Gestão municipal questiona necessidade de canteiro de obras em cima da ponte e pede desocupação para desafogar engarrafamentos
A Prefeitura do Natal entrou com uma Ação Civil Pública na Justiça Federal para que o Departamento Nacional de Estradas e Rodagens (DNIT) libere uma faixa da Ponte de Igapó, interditada desde setembro de 2023 para obras de restauração.
A medida, que afeta diretamente a rotina de 350 mil pessoas, é contestada pelo Município, que argumenta que o canteiro de obras poderia ter sido instalado em área próxima.
A interdição da Ponte de Igapó, somada à recente conclusão da obra da Avenida Felizardo Moura, causou um aumento significativo no tempo de viagem das linhas de ônibus que circulam na região, além de gerar engarrafamentos e restrições no fluxo de veículos. A situação impacta trabalhadores, consumidores e comerciantes da Zona Norte de Natal.
A Prefeitura questiona a necessidade de instalar o canteiro de obras em cima da ponte, quando uma área anexa, já utilizada em outras reformas, poderia ter sido utilizada. Estudo interno do próprio DNIT teria apontado essa viabilidade.
Audiência na Justiça Federal
Uma audiência na Justiça Federal está marcada para o dia 20 de março para discutir o impasse. A Prefeitura espera que uma faixa da ponte seja liberada para aliviar os transtornos à população.
Investimentos e necessidade da obra
A reforma da Ponte de Igapó, com investimento total de R$ 20,8 milhões, compreende a restauração e reforço de diversos elementos estruturais, além da substituição do revestimento asfáltico. O DNIT justifica a necessidade da obra pelo desgaste natural em decorrência do tempo, danos causados por eventos extremos e sobrecarga de tráfego.
Impacto no transporte público
A equipe técnica da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) observou um aumento exponencial no tempo de viagem das linhas de ônibus que circulam na ponte, principalmente nos horários de pico.
Proposta da Prefeitura
A Prefeitura sugere a liberação de uma faixa da ponte, com a utilização de contrafluxo em horários de pico, para minimizar os impactos da obra na população.
Foto: Pedro Thiago/Arquivo/Ilustração
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