Protesto no bairro Felipe Camarão resulta em incêndio de ônibus e enfrentamento com bombeiros; PM e Sesed reforçam policiamento e anunciam investigação
Dois ônibus foram incendiados na noite deste domingo (3.nov.2024) durante um protesto no bairro de Felipe Camarão, na Zona Oeste de Natal. A manifestação aconteceu após uma operação policial que resultou na morte de um jovem morador da região. A Secretaria da Segurança Pública e da Defesa Social (Sesed) e o Corpo de Bombeiros Militar do Rio Grande do Norte (CBMRN) divulgaram notas para esclarecer o incidente e as medidas tomadas pelas forças de segurança.
Segundo informações da Polícia Militar (PM), o jovem teria ultrapassado um bloqueio policial e, durante a tentativa de abordagem, foi visualizada uma arma de fogo em sua posse. Isso deu início a uma perseguição, durante a qual ocorreram disparos. O suspeito, que estava de moto, colidiu com um veículo e foi levado ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. A arma de fogo apreendida foi encaminhada para a Delegacia, e os policiais envolvidos foram ouvidos.
Durante o protesto em resposta ao ocorrido, dois ônibus – um da empresa Nossa Senhora da Conceição e outro da empresa Barros – foram incendiados, provocando tumulto e medo na comunidade. O Corpo de Bombeiros foi acionado para controlar as chamas, mas a equipe enfrentou resistência: alguns indivíduos hostis lançaram pedras e capacetes contra os bombeiros, danificando a viatura e ameaçando a segurança dos agentes, que precisaram recuar temporariamente.
Em nota oficial, o CBMRN reafirmou seu compromisso com a segurança pública e ressaltou a importância do respeito e cooperação da população para que a corporação possa cumprir sua missão de proteger e salvar vidas. A Sesed esclareceu que o incêndio é considerado um caso isolado e que não tem ligação com facções criminosas ou o crime organizado em Natal.
Diante da situação, o policiamento no bairro Felipe Camarão foi reforçado, com viaturas da Polícia Militar e equipes da Polícia Civil mobilizadas para manter a ordem e a segurança dos moradores. O comandante-geral da PM, coronel Alarico, ordenou a instauração de um inquérito para apurar todos os detalhes do caso e determinou o afastamento dos policiais envolvidos até a conclusão da investigação.
Foto: Reprodução
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