Por meio de uma medida pouco convencional, reconhecida pelos próprios ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a corte avalia uma estratégia jurídica que pode deixar o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), inelegível para o pleito eleitoral do próximo ano.
De acordo com matéria do Estadão, os ministros estão considerando a inelegibilidade de Bolsonaro a partir de um inquérito administrativo instaurado no TSE em resposta a uma transmissão ao vivo realizada pelo presidente, no mês julho, acusando o Tribunal, sem provas, de fechar os olhos para ‘evidências de manipulação em urnas eletrônicas’.
Segundo o jornal, os magistrados consideram que, a depender do que acontecer e do tom adotado por Bolsonaro em seus discursos, os atos de 7 de Setembro poderão fornecer ainda mais provas contra o chefe do Executivo. A estratégia tem o entendimento prévio de que, uma vez configurado algum crime, o presidente poderá ter sua candidatura negada pela Justiça Eleitoral no ano que vem.
Ainda segundo o jornal, a possibilidade de tornar Bolsonaro inelegível é discutida nos bastidores; e deve ser usada apenas em caso extremo, de risco efetivo de ruptura institucional. De acordo com o jornal, na avaliação de políticos, iniciar agora um processo de impeachment, a um ano e dois meses das eleições, seria tão traumático quanto inviável.
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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