Comando da Polícia Militar instaurou procedimento administrativo para apurar uso de uniforme e arma por mulher civil durante treinamento em Natal
PM do RN apura uso de farda e fuzil por mulher não pertencente à corporação
O Comando da Polícia Militar do Rio Grande do Norte (PMRN) instaurou um inquérito para apurar o uso de farda e um fuzil por uma mulher que não integra o quadro da corporação. O caso teria ocorrido durante uma atividade prática do curso de formação de praças, em Natal, no dia 18 de outubro deste ano.
Imagens do treinamento foram publicadas na página oficial do Centro de Formação e Aperfeiçoamento da PMRN nas redes sociais, mostrando a mulher utilizando o uniforme completo da corporação e manuseando um fuzil de uso restrito. O vídeo repercutiu entre integrantes da instituição e levou à abertura de investigação interna.
Procedimento administrativo
A assessoria de comunicação da Polícia Militar confirmou que foi instaurado um procedimento administrativo interno para apurar as circunstâncias do caso. A informação consta no Boletim Geral da Corporação, divulgado nesta quinta-feira (24).
De acordo com o documento, o inquérito busca esclarecer “os supostos crimes de uso indevido de uniforme e material bélico pertencente à carga da PMRN por parte, em tese, de uma pessoa não integrante da corporação, na condição de civil”. A corporação informou que o prazo inicial para conclusão é de 40 dias, podendo ser prorrogado por mais 20 dias, conforme previsto no regulamento interno.
A PM não forneceu detalhes adicionais sobre o andamento do caso nem sobre a identidade da mulher envolvida.
Publicação oficial
O boletim interno da PMRN detalha que o fato investigado está relacionado a uma atividade física registrada em vídeo e publicada nas redes sociais oficiais do Centro de Formação. As imagens, segundo o documento, mostram uma mulher civil utilizando o uniforme da corporação e portando um fuzil, durante o que aparentava ser um exercício de treinamento.
A publicação do boletim reforça que o objetivo do inquérito é apurar as circunstâncias em que o episódio ocorreu, identificando eventuais responsáveis e verificando se houve violação de normas internas ou da legislação militar.
Investigação interna
Segundo informações do Boletim Geral, a investigação tem prazo inicial de 40 dias corridos para conclusão. O prazo pode ser estendido por até 20 dias adicionais, desde que haja exames, perícias ou diligências em andamento que sejam considerados indispensáveis para a elucidação dos fatos.
Durante o período, o comando da PMRN poderá ouvir militares, revisar imagens e documentos, além de solicitar laudos periciais sobre o armamento utilizado e o contexto em que o material foi manuseado.
Contexto do caso
O vídeo do treinamento foi publicado em 18 de outubro nas redes sociais do Centro de Formação e Aperfeiçoamento da Polícia Militar do Rio Grande do Norte. A gravação mostrava a rotina de atividades do curso de formação de praças, com ênfase em exercícios físicos e treinamentos com armamento.
Após a repercussão, o conteúdo foi removido das plataformas, e o Comando da PM determinou a instauração imediata do inquérito para apurar a presença de uma pessoa não vinculada à corporação no local.
A PMRN destacou que o uso de uniformes e armamentos de propriedade da corporação é restrito a militares em serviço ou em treinamento autorizado. Qualquer uso indevido por civis pode configurar infração penal e violação disciplinar.
Até o momento, a Polícia Militar do Rio Grande do Norte não informou se os responsáveis pela autorização do treinamento já foram identificados nem se há militares afastados preventivamente durante a investigação. O caso segue sob análise interna, e o resultado do inquérito será encaminhado ao Comando-Geral após a conclusão.
Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração
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