A coordenadora de vigilância em saúde da Secretaria de Estado da Saúde Pública do RN (Sesap-RN), Kelly Lima, anunciou, em coletiva para imprensa na tarde desta sexta-feira (8), a retomada do programa de cirurgias eletivas em todas as regiões do estado. O anúncio ocorre após uma semana de caos no maior hospital público do Rio Grande do Norte, o Hospital Estadual Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal.
Na terça-feira, 85 pacientes aguardavam nos corredores, com casos de pacientes que esperam há pelo menos uma semana por cirurgias. A lotação ocorreu devido à suspensão de procedimentos cirúrgicos em pelo menos três hospitais privados de Natal, que ocorreu, por sua vez, por atrasos nos repasses do Governo às instituições.
De acordo com os hospitais, os atrasos ocorrem tanto por parte da Secretaria Municipal de Saúde de Natal, quanto pela Secretaria de Saúde Publica do Rio Grande do Norte (Sesap).
Cirurgias retomadas
Na noite da quinta-feira (7), a Cooperativa de Anestesiologistas do Rio Grande do Norte (Coopanest/RN) firmou acordo junto ao Poder Público para a retomada das cirurgias, que já voltaram a ocorrer nos hospitais públicos ou que tenham contrato em vigor com o SUS. A reunião contou com representantes da Coopanest, Ministério Público, Defensoria Pública, do Walfredo Gurgel, além dos secretários de Saúde de Natal e do Estado, George Antunes e Cipriano Maia, respectivamente.
A retomada ocorreu mediante compromisso do governo e do município de cumprir acordo para o pagamento parcelado referente a 10 meses de atraso nos serviços da cooperativa. A partir de agora, o Ministério Público vai acompanhar a situação. Ainda durante a reunião, ficou definido que, caso o pagamento a Coopanest volte a atrasar, os médicos da cooperativa estarão desobrigados de atender os pacientes.
Meta de 1.500 cirurgias por mês
No anúncio feito hoje por Kelly Lima, também foi informado a abertura de novo edital de R$ 2.000.000 para cumprir a meta de 1.500 cirurgias eletivas por mês, além do anúncio de que a Sesap está desenvolvendo um sistema de monitoramento para melhorar a transparência das demandas junto a população.
Foto: Adriano Abreu/Tribuna do Norte
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