Tenente-coronel Mauro Cid quebra o silêncio e acusa ex-presidente de envolvimento em crimes
O cenário político brasileiro sofreu uma reviravolta com a confissão do ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o tenente-coronel Mauro Cid, que decidiu, nesta quinta-feira (17.ago.2023), apontar o dedo para seu antigo chefe, alegando que Bolsonaro é o mandante por trás dos crimes que estão sendo investigados. A informação, que lança uma sombra de incerteza sobre o ex-presidente, foi confirmada pelo seu advogado de defesa, o criminalista Cezar Bitencourt.
A detenção de Mauro Cid pela Polícia Federal durante as investigações ecoou nos corredores do poder. O ex-ajudante de ordens foi implicado como o suposto responsável por falsificar cartões de vacinação não apenas para Bolsonaro, mas também para sua família. Contudo, o desdobramento mais chocante foi a descoberta da minuta de um plano que visava anular os resultados das eleições de 2022, um golpe que teria sido arquitetado nos bastidores.
Além das acusações anteriores, Mauro Cid também teria uma conexão obscura com um esquema de comércio ilícito. Jóias, relógios de luxo, canetas e outros presentes recebidos pelo ex-presidente durante seu mandato teriam sido negociados em um mercado paralelo, e Cid teria desempenhado um papel fundamental nessa rede.
A reviravolta agora coloca Bolsonaro em uma posição delicada, já que até então ele não estava sob investigação. Sua estratégia de negar qualquer apropriação indevida de bens públicos agora enfrenta um desafio gigantesco diante da confissão explosiva de seu ex-ajudante.
Segundo analistas políticos, caso Mauro Cid confirme seu envolvimento na venda das joias nos Estados Unidos e a transferência do dinheiro para o Brasil, apontando Bolsonaro como o destinatário final, o escândalo político pode atingir proporções ainda maiores.
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
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