Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

Presidente dos EUA confirma encontro com Lula na Malásia e fala em reduzir tarifas ao Brasil, hoje fixadas em até 50%, dependendo de condições ainda não detalhadas

Trump confirma reunião com Lula e admite possibilidade de reduzir tarifas ao Brasil

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou neste sábado (25) que pretende se reunir com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sua viagem à Malásia. A informação foi dada pelo próprio chefe da Casa Branca a jornalistas a bordo do Air Force One, avião presidencial norte-americano.

Trump afirmou que está aberto a reduzir as tarifas comerciais impostas ao Brasil, que chegam a 50%, desde que determinadas condições sejam atendidas. No entanto, ele não especificou quais seriam essas exigências.

“Acredito que vamos nos reunir, sim”, declarou o presidente norte-americano. “Sob as circunstâncias certas, seguramente”, respondeu quando questionado se estaria disposto a rever o tarifaço aplicado ao Brasil.

O áudio da conversa de Trump com os repórteres foi divulgado pela Casa Branca e confirma a primeira sinalização pública do governo norte-americano de que pode considerar algum tipo de concessão nas tarifas aplicadas ao país.

Primeira manifestação favorável a concessões

Essa é a primeira vez que Trump admite a possibilidade de revisão tarifária desde que as medidas foram aplicadas. O presidente norte-americano, no entanto, manteve tom condicional ao afirmar que a redução só seria possível “sob as circunstâncias certas”.

As tarifas impostas ao Brasil chegaram a 50% em alguns setores, afetando principalmente produtos agrícolas e industriais. As medidas foram justificadas, à época, por motivos políticos e econômicos relacionados à política comercial dos Estados Unidos.

Trump também relembrou um encontro anterior com Lula, ocorrido nos bastidores da Assembleia-Geral da ONU, em Nova York, em setembro. Segundo ele, a conversa foi breve, mas cordial.

Lula confirma reunião e diz que não há exigências

Em declaração concedida também neste sábado (25), já em território malaio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva confirmou que a reunião entre os dois líderes deve ocorrer no domingo (26), no fim da tarde, em Kuala Lumpur.

O presidente brasileiro afirmou que nenhuma exigência foi feita até o momento por parte dos Estados Unidos e que o encontro servirá para discutir as condições de um possível acordo.

“Não tem exigência dele (Trump) e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo que vai ter uma solução”, disse Lula.

O chefe do Executivo brasileiro acrescentou que as negociações podem não resultar em um acordo imediato, mas se mostrou disposto a continuar o diálogo. “Estamos abertos a discutir qualquer assunto, sem vetos, mas pode ser que o entendimento precise de novas conversas”, afirmou.

Pontos em negociação

Entre os principais pedidos do governo brasileiro estão a revogação do tarifaço de 40% a 50% aplicado contra produtos nacionais em julho e a retirada de sanções a autoridades brasileiras, incluindo membros do Supremo Tribunal Federal e do Executivo.

Os EUA, por sua vez, não divulgaram oficialmente quais seriam suas contrapartidas para considerar a redução das tarifas. Fontes diplomáticas indicam que a pauta comercial deve incluir temas como balança de exportações agrícolas, cooperação energética e barreiras alfandegárias.

Reunião em Kuala Lumpur

A reunião entre Trump e Lula deve ocorrer em Kuala Lumpur, capital da Malásia, onde ambos participarão de encontros multilaterais. Ainda não há confirmação de horário nem de formato — se será bilateral fechado ou ampliado com as equipes ministeriais.

O Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamaraty) acompanha as tratativas, mas informou que detalhes do encontro não seriam divulgados antes da reunião.

Contexto das tarifas

O tarifaço norte-americano contra o Brasil foi anunciado em julho e atingiu diversos setores da economia, como aço, alumínio e agronegócio. A medida foi interpretada por autoridades brasileiras como uma retaliação política a posicionamentos diplomáticos recentes, mas o governo dos EUA manteve a justificativa de proteção comercial e equilíbrio fiscal.

As conversas entre os dois países vêm ocorrendo por meio de canais diplomáticos e técnicos desde então, com tentativas de retomar o fluxo de comércio bilateral em condições consideradas equilibradas por ambos os governos.

Foto: Joyce N. Boghosian / Mark Garten via Fotos Públicas / Valter Campanato/Agência Brasil

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