Suspeitos compartilham pornografia e usam enquetes para identificar vítimas; especialista orienta pais sobre como agir
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte está investigando um grupo criminoso que atua em um aplicativo de mensagens, adicionando crianças que estudam em escolas de Natal. Segundo denúncias, os suspeitos utilizam o grupo para compartilhar imagens pornográficas e aplicar enquetes com o objetivo de identificar as instituições de ensino frequentadas pelas vítimas. O caso foi divulgado nesta quinta-feira (1°.mai.2025).
Como o esquema funciona
De acordo com as investigações, os criminosos utilizam “correntes” em grupos de mensagens para incentivar crianças a adicionar colegas de classe. Em seguida, criam enquetes com perguntas como “de que escola você é?” para mapear a localização das vítimas.

Mães de alunos afetados já registraram Boletins de Ocorrência. Uma das vítimas relatou que os administradores do grupo enviam conteúdo pornográfico. Os estudantes foram incluídos no grupo por perfis anônimos, muitos com números de telefone de diferentes regiões do Brasil, mas a maioria com DDD do RN.
Investigação em andamento
O Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis (DPGV) da Polícia Civil está responsável pelo caso. Em nota, a corporação afirmou: “Informamos que estamos acompanhando e apurando os fatos relacionados ao caso. Com o avanço das investigações, novos esclarecimentos serão prestados à sociedade.”
Orientações para pais e responsáveis
O especialista em computação forense Clézio Azevedo alerta que, ao encontrar mensagens suspeitas no celular de crianças e adolescentes, os pais não devem apagar o conteúdo. A recomendação é levar o dispositivo diretamente à Delegacia de Combate a Crimes Cibernéticos para que os dados sejam extraídos de forma correta e utilizados como prova.
Azevedo ressalta que capturas de tela podem ser consideradas frágeis em processos judiciais. O ideal é acionar um perito em forense digital para garantir a validade do material coletado.
Foto: Divulgação/Polícia Civil/Ilustração
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