Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano em Parnamirim

Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano em Parnamirim

Secretaria de Infraestrutura reabre fase de julgamento das propostas sob acompanhamento da PGE e da CGE; investimento é de R$ 200,7 milhões

Governo retoma licitação para construção do Hospital Metropolitano do RN

A Secretaria de Estado da Infraestrutura (SIN) do Rio Grande do Norte retomou o processo licitatório para a construção do Hospital Metropolitano do RN, localizado em Parnamirim. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União na segunda-feira (10), quatro meses após a suspensão do processo pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O novo ato administrativo mantém a anulação do contrato anteriormente firmado com o consórcio vencedor e determina a reabertura da fase de julgamento de propostas, que será acompanhada pela Procuradoria-Geral do Estado (PGE) e pela Controladoria-Geral do Estado (CGE). O investimento previsto no projeto é de R$ 200,7 milhões.

Reanálise das propostas e recomendações do TCU

A retomada do certame se concentrará na reanálise dos documentos já apresentados pelas empresas concorrentes, sem inclusão de novos arquivos. Segundo a Secretaria, a decisão segue acordo firmado com o TCU e orientações da PGE e da CGE, uma vez que o principal problema identificado anteriormente estava relacionado à legibilidade dos documentos apresentados.

De acordo com o texto publicado, a retomada foi fundamentada no “poder-dever de autotutela” da administração pública e na urgência do interesse público em relação à obra. Pareceres técnicos da PGE e da CGE apontaram que o prosseguimento da licitação é juridicamente possível, mesmo diante do efeito suspensivo concedido pelo TCU a um pedido de reexame feito pela construtora Ramalho Moreira Ltda., integrante do consórcio inicialmente vencedor.

O cronograma de execução da obra está previsto para durar dois anos a partir da assinatura da ordem de serviço, que ainda não tem data definida.

Procedimentos e critérios de reavaliação

O novo ato administrativo estabelece que a retomada da licitação deve seguir os limites dos acórdãos nº 1923/2025 e nº 2013/2025 do TCU, que determinam a reavaliação das propostas de todas as empresas participantes.

A SIN determinou que seja feita uma reanálise completa da documentação das licitantes, conforme o artigo 67, §9º, da Lei nº 14.133/2021, vedando a inclusão de documentos novos. O processo poderá incluir diligências para sanar erros materiais, desde que não alterem o conteúdo das propostas originais.

Também foi determinada a publicação oficial do aviso de reabertura da fase de julgamento e a notificação formal de todas as empresas concorrentes.

Histórico da suspensão e questionamentos do TCU

A licitação foi suspensa em junho após o TCU apontar possíveis irregularidades nas etapas de habilitação e documentação das empresas. Entre as questões levantadas estavam a inabilitação de uma participante por problemas de legibilidade e a exigência de atestado técnico referente à instalação de elevadores com “seis paradas”, considerada um formalismo excessivo.

O tribunal entendeu que o critério teria gerado uma proposta mais cara em R$ 3,29 milhões para a administração pública. À época, o contrato com o consórcio vencedor já havia sido assinado e aguardava apenas a emissão da ordem de serviço.

O projeto do Hospital Metropolitano prevê 350 leitos, sendo 40 de UTI, além de 14 salas cirúrgicas, centro de diagnóstico por imagem, heliponto e sistemas de sustentabilidade. Os recursos são provenientes do Novo PAC.

Governo afirma que retomada segue decisões do TCU

A Secretaria de Infraestrutura afirma que a retomada da licitação não representa resistência às decisões do Tribunal de Contas da União, mas adequação às determinações já expedidas.

Segundo a pasta, a medida busca conciliar a legalidade do processo com a continuidade da política pública de saúde, garantindo o uso racional dos recursos públicos.

A SIN informou ainda que o processo está sendo conduzido sob acompanhamento técnico e jurídico da PGE, da CGE e do próprio TCU, assegurando transparência e regularidade em todas as etapas da licitação.

Foto: Arquivo/POR DENTRO DO RN/Ilustração

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