Crime inicialmente tratado como suicídio é esclarecido após investigação da Polícia Civil na Operação Pureza Violada
A Polícia Civil do Rio Grande do Norte prendeu nesta quinta-feira (3.jul.2025) o padrasto de uma adolescente morta no município de Pureza, interior do estado. O homem confessou ter matado a enteada por estrangulamento, após inicialmente o caso ser tratado como um possível suicídio.
A prisão preventiva foi cumprida no âmbito da Operação “Pureza Violada”, deflagrada para esclarecer o crime ocorrido em junho de 2024. Durante as investigações, a polícia identificou contradições nos depoimentos do suspeito, o que levou à reclassificação do caso como homicídio.
Confissão e motivação
No momento da prisão, o padrasto confessou o crime e relatou que utilizou um fio de náilon para praticar o estrangulamento. Segundo ele, a motivação seria o medo de que a adolescente revelasse à mãe um suposto episódio anterior. Ele também afirmou que teria contado o ocorrido à companheira, mãe da vítima, que, por sua vez, não teria comunicado o fato às autoridades.
Além do homicídio, o suspeito está sendo investigado por estupro de vulnerável. Exames realizados pelo Instituto Técnico-Científico de Perícia do Rio Grande do Norte (ITEP-RN) confirmaram sinais de violência sexual recente na vítima.
Reclassificação do caso
O caso foi inicialmente registrado pelo Centro Integrado de Operações em Segurança Pública (CIOSP) como um possível suicídio. No entanto, ao chegar ao local, os peritos identificaram marcas no corpo da vítima incompatíveis com essa hipótese. A partir dessas evidências, a Polícia Civil passou a trabalhar com a linha de investigação de feminicídio.
Os laudos periciais confirmaram que a causa da morte foi asfixia mecânica por estrangulamento. O material biológico recolhido apontou sinais de abuso sexual, embora, no momento dos exames, não fosse possível identificar o autor.
Procedimentos e andamento
Após a confissão, o padrasto foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais. Em seguida, foi transferido para o sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.
A Polícia Civil afirmou que as investigações continuam em andamento para esclarecer todos os detalhes e circunstâncias que envolvem o crime. Os elementos colhidos até o momento estão sendo reunidos para o prosseguimento do inquérito.
O nome da operação faz referência à cidade onde o crime ocorreu e à natureza da infração investigada.
Foto: Reprodução/Polícia Civil
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