Ministério da Saúde investiga caso suspeito de Doença de Creutzfeldt-Jakob no interior do RN

Ministério da Saúde investiga caso suspeito de Doença de Creutzfeldt-Jakob no interior do RN

Órgão federal atua em conjunto com a Sesap e a Prefeitura de Parelhas para apurar possível ocorrência da doença rara no Rio Grande do Norte

Ministério da Saúde investiga caso suspeito de Doença de Creutzfeldt-Jakob em Parelhas (RN)

O Ministério da Saúde informou que acompanha, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte (Sesap) e a Prefeitura de Parelhas, a investigação de um caso suspeito da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ), condição neurodegenerativa rara, no município localizado na região do Seridó potiguar.

Segundo a pasta, o acompanhamento segue as diretrizes do Protocolo de Notificação e Investigação da DCJ, que inclui orientações sobre os aspectos clínicos, diagnósticos, epidemiológicos, biossegurança, comunicação de risco e educação em saúde.

De acordo com informações divulgadas pela imprensa local, o caso em investigação envolve um idoso de 72 anos, morador de Parelhas. A suspeita levou o Ministério da Saúde e autoridades estaduais e municipais a realizarem reuniões técnicas para alinhar procedimentos e garantir a adoção de todas as medidas necessárias de investigação e prevenção.

O órgão federal afirmou que o trabalho conjunto tem como objetivo assegurar que o caso seja conduzido conforme os protocolos nacionais e com atenção à segurança do paciente e da comunidade.

Casos registrados no Brasil

A Doença de Creutzfeldt-Jakob é considerada de notificação compulsória no Brasil desde 2005. Entre os anos de 2005 e 2021, o Ministério da Saúde registrou 1.576 casos suspeitos em todo o país. Desses, 547 casos (34,7%) foram confirmados laboratorialmente.

A notificação obrigatória permite o acompanhamento sistemático dos casos, garantindo o monitoramento epidemiológico e a adoção de medidas adequadas de biossegurança.

O que é a Doença de Creutzfeldt-Jakob

A Doença de Creutzfeldt-Jakob é uma enfermidade rara e de evolução rápida, pertencente ao grupo das doenças priónicas — causadas por proteínas anormais que afetam o cérebro humano e provocam a degeneração acelerada das células nervosas.

Os sintomas geralmente começam de forma discreta, com alterações de memória, mudanças de comportamento e desequilíbrio motor. À medida que progride, a doença leva à demência grave, perda da capacidade de se alimentar e dependência total do paciente para atividades básicas.

Formas conhecidas da doença

A DCJ pode se manifestar em diferentes formas:

  • Esporádica: ocorre sem causa conhecida e representa a maioria dos casos;
  • Genética: está associada a mutações hereditárias;
  • Iatrogênica: relacionada a procedimentos médicos, como transplantes de tecidos contaminados;
  • Variante: vinculada ao consumo de carne contaminada pelo agente da encefalopatia espongiforme bovina, conhecida popularmente como “doença da vaca louca”.

Segundo o Ministério da Saúde, nenhum caso da variante ligada à doença da vaca louca foi registrado no Brasil até o momento.

Ações em Parelhas e acompanhamento técnico

Em nota oficial, o Ministério da Saúde reforçou que a investigação em Parelhas ocorre de maneira integrada entre os níveis municipal, estadual e federal, com reuniões periódicas para o acompanhamento técnico das ações.

As medidas incluem análises clínicas e laboratoriais, protocolos de biossegurança e ações de comunicação de risco. O objetivo é assegurar que todas as etapas da investigação sigam os padrões estabelecidos pelo Protocolo de Notificação e Investigação da DCJ.

Nota do Ministério da Saúde

“O Ministério da Saúde, em parceria com a Secretaria de Saúde do Rio Grande do Norte e a Secretaria Municipal de Parelhas, acompanha a investigação de um caso suspeito da Doença de Creutzfeldt-Jakob no município.

A investigação segue as diretrizes do Protocolo de Notificação e Investigação da Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ). Reuniões técnicas entre autoridades municipais, estaduais e federais têm sido realizadas para alinhar as condutas relacionadas aos aspectos clínicos, diagnósticos, epidemiológicos, de biossegurança, comunicação de risco e educação em saúde.

Desde 2005, a doença é de notificação compulsória. Entre 2005 e 2021, foram notificados 1.576 casos suspeitos no país, sendo 547 confirmados.”

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração / Marcelo Camargo/Agência Brasil

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