Mais de 200 armas de fogo são apreendidas por órgãos federais no RN em 16 meses

Mais de 200 armas de fogo são apreendidas por órgãos federais no RN em 16 meses

Esforços intensificados resultam em aumento significativo na apreensão de armas ilegais no Rio Grande do Norte

Entre janeiro de 2023 até abril de 2024, o Rio Grande do Norte testemunhou a retirada de 211 armas de fogo ilegais de circulação, graças às operações da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP). O número inclui 198 apreensões somente em 2023, representando um aumento de 48,87% em comparação com o ano anterior.

Em termos nacionais, foram apreendidas 13.340 armas de fogo entre janeiro de 2023 e abril de 2024. O ano passado registrou 10.935 apreensões, um crescimento de 28% em relação a 2022. Nos primeiros quatro meses deste ano, mais 2.405 armas foram confiscadas.

Rodney Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da SENASP, atribui esses números à intensificação das ações de fiscalização e operações integradas realizadas pelas forças federais e estaduais. A prevenção de crimes graves, como homicídios e a atuação do crime organizado, é um dos principais focos dessas operações.

“O foco tem sido a prevenção das ocorrências de crimes mais graves, como mortes violentas intencionais, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita desse comércio ilegal de armas e, consequentemente, fortalece o tráfico de drogas, o tráfico de armas propriamente dito, tomadas de cidade e outros crimes violentos”, afirma Silva.

Estratégias de combate ao crime

Programas como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC) e a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO) têm desempenhado um papel crucial na redução do comércio ilegal de armas. O ENFOC, com um aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, visa fortalecer a infraestrutura e as operações das forças de segurança.

Os GISE, operando em 21 estados, e as FICCO, presentes em todo o Brasil, receberam investimentos significativos para aprimorar suas capacidades operacionais, incluindo a aquisição de viaturas, equipamentos tecnológicos e de inteligência.

Integração e cooperação

Rodney Silva destaca a importância da inteligência de segurança pública e da integração das forças de segurança, além da participação ativa da sociedade na construção de soluções para a resolução de conflitos, como pilares fundamentais no combate ao uso ilegal de armas de fogo no Brasil.

“O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de arma de fogo perpassa pelo fortalecimento da atividade de inteligência de segurança pública, a integração das forças de segurança e também a participação da sociedade na construção coletiva de soluções alternativas em busca do entendimento sobre a resolução de conflitos”, finaliza o diretor.

Foto: Divulgação

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