Jovem baleada na cabeça durante ação da PRF no RJ está em estado grave

Jovem baleada na cabeça durante ação da PRF no RJ está em estado grave

PRF afasta agentes e PF apura caso de jovem atingida por fuzil na BR-040, em investigação de uso excessivo da força

A jovem Juliana Leite Rangel, de 26 anos, foi baleada na cabeça durante uma ação da Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Washington Luís (BR-040), em Duque de Caxias, Baixada Fluminense. O caso ocorreu na noite da última terça-feira (24.dez.2024), por volta das 21h, quando a família viajava para passar o Natal em Itaipu, Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro.

O carro da família de Juliana foi atingido por diversos disparos feitos por agentes da PRF. A jovem foi encaminhada em estado gravíssimo ao Hospital Municipal Adão Pereira Nunes, em Caxias, onde passou por cirurgia de emergência e permanece em coma induzido, sob ventilação mecânica.

De acordo com Juliana Paitach, médica intensivista do hospital, o quadro é grave, mas estável. “Ela não apresentou piora desde que chegou. O projétil que atingiu o crânio foi removido durante a cirurgia”, explicou. A especialista destacou que, apesar da gravidade da lesão cerebral, não há sinais de hipertensão intracraniana até o momento, o que representa um indício positivo para o acompanhamento.

Outras vítimas

Alexandre da Silva Rangel, pai de Juliana, também foi atingido durante a abordagem. Ele sofreu um tiro na mão esquerda, foi atendido no mesmo hospital e recebeu alta na mesma noite, sem fraturas ou lesões graves.

Os veículos envolvidos na ocorrência, incluindo o carro da família e o da PRF, foram rebocados para o pátio da delegacia federal em Nova Iguaçu, onde estão passando por perícia. A Polícia Federal (PF) também apreendeu as armas utilizadas pelos agentes durante a operação. As análises periciais determinarão de qual arma partiu o disparo que atingiu a jovem.

Afastamento dos agentes e investigação

A PRF divulgou nota informando o afastamento preventivo dos três agentes envolvidos na ocorrência. “A Corregedoria-Geral da PRF determinou a abertura de um procedimento interno para apurar o caso. A instituição lamenta profundamente o ocorrido e acompanha a família”, destacou a corporação.

A Polícia Federal também instaurou inquérito para investigar os fatos. Segundo a PF, o veículo da família foi confundido com um carro suspeito de envolvimento em ataques contra a viatura da PRF. Equipes da PF realizaram perícia no local, colheram depoimentos dos policiais e das vítimas e apreenderam armas e munições.

Novas diretrizes de uso da força

O caso ocorre em meio à publicação de um novo decreto do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP), que regulamenta o uso progressivo da força durante operações policiais. O decreto, assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determina que armas de fogo só devem ser utilizadas como último recurso, quando todas as alternativas de menor intensidade forem esgotadas.

A medida busca reduzir a violência policial e estabelece diretrizes rigorosas para a atuação dos agentes de segurança em todo o país.

Repercussão e desdobramentos

A família de Juliana Rangel tem solicitado celeridade na investigação e transparência sobre os procedimentos adotados. O caso gerou grande repercussão, com manifestações de apoio à família nas redes sociais e cobranças por justiça.

A PRF afirmou que está colaborando integralmente com a Polícia Federal e se comprometeu a fornecer todos os dados necessários para a conclusão do inquérito.

Fotos: Divulgação/PRF

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