Pacientes denunciam abandono, falta de estrutura e demora no atendimento enquanto gestão investe em festas
Caos na UPA de Nova Esperança escancara descaso da Prefeitura de Parnamirim com a saúde pública
A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Nova Esperança, em Parnamirim, virou palco de revolta e indignação neste domingo. Pacientes e familiares denunciaram o completo abandono da saúde pública na cidade, com relatos de demora extrema no atendimento, falta de estrutura básica e até perda de fichas médicas.
“Fechou a porta na minha cara e ainda perdeu minha ficha”, relatou uma paciente que aguardava atendimento desde o início da tarde. A situação só começou a se movimentar após a chegada da imprensa, evidenciando que a gestão só reage sob pressão pública.
O cenário dentro da UPA é alarmante. Banheiros quebrados, ausência de cadeiras de rodas, falta de ambulância e profissionais sobrecarregados compõem o retrato da saúde em Parnamirim. A unidade estava lotada às 18h30, com pessoas esperando atendimento desde as 13h. “Minha mãe chegou passando mal e nem cadeira de rodas tinha”, disse outro denunciante.
A prefeita Nilda, que em entrevistas afirma estar investindo na saúde, parece estar falando de outra cidade. A realidade na UPA de Nova Esperança contradiz completamente os discursos oficiais. Muitos pacientes, diante do caos, têm buscado atendimento em municípios vizinhos como Natal, Macaíba e São José de Mipibu, onde são recebidos com mais dignidade.
A denúncia mais grave envolve relatos de mortes ocorridas durante os últimos plantões. A falta de medicamentos, exames não realizados e desorganização generalizada levantam suspeitas que precisam ser investigadas com urgência. Vereadores e órgãos de controle são cobrados pela população para fiscalizar e dar respostas concretas.

Enquanto isso, a gestão municipal parece priorizar outros interesses. Recentemente, milhões foram gastos na realização da Festa do Sabugo, evento promovido pela prefeitura. A pergunta que ecoa entre os corredores da UPA é: por que não há investimento na saúde? Por que a prefeita ignora o sofrimento de quem precisa de atendimento urgente?
A população exige respeito, dignidade e ação imediata. O caos na UPA de Nova Esperança não pode continuar sendo ignorado. A saúde pública de Parnamirim pede socorro — e a responsabilidade é da gestão municipal.
Foto: Reprodução/Joel Câmara
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