Após desabamento e alerta de contaminação, ANA confirma segurança da água e investigação sobre causas do acidente avança
Queda da Ponte JK: Consumo de Água do Rio Tocantins é LiberadoA água do Rio Tocantins foi liberada para consumo após análises que descartaram o risco de contaminação após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira. A informação foi confirmada pelo governador do Maranhão, Carlos Brandão, na última segunda-feira (24.dez.2024).
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) emitiu um parecer técnico assegurando que não há indícios de contaminação na região do desabamento, permitindo a retomada imediata da captação de água para abastecimento de Imperatriz (MA).
Risco inicial e suspensão de consumo
O alerta inicial foi lançado após a queda de três caminhões na ponte, que transportavam cerca de 25 mil litros de defensivos agrícolas e 76 toneladas de ácido sulfúrico. A preocupação com uma possível contaminação fez com que autoridades do Maranhão e do Tocantins recomendassem à população a evitar o uso e contato com a água do rio.
A medida afetou diretamente moradores de cidades como Aguiarnópolis, Tocantinópolis e Itaguatins, no Tocantins, e Estreito, Porto Franco e Imperatriz, no Maranhão. A captação de água para abastecimento também foi suspensa temporariamente.
Análises e liberação da água
Equipes da ANA e da Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Naturais do Maranhão (SEMA) realizaram coletas em cinco pontos do Rio Tocantins, abrangendo áreas desde a barragem da usina hidrelétrica de Estreito até Imperatriz. Os resultados indicaram a ausência de contaminação, garantindo segurança no consumo.
De acordo com Brandão, novas análises continuarão sendo feitas para assegurar a qualidade da água de forma permanente.
Investigação da queda da ponte pela PF
A Polícia Federal (PF) iniciou uma investigação para apurar as causas do desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que ligava o Tocantins ao Maranhão, e resultou em quatro mortes e 13 desaparecidos.
As superintendências regionais da PF do Maranhão e do Tocantins estão à frente das diligências preliminares. Equipes de peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) foram deslocadas para a região, contando com engenheiros civis, especialistas em locais de crime e em meio ambiente.
Apuração das causas e danos ambientais
A PF reforçou a importância de investigar não apenas as causas do acidente, mas também possíveis danos ambientais decorrentes do desabamento. A responsabilidade será apurada para garantir segurança e evitar futuros incidentes.
Paralelamente, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) também instaurou uma sindicância para investigar o ocorrido. Uma comissão do DNIT foi mobilizada para coletar documentos e evidências no local do desabamento.
Mortes e buscas em andamento
A queda da ponte causou a morte de quatro pessoas (três mulheres e um homem), enquanto 13 continuam desaparecidas. As buscas seguem em andamento com o apoio do Corpo de Bombeiros, que utiliza botes na região do acidente.
Fotos: RS/Fotos Públicas
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