Criança está internada em estado grave no Hospital Walfredo Gurgel após ser ferida no pescoço; Polícia investiga posse ilegal de arma
Uma menina de 7 anos está internada em estado grave após ser atingida por um disparo de arma de fogo dentro de casa, no município de Lagoa Nova, localizado na região Central do Rio Grande do Norte. O caso ocorreu no último domingo (8.jun.2025), na zona rural da cidade, e está sendo investigado pela Polícia Civil.
De acordo com informações da família, a criança brincava com um primo na residência da tia quando o disparo acidental aconteceu. A arma, segundo a Polícia Civil, pertencia ao marido da tia da menina e estava guardada sobre o guarda-roupa. O homem havia viajado recentemente e deixou a espingarda carregada no local.

Após o incidente, familiares socorreram a menina e a levaram ao hospital de Currais Novos, município vizinho. Devido à gravidade dos ferimentos, ela foi transferida para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, em Natal, a cerca de 170 km de distância. Desde então, está internada na UTI pediátrica da unidade hospitalar.
A mãe da criança, que preferiu não se identificar, relatou que a filha já passou por três cirurgias e permanece em coma induzido. Ainda segundo ela, a menina sofreu múltiplas perfurações no pescoço provocadas por chumbinhos da arma. Um dos projéteis atingiu o cérebro, provocando um acidente vascular cerebral (AVC). Parte dos chumbinhos ainda permanece no corpo da criança.
“Por curiosidade, eles entraram no quarto da minha irmã e encontraram a espingarda em cima do guarda-roupa. Meu cunhado viajou e esqueceu a arma carregada. Eles mexeram nela e houve o disparo. Minha filha foi atingida no pescoço. Quando cheguei, encontrei ela caída no sofá”, contou a mãe.

Segundo o delegado Paulo Ferreira, responsável pela investigação, a principal hipótese é de que o disparo tenha sido acidental, possivelmente causado por outra criança. O delegado confirmou que a arma era de propriedade do marido da tia da menina e que o inquérito irá apurar responsabilidades.
“O proprietário da arma poderá responder por posse ilegal de arma de fogo e por omissão de cautela, uma vez que deixou o armamento ao alcance de crianças”, afirmou o delegado. Ele também destacou a importância da responsabilidade por parte de quem possui armas.
“Fica o alerta da Polícia Civil: armas de fogo devem ser mantidas fora do alcance de crianças. Felizmente, a vítima sobreviveu, mas o desfecho poderia ter sido ainda mais trágico”, disse Paulo Ferreira.
A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e aguardando o laudo da perícia para esclarecer as circunstâncias exatas do disparo. A família da menina acompanha o tratamento médico em Natal e aguarda a evolução do quadro clínico da criança.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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