Presidente brasileiro afirma que negociações técnicas definirão avanços após reunião com líder dos EUA
Lula diz que encontro com Trump na Malásia não deve gerar acordo imediato
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que não espera a conclusão imediata de um acordo com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, durante o encontro previsto para ocorrer no domingo (26), em Kuala Lumpur, capital da Malásia. A reunião acontecerá durante a Cúpula da Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), da qual ambos os líderes participarão.
Segundo Lula, o encontro servirá como ponto de partida para negociações técnicas e políticas entre ministros brasileiros e secretários norte-americanos. O presidente brasileiro destacou que o diálogo será conduzido com objetividade e transparência, com foco na defesa dos interesses nacionais.
Entre os temas que devem ser abordados estão as tarifas impostas pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, sanções aplicadas a autoridades brasileiras, e questões geopolíticas envolvendo China, Venezuela, Gaza, Ucrânia e Rússia.

Relações comerciais e diplomáticas
O governo brasileiro avalia que setores como o de carnes e o de café podem ser beneficiados caso haja flexibilização nas taxações americanas. A expectativa é que o encontro contribua para a retomada de uma relação diplomática mais estável entre os dois países, após um período de tensões comerciais.
Lula também pretende discutir a revisão de medidas que afetam diretamente o comércio bilateral e reforçar a importância de uma relação baseada no respeito institucional e na cooperação mútua.
Agenda internacional
A reunião com Trump integra a agenda internacional de Lula na Ásia, que inclui compromissos na Indonésia e na Malásia. O presidente brasileiro participa da 47ª Cúpula da ASEAN, onde também estão previstas reuniões com líderes de países como Singapura e Vietnã.
O encontro com o presidente dos Estados Unidos será o primeiro formal desde o início das tensões comerciais entre os dois países. A expectativa do governo brasileiro é que a reunião abra caminho para uma nova fase nas relações bilaterais.
Foto: Ricardo Stuckert/PR/Daniel Torok/Fotos Públicas
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