Apesar da alta procura pela vacinação contra a Covid-19 no Rio Grande do Norte – que segue com filas intensas, garantindo o avanço no combate à pandemia no estado – a procura pela imunização contra outras infecções teve queda em 2020. A vacinação contra poliomielite, sarampo e tuberculose, por exemplo, caiu no ano passado, e especialista alerta para o risco de retorno de doenças que eram consideradas controladas.
Nas Unidades Básicas de Saúde dos municípios do RN, bem como nas demais unidades de Federação, são ofertados 23 imunizantes para proteger diferentes faixas etárias contra 19 doenças, que seguem o calendário oficial de vacinação.
De acordo com o Programa Nacional de Imunizações (PNI) do Ministério da Saúde, o Rio Grande do Norte atingiu, em 2016, a taxa de 96,5% para a vacina Tríplice Viral, que é destinada para combater o sarampo, caxumba e rubéola — doenças altamente contagiosas e que surgem preferencialmente em crianças. Já em 2020 a taxa foi de 77,49%.
Já a vacina BCG, contra a tuberculose, que é aplicada em crianças com idade inferior a 12 meses, teve no ano de 2018 um recorde na cobertura vacinal. A taxa foi de 107,7% de cobertura. Em 2019, o número caiu para 85,29%. No ano passado, a aplicação atingiu apenas 77,83% do público previsto.
A pentavalente (contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria haemophilus influenza tipo b) teve o pior registro em 2020. A cobertura foi de 66,95% no ano passado, contra os 89,42% de 2018.
Os dados são semelhantes em todo o Brasil, com redução na cobertura de todas as vacinas em 2020. Para a poliomielite, a cobertura chegava a 98% em 2015, mas caiu para 76% em 2020. Também houve queda na cobertura da hepatite B. A taxa chegava a 79% em 2019 e, no ano passado, ficou em 63,4%.
Com informações da Tribuna do Norte
Foto: Reprodução/Igor Santos
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