Presidente dos EUA diz que embarcações estão posicionadas próximas ao território russo e promete sanções se conflito continuar
Trump ameaça Rússia com submarino nuclear e cobra fim da guerra na Ucrânia
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que submarinos nucleares norte-americanos estão posicionados em regiões próximas à costa da Rússia. A declaração foi feita após o presidente russo, Vladimir Putin, anunciar o teste bem-sucedido do míssil de cruzeiro Burevestnik, com capacidade nuclear e alcance de 14 mil quilômetros.
Durante entrevista à emissora Newsmax, Trump criticou o teste russo e disse que os Estados Unidos não precisam de mísseis de longo alcance, pois já possuem submarinos nucleares posicionados estrategicamente. “Eles sabem que temos um submarino nuclear, o maior do mundo, bem na costa deles”, afirmou.
O presidente norte-americano também cobrou o fim da guerra na Ucrânia, iniciada em 2022, e classificou o conflito como prolongado e desnecessário. “A guerra que deveria ter durado uma semana já está em seu quarto ano”, disse Trump, acrescentando que os dois países deveriam buscar um acordo de cessar-fogo.

Escalada de tensões
A movimentação dos submarinos foi uma resposta às declarações de Dmitry Medvedev, ex-presidente da Rússia e atual vice-presidente do Conselho de Segurança do país. Medvedev mencionou o sistema soviético de retaliação nuclear automática conhecido como “Mão Morta”, projetado para lançar mísseis nucleares em caso de eliminação da liderança russa.
Trump reagiu às ameaças e ordenou o deslocamento de dois submarinos nucleares para “regiões apropriadas”, sem especificar os locais. Segundo ele, a medida visa garantir que as declarações russas não se transformem em ações concretas.
A Marinha dos Estados Unidos opera atualmente 71 submarinos com propulsão nuclear, incluindo 14 equipados com mísseis balísticos da classe Ohio. Cada embarcação pode carregar até 20 mísseis Trident II D5, com alcance superior a 11 mil quilômetros e múltiplas ogivas nucleares.
Possibilidade de novas sanções
O governo dos Estados Unidos também prepara novas sanções contra a Rússia. Segundo a agência Reuters, as medidas podem atingir setores estratégicos da economia russa caso Putin continue adiando o fim do conflito.
Na semana passada, Trump aplicou sua primeira sanção no segundo mandato, atingindo as petrolíferas russas Lukoil e Rosneft. As sanções incluem bloqueio de bens e proibição de transações com empresas e subsidiárias nos EUA.
O Departamento do Tesouro americano afirmou que está pronto para adotar novas ações e pediu que Moscou concorde com um cessar-fogo imediato. “Diante da recusa do presidente Putin em encerrar essa guerra sem sentido, o Tesouro está sancionando as duas maiores empresas de petróleo da Rússia”, declarou o secretário Scott Bessent.
Foto: Fotos Públicas
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