Percentual de cobertura vacinal infantil aumenta no RN, mas ainda existem desafios para o alcance de metas

Percentual de cobertura vacinal infantil aumenta no RN, mas ainda existem desafios para o alcance de metas

Aumento na adesão à vacinação infantil traz esperança, mas reforça necessidade de medidas para alcançar metas e combater desinformação

O Rio Grande do Norte registra um cenário promissor na adesão à vacinação infantil básica. Entre 2022 e 2023, 14 das 16 vacinas do calendário nacional apresentaram aumento na cobertura vacinal. Apesar da melhora, os dados do PNI (Programa Nacional de Imunizações) indicam que o estado ainda está distante da meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde.

Segundo a infectologista Débora Lira, do Instituto Santos Dumont (ISD), o crescimento na cobertura vacinal é fruto do trabalho conjunto de agentes de saúde, sociedade civil e do fortalecimento de políticas públicas. Campanhas de multivacinação, combate à desinformação e maior acessibilidade às vacinas são alguns dos fatores que contribuíram para o cenário positivo.

“O que pode explicar esse aumento são as campanhas de estímulo à multivacinação, deflagradas pelos governos nos três níveis, como os Dias D. Além disso, o combate à desinformação, já que, infelizmente, nos últimos anos, houve uma propagação de informações falsas a respeito de algumas vacinas, especialmente contra a Covid, e isso acaba influenciando na adesão vacinal das vacinas do calendário básico”, analisa Débora.

A imunização contra a febre amarela se destaca como um dos grandes avanços no estado. Com um aumento superior a 100% na cobertura, a vacina, que faz parte do calendário nacional desde 2020, saltou de 22,48% em 2022 para 54,33% em 2023. Aumento na cobertura da poliomielite, varicela e tríplice viral também foram registrados.

Apesar dos avanços, ainda há pontos de atenção. Nenhuma das 14 vacinas com aumento na cobertura atingiu os 95% desejados. Débora Lira reforça a importância da informação verdadeira e do estímulo à vacinação para alcançar a meta e proteger a população.

“Nós não podemos descuidar em relação a estimular, a propagar campanhas e a informação verdadeira, baseada na ciência, de que a vacina é sim segura, deve ser aplicada para as populações as quais está recomendada e é uma ferramenta de saúde pública importantíssima”, reforça.

Vacinação contra a dengue

A vacina contra a dengue, disponibilizada em todo o país em 2024, ainda apresenta baixa procura no RN. Até o final de abril, apenas 61% das doses enviadas ao estado foram aplicadas. Diante da tímida adesão, municípios como Natal estão expandindo a disponibilidade do imunizante e ampliando temporariamente a faixa etária para evitar a perda de doses.

A infectologista Débora Lira ressalta que, mesmo com a vacina, medidas como a eliminação de água parada, uso de repelentes e proteção contra o mosquito Aedes aegypti continuam sendo cruciais no combate à dengue. A vacinação, neste momento, atua como ferramenta complementar para proteger a população.

“A vacina começou a ser administrada agora em uma população restrita e ainda estamos na primeira dose, o quantitativo inicialmente foi pequeno, mas gradualmente vai aumentar ao longo desse ano e do próximo. Por isso, é importante reforçar a vacinação para que no futuro tenhamos essa eficácia da vacina como uma arma de proteção contra a dengue”, reforça a infectologista.

Sobre o ISD

O Instituto Santos Dumont (ISD) é uma Organização Social vinculada ao Ministério da Educação (MEC) e engloba o Instituto Internacional de Neurociências Edmond e Lily Safra e o Centro de Educação e Pesquisa em Saúde Anita Garibaldi, ambos em Macaíba. A missão do ISD é promover educação para a vida, formando cidadãos por meio de ações integradas de ensino, pesquisa e extensão, além de contribuir para a transformação mais justa e humana da realidade social brasileira.

Foto: Divulgação

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