Chefes de segurança, inteligência e administração são afastados; Corregedoria do sistema prisional determina medida para apurar falhas que possibilitaram a fuga de dois presos
A corregedora do sistema prisional federal, Marlene Inês da Rosa, determinou o afastamento dos responsáveis pelas áreas de segurança, inteligência e administração do presídio federal de Mossoró. A decisão, tomada na última terça-feira (20.fev.2024), visa apurar as circunstâncias da fuga de dois presos da unidade, ocorrida na semana passada.
A fuga, a primeira registrada em um presídio federal brasileiro desde sua criação em 2006, causou grande repercussão e colocou em xeque a segurança do sistema penitenciário nacional. Os dois detentos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, ainda não foram recapturados.
Segundo a decisão da corregedora, os servidores afastados continuarão exercendo o cargo de agentes penais, mas sem chefiar os setores. A medida visa garantir a lisura das investigações e evitar interferências no processo.
A corregedoria instaurou um procedimento administrativo para apurar as responsabilidades pela fuga. O prazo para conclusão da investigação é de 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período.
As buscas pelos foragidos continuam sendo realizadas por equipes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública.
A fuga
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró na madrugada do dia 14 de fevereiro. Os dois detentos escavaram um buraco na parede da cela e fugiram por um matagal próximo ao presídio.
Repercussão
A fuga dos dois presos causou grande repercussão e colocou em xeque a segurança do sistema penitenciário federal brasileiro. O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, determinou a abertura de uma investigação para apurar as circunstâncias da fuga.
Medidas
A corregedoria do sistema prisional federal determinou uma série de medidas para reforçar a segurança das unidades prisionais do país. Entre as medidas estão a instalação de scanners corporais, a intensificação das revistas nas celas e o aumento do número de agentes penitenciários.
Buscas
As buscas pelos foragidos continuam sendo realizadas por equipes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública.
Foto: Depen/Divulgação
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