Pesquisa AtlasIntel revela aumento de 4,3 pontos percentuais na insatisfação com a gestão; evangélicos e sulistas são os mais críticos
A avaliação negativa do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou crescimento entre janeiro e fevereiro de 2024, segundo pesquisa divulgada pelo instituto AtlasIntel. O levantamento aponta que 50,8% dos entrevistados consideram a gestão “ruim” ou “péssima”, um aumento de 4,3 pontos percentuais em relação ao índice de 46,5% registrado no mês anterior.

A pesquisa, realizada com 5.710 eleitores entre os dias 24 e 27 de fevereiro, mostra que a aprovação positiva do governo permaneceu estável. O percentual de pessoas que consideram a gestão “ótima” ou “boa” caiu de 37,8% para 37,6%, uma variação de apenas 0,2 ponto percentual. Já os que avaliam o governo como “regular” representam 11,3%, ante 15,6% em janeiro.
Segmentos mais críticos e apoiadores
Entre os segmentos do eleitorado, os evangélicos são os mais críticos: 76,3% consideram a gestão “ruim” ou “péssima”. Na região Sul, o índice chega a 62,7%, enquanto no Centro-Oeste, 59,3% avaliam negativamente o governo. Por outro lado, os agnósticos ou ateus (57,3%), os maiores de 60 anos (53,3%) e os eleitores com até o ensino fundamental (51,8%) são os que mais consideram a gestão “ótima” ou “boa”.
Desempenho de Lula e avaliação por áreas
Quando questionados sobre o desempenho do presidente Lula, 53% disseram desaprovar seu trabalho, contra 45,7% que afirmaram aprová-lo. A pesquisa também avaliou a percepção sobre áreas específicas do governo. Os impostos e a carga fiscal foram os mais criticados, com 58% considerando o desempenho “péssimo”. A segurança pública (57%) e a responsabilidade fiscal também receberam avaliações negativas. Por outro lado, as políticas sociais (35%) e a criação de empregos (34%) foram as áreas mais bem avaliadas.

Comparação com governo Bolsonaro
Quase metade dos entrevistados (49,4%) acredita que o governo Lula é pior que a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Para 48,9%, o cenário é o inverso, enquanto 1,7% consideram os governos iguais.
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil / Ricardo Stuckert/PR
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