Licitação do transporte de Natal prevê investimentos de R$ 268,5 milhões e nova frota de ônibus

Licitação do transporte de Natal prevê investimentos de R$ 268,5 milhões e nova frota de ônibus

Edital inclui 85 linhas, sendo 56 novas, e subsídio mensal de R$ 4,97 milhões para manter tarifa em R$ 4,50

A capital potiguar se prepara para uma transformação no seu Sistema de Transporte Público com o projeto de licitação que será consolidado até 20 de agosto. O investimento inicial previsto é de R$ 268,5 milhões pela empresa vencedora, além de um subsídio mensal de R$ 4,97 milhões pela Prefeitura de Natal, visando a manutenção da tarifa atual de R$ 4,50.

O edital de concessão sugere a criação de 56 novas linhas, totalizando 85, para atender melhor a população. A proposta foi apresentada durante uma audiência com representantes da Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) e consultores da Associação Nacional de Transportes (ANTP).

A licitação será na modalidade de concessão, com a administração do serviço público sendo entregue à iniciativa privada por um período de 20 anos, com possibilidade de renovação. Entre as principais mudanças, está a oferta de uma frota renovada com novas tecnologias, incluindo um sistema de avaliação permanente da qualidade e acesso a uma rede integrada com ônibus e miniônibus.

O edital prevê a manutenção de 15 linhas existentes, a alteração de 14 e a criação de 56, resultando em 85 itinerários. Para operar essa oferta, serão utilizados 455 ônibus e miniônibus, distribuídos em dois lotes: Sul e Norte.

Atualmente, Natal conta com 54 linhas regulares e 14 opcionais, operadas por seis empresas: Guanabara, Nossa Senhora da Conceição, Cidade do Natal, Reunidas, Santa Maria e Transflor (ViaSul).

Segundo a titular da STTU, Daliana Bandeira, não há previsão de retomada das linhas suspensas durante a pandemia de covid-19. Ela destaca que o novo sistema será integrado, com a expectativa de melhorar a capacidade das linhas conforme a demanda, implantar um sistema de informações aos usuários via celular, diversificar os canais de atendimento e mensurar mensalmente a satisfação dos passageiros.

Para alcançar esses resultados, tanto a empresa vencedora da licitação quanto a Prefeitura de Natal precisarão arcar com os custos. O subsídio municipal segue uma tendência observada em várias cidades do Brasil e do mundo. “A qualidade tem um custo e, infelizmente, a tarifa não o cobre mais”, afirmou Daliana Bandeira.

A minuta da licitação estima um total de 3,6 milhões de passageiros mensais, com um custo de R$ 21,60 milhões e uma receita de R$ 16,63 milhões. Podem participar do processo, que considerará o menor valor da tarifa de remuneração, tanto empresas quanto consórcios, desde que apresentem um capital social ou patrimônio líquido igual ou superior a 8% do valor dos investimentos para cada lote.

Fotos: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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