Categoria decide parar atividades em assembleia após impasse nas negociações com o governo estadual
Policiais civis em todo o Rio Grande do Norte deram início a uma paralisação nesta terça-feira (23.abr.2024), após uma reunião sem sucesso com representantes do governo estadual. A decisão, tomada em assembleia na noite de segunda-feira (22.abr), abrange todas as delegacias do estado, incluindo as de plantão.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis e Servidores da Segurança do RN (Sinpol), Nilton Arruda, afirmou que a paralisação é total, incluindo até mesmo o cadastro de boletins de ocorrência online.
Com a paralisação em vigor, delegacias em várias regiões do estado permanecem fechadas ao público. A suspensão dos serviços tem impactado diretamente a população, que busca atendimento e se depara com delegacias fechadas.
A falta de posicionamento da Delegacia Geral de Polícia Civil sobre a paralisação tem gerado incertezas sobre os serviços afetados e as orientações para a população. Questões como o funcionamento dos flagrantes e atendimentos em locais de crimes como homicídios permanecem sem resposta.
A paralisação dos policiais civis ocorre após uma nova rodada de negociações fracassada com o governo estadual. O impasse gira em torno do reajuste salarial, sendo que a proposta do governo, de 5,3%, foi rejeitada pela categoria. Os policiais também demandam a nomeação dos concursados já formados e a resolução do Crédito Remuneratório Individual, um antigo adicional por tempo de serviço.
Além disso, a categoria busca respostas sobre como será conduzida a negociação após o início da paralisação, bem como se o governo vai buscar a suspensão da greve na Justiça. O presidente do Sinpol enfatizou que a mobilização é uma resposta à insuficiente valorização por parte do governo estadual, considerando as perdas inflacionárias acumuladas ao longo dos anos.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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