Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

Sindsaúde aponta falta de insumos em unidades como Walfredo Gurgel e Maria Alice Fernandes

Desabastecimento hospitalar afeta rede estadual de saúde no RN

O Desabastecimento hospitalar tem sido registrado em diversas unidades da rede estadual de saúde do Rio Grande do Norte, segundo denúncias do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde). A situação foi reconhecida pela 5ª Vara da Fazenda Pública de Natal, que apontou um “cenário de colapso progressivo” no sistema.

Entre os itens em falta estão cateteres, sabão, álcool, antibióticos, heparina, gazes, lençóis, óleo mineral, óleo de girassol, equipo, crepom e kits cirúrgicos conhecidos como “laps”. O Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, referência em trauma-ortopedia, é apontado como a unidade mais afetada. Tomografias computadorizadas com contraste foram suspensas por falta de bombas injetoras.

Funcionários do setor de materiais do Walfredo Gurgel relataram que os kits cirúrgicos estão em estado precário e que não há reserva para emergências. No Centro de Queimados, improvisado após o início de uma obra no setor, há falta de crepom, utilizado em ataduras para pacientes queimados.

A situação também se estende ao Hospital Maria Alice Fernandes, unidade pediátrica na zona Norte de Natal. A Justiça Federal determinou o desbloqueio de sete leitos de UTI que estavam inoperantes por falta de insumos. Funcionários da direção afirmam que, atualmente, não há bloqueios, mas o sindicato aponta que a escassez de materiais é recorrente.

Profissionais de saúde relatam que a disponibilidade de insumos varia de acordo com o setor e o dia. Em alguns casos, médicos têm arcado com os custos de materiais básicos para garantir atendimento aos pacientes.

Pacientes e familiares também enfrentam dificuldades. No Pronto Socorro Clóvis Sarinho, uma paciente aguardava endoscopia enquanto familiares demonstravam preocupação com a falta de materiais. Outra usuária relatou que sua mãe, internada há quatro meses, teve medicamentos e pomadas em falta durante o tratamento.

O Sindsaúde anunciou uma assembleia para discutir a situação e propor indicativo de greve. A entidade afirma que os profissionais estão trabalhando em condições críticas e que não há sinalização de melhorias por parte do Governo do Estado.

No Hospital João Machado, foram encontrados insetos na alimentação dos funcionários, segundo denúncia do sindicato. A Sesap informou que a alimentação é fornecida por empresa terceirizada e que a Vigilância Sanitária foi acionada para apurar o caso.

Em nota oficial, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) negou a falta de insumos no Hospital Walfredo Gurgel. A pasta afirmou que há estoque de itens como gazes, álcool, sabão, óleo mineral e kits cirúrgicos, e que as angiotomografias estão sendo realizadas em outras unidades da rede estadual.

O Conselho Regional de Medicina do RN (Cremern) confirmou a carência de materiais básicos por meio de fiscalizações e ingressou com ação na Justiça Federal para exigir o abastecimento regular dos hospitais. O objetivo é garantir atendimento adequado à população e melhores condições de trabalho para os profissionais da saúde.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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