São Paulo e Rio de Janeiro concentram o maior número de casos
O boletim “Elas vivem: dados que não se calam”, lançado na segunda-feira (06.mar.2023), pela Rede de Observatórios da Segurança, registrou 2.423 casos de violência contra mulheres em 2022, dos quais 495 foram feminicídios. São Paulo e Rio de Janeiro apresentaram os números mais alarmantes, concentrando quase 60% do total de casos.
A pesquisa foi realizada em sete estados: Bahia, Ceará, Pernambuco, São Paulo, Rio de Janeiro, Maranhão e Piauí. Os dados são coletados diariamente através da observação do que circula na mídia e nas redes sociais sobre violência e segurança. Posteriormente, as informações são compiladas e revisadas pela Rede, alimentando um banco de dados.
São Paulo registrou 898 casos de violência, ou seja, um a cada 10 horas, enquanto o Rio de Janeiro apresentou um aumento de 45% nos casos, com uma mulher sendo vítima de violência a cada 17 horas. Além disso, os casos de violência sexual praticamente dobraram no Rio de Janeiro, passando de 39 para 75.
A Bahia apresentou um aumento de 58% nos casos de violência, com pelo menos um caso por dia, liderando em feminicídios no Nordeste, com 91 ocorrências. O Maranhão é o segundo estado da região com mais casos de agressões e tentativas de feminicídio. Já em Pernambuco, há o maior número de casos de violência contra mulheres, enquanto o Ceará deixou de liderar nos números de transfeminicídio, mas registrou um aumento nos casos de violência sexual. O Piauí registrou 48 casos de feminicídio.
Em sua maioria, os agressores nos estados monitorados são os companheiros ou ex-companheiros das vítimas, responsáveis por 75% dos casos de feminicídio, tendo brigas e términos de relacionamento como principais motivações.
Foto: Arquivo Agência Brasil
Da Agência Brasil
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