IBGE aponta 825 crianças em uniões conjugais no RN

IBGE aponta 825 crianças em uniões conjugais no RN

Censo 2022 mostra que 2,4% dos casos de casamentos infantis no Brasil estão no RN; maioria das uniões ocorre entre meninas

IBGE aponta 825 crianças em uniões conjugais no Rio Grande do Norte

O Rio Grande do Norte registrou 825 crianças e adolescentes de até 14 anos vivendo em uniões conjugais, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As informações fazem parte do Censo Demográfico 2022, no módulo sobre nupcialidade e estrutura familiar.

De acordo com o levantamento, em todo o Brasil 34.268 pessoas entre 10 e 14 anos declararam viver algum tipo de união conjugal, seja civil, religiosa ou consensual. Desse total, 77% são meninas, evidenciando uma predominância feminina nesse tipo de relação.

A legislação brasileira proíbe o casamento civil de menores de 16 anos, exceto em situações excepcionais autorizadas pela Justiça. Casamentos precoces são apontados por organismos internacionais como a ONU e o UNICEF como violações de direitos humanos, frequentemente associados à evasão escolar, vulnerabilidade social e riscos à saúde física e mental de meninas e adolescentes.

Distribuição por cor e raça

Entre as crianças e adolescentes em união conjugal, 20.414 se declararam pardas, o que representa a maioria. Em seguida, estão 10.009 brancas, 3.246 pretas, 483 indígenas e 51 amarelas.

Ranking nacional

O estado de São Paulo concentra o maior número absoluto de casos, com 4.722 pessoas, o equivalente a 13,8% do total nacional. Em seguida aparecem Bahia (7,9%), Pará (7,5%), Maranhão (6,4%) e Ceará (6%).

O Rio Grande do Norte ocupa a 17ª posição, com 2,4% dos registros nacionais, totalizando 825 crianças e adolescentes nessa situação.

Confira o ranking dos estados:

  • São Paulo: 13,8% (4.722 pessoas)
  • Bahia: 7,9% (2.716 pessoas)
  • Pará: 7,5% (2.579 pessoas)
  • Maranhão: 6,4% (2.201 pessoas)
  • Ceará: 6% (2.039 pessoas)
  • Pernambuco: 5,8% (1.968 pessoas)
  • Rio de Janeiro: 5,3% (1.803 pessoas)
  • Amazonas: 4,9% (1.672 pessoas)
  • Paraná: 4,4% (1.501 pessoas)
  • Minas Gerais: 4,2% (1.430 pessoas)
  • Rio Grande do Sul: 3,8% (1.283 pessoas)
  • Alagoas: 3,6% (1.231 pessoas)
  • Goiás: 3,6% (1.241 pessoas)
  • Paraíba: 3,1% (1.065 pessoas)
  • Mato Grosso: 2,8% (946 pessoas)
  • Santa Catarina: 2,7% (927 pessoas)
  • Rio Grande do Norte: 2,4% (825 pessoas)
  • Sergipe: 2,3% (774 pessoas)
  • Mato Grosso do Sul: 1,6% (531 pessoas)
  • Piauí: 1,4% (495 pessoas)
  • Espírito Santo: 1,4% (470 pessoas)
  • Rondônia: 1,2% (400 pessoas)
  • Acre: 1,1% (366 pessoas)
  • Tocantins: 1% (346 pessoas)
  • Amapá: 0,8% (269 pessoas)
  • Roraima: 0,6% (198 pessoas)
  • Distrito Federal: 0,6% (207 pessoas)

O levantamento do IBGE é o primeiro do Censo a apresentar dados detalhados sobre uniões conjugais precoces no país, permitindo uma visão atualizada sobre a distribuição regional desse tipo de relação e suas características sociodemográficas.

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil / Lúcio Bernardo Jr. / Agência Brasília

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