A Polícia Federal do Acre deflagrou, com apoio da Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação Ptolomeu, que visa desarticular organização criminosa que atuava no governo do Acre. Ao todo, foram cumpridos 41 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão nos estados do Acre, Amazonas e Distrito Federal.
A PF realizou buscas no apartamento do governador do estado, Gladson Cameli (PP), além do escritório do governador; Palácio Rio Branco e Casa Civil. A operação foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), que determinou o afastamento de suas funções públicas dos ocupantes dos seguintes cargos:
- Secretário de Estado da Indústria, Ciência e Tecnologia;
- Chefe de gabinete do governador;
- Assessor do escritório do governo do Acre em Brasília;
- Chefe de segurança do governador.
De acordo com a PF, o grupo, formado por empresários e por agentes públicos ligados à gestão estadual, aparelhou a estrutura do governo para cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, desviando recursos públicos e ocultando a destinação dos valores. A PF, no entanto, não especificou quais são as suspeitas que recaem sobre o governador, nem especificou quais são os crimes imputados a cada um dos investigados.
Através de nota, o governo disse que está contribuindo com as investigações. “O governo do Estado do Acre se coloca à disposição para colaborar com as investigações da Polícia Federal em relação à Operação Ptolomeu. Na realidade, incentiva essa e todas as ações de combate à corrupção. Prova disso é que foi criada pelo governo do Estado a Delegacia de Combate a Crimes de Corrupção. É a nossa obrigação colaborar com a missão dos agentes públicos em todas as investigações da Polícia Federal, que visam salvaguardar o bom uso de recursos públicos”, disse.
Segundo a CGU, as empresas envolvidas têm diversos contratos com o governo do Acre, sendo que parte deles envolve convênios federais e repasses relacionados ao Sistema Único de Saúde (SUS) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). A CGU ainda não informou quais contratos são considerados suspeitos.
Foto: Reprodução/Redes Sociais
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