Adolescente de 12 anos foi espancada e morta por pedreiro conhecido da família; crime é investigado pela Polícia Civil do RN
O principal suspeito do assassinato da jovem Maria Fernanda da Silva Ramos, de 12 anos, confessou o crime e foi preso pela Polícia Civil. O homem de 34 anos, era pedreiro e ex-vizinho da família. Segundo o delegado Márcio Lemos, diretor da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ele responderá por homicídio qualificado, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver, crimes cujas penas somadas podem ultrapassar 60 anos de prisão.
Durante a investigação, o suspeito revelou que atraiu a adolescente para o carro com a promessa de uma carona. Câmeras de segurança flagraram o momento em que Maria Fernanda entrou no veículo vermelho por volta das 12h30. A jovem estava desaparecida desde a última quinta-feira (31.out.2024), foi encontrada morta na segunda-feira (4.nov).
A perícia do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) será essencial para esclarecer as causas exatas da morte. No entanto, o suspeito afirmou que espancou a menina após uma tentativa de fuga. “Ele confessou que a espancou, mas só a perícia poderá indicar com precisão se houve outros tipos de violência física”, destacou o delegado.
Após cometer o crime, o suspeito fugiu para a casa de parentes no distrito de Arenã, em São José de Mipibu, onde foi localizado pela polícia. Em coletiva de imprensa, Lemos explicou que a cobertura midiática intensa dificultou a investigação, chegando a expor um outro homem, inicialmente suspeito, a riscos por causa da divulgação das características do carro. Esse homem foi posteriormente inocentado, mas precisou ser resguardado pela polícia.
Além de confessar o crime, o homem ajudou as autoridades a localizar o corpo de Maria Fernanda em uma área de matagal perto da BR-101, em Extremoz. Ele também queimou o carro utilizado no crime para evitar rastros, segundo a investigação. A relação de Alex com a família da vítima e seu conhecimento da rotina da adolescente facilitaram a aproximação. “O contato era visual, ele não tinha redes sociais, mas estava sempre na área e conseguiu que ela aceitasse a carona naquele dia”, informou o delegado.
O suspeito alegou que a decisão de assassinar Maria Fernanda foi motivada pelo temor de que ela contasse o ocorrido para conhecidos ligados a uma facção criminosa. Durante a prisão, o suspeito demonstrou aparente arrependimento, mas a polícia continua investigando para verificar se o homem já teve envolvimento em crimes semelhantes.
Fotos: Divulgação/Polícia Civil
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