Trump pede fim imediato dos bombardeios em Gaza após Hamas aceitar proposta de paz

Trump pede fim imediato dos bombardeios em Gaza após Hamas aceitar proposta de paz

Grupo palestino sinaliza disposição para libertar reféns e negociar plano proposto pelos Estados Unidos; Israel ainda não comentou oficialmente

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta sexta-feira (4) que Israel precisa parar imediatamente os bombardeios em Gaza. A declaração foi feita após o Hamas indicar que aceitou a proposta de paz apresentada por Washington e se mostrou disposto a iniciar negociações mediadas para discutir os detalhes do acordo.

Em publicação na plataforma Truth Social, Trump disse acreditar que o Hamas está “pronto para uma paz duradoura”. O presidente norte-americano escreveu que “Israel precisa parar imediatamente o bombardeio de Gaza, para que possamos retirar os reféns com segurança e rapidez”.

Trump afirmou ainda que “já estão sendo discutidos os detalhes a serem resolvidos” e que o objetivo vai além da Faixa de Gaza, tratando-se de uma “paz há muito buscada no Oriente Médio”.

Hamas aceita proposta e diz estar pronto para negociações

De acordo com uma cópia da resposta do Hamas, obtida pela agência Reuters, o grupo afirmou que está disposto a libertar todos os reféns israelenses, vivos ou mortos, conforme os termos da proposta de Trump. A carta também expressa “apreciação pelos esforços árabes, islâmicos e internacionais” em busca do fim da guerra na Faixa de Gaza.

O Hamas destacou que está “pronto para entregar a administração da Faixa de Gaza a um corpo palestino de independentes (tecnocratas) baseado no consenso nacional palestino e apoiado por países árabes e islâmicos”. O grupo reafirmou disposição para iniciar imediatamente as negociações por meio dos mediadores.

Entretanto, o texto não menciona se o Hamas aceita se desarmar ou desmilitarizar Gaza, condições exigidas por Israel e pelos Estados Unidos, mas já rejeitadas anteriormente pelo grupo.

Reações e movimentações após o anúncio

Trump publicou uma cópia da carta do Hamas em sua página na Truth Social. A secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, compartilhou uma imagem no X mostrando o presidente gravando uma resposta à “aceitação do Hamas de seu Plano de Paz”.

Até o momento, Israel não comentou oficialmente sobre a posição do Hamas. Testemunhas em Gaza relataram que, após a declaração do grupo, aviões israelenses intensificaram bombardeios na Cidade de Gaza, atingindo casas no bairro de Remal e locais em Khan Younis, sem relatos de vítimas.

Uma autoridade sênior do Hamas declarou à emissora Al Jazeera que o grupo não se desarmará antes do fim da ocupação israelense do enclave, reforçando divergências em relação às exigências de Israel.

O Catar informou que iniciou coordenação com o Egito e os Estados Unidos para continuar as conversas sobre a proposta norte-americana, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores em publicação no X.

Detalhes do plano proposto pelos Estados Unidos

O plano de paz apresentado por Trump prevê cessar-fogo imediato, troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos, retirada israelense de Gaza, desarmamento do Hamas e criação de um governo de transição liderado por um órgão internacional.

O Hamas declarou apoio à libertação de todos os prisioneiros israelenses “de acordo com a fórmula de troca contida na proposta”, com as “condições de campo necessárias para implementar a troca”.

A proposta também inclui a entrada imediata de ajuda humanitária e o fim das hostilidades na região.

Trump impõe prazo e alerta para consequências

Mais cedo, Trump havia estabelecido um prazo até domingo (5), às 19h (horário de Brasília), para que o Hamas aceitasse o acordo. O presidente alertou que “todo o inferno” se instalaria em Gaza caso o grupo não concordasse com os termos.

“Um acordo precisa ser alcançado até domingo. Todos os países assinaram! Se esse acordo de última chance não for alcançado, todo o inferno, como nunca visto antes, se desencadeará contra o Hamas”, escreveu Trump no Truth Social.

Após apresentar a proposta a países árabes e muçulmanos, Trump recebeu o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na Casa Branca, que endossou o documento, afirmando que ele atendia aos objetivos de guerra de Israel.

O Hamas não participou das negociações que resultaram na formulação da proposta norte-americana.

Foto: RS/via Fotos Publicas

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