Peritos também não encontraram indícios de agressão ou violência sexual
Um laudo do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) descartou que o líquido encontrado no rosto de um bebê de 10 meses que estava internado no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol), em Natal, na última sexta-feira (10.nov.2023), fosse sêmen.
Ainda de acordo com o órgão, os peritos também não encontraram nenhum indício de agressão ou violência sexual contra a criança.
O homem que estava na mesma enfermaria que a criança foi preso, após a unidade de saúde acionar a Polícia Militar e a Polícia Civil. A prisão em flagrante foi mantida pela Justiça durante a audiência de custódia realizada no fim de semana.
O laudo do Itep, divulgado nesta terça-feira (14.nov), foi realizado por meio de exames de pesquisa de espermatozóide e PSA. O PSA é o Antígeno Prostático Específico, proteína presente em altas concentrações no líquido seminal.
“Aquele conteúdo não é esperma, não é sêmen humano”, garantiu o diretor-geral do Itep, Marcos Brandão.
O Hospital Universitário Onofre Lopes informou que a investigação sobre o caso está sob responsabilidade exclusiva da Polícia Civil.
“O HUOL vem colaborando com as autoridades policiais desde o início das investigações e dando todo suporte à família do bebê”, informou a unidade de saúde.
O caso
De acordo com a mãe da vítima, o filho possui uma síndrome rara que afeta o fígado, o pâncreas e os rins, e está internado no HUOL após a colocação de um catéter no pescoço para o início da hemodiálise.
Mãe e filho dividiam o quarto com outra família, que também estava com um bebê de 10 meses internado. A mulher teria saído do quarto para beber água e, ao retornar, viu o suspeito, o pai desse outro bebê, agindo de forma estranha.
“A minha vizinha de quarto foi pra casa e deixou seu esposo com o filho. Meu bebê estava dormindo e eu saí pra tomar água. Foi questão de 3 a 5 minutos, muito rápido. Quando eu cheguei, percebi que o homem estava ajeitando a calça e a camisa. Eu corri, liguei a luz e fui olhar meu bebê. Olhei para as partes íntimas, mas não vi nada de anormal. Mas quando olhei o canto da boquinha dele, [havia] o líquido estranho”, contou a mãe.
Ao ver a situação, ela chamou a equipe de enfermagem, que agiu para investigar o que poderia ter acontecido.
“Quando mostrei à técnica de enfermagem, ela chamou outras enfermeiras, que colheram [o líquido] e levaram para um laboratório do hospital para analisar. Quando voltei pro quarto, vi o homem bem tenso e saí ligeiro com meu bebê”, lembrou a mãe, que logo após esse momento, foi levada, junto ao seu bebê, para outra acomodação.
O caso está sendo investigado pela 2ª Delegacia de Plantão da Zona Norte de Natal. Segundo a Polícia Civil, a investigação corre em sigilo.
Com informações do portal g1
Foto: Reprodução/Ebserh/Ilustração
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