Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Crise na saúde de Mossoró escancara falta de transparência e desrespeito da gestão Allyson Bezerra

Editorial POR DENTRO DO RN

A saúde pública de Mossoró vive um dos momentos mais críticos da história recente — e o principal responsável por isso tem nome e sobrenome: Allyson Bezerra, prefeito do município.

Com mais de 2.200 pessoas na fila de espera por cirurgias eletivas, o que já seria suficiente para acender o sinal vermelho em qualquer gestão comprometida, o problema se torna ainda mais grave diante da falta de transparência e respeito com as autoridades e com a população. O Ministério Público tenta, há quase três meses, obter informações básicas sobre a situação, mas a Prefeitura simplesmente ignora os despachos e pedidos formais do órgão fiscalizador.

É inadmissível que um gestor público trate com tamanho descaso um tema tão sensível. Negar informações ao Ministério Público é negar o direito da sociedade de saber o que está acontecendo com o dinheiro público e com a vida das pessoas.

O comportamento da gestão Allyson Bezerra diante da crise é de um autoritarismo silencioso e calculado, que tenta mascarar a ineficiência administrativa com discursos de propaganda e vídeos ensaiados — os mesmos que, no passado, mostravam o prefeito dentro de hospitais “zerando filas” que nunca foram zeradas.

Um cenário de dor e omissão

Por trás das planilhas, números e documentos ignorados, existem histórias humanas. São mulheres e homens em sofrimento, que vivem a angústia de esperar por um procedimento que poderia devolver dignidade, saúde e tranquilidade.

Enquanto isso, o prefeito faz pose de gestor eficiente nas redes sociais, e sua equipe tenta disfarçar a calamidade com dados falsos e promessas vazias. Em determinado momento, a secretaria de Saúde chegou a dizer ao Ministério Público que Mossoró realiza 20 cirurgias por semana — quando, na verdade, os dados oficiais do Ministério da Saúde mostram uma média de apenas 10 por mês.

A situação, nesse caso, não é apenas uma falha administrativa: é uma ofensa à verdade, um atentado à ética pública e um crime contra o povo de Mossoró.

Falta de gestão, excesso de propaganda

A atual gestão tem demonstrado mais habilidade em montar palanques do que em gerir serviços essenciais. A cidade, que já foi referência em saúde regional, agora amarga fila crescente, hospitais com repasses atrasados e pacientes em desespero.

A situação só se agravou porque a Prefeitura suspendeu pagamentos a instituições parceiras — como a Liga de Mossoró, o Hospital São Luiz e a Apamim —, levando à paralisação dos serviços e ao colapso da rede de cirurgias eletivas.

Mesmo após denúncias do Conselho Municipal de Saúde, que alertou o Ministério Público e propôs mutirões para amenizar o problema, a gestão Allyson preferiu ignorar. A omissão é tão grave quanto o problema.

Um retrato de desrespeito e irresponsabilidade

O caso revela o verdadeiro retrato da gestão Allyson Bezerra: um governo que prefere negar a realidade a enfrentá-la, que prefere calar diante da dor do povo a prestar contas de seus atos.

Não se trata de perseguição política, mas de fatos. Quando um prefeito se recusa a informar quantas pessoas estão na fila por uma cirurgia, ele assume o papel de cúmplice do sofrimento coletivo.

O que ocorre em Mossoró não é apenas uma falha administrativa — é um colapso ético, institucional e humano.

E diante disso, é impossível não afirmar: a crise na saúde de Mossoró tem dono. E o dono é o prefeito Allyson Bezerra.

Foto: Wilson Moreno/Secom/PMM

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