Maioria das denúncias está relacionada à violência contra crianças ou adolescentes
Denúncias ao Disque 100 aumentaram 32,8% no Rio Grande do Norte em 2023, segundo um levantamento. No primeiro trimestre deste ano, foram registradas 2.277 denúncias de violação de Direitos Humanos no estado, um aumento significativo em relação ao mesmo período de 2022, quando 1.714 denúncias foram protocoladas. Os dados são do Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos (ONDH), vinculado ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania.
O RN é o quarto estado com mais violações de Direitos Humanos no Nordeste, atrás apenas da Bahia, Pernambuco e Ceará, segundo o levantamento. Janeiro foi o mês com mais incidências, com 950 denúncias, seguido por fevereiro, com 665, e março, com 662. A maioria das denúncias está relacionada à violência contra crianças ou adolescentes, representando 35% do total, com 801 ocorrências.
O segundo grupo vulnerável mais atacado foi o de pessoas idosas, com 625 denúncias, ou 27,4% do total registrado entre janeiro e março deste ano. A maioria das denúncias refere-se à integridade física e psicológica das vítimas, seguidas por violações aos direitos sociais, à liberdade, aos direitos civis e políticos, à igualdade, à vida e ao meio ambiente.
Em termos de localização das violações denunciadas, Natal lidera com 946 denúncias, seguida por Ceará-Mirim, com 267, e Parnamirim, com 177. No entanto, as denúncias foram registradas em apenas 113 dos 167 municípios do estado.
Quanto aos cenários mais comuns para as violações, a casa onde a vítima e o suspeito residem é o principal lugar anotado, com 972 denúncias. Em seguida, está a casa da vítima, com 662 denúncias, e o terceiro local com mais denúncias de violação dos Direitos Humanos no RN é a unidade prisional.
Das denúncias registradas, 1.674 afirmam que as violações ocorrem diariamente, enquanto 177 são únicas e outras 154 denúncias apontam que as violações ocorrem semanalmente. Em todo o Brasil, a plataforma Disque 100 já registrou mais de 121,5 mil denúncias de janeiro a março deste ano.
Foto: Geovana Albuquerque/Agência Brasília