Universidade de Oxford. Os estudos terão início em duas semanas, com 1,2 mil pessoas, a partir dos 18 anos.
“Não temos publicação na literatura detalhada acerca de sua efetividade (da CoronaVac). As respostas precisam ser dadas através de ensaios clínicos”, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista em Brasília. Para a pesquisadora Sue Ann Costa Clemens, professora de Oxford e coordenadora do estudo, é preciso saber a duração da proteção de cada vacina.
Segundo ela, para os imunizantes da Pfizer, AstraZeneca e Janssen, já existem publicações demonstrando a duração da proteção de 12 meses. “Em relação à CoronaVac, precisamos avaliar isso. Estudos já mostraram que a proteção começa a cair com 6 meses”, disse.
Um estudo preliminar publicado por cientistas chineses nesta semana mostrou que o nível de anticorpos neutralizantes produzidos pelo organismo após a imunização com CoronaVac caiu após seis meses. Ainda não é possível associar a queda de anticorpos à redução da proteção. O mesmo estudo mostrou que uma terceira dose da CoronaVac é capaz de impulsionar novamente a produção de anticorpos, o que demonstra que a vacina induz boa “memória imunológica”.
Foto: Gustavo Mansur/ Palácio Piratini
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