Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

Demissões atingem indicados de partidos do Centrão após derrota da MP 1303 na Câmara

Governo Lula demite aliados de deputados que votaram contra MP dos impostos

O governo federal iniciou uma série de demissões de aliados políticos ligados aos 251 deputados que votaram contra a Medida Provisória 1303, conhecida como MP dos Impostos. A medida, articulada pela oposição, perdeu validade na Câmara dos Deputados e impediu o governo de ampliar o espaço fiscal para 2026.

Até o momento, foram substituídos ocupantes de cargos em diversos órgãos federais: quatro superintendências do Ministério da Agricultura, uma diretoria do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), três regionais da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), uma superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal.

A articulação política do governo afirma que a ação não representa retaliação ao Congresso ou aos partidos do Centrão, mas sim uma reorganização da base aliada. O mapeamento dos parlamentares considerados infiéis foi conduzido pela equipe da ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, que comunicou a decisão ao presidente da Câmara, Hugo Motta.

A ordem para as demissões partiu diretamente do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que busca consolidar uma base mais coesa para as eleições de 2026. A presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Carlos Antonio Vieira Fernandes, indicado por Arthur Lira (PP-AL), será mantida. Lira não participou da votação da MP 1303.

Governo Lula demite aliados
Governo Lula demite aliados

A medida afeta aliados do senador Ciro Nogueira (PP-PI), presidente do PP, de deputados do PSD, presidido por Gilberto Kassab, além de nomes ligados ao União Brasil e ao MDB. Segundo integrantes do governo, houve quebra de acordo por parte desses grupos políticos na votação da MP.

Em entrevista ao podcast “As Cunhãs”, o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que Gleisi Hoffmann vai “meter a faca” nos cargos ocupados por indicados do Centrão na Caixa Econômica Federal. Guimarães relatou que participou de reunião com Lula e Gleisi, na qual o presidente teria determinado o início das mudanças.

Na sexta-feira, 11, dois nomes ligados ao Centrão foram destituídos da Caixa: Paulo Rodrigo de Lemos Lopes, vice-presidente de Sustentabilidade e Cidadania Digital, indicado pelo PL; e José Trabulo Junior, consultor da presidência do banco, ligado ao senador Ciro Nogueira.

As demissões ocorreram dois dias após a derrota da MP 1303, que previa alternativas ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A articulação contrária à medida contou com apoio da federação União Brasil-PP, que tem se afastado da gestão petista.

Durante a entrevista, Guimarães mencionou outras vice-presidências da Caixa ocupadas por representantes de partidos como PL, Republicanos, PDT e Podemos. Ele também destacou que a presidência do banco foi uma indicação pessoal de Arthur Lira.

O líder do governo relatou que Gleisi Hoffmann já iniciou as mudanças e que recebeu ligações de parlamentares pedindo para preservar cargos em órgãos como o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS). Segundo Guimarães, o governo entra agora em uma “nova fase” de reorganização política.

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Ricardo Stuckert/PR

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