Três casos de execução apontam possível conexão entre os crimes, segundo autoridades
O sargento João Victor Serafim Ramos, de 37 anos, foi morto nesta sexta-feira (30) no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal, tornando-se o terceiro policial militar assassinado na mesma região em um intervalo inferior a dois meses. As autoridades indicam que os três casos apresentaram características de execução.
O primeiro crime ocorreu em 19 de maio, quando o sargento da reserva Ionaldo Soares da Silva, de 57 anos, foi cercado por cerca de 10 criminosos, que dispararam pelo menos 15 vezes na Rua São João. Em 11 de junho, o sargento Silva Filho também foi morto a tiros quando chegava em casa, de carro, durante a noite de domingo na Rua Todos os Santos. Ele estava lotado no 4º Batalhão da PM, na Zona Norte da capital.
O delegado Rysklyft Factore, da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que os três crimes podem estar relacionados. “É muito provável que haja uma certa conexão, não entre as vítimas, mas entre o grupo que está praticando esse tipo de crime”, afirmou o delegado, responsável pela investigação do assassinato de João Victor. Segundo Factore, os criminosos parecem ter como alvo policiais que estejam em serviço e possam estar atrapalhando suas atividades.
No assassinato ocorrido na sexta-feira (30), o 3º sargento da PM João Victor, integrante da Ronda Ostensiva com Apoio de Motocicletas (Rocam), foi baleado com aproximadamente 20 tiros. Em comunicado, o Comando Geral da PM expressou solidariedade aos familiares e amigos do policial, afirmando que fará todos os esforços para identificar e prender os criminosos.
A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed), também em nota, lamentou a morte do policial e destacou que todas as forças de segurança do estado estão empenhadas em identificar, localizar e entregar os responsáveis ao Poder Judiciário. A nota ressaltou que, para não prejudicar as investigações já em curso pela Polícia Civil, não é possível fornecer detalhes sobre a autoria e motivação do crime no momento.
Foto: Emerson Medeiros/Inter TV Cabugi
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